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Participação de sistemas antioxidantes e de sinalização intracelular nos mecanismos centrais após lesão nervosa periférica

Dal Bosco, Lidiane January 2010 (has links)
O estudo da dor abrange diferentes modelos e abordagens. A lesão de um nervo periférico esta relacionada a ocorrência de dor neuropática e a uma serie de alterações neuroquímicas e neuroanatômicas importantes, que se estendem desde o local da injúria nervosa ate os territórios de projeção central dos neurônios sensoriais. A medula espinal constitui um dos primeiros centros de processamento da informação nociceptiva, sendo de grande interesse o estudo dos possíveis moduladores neuroquímicos envolvidos neste processo. Dentre estes merecem destaque as espécies reativas de oxigênio (ROS), formadas durante o metabolismo energético celular e que em condições fisiológicas estão em equilíbrio com atividade de sistemas de defesa antioxidante. Em condições de dor neuropática tem se evidenciado um aumento na produção das ROS na medula espinal, decorrentes da diminuição de importantes sistemas antioxidantes e/ou de alterações no metabolismo energético deste tecido nervosa. Também a participag5o de vias de sinalização celular nos eventos que se seguem a lesão nervosa periférica tem sido descrita. Dentre estes, a ativação de vias de sobrevivência neuronal e também de moléculas pró-apoptóticas. Neste contexto, o presente estudo analisou os efeitos temporais da secc5o do nervo isquiático sobre as atividades das enzimas tiorredoxina redutase (TrxR) e glicose-6- fostato-desidrogenase (G6PDH), quantificação do antioxidante ácido ascórbico (AA), e determinação da expressão do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (NrF2) e do fator de indução de apoptose (AIF) em medula espinal, nos intervalos de 3, 7 e 15 dias após a lesão periférica. Para isso, foram utilizados ratos Wistar, machos e adultos, subdivididos nos grupos controle (sem manipulação experimental), sham (sofreram apenas isolamento e manipulação do nervo isquiático) e denervado (submetidos à seção unilateral completa do nervo isquiático), com n=6 para cada grupo. Estes animais foram testados quanta a ocorrência de hipersensibilidade mecânica, pelo teste de Von Frey, e pelo teste da marca das patas, a fim de se obter o índice funcional do isquiático (IFI). Aos 3, 7 e 15 dias foi realizada a decapitag5o dos animais sham e denervado, e paralelamente do grupo controle, para remoção da medula espinal lombossacral que foi submetida as analises bioquímicas e de express5o protéica. Foi demonstrado que aos 3 e 7 dias os animais denervados apresentaram hipersensibilidade ao estimulo mecânico e que a secção do nervo ciático resultou na diminuição do IFI nestes animais em todos os períodos estudados. Já as alterações na atividade das enzimas TrxR e G6PDH ocorreram tanto nos animais denervados coma nos sham; a TrxR mostrou-se reduzida em todos os períodos experimentais, com uma leve restauração da atividade aos 15 dias nos animais sham, mesmo período em que a G6PDH apresentou redução na atividade nos grupos sham e denervado. O AA também diminuiu na medula espinal destes animais, nos períodos de 7 e 15 dias. Quanta a expressão protéica, observou-se um aumento na expressão do NrF2 aos 15 dias da secção do nervo isquiático na fração, citoplasmática do tecido nervosa espinal, enquanto o AIF não apresentou variag5o entre os grupos e períodos experimentais analisados. Estes resultados evidenciam que tanto a secção do nervo isquiático como a manipulação deste nervo constituem importantes estímulos para a modulação de sistemas enzimáticos e não enzimáticos na medula espinal, os quais podem estar intimamente relacionados as alterações no metabolismo da glicose e ativação de vias de sinalização celular. Neste contexto, o NrF2 parece estar sendo mobilizado para a recuperação da proteção antioxidante da medula espinal. No entanto, são necessárias análises complementares para melhor avaliar a participação deste fator de transcrição em períodos mais recentes, já que não foi evidenciada a indução de apoptose pela via do AIF neste tecido.
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Lesão nervosa periférica e envelhecimento : efeitos do treinamento em esteira

