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Resistência e rebeldia nas fazendas de café de São Carlos.Medeiros, Simone 10 March 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-03-10 / Universidade Federal de Minas Gerais / Este trabalho estudou as tensões sociais entre trabalhadores rurais livres (colonos, empreiteiros ou camaradas) e fazendeiros (ou seus agentes) num contexto relativamente
atomizado, sem sindicatos ou movimentos sociais, específico às fazendas de café do município de São Carlos do final do século XIX e início do XX. Através de processos criminais e inquéritos policiais referentes a conflitos rurais hierárquicos, ocorridos entre os anos de 1888 e 1914, procurou-se analisar as relações sociais estabelecidas entre dominantes e subalternos, visando identificar quais foram as respostas dadas por trabalhadores rurais ao sistema de dominação a que estavam submetidos. Dentro desta perspectiva, a pesquisa
evidenciou diferenças e semelhanças entre as formas de resistência dos trabalhadores brasileiros negros, por um lado, e trabalhadores italianos, por outro. Investigou-se também até
que ponto essas ações de enfrentamento produziram alterações nas relações sociais entre os agentes.
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Nas entrelinhas da história, memória e gênero. Lembranças da Fazenda Jatahy.Andriolli, Carmen Silvia 20 February 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-02-20 / Universidade Federal de Minas Gerais / This study presents the remembrances of female and male coffee-farm workers from
the Jatahy Farm, located at the Luiz Antonio County, Northeastern region of the São Paulo
State, Brazil.
The Jatahy Farm was a property that along the 20th century had been through several
manners of seizure; from 1925 to 1959 the farm was bought by the Companhia Mogiana de
Estradas de Ferro, that extinguished the coffee plantation and in its place had started the pines
and eucalyptus cultivation. In 1959 the Jatahy Farm had became a São Paulo State property
and most of its area was turned into an experimental station focused on its local forest studies,
resulting nowadays on an ecological station in which scientific researches and assisted
environmental education are the only activities allowed.
Although, thanks the seizure changes coffee farm to railway company property and
then to a conservation area the working offers decreased and the Jatahy Farm s residents
established out there since the time of coffee cultivation, soon by soon started leaving the
place they used to live in. However, the multiplicity of meanings applied to the Jatahy Farm at
the present, resulting from the effort on its conservation, are centered most on the sociability
experienced in the past, when Jatahy Farm was a coffee farm.
From that point on, this study is due to rebuild the collective memory of female and
male Jatahy Farm s coffee workers, understanding Work in its multiple dimensions the
work experienced in public and private circles as an analytical category, as way as Memory,
Gender and, specifically, the Patriarchy concept. Consequently, this dissertation aims to
discuss the gender differences existing on female and male memories, also considering the
tenant farmers experiences as Italian immigrants.
Reconstructing their life experiences throughout the Work as an analytical category is
faced here as the ground zero for understanding sociabilities, representations and the
multiplicity of meanings conferred to individual and collective life. Furthermore, the Gender
category allows taking work, history and female opposed-power out off the invisibility,
exploring the Patriarchy constructing and reconstructing process throughout time and, for that
reason, its a-historical character.
The time cut selected (1925-1959) is intended to include the periods in which Jatahy
Farm was both a coffee farm and a Companhia Mogiana Railway property. The adopted
research method was Oral History, by the possibilities it offers on registering and
understanding remembrances, combined to other kinds of documents. The dialogue
established amongst the variety of sources, oral and written, enhanced the relations on
memory and history, which was focused on the local and regional historiography. The
reconstruction of tenant farmers collective memory was also possible thanks to photographic
sources, understood as a support for memories and the elaboration of affective maps by the
deponents. / Este estudo analisa as lembranças de trabalhadoras e trabalhadores de uma antiga
fazenda cafeeira do Nordeste Paulista, a Fazenda Jatahy, município de Luiz Antônio/SP. Esta
fazenda passou por diferentes formas de apropriação da terra ao longo do século XX.
Primeiramente, de 1925 a 1945, foi uma importante fazenda cafeeira do nordeste paulista.
