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Mulheres Quilombolas e uso de plantas medicinais: práticas de cura em Santa Rita de Barreira/PAGUEDES, Ana Célia Barbosa 13 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-13 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo é sobre o uso de planta medicinais entre as mulheres da comunidade quilombola de
Santa Rita de Barreira, as quais utilizam esse recurso natural para prevenir e tratar a saúde de
seu grupo racial. A comunidade está localizada no km 12 da PA-251, na zona rural do município
de São Miguel do Guamá, Pará. A pesquisa buscou compreender o uso e manipulação de plantas
para fins medicinais para o tratamento de enfermidades, a transmissão dos saberes relacionados
à manipulação desse recurso, as lutas, resistências, construções socioculturais, simbólicas e
práticas coletivas de domínio do território pelas mulheres da comunidade. Além disso, as
estratégias de preservação do modo de vida do grupo social foram exploradas. Na
contemporaneidade, esse povo se autoidentifica como remanescente de quilombo e é
reconhecido como quilombola pelo Estado brasileiro e pelos moradores do município no qual
está localizado, tendo recebido do ITERPA, o título de domínio coletivo da terra em 22 de
setembro de 2002. Utilizou-se como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica sobre
a temática em questão e a história oral, entrevistas semiestruturadas foram aplicadas com
alguns(as) moradores(as) da comunidade. Dada a natureza da pesquisa, fotografias foram
tiradas como comprovação de evidências. Os dados foram coletados nos meses de junho, julho
e agosto de 2017. Nessa comunidade, a maioria das mulheres utiliza remédios à base de plantas
medicinais e tal prática ocorre devido à herança cultural, mas também pela falta de
implementação de políticas públicas de saúde na região onde a pesquisa foi realizada. Os
saberes relacionados ao uso daqueles recursos vêm sendo transmitidos pelas mulheres por
diversas gerações. Assim, são as curandeiras e benzedeiras que ao longo dos anos vem
ressignificando esses saberes para tratar da saúde do grupo social local. As mulheres dessa
comunidade desempenham várias funções para sua subsistência e de seus familiares, e também
para o tratamento da saúde das pessoas que vivem na comunidade. Dessa forma, elas rompem
com o modelo eurocêntrico, já que desempenham diferentes papéis, tornando-se fundamentais
ao bem-estar do seu grupo social. / This study focused on the use of medicinal plants among women of the Quilombola community
of Santa Rita de Barreira, where natural resources are used to treat the collective health of their
ethnic group. The community is located 12 km of PA 251, in the rural area of the municipality
of São Miguel do Guamá, in the state of Pará. The research sought to understand the use and
manipulation of plants for medical purposes for the treatment of collective health, for the
transmission of the knowledge related to this manipulation, for the leadership, for the
sociocultural, symbolic constructions and collective practices of control of the territory by the
women of the community. Additionally, the strategies for the preservation of the way of life of
this social group were explored. In contemporary times, these people identify themselves as
Quilombo survivors and are recognized as Quilombola by the Brazilian State and by the
residents of the municipality for having received, from ITERPA, the title of collective land
ownership on September 22, 2002. As a methodological procedure, a bibliographical research
on the subject matter was conducted. An oral history of the community was explored through
semi-structured interviews conducted with some members (men and women) of the community.
Given the nature of the research, photographs were also taken as a proof of evidence. Data was
collected in June, July and August of 2017. Most women use herbal remedies in this
community, and this practice occurs due to their cultural heritage, and also because of the lack
of implementation of public health policies in the region where the research was undertaken.
The knowledge related to the use of those resources has been transmitted by women across
several generations. Thus, the curandeiras (healers) and benzedeiras (healers) have been, over
the years, re-shaping this knowledge to address the health of this local social group. The women
of this community play several roles for their subsistence and that of their families, and for the
treatment of the health of the people residing in the community. In this way, they breakaway
from roles recognized by Eurocentric values, thereby becoming fundamental to the well-being
of their social group.
