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Seja gay... mas não se esqueça de ser discreto : produção de masculinidades homossexuais na Revista Rose (Brasil, 1979-1983)Lopes, Charles Roberto Ross January 2011 (has links)
Rose... assim era denominada a primeira revista gay editada no Brasil entre fins da década de 1970 e princípios de 1980. Em suas páginas eram publicadas informações do cenário artístico-cultural da época, contos eróticos, estórias em quadrinho, cartuns, anúncios de homens interessados em corresponder-se com outros homens, artigos que versavam sobre a homossexualidade masculina. Nessas páginas havia, também, uma profusão de corpos masculinos tendendo a nudez. Entretanto, nos limites dessa dissertação a revista Rose, não foi considerada apenas como veículo de comunicação e entretenimento, mas, antes disso, tomada como fonte histórica. Enquanto portadora de um conjunto de pedagogias do gênero e da sexualidade, a revista está implicada na produção de um modelo de masculinidade homossexual normalizada. A partir do referencial teórico dos Estudos de Gênero, desde uma perspectiva feminista e pós-estruturalista, analiso o enunciado que articula a masculinidade homossexual a comportamentos efeminados. E é a abjeção a tais comportamentos que servirá de base para a construção do homem gay discreto, marcadamente masculinizado. Portanto, a discrição – enquanto signo de masculinidade – parece assegurar a inteligibilidade social desses homens, “autorizando” sua própria existência. De qualquer maneira, a revista não deve ser reduzida a problemática aqui desenvolvida, uma vez que nela estão presentes outros enunciados. / Rose... so it was named the first gay magazine edited in Brazil between late 1970s and early 1980s. On its pages, information about the cultural-artistic scene of that time, erotic stories, stories in comics, cartoons, advertisements of men interested in corresponding with other men, and articles that dealt with male homosexuality were published. On those pages there was also a profusion of male bodies tending to nudity. However, within the bounds of this dissertation, Rose magazine has not been considered only as a vehicle of communication and entertainment, above all, it has been taken as a historical source. As a carrier of a set of pedagogies of gender and sexuality, the magazine is involved in producing a normalized model of homosexual masculinity. Based on the theoretical referential of Gender Studies from a feminist and post-structuralist perspective, it was analyzed the “enunciation” that articulates the homosexual masculinity to feminine behaviors. It is the degradation of such behaviors that will serve as the basis for the construction of a discrete gay man, with a distinct male-like behavior. Therefore, discretion – as a sign of masculinity – seems to ensure the social intelligence of those men, "authorizing" their own existence. However, the magazine should not be reduced to the problematic here developed, since there are other issues presented in it.
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Seja gay... mas não se esqueça de ser discreto : produção de masculinidades homossexuais na Revista Rose (Brasil, 1979-1983)Lopes, Charles Roberto Ross January 2011 (has links)
Rose... assim era denominada a primeira revista gay editada no Brasil entre fins da década de 1970 e princípios de 1980. Em suas páginas eram publicadas informações do cenário artístico-cultural da época, contos eróticos, estórias em quadrinho, cartuns, anúncios de homens interessados em corresponder-se com outros homens, artigos que versavam sobre a homossexualidade masculina. Nessas páginas havia, também, uma profusão de corpos masculinos tendendo a nudez. Entretanto, nos limites dessa dissertação a revista Rose, não foi considerada apenas como veículo de comunicação e entretenimento, mas, antes disso, tomada como fonte histórica. Enquanto portadora de um conjunto de pedagogias do gênero e da sexualidade, a revista está implicada na produção de um modelo de masculinidade homossexual normalizada. A partir do referencial teórico dos Estudos de Gênero, desde uma perspectiva feminista e pós-estruturalista, analiso o enunciado que articula a masculinidade homossexual a comportamentos efeminados. E é a abjeção a tais comportamentos que servirá de base para a construção do homem gay discreto, marcadamente masculinizado. Portanto, a discrição – enquanto signo de masculinidade – parece assegurar a inteligibilidade social desses homens, “autorizando” sua própria existência. De qualquer maneira, a revista