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Desenvolvimento inicial de bebês nascidos pré-termo de alto risco neonatal em comparação a bebês nascidos a termo / Development of infants born preterm with high neonatal clinical risk in comparison to full-term infants

Rodrigues, Juliana Cunha de Lima 07 December 2018 (has links)
O presente estudo teve os seguintes objetivos: a) examinar os indicadores de desenvolvimento cognitivo, motor, de linguagem e sócio emocional de crianças nascidas pré-termo de alto risco neonatal em comparação a crianças nascidas a termo sem condição de vulnerabilidade biológica no início do desenvolvimento, até os 15 primeiros meses de idade corrigida para prematuridade (ICo); b) examinar os indicadores de desenvolvimento especificamente no grupo de prematuros, comparando os respectivos sub-grupos de acordo com: nível de prematuridade (extremo e muito prematuro), presença ou ausência de hemorragia intracraniana e presença ou ausência da condição gemelaridade; c) identificar as variáveis preditoras do desenvolvimento das crianças nascidas pré-termo, considerando-se variáveis neonatais clínicas e psicossociais. Participaram do estudo 133 crianças, de ambos os sexos, sendo 54 nascidas pré-termo (PT) e 79 nascidas a termo (AT), e suas respectivas mães, no primeiro ano de idade, que nasceram no Complexo HCFMRP-USP. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP, Processo HC n° 8244/2016. Na coleta de dados, o desenvolvimento das crianças foi avaliado pelas Escalas Bayley-III (cognitiva, motora, de linguagem e sócio emocional). Além disso, foram aplicados questionários de caracterização da amostra e a Escala ABEP - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (2014). Os indicadores clínicos neonatais foram analisados a partir dos prontuários médicos das crianças. Na análise de dados, inicialmente, foi processada a análise estatística descritiva das características da amostra e dos indicadores de desenvolvimento. Em seguida, foi realizada a análise estatística inferencial de comparação entre grupos por meio dos testes t-independente de Student (variáveis contínuas) ou Qui-Quadrado (variáveis categóricas). Utilizou-se os testes MANOVA e ANOVA para examinar as potenciais diferenças entre os grupos, relacionadas aos indicadores de desenvolvimento das crianças controlando-se as variáveis idade da criança e nível sócio-econômico. Além disso, foram realizadas análises de regressão linear múltiplas com a amostra de crianças nascidas pré-termo, examinando-se as interações entre as variáveis preditoras (tempo de internação na UTIN, tempo de internação total e tempo de uso do Continuous Positive Airway Pressure - CPAP), as variáveis preditas nos modelos foram os escores do desenvolvimento (cognitivo, linguagem, motor e sócio emocional), na fase de 6-8 e 12-15 meses ICo. Por fim, foi realizada a análise de comparação intra-grupo (6-8 vs 12-15 meses ICo) por meio dos testes de t-pareado, para variáveis contínuas (escores da Bayley-III) e do teste de Wilcoxon para variáveis categóricas (classificações da Bayley-III). Os dados foram analisados pelo Statistical Package for Social Sciences (SPSS, versão 25.0, Chicago, Il, USA). O nível de significância adotado no estudo foi de p <= 0,05. Os resultados mostraram que as crianças do grupo PT, tanto na fase de 6-8, quanto na fase de 12-15 meses ICo, apresentaram menores escores médios, em todos os indicadores avaliados pelas Escalas Bayley-III (cognitivo, de linguagem, motor e sócio emocional), em comparação com o grupo AT. Apesar de haver diferenças entre os grupos, a maioria das crianças nascidas prematuras estavam com o desenvolvimento na faixa de normalidade pelas normas das escalas. Esses achados foram independentes do nível de prematuridade, da presença de hemorragia intracraniana ou história de gemelaridade. Verificou-se ainda que os escores médios dos indicadores de desenvolvimento dos dois grupos (PT e AT) aos 12-15 meses ICo não foram maiores do que aos 6-8 meses ICo. No entanto, ainda que não tenha sido observada uma evolução no desenvolvimento, as crianças de ambos os grupos estavam com o desenvolvimento na faixa de normalidade pelas normas das escalas Bayley-III. Por fim, o tempo de internação na UTIN e o tempo de uso do CPAP foram os principais fatores de risco preditores para problemas no desenvolvimento cognitivo, motor, de linguagem e sócio emocional das crianças nascidas pré-termo / The present study had the following objectives: a) to examine the indicators of cognitive, motor, language and socio emotional development of neonatal high-risk preterm infants in comparison to infants born full-term without biological vulnerability condition at the beginning of the development, until the first 15 months of corrected age for prematurity (Co); b) to examine the developmental indicators specifically in the preterm group, comparing the respective subgroups according to: prematurity level (extreme and very premature), presence of