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Territorialidade e uso comum entre os quilombolas de Santa Rita da Barreira em contradição com “Políticas de Etnodesenvolvimento”DINIZ, Raimundo Erundino Santos January 1900 (has links)
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Previous issue date: 2011 / SEDUC/PA - Secretaria de Estado de Educação / O estudo sobre o processo etnohistórico das unidades familiares que organizaram o povoado conhecido como Antiga Barreira, situado à margem esquerda do rio Guamá, município de São Miguel do Guamá – PA conduziu a explorar o universo de relações sociais marcado por estratégias de permanência, construções simbólicas e práticas coletivas de domínio no território com predominância do uso comum dos recursos naturais. Atualmente, o povoado é reconhecido como comunidade quilombola de Santa Rita da Barreira tendo recebido do ITERPA o título coletivo correspondente a uma área de 371 hectares. As territorialidades construídas a partir de práticas sociais fundadas na organização comunitária e a mobilização política em torno de interesses comuns reforçam o sentimento de pertença e a identidade quilombola. Essa organização do grupo se materializa frente às adversidades impostas pela sociedade dominante que lhes invizibilizaram ou construíram concepções “primordialistas” sobre o grupo e seus modos de vida. Após a titulação diversas políticas públicas chegaram á Santa Rita da Barreira através de programas e projetos que tiveram como discurso o “desenvolvimento”, a “inclusão social das comunidades quilombolas”. Instrumentos jurídicos aprovados a partir da Constituição Federal de 1988, a Constituição Estadual do Pará (1998) e do “Programa Brasil Quilombola” dentre outras iniciativas asseguram o direito ao território e a assistência social através da edição de políticas públicas específicas com vistas ao “etnodesenvolvimento”. As diversas intervenções em Santa Rita da Barreira foram feitas sem levar em consideração a trajetória das famílias no território, o conhecimento prático, o modo de vida, as construções simbólicas e as modalidades de uso comum praticadas em terras tradicionalmente ocupadas. Isto implica no surgimento de descompassos em relação às determinações jurídicas e a consciência das necessidades destes agentes sociais que em inúmeras situações (reuniões, encontro com técnicos, pesquisadores) tem sabido expor e defender suas idiossincrasias. Esta pesquisa procurou analisar a importância da etnohistória, territorialidade e práticas de uso comum dos quilombolas de Santa Rita da Barreira e identificar como este enfoque poderá contribuir para refletir programas e projetos de etnodesenvolvimento. A metodologia utilizada foi abalizada pela etnografia, etnohistória, coleta e análise de narrativas, fotografias, preenchimento de questionários, análise de documentação cartorial e bibliográfica, além da elaboração de “mapas participativos”. Os dados foram colididos durante pesquisa de campo realizada em intervalos de junho a novembro de 2010. / The study on the process ethnohistory of family units who organized the settlement known as Old Barrier, located on the left bank of the river Guama, São Miguel do Guama led to explore the universe of social relations marked by strategies of permanence, symbolic constructions and practices collective dominance in territory with a predominance of the common use of natural resources. Currently, the village is recognized as quilombo Santa Rita Barrier having received from the collective title of ITERPA corresponding to an area of 371 hectares. The territoritalities constructed from social practices based on community organizing and political mobilization around common interests reinforce a sense of belonging and identity maroon. This organization of the group materializes face the adversities imposed by the dominant society that built them or invisibilized designs "primarily" on the group and their ways of life. After titration several public policies come to the Santa Rita Barrier through programs and projects that address as the "development", "social inclusion maroon communities." Legal instruments adopted from the 1988 Federal Constitution, the Constitution State of Pará (1998) and "Program Brazil Quilombo" and other initiatives to ensure the right territory and social assistance through the issue of public policies aiming to "ethno-development". The various operations in Santa Rita Barrier were made without taking into account the trajectory of the families in the territory, practical knowledge, the way of life, the symbolic constructions and arrangements for common use practiced in lands traditionally occupied. This implies mismatches in relation to legal decisions and the awareness of social needs of these agents in many situations (meetings, meeting with technicians, researchers) has been able to explain and defend. This study sought to analyze the importance of ethnohistory, territoriality and use practices common maroon Santa Rita Barrier and identify how this approach could help reflect ethno development programs and projects. The methodology was authoritative ethnography, ethnohistory, collection and analysis of narratives, photographs, completion of questionnaires, analysis of notarial documents, "participatory maps and literature. Data were bumped during field research carried out at intervals from June to November 2010.
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