não deve ser reduzida a problemática aqui desenvolvida, uma vez que nela estão presentes outros enunciados. / Rose... so it was named the first gay magazine edited in Brazil between late 1970s and early 1980s. On its pages, information about the cultural-artistic scene of that time, erotic stories, stories in comics, cartoons, advertisements of men interested in corresponding with other men, and articles that dealt with male homosexuality were published. On those pages there was also a profusion of male bodies tending to nudity. However, within the bounds of this dissertation, Rose magazine has not been considered only as a vehicle of communication and entertainment, above all, it has been taken as a historical source. As a carrier of a set of pedagogies of gender and sexuality, the magazine is involved in producing a normalized model of homosexual masculinity. Based on the theoretical referential of Gender Studies from a feminist and post-structuralist perspective, it was analyzed the “enunciation” that articulates the homosexual masculinity to feminine behaviors. It is the degradation of such behaviors that will serve as the basis for the construction of a discrete gay man, with a distinct male-like behavior. Therefore, discretion – as a sign of masculinity – seems to ensure the social intelligence of those men, "authorizing" their own existence. However, the magazine should not be reduced to the problematic here developed, since there are other issues presented in it.
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Seja gay... mas não se esqueça de ser discreto : produção de masculinidades homossexuais na Revista Rose (Brasil, 1979-1983)Lopes, Charles Roberto Ross January 2011 (has links)
Rose... assim era denominada a primeira revista gay editada no Brasil entre fins da década de 1970 e princípios de 1980. Em suas páginas eram publicadas informações do cenário artístico-cultural da época, contos eróticos, estórias em quadrinho, cartuns, anúncios de homens interessados em corresponder-se com outros homens, artigos que versavam sobre a homossexualidade masculina. Nessas páginas havia, também, uma profusão de corpos masculinos tendendo a nudez. Entretanto, nos limites dessa dissertação a revista Rose, não foi considerada apenas como veículo de comunicação e entretenimento, mas, antes disso, tomada como fonte histórica. Enquanto portadora de um conjunto de pedagogias do gênero e da sexualidade, a revista está implicada na produção de um modelo de masculinidade homossexual normalizada. A partir do referencial teórico dos Estudos de Gênero, desde uma perspectiva feminista e pós-estruturalista, analiso o enunciado que articula a masculinidade homossexual a comportamentos efeminados. E é a abjeção a tais comportamentos que servirá de base para a construção do homem gay discreto, marcadamente masculinizado. Portanto, a discrição – enquanto signo de masculinidade – parece assegurar a inteligibilidade social desses homens, “autorizando” sua própria existência. De qualquer maneira, a revista não deve ser reduzida a problemática aqui desenvolvida, uma vez que nela estão presentes outros enunciados. / Rose... so it was named the first gay magazine edited in Brazil between late 1970s and early 1980s. On its pages, information about the cultural-artistic scene of that time, erotic stories, stories in comics, cartoons, advertisements of men interested in corresponding with other men, and articles that dealt with male homosexuality were published. On those pages there was also a profusion of male bodies tending to nudity. However, within the bounds of this dissertation, Rose magazine has not been considered only as a vehicle of communication and entertainment, above all, it has been taken as a historical source. As a carrier of a set of pedagogies of gender and sexuality, the magazine is involved in producing a normalized model of homosexual masculinity. Based on the theoretical referential of Gender Studies from a feminist and post-structuralist perspective, it was analyzed the “enunciation” that articulates the homosexual masculinity to feminine behaviors. It is the degradation of such behaviors that will serve as the basis for the construction of a discrete gay man, with a distinct male-like behavior. Therefore, discretion – as a sign of masculinity – seems to ensure the social intelligence of those men, "authorizing" their own existence. However, the magazine should not be reduced to the problematic here developed, since there are other issues presented in it.
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