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A expulsão do sertão: elites paulistas, entre o imaginário e o território (1749-1841) / Dado não fornecido pelo autor.Santos, Amália Cristovão dos 27 April 2018 (has links)
Por meio da análise de três imagens presentes nas fontes e documentação produzidas desde o século XVIII até meados do XIX - \"sertanistas\", \"paulistas\" e \"agricultores\" -, esta tese debruça-se sobre as transformações nas relações entre as elites de São Paulo, os grupos indígenas e o território, engendradas no dito período. Partimos das discussões acerca da história cultural e do imaginário construído sobre as populações da capitania e depois província paulista, a um só tempo produto e vetor de decisões e contextos políticos, econômicos e sociais. O recorte cronológico adotado, de cerca de um século, considerado pela historiografia como longa duração, fez-se necessário para permitir o aprofundamento sobre os elementos de mudança e permanência que compõem o movimento estudado. Três conjuntos documentais centrais foram mobilizados em nossas investigações, a saber: o chamado Mapa das Cortes (1749), parte dos instrumentos de negociação confeccionados pela Coroa portuguesa em suas disputas diplomáticas com a contraparte espanhola pela remarcação de suas fronteiras coloniais; os escritos genealógicos de Pedro Taques de Almeida Paes Leme (1714-1777), produzidos originalmente com fins à obtenção de privilégios e mercês para as principais famílias paulistas, a partir de processos de nobilitação; e o Mappa Chorographico da Provincia de São Paulo (1841), primeira representação cartográfica da recém-criada província paulista. Nossas conclusões apontam para o distanciamento das elites em relação aos contingentes indígenas - que fizeram parte, inclusive, da fundação de parte dos troncos familiares pertencentes a esse grupo -, em meio à reconfiguração do território e de seu uso, para o que foram importadas teorias e princípios advindos da razão e da ilustração. A presença dos nativos nas terras desejadas para a agricultura de exportação foi também transfigurada em questão social e econômica, a ser esquadrinhada e resolvida pelos intelectuais e políticos do período, encerrando sua autonomia e cerceando consecutivamente a legitimidade de seu domínio sobre o território. / Analyzing three images bore in sources and documents created from the 18th to mid-19th-century--\"sertanistas\", \"paulistas\", and \"agricultores\"--, this thesis explores the transforming relations between São Paulo\'s elite, indigenous groups, and the territory, that occurred during said period. We start from the fields of cultural history and the discussions about images of the captaincy and province\'s population, both made by and desive for political, economic, and social contexts. The chosen chronological scope, of around one century, considered as a longuee dureé time-scale, was demmed necessary to enable a deeper understanding over the changes and persistences that took place at that moment. Three were the main documents with which we worked: the so-called Mapa das Cortes (1749), part of the dossier manufactured by the Portuguese Crown for negotiations with their Spanish counterpart over colonial borders; Pedro Taques de Almeida Paes Leme\'s (1714-1777) genealogical writtings, originally organized for the purposes of requiring privileges and honorary titles for the most important families of São Paulo; and the Mappa Chorographico da Provincia de São Paulo (1841), first cartographical representation of the newly-created province. Our conclusions point to the distancing of these elites from indigenous groups--which had even been part of the establishment of these families--amid the territory\'s reconfiguration, put in motion through the importing of enlighment theories and principles. The very presence of native population in the lands coveted for agriculture was turned into a social and economical issue, to be investigated and solved by intelectuals and politicians, closing in on their autonomy and successively restricting their territorial domain.
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A expulsão do sertão: elites paulistas, entre o imaginário e o território (1749-1841) / Dado não fornecido pelo autor.Amália Cristovão dos Santos 27 April 2018 (has links)
Por meio da análise de três imagens presentes nas fontes e documentação produzidas desde o século XVIII até meados do XIX - \"sertanistas\", \"paulistas\" e \"agricultores\" -, esta tese debruça-se sobre as transformações nas relações entre as elites de São Paulo, os grupos indígenas e o território, engendradas no dito período. Partimos das discussões acerca da história cultural e do imaginário construído sobre as populações da capitania e depois província paulista, a um só tempo produto e vetor de decisões e contextos políticos, econômicos e sociais. O recorte cronológico adotado, de cerca de um século, considerado pela historiografia como longa duração, fez-se necessário para permitir o aprofundamento sobre os elementos de mudança e permanência que compõem o movimento estudado. Três conjuntos documentais centrais foram mobilizados em nossas investigações, a saber: o chamado Mapa das Cortes (1749), parte dos instrumentos de negociação confeccionados pela Coroa portuguesa em suas disputas diplomáticas com a contraparte espanhola pela remarcação de suas fronteiras coloniais; os escritos genealógicos de Pedro Taques de Almeida Paes Leme (1714-1777), produzidos originalmente com fins à obtenção de privilégios e mercês para as principais famílias paulistas, a partir de processos de nobilitação; e o Mappa Chorographico da Provincia de São Paulo (1841), primeira representação cartográfica da recém-criada província paulista. Nossas conclusões apontam para o distanciamento das elites em relação aos contingentes indígenas - que fizeram parte, inclusive, da fundação de parte dos troncos familiares pertencentes a esse grupo -, em meio à reconfiguração do território e de seu uso, para o que foram importadas teorias e princípios advindos da razão e da ilustração. A presença dos nativos nas terras desejadas para a agricultura de exportação foi também transfigurada em questão social e econômica, a ser esquadrinhada e resolvida pelos intelectuais e políticos do período, encerrando sua autonomia e cerceando consecutivamente a legitimidade de seu domínio sobre o território. / Analyzing three images bore in sources and documents created from the 18th to mid-19th-century--\"sertanistas\", \"paulistas\", and \"agricultores\"--, this thesis explores the transforming relations between São Paulo\'s elite, indigenous groups, and the territory, that occurred during said period. We start from the fields of cultural history and the discussions about images of the captaincy and province\'s population, both made by and desive for political, economic, and social contexts. The chosen chronological scope, of around one century, considered as a longuee dureé time-scale, was demmed necessary to enable a deeper understanding over the changes and persistences that took place at that moment. Three were the main documents with which we worked: the so-called Mapa das Cortes (1749), part of the dossier manufactured by the Portuguese Crown for negotiations with their Spanish counterpart over colonial borders; Pedro Taques de Almeida Paes Leme\'s (1714-1777) genealogical writtings, originally organized for the purposes of requiring privileges and honorary titles for the most important families of São Paulo; and the Mappa Chorographico da Provincia de São Paulo (1841), first cartographical representation of the newly-created province. Our conclusions point to the distancing of these elites from indigenous groups--which had even been part of the establishment of these families--amid the territory\'s reconfiguration, put in motion through the importing of enlighment theories and principles. The very presence of native population in the lands coveted for agriculture was turned into a social and economical issue, to be investigated and solved by intelectuals and politicians, closing in on their autonomy and successively restricting their territorial domain.
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