intracranial hemorrhage and condition of being a twin; c) to identify the predictive variables of the development of preterm infants, considering neonatal clinical and psychosocial variables. The study consisted of 133 children of both sexes, being 54 born preterm (PT) and 79 born full-term (FT), and their respective mothers, in the first 15 months Co, born in the HCFMRP-USP Complex. The project was approved by the Research Ethics Committee of HCFMRP-USP. In data collection, the development of the infants was evaluated by the Bayley-III Scales (cognitive, motor, language and socio emotional). In addition, sample characterization questionnaires and the ABEP - Brazilian Association of Research Companies (2014) scale were applied. The neonatal clinical indicators were analyzed based on the medical records. In the data analysis, the descriptive statistical analysis of sample characteristics and development indicators was performed. Then, the inference statistical analysis of the comparison between groups was done by Student\'s independent t-test (continuous variables) or Chi-Square (categorical variables). The MANOVA and ANOVA tests were used to examine the potential differences between the groups, related to the developmental indicators of the children, controlling the age of the child and socio-economic level. In addition, multiple linear regression analyzes were performed with the preterm infants sample, examining the interactions among the predictor variables (length of stay in the NICU, length of stay in the hospital and time of use of the Continuous Positive Airway Pressure - CPAP), the predicted variables in the models were the development scores (cognitive, language, motor and socio emotional), in the 6-8 and 12-15 months Co phases. Finally, the intra-group comparison analysis (6-8 vs. 12-15 months ICo) was performed through t-paired tests for continuous variables (Bayley-III scores) and the Wilcoxon test for categorical variables (Bayley-III ratings). The data were analyzed by the Statistical Package for Social Sciences (SPSS, version 25.0, Chicago, Il, USA). The level of significance adopted in the study was p <= 0.05. The results showed that infants in the PT group, both in the 6-8 and in the 12-15 months Co phases, presented significantly lower mean scores in all indicators assessed by the Bayley-III Scales (cognitive, language, motor and socio emotional) compared to the FT group. Although there were differences between groups, the majority of the infants born preterm were developing in the normal range based on the norms of the scales. These findings were independent of the level of prematurity, the presence of intracranial hemorrhage or the condition of being a twin. It was also verified that the mean scores of the development indicators of the two groups (PT and FT) at 12-15 months Co were not higher than at 6-8 months Co. However, although developmental progress was not observed, the children of both groups were developing in the normal range based on the norms of the Bayley-III scales. Finally, length of stay in the NICU and duration of CPAP use were the main predictor risk factors for cognitive, motor, language and socio emotional problems in preterm infants
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Comparação das internações em unidade de terapia intensiva neonatal e a estratificação de risco gestacional do Programa Rede Mãe Paranaense – contribuições para a Saúde Pública. / Comparison of the hospitalizations in a neonatal intensive therapy unit and the gestational risk stratification of the Parana’s Mother Network Program - contributions to Public Health

Amari, Marcos Nader 18 May 2018 (has links)
Submitted by Eunice Novais (enovais@uepg.br) on 2018-06-26T17:18:46Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Marcos Nader Amari.pdf: 2871707 bytes, checksum: 3efad844cbd1d0ff8bf2b8b2f91c88ce (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-26T17:18:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Marcos Nader Amari.pdf: 2871707 bytes, checksum: 3efad844cbd1d0ff8bf2b8b2f91c88ce (MD5) Previous issue date: 2018-05-18 / O presente estudo tem como objetivo comparar a estratificação de risco gestacional do Programa Rede Mãe Paranaense e sua relação com os internamentos dos recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Realizou-se um estudo quantitativo, longitudinal, epidemiológico, do tipo coorte, com acompanhamento dos internamentos dos recém-nascidos em unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais no ano de 2016. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados, aplicado aos pais, após o aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Também se obtiveram dados por análise documental em prontuários médicos. Os dados obtidos foram planilhados em Excel, e para análise estatística foi utilizado o Programa STATA. O público-alvo foi constituído de 70 recém-nascidos que foram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, sendo comparados com a estratificação gestacional de suas mães. A população materna foi composta de mulheres brancas (76%) com nível fundamental e médio de escolaridade e com idade média de 25 anos. O nível de escolaridade encontrado foi o fundamental e médio. As faixas salariais obtidas com maior frequência, de acordo com os critérios do IBGE, foram até 4 salários mínimos. Os partos atuais foram em sua maioria hospitalares e com discreto predomínio dos partos vaginais. Cerca de 100% das gestantes fizeram consultas de pré-natal, sendo que 68% realizaram mais de 5 consultas durante a gestação. Em relação à população dos recém-nascidos, 58% foram de prematuros, quando comparados a 42% de termos. Aproximadamente 46% nasceram com apgar maior que 8 no primeiro minuto. O peso de nascimento variou de 670 até 4385 gramas. A média de internamento foi de 20 dias, variando de 14 dias no paciente a termo e 23 dias no paciente prematuro. Com relação à comparação dos internamentos em relação à estratificação gestacional 65,72% foram as de risco habitual. Realizou-se uma correção da estratificação encontrada no estudo, a qual foi chamada estratificação corrigida. A correção aplicada foi pela raça, idade e número de partos anteriores e presença de aborto. Realizou-se análise de associação de risco e embora tenha sido encontrada uma razão de risco em alguns casos, com valores menores que 1, simulando uma proteção para algumas exposições, o valor de p não foi significativo. O mesmo não ocorreu para o desfecho diagnóstico, onde o valor de p foi de 0,01 e 0,05 para a estratificação encontrada e corrigida. A causa de internamento mais frequente foi a respiratória (p= 0,001) e a hipóxia, nos recém-nascidos prematuros e de termo, respectivamente. Em análise de regressão linear observou-se que o aumento de uma semana na idade gestacional dos prematuros, aumenta a nota de apgar do primeiro minuto. Muitos estudos ainda devem ser realizados sobre o assunto, no intuito de mobilizar gestores de saúde sobre estas novas Políticas Publicas de Saúde a fim de minimizar óbitos neonatais evitáveis. / The objective of this study is to compare the gestational risk stratification of the Parana’s Mother Network Program and its relationship with the hospitalizations of newborns in the Neonatal Intensive Care Unit. A quantitative, longitudinal, epidemiological study of the cohort type was carried out, with follow up of hospitalizations of newborns in the neonatal intensive care unit of the Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais in the year 2016. It was used a data collection instrument, applied to the parents, after the acceptance of the Free and Informed Consent Term. Data can also be obtained by documentary analysis in medical records. The data obtained were mapped on Excel, and statistical analysis was carried out using the STATA Program. The target group consisted of 70 newborns who were admitted to the Neonatal Intensive Care Unit and compared with the gestational stratification of their mothers. The maternal population was composed of white women (76%), with a primary and secondary schooling level and with an average age of 25 years. The salary bands found most frequently, according to the IBGE criteria, were up to 4 minimum wages according to the IBGE criteria. The current deliveries were mostly hospital and with a discreet predominance of vaginal deliveries. About 100% of pregnant women had prenatal consultations, and 68% performed more than 5 consultations during pregnancy. In relation to the newborn population, 58% were premature, as compared to 42% of full-terms. Approximately 46% were born with Apgar score greater than 8 in the first minute. The birth weight ranged from 670 to 4385 grams. The mean hospitalization was 20 days, ranging from 14 days in the full-term patient to 23 days in the preterm patient. Regarding the comparison of hospitalizations in relation to gestational stratification, 65,72% were those at usual risk. A correction in the study of the stratification was performed, which was called corrected. The correction applied was by race, age and number of previous deliveries and presence of abortion. A risk association analysis was performed and although a risk ratio was found in some cases, with values lower than 1, simulating protection for some exposures, the p value was not significant. The same did not occur for the diagnostic outcome, where the p-value was 0,01 and 0,05 for the stratification found and corrected. The most frequent cause of hospitalization was the respiratory rate (p= 0,001) and hypoxia, in premature newborns and full-term, respectively. In linear regression analysis, it was observed that the increase in a week on gestational age of premature infants increases the apgar of the first minute. Many studies must be conducted on the subject, in order to mobilize health managers on these new Public Health Policies in order to minimize preventable neonatal deaths.

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