Posteriormente, de 1945 a 1959, foi comprada pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro,
que substituiu o cultivo do café pelos de pinos e eucaliptos. Em 1959, esta área passou a ser
gerida pelo Governo do Estado de São Paulo, que a transformou em uma estação
experimental, intensificando a silvicultura. Atualmente, grande parte da área da antiga
fazenda é uma estação ecológica estadual, onde apenas são permitidas as pesquisas científicas
e atividades de educação ambiental monitoradas. Após essas diferentes formas de apropriação
da terra fazenda cafeeira, estrada de ferro e, atualmente, área de preservação estadual os
moradores e moradoras, que ali viviam à época do café, aos poucos abandonaram a área em
virtude da diminuição da oferta de trabalho. Entretanto, as (re)significações da atual área de
preservação centram-se, sobretudo, na sociabilidade de outrora, quando a área era uma
fazenda cafeeira. A partir desta constatação, objetivou-se reconstruir a memória coletiva
desses trabalhadores e trabalhadoras. Utilizam-se como categorias de análise o trabalho,
compreendido em suas múltiplas dimensões o trabalho nas esferas pública e privada , a
memória e o gênero, especificamente o patriarcado. Por conseguinte, visa-se a elencar as
diferenças de gênero existentes na memória feminina e na masculina. A reconstrução das
experiências dessas colonas e colonos por meio do trabalho é o ponto central para a
compreensão da sociabilidade, das representações e das múltiplas (re)significações da vida
individual e coletiva. Ademais, o crivo de gênero permite retirar da invisibilidade o trabalho, a
história e o contra-poder femininos, analisando as construções e (re)construções do
patriarcado, desmistificando, assim, seu caráter a-histórico. O recorte temporal
abrange o período da fazenda cafeeira e da Companhia Mogiana (1925 a 1959). A
metodologia utilizada é a história oral, que permitiu registrar tais lembranças. Somada a ela,
fontes documentais foram utilizadas. O diálogo entre as fontes oral e escrita possibilitou
realizar a relação entre memória e história, centrando-se, entretanto, na historiografia local e
regional. A reconstrução da memória coletiva desses colonos e colonas edificou-se ainda por
meio de fontes iconográficas, concebidas como detonadoras de lembranças, e de mapas
afetivos.
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Italianos em casos de conflitos e tensões nas fazendas de café da comarca de Araraquara, 1890-1914.Teixeira, Rosane Siqueira 30 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-30 / This study it approached cases of conflicts characterized for physical, moral,
economic and racial the violence, for work questions, that involve deriving Italian immigrants
of diverse regions of Italy and other ethnic groups on coffee plantations of the judicial district
of Araraquara in the period of 1890-1914, using as source criminal records. The present work
searched to understand the values that guided a violent behavior in the daily conflicts,
investigating the solidarity possibilities between the ethnic groups in the individual actions,
mainly between the Italians. In this perspective, the work evidenced that the regional
differences between the Italians limited the solidarity of the group, over all of the northern
ones and of central Italy in relation to the meridionals. The analysis of the criminal records
also evidenced that the main values that guided a violent behavior in the daily conflicts were
to receive a wage just and to have movement freedom. These values had been verified for all
the ethnic groups in question. / Este estudo abordou casos de conflitos caracterizados pela violência física,
moral, econômica e racial, por questões de trabalho, que envolvem imigrantes italianos
oriundos de diversas regiões da Itália e outras etnias nas fazendas de café da comarca de
Araraquara no período de 1890-1914, usando como fonte processos criminais. O presente
trabalho buscou compreender os valores que orientavam uma conduta violenta nos conflitos
cotidianos, investigando as chances de solidariedade entre as etnias nas ações individuais,
principalmente entre os italianos. Nesta perspectiva, o trabalho evidenciou que as diferenças
regionais entre os italianos limitavam a solidariedade do grupo, sobretudo dos setentrionais e
da Itália central em relação aos meridionais. A análise dos processos também evidenciou que
os principais valores que orientavam uma conduta violenta nos conflitos cotidianos eram os
de receber um salário justo e de ter liberdade de movimento. Esses valores foram verificados
para todas as etnias em questão.
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