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Distintos destinos? : a separação entre meninos e meninas na educação física escolar na perspectiva de gênero

Dornelles, Priscila Gomes January 2007 (has links)
Esta dissertação discute e problematiza como corpo e gênero atravessam os discursos que, articulados, justificam a separação de meninos e meninas como um recurso didático-pedagógico adequado e/ou necessário no âmbito da Educação Física escolar. A partir das contribuições dos Estudos Culturais, de Gênero e Feministas, particularmente na sua vertente pós-estruturalista, privilegiando os trabalhos de Michel Foucault, busco visibilizar a separação como uma construção discursiva constituída por e constituinte de significados sobre feminilidade e masculinidade naturalizados nessa disciplina escolar. Como recurso metodológico, enviei questionários para professores/as de Educação Física que lecionavam para os anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. A partir das respostas obtidas com os questionários, selecionei e entrevistei dez professores/as que realizavam a separação de meninos e meninas em suas aulas. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Para explorar esse material, inspirei-me na análise foucaultiana de discurso, operando com conceitos como gênero, linguagem, cultura, discurso e poder. Ao tomar a Educação Física escolar como uma pedagogia cultural, marco que o discurso biológico atravessa e constitui as justificativas enunciadas pelos/as professores/as sobre a necessidade de separação. Ao mesmo tempo, suspeito dos essencialismos e das naturalizações como mecanismos estabelecidos pelos discursos numa tentativa de fixar o corpo como construto biológico, como origem e explicação da divisão entre estudantes na Educação Física escolar. Além disso, ao operar com gênero como ferramenta analítica, discuto e problematizo como esse conceito é mobilizado e incorporado nas argumentações dos/as professores/as para separar meninos e meninas. Gênero em sua relação com a educação e como organizador da cultura, bem como seus atravessamentos com outros marcadores sociais e seu caráter relacional, são as implicações da assunção utilizada para visibilizar como a Educação Física escolar é constituída e constitui representações generificadas. / This dissertation discusses and problematizes how body and gender cross discourses that, articulated, justify the separation between boys and girls as an adequate and/or necessary didactic-pedagogical resource in school Physical Education. From the contributions of Cultural Studies, Gender Studies and Feminist Studies, especially in their post-structuralist approach, favoring works by Michel Foucault, I have attempted to visualize the separation as a discursive construction constituted by and constituting meanings about femininity and masculinity that have been naturalized in that school subject. As a methodological resource, questionnaires were sent to teachers working in the Municipal Teaching Network of Porto Alegre. From the answers found in the questionnaires, ten teachers that used to separate boys and girls in their classes were selected and interviewed. The interviews were recorded and transcribed. In order to explore this material, a Foucauldian analysis of discourse was used, as well as concepts such as gender, language, culture, discourse, and power. Considering school Physical Education as a cultural pedagogy, I have marked the biological discourse that has crossed and constituted the justifications given by teachers for the need of separation. At the same time, I have suspected of essentialisms and naturalizations as mechanisms established by some discourses in an attempt to fix the body as a biological construction, as origin and explanation for the separation between boys and girls in school Physical Education. Besides that, operating with gender as an analytical tool, I have discussed and problematized how this concept has been mobilized and incorporated into argumentations made by teachers to separate boys and girls. Gender in relation to education, as a culture organizer, as well as its intertwining with other social markers and its relational character, are implications of this assumption that have been used to visualize how school Physical Education has been constituted and has constituted gender representations.
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Distintos destinos? : a separação entre meninos e meninas na educação física escolar na perspectiva de gênero

