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Niketche: a dança da recriação do amor poligâmico

Cesário, Irineia Lina 07 May 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Irineia Lina Cesario.pdf: 465968 bytes, checksum: 3057c536aca0d24472f2b84821fc6361 (MD5) Previous issue date: 2008-05-07 / Fundação Ford / The main issue investigated and documented by the reading of Niketche a story of polygamy (2004) written by Paulina Chiziane alludes to the analogies in the plural dialogue in the space of the perceptive and cultural experience that generate libertarian images of the female conscience in the Mozambican polygamous context. In the course of the intradiegetic narration in the first person, we describe polygamy in a state of dramatic language sustained by concepts of literary theory and recent studies carried out by researchers of African Literature such as Coelho (1993), Leite (1988, 2004), Chaves (2005), Soares (2006), Lobo (2007), Noa (1997), Rosario (1989) and Santilli (2003). Chapter I, The Mirror A Reflection of Dialogue between Feminine and Masculine Love, centralizes the orality and vocality in discourse from Zumthor (1993,2000) under the aspects of Mozambican tongue and language represented in the polydiscourse of the Niketche dance, supported by Baudrillard (1992), Bettelheim (1980), Bachelard (2002), Genette (1995), Eco (1989), Segolin (1999), Urbano (2000), Bonicci (2000), Todorov (1968), Derrida (2005), Barthes (2006), among others. In Chapter II, Discursive Confluences between Feminine Faces/Voices, we demonstrate the discursive convergencies of female and male characters under the polyphonic theory of Bakthin (2002) which allowed us to establish an image of women oriented by caricatural and ludicrous behavior in group performance, founded on the matriarchal system, yet guaranteed by Casimiro (2004) and Tsemo (1992). In Chapter III, In the Legends of Western Orality Africanness, warranted by Perrone-Moises (1978, 2000) and by researchers of the said African Literature, we speak of the I-narrators as esthetical results of a ritualized and up-dated plot of the symbolic past. Lastly, Niketche, a dance of recreation, expresses the transition of the written language and the language of orality giving them a transforming character through body language, the place of the performance of the new writing of the memory, of Western tradition, and the testimonial and biographic change of female voices in a renewed textual universe / A principal questão investigada e comprovada pela leitura de Niketche: uma história de poligamia (2004), da escritora Paulina Chiziane, remete-se às analogias no diálogo plural, no espaço da experiência perceptiva e cultural geradora de imagens libertárias da consciência feminina no contexto poligâmico moçambicano. Na direção da narração intradiegética em primeira pessoa, descreveu-se, neste estudo, a poligamia em estado de linguagem dramática, tendo como suporte conceitos da teoria literária e estudos recentes de pesquisadores da literatura africana, como Coelho (1993), Leite (1988, 2004), Chaves (2005), Soares (2006), Lobo (2007), Noa (1997), Rosário (1989), Santilli (2003). O capítulo I, intitulado O Espelho: reflexo do diálogo entre o amor feminino e masculino centraliza a oralidade e a vocalidade no discurso, a partir de Zumthor (1993, 2000), sob os aspectos da língua e da linguagem moçambicanas, representado no polidiscurso da dança Niketche, apoiada, por Baudrillard (1992), Bettelheim (1980), Bachelard (2002), Genette (1995), Eco (1989), Segolin (1999), Urbano (2000), Bonicci (2000), Todorov (1968), Derrida (2005), Barthes (2006), dentre outros. No capítulo II, Confluências discursivas entre faces/vozes femininas , foram demonstradas as convergências discursivas de personagens femininas e masculinas sob a teoria polifônica de Bakthin (2002), que permitiu prescrever uma imagem da mulher orientada pelo comportamento caricatural e lúdico em performance grupal, fundamentado no matriarcalismo, todavia, afiançada por Casimiro (2004) e Tsemo (1992). No capítulo III, Nas lendas da oralidade ocidental a africanidade , avalizada por Perrone-Moisés (1978, 2000) e por pesquisadores da literatura africana em citação, aborda-se os eus-narradores como resultantes estéticos de uma trama ritualizada e atualizada do passado simbólico. Nas considerações finais, Niketche, dança recriadora, enuncia a transição da língua escrita e da linguagem da oralidade, conferindo-lhes um caráter transformador pela linguagem do corpo, lugar da performance da nova escritura da memória, da tradição ocidental e da mudança testemunhal e biográfica das vozes femininas, em renovado universo textual

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