Dornelles, Priscila Gomes January 2007 (has links)
Esta dissertação discute e problematiza como corpo e gênero atravessam os discursos que, articulados, justificam a separação de meninos e meninas como um recurso didático-pedagógico adequado e/ou necessário no âmbito da Educação Física escolar. A partir das contribuições dos Estudos Culturais, de Gênero e Feministas, particularmente na sua vertente pós-estruturalista, privilegiando os trabalhos de Michel Foucault, busco visibilizar a separação como uma construção discursiva constituída por e constituinte de significados sobre feminilidade e masculinidade naturalizados nessa disciplina escolar. Como recurso metodológico, enviei questionários para professores/as de Educação Física que lecionavam para os anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. A partir das respostas obtidas com os questionários, selecionei e entrevistei dez professores/as que realizavam a separação de meninos e meninas em suas aulas. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Para explorar esse material, inspirei-me na análise foucaultiana de discurso, operando com conceitos como gênero, linguagem, cultura, discurso e poder. Ao tomar a Educação Física escolar como uma pedagogia cultural, marco que o discurso biológico atravessa e constitui as justificativas enunciadas pelos/as professores/as sobre a necessidade de separação. Ao mesmo tempo, suspeito dos essencialismos e das naturalizações como mecanismos estabelecidos pelos discursos numa tentativa de fixar o corpo como construto biológico, como origem e explicação da divisão entre estudantes na Educação Física escolar. Além disso, ao operar com gênero como ferramenta analítica, discuto e problematizo como esse conceito é mobilizado e incorporado nas argumentações dos/as professores/as para separar meninos e meninas. Gênero em sua relação com a educação e como organizador da cultura, bem como seus atravessamentos com outros marcadores sociais e seu caráter relacional, são as implicações da assunção utilizada para visibilizar como a Educação Física escolar é constituída e constitui representações generificadas. / This dissertation discusses and problematizes how body and gender cross discourses that, articulated, justify the separation between boys and girls as an adequate and/or necessary didactic-pedagogical resource in school Physical Education. From the contributions of Cultural Studies, Gender Studies and Feminist Studies, especially in their post-structuralist approach, favoring works by Michel Foucault, I have attempted to visualize the separation as a discursive construction constituted by and constituting meanings about femininity and masculinity that have been naturalized in that school subject. As a methodological resource, questionnaires were sent to teachers working in the Municipal Teaching Network of Porto Alegre. From the answers found in the questionnaires, ten teachers that used to separate boys and girls in their classes were selected and interviewed. The interviews were recorded and transcribed. In order to explore this material, a Foucauldian analysis of discourse was used, as well as concepts such as gender, language, culture, discourse, and power. Considering school Physical Education as a cultural pedagogy, I have marked the biological discourse that has crossed and constituted the justifications given by teachers for the need of separation. At the same time, I have suspected of essentialisms and naturalizations as mechanisms established by some discourses in an attempt to fix the body as a biological construction, as origin and explanation for the separation between boys and girls in school Physical Education. Besides that, operating with gender as an analytical tool, I have discussed and problematized how this concept has been mobilized and incorporated into argumentations made by teachers to separate boys and girls. Gender in relation to education, as a culture organizer, as well as its intertwining with other social markers and its relational character, are implications of this assumption that have been used to visualize how school Physical Education has been constituted and has constituted gender representations.
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Distintos destinos? : a separação entre meninos e meninas na educação física escolar na perspectiva de gênero

Dornelles, Priscila Gomes January 2007 (has links)
Esta dissertação discute e problematiza como corpo e gênero atravessam os discursos que, articulados, justificam a separação de meninos e meninas como um recurso didático-pedagógico adequado e/ou necessário no âmbito da Educação Física escolar. A partir das contribuições dos Estudos Culturais, de Gênero e Feministas, particularmente na sua vertente pós-estruturalista, privilegiando os trabalhos de Michel Foucault, busco visibilizar a separação como uma construção discursiva constituída por e constituinte de significados sobre feminilidade e masculinidade naturalizados nessa disciplina escolar. Como recurso metodológico, enviei questionários para professores/as de Educação Física que lecionavam para os anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. A partir das respostas obtidas com os questionários, selecionei e entrevistei dez professores/as que realizavam a separação de meninos e meninas em suas aulas. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Para explorar esse material, inspirei-me na análise foucaultiana de discurso, operando com conceitos como gênero, linguagem, cultura, discurso e poder. Ao tomar a Educação Física escolar como uma pedagogia cultural, marco que o discurso biológico atravessa e constitui as justificativas enunciadas pelos/as professores/as sobre a necessidade de separação. Ao mesmo tempo, suspeito dos essencialismos e das naturalizações como mecanismos estabelecidos pelos discursos numa tentativa de fixar o corpo como construto biológico, como origem e explicação da divisão entre estudantes na Educação Física escolar. Além disso, ao operar com gênero como ferramenta analítica, discuto e problematizo como esse conceito é mobilizado e incorporado nas argumentações dos/as professores/as para separar meninos e meninas. Gênero em sua relação com a educação e como organizador da cultura, bem como seus atravessamentos com outros marcadores sociais e seu caráter relacional, são as implicações da assunção utilizada para visibilizar como a Educação Física escolar é constituída e constitui representações generificadas. / This dissertation discusses and problematizes how body and gender cross discourses that, articulated, justify the separation between boys and girls as an adequate and/or necessary didactic-pedagogical resource in school Physical Education. From the contributions of Cultural Studies, Gender Studies and Feminist Studies, especially in their post-structuralist approach, favoring works by Michel Foucault, I have attempted to visualize the separation as a discursive construction constituted by and constituting meanings about femininity and masculinity that have been naturalized in that school subject. As a methodological resource, questionnaires were sent to teachers working in the Municipal Teaching Network of Porto Alegre. From the answers found in the questionnaires, ten teachers that used to separate boys and girls in their classes were selected and interviewed. The interviews were recorded and transcribed. In order to explore this material, a Foucauldian analysis of discourse was used, as well as concepts such as gender, language, culture, discourse, and power. Considering school Physical Education as a cultural pedagogy, I have marked the biological discourse that has crossed and constituted the justifications given by teachers for the need of separation. At the same time, I have suspected of essentialisms and naturalizations as mechanisms established by some discourses in an attempt to fix the body as a biological construction, as origin and explanation for the separation between boys and girls in school Physical Education. Besides that, operating with gender as an analytical tool, I have discussed and problematized how this concept has been mobilized and incorporated into argumentations made by teachers to separate boys and girls. Gender in relation to education, as a culture organizer, as well as its intertwining with other social markers and its relational character, are implications of this assumption that have been used to visualize how school Physical Education has been constituted and has constituted gender representations.

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