Cunha, Núbia Broetto January 2010 (has links)
O treinamento em esteira tem sido utilizado como recurso terapêutico após a aplicação de modelos de lesão nervosa periférica, sendo considerada uma intervenção eficaz para a aceleração do processo de regeneração nervosa (ILHA et al., 2008; SABATIER et al., 2008). Em contrapartida o processo de envelhecimento pode ser um fator capaz de retardar a regeneração do nervo periférico após lesão (BOWE et al., 1987; POLA et al., 2004). Nesse contexto, o presente estudo verificou os possíveis efeitos do treinamento em esteira sobre a regeneração nervosa periférica após esmagamento do nervo ciático de ratos jovens (3 meses de idade) e maduros (13 meses de idade), utilizando análises funcional, eletrofisiológica e morfométrica. Os resultados demonstram que o treinamento em esteira melhorou a função sensoriomotora e aumentou a amplitude do potencial de ação do músculo gastrocnêmio nos animais jovens. A análise morfológica mostrou um aumento da densidade de fibras mielínicas no grupo jovem submetido à lesão, caracterizando uma reposta de poli-inervação, que foi reduzido após a aplicação do treinamento em esteira. Essa redução pode sugerir uma melhora na funcionalidade das unidades motoras após o exercício. No grupo maduro, o treinamento em esteira promoveu melhora somente na função sensoriomotora, sendo que não houve diferenças significativas nos parâmetros eletrofisiológicos e morfométricos. Futuros estudos são necessários para investigar se um maior período de treinamento nos ratos maduros é capaz de promover melhora nos parâmetros eletrofisiológicos e morfológicos, além da investigação da influência da associação do treinamento em esteira em ratos maduros com outros recursos terapêuticos como é encontrado na reabilitação de pacientes com neuropatia periférica na prática clínica.
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Participação de sistemas antioxidantes e de sinalização intracelular nos mecanismos centrais após lesão nervosa periférica

Dal Bosco, Lidiane January 2010 (has links)
O estudo da dor abrange diferentes modelos e abordagens. A lesão de um nervo periférico esta relacionada a ocorrência de dor neuropática e a uma serie de alterações neuroquímicas e neuroanatômicas importantes, que se estendem desde o local da injúria nervosa ate os territórios de projeção central dos neurônios sensoriais. A medula espinal constitui um dos primeiros centros de processamento da informação nociceptiva, sendo de grande interesse o estudo dos possíveis moduladores neuroquímicos envolvidos neste processo. Dentre estes merecem destaque as espécies reativas de oxigênio (ROS), formadas durante o metabolismo energético celular e que em condições fisiológicas estão em equilíbrio com atividade de sistemas de defesa antioxidante. Em condições de dor neuropática tem se evidenciado um aumento na produção das ROS na medula espinal, decorrentes da diminuição de importantes sistemas antioxidantes e/ou de alterações no metabolismo energético deste tecido nervosa. Também a participag5o de vias de sinalização celular nos eventos que se seguem a lesão nervosa periférica tem sido descrita. Dentre estes, a ativação de vias de sobrevivência neuronal e também de moléculas pró-apoptóticas. Neste contexto, o presente estudo analisou os efeitos temporais da secc5o do nervo isquiático sobre as atividades das enzimas tiorredoxina redutase (TrxR) e glicose-6- fostato-desidrogenase (G6PDH), quantificação do antioxidante ácido ascórbico (AA), e determinação da expressão do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (NrF2) e do fator de indução de apoptose (AIF) em medula espinal, nos intervalos de 3, 7 e 15 dias após a lesão periférica. Para isso, foram utilizados ratos Wistar, machos e adultos, subdivididos nos grupos controle (sem manipulação experimental), sham (sofreram apenas isolamento e manipulação do nervo isquiático) e denervado (submetidos à seção unilateral completa do nervo isquiático), com n=6 para cada grupo. Estes animais foram testados quanta a ocorrência de hipersensibilidade mecânica, pelo teste de Von Frey, e pelo teste da marca das patas, a fim de se obter o índice funcional do isquiático (IFI). Aos 3, 7 e 15 dias foi realizada a decapitag5o dos animais sham e denervado, e paralelamente do grupo controle, para remoção da medula espinal lombossacral que foi submetida as analises bioquímicas e de express5o protéica. Foi demonstrado que aos 3 e 7 dias os animais denervados apresentaram hipersensibilidade ao estimulo mecânico e que a secção do nervo ciático resultou na diminuição do IFI nestes animais em todos os períodos estudados. Já as alterações na atividade das enzimas TrxR e G6PDH ocorreram tanto nos animais denervados coma nos sham; a TrxR mostrou-se reduzida em todos os períodos experimentais, com uma leve restauração da atividade aos 15 dias nos animais sham, mesmo período em que a G6PDH apresentou redução na atividade nos grupos sham e denervado. O AA também diminuiu na medula espinal destes animais, nos períodos de 7 e 15 dias. Quanta a expressão protéica, observou-se um aumento na expressão do NrF2 aos 15 dias da secção do nervo isquiático na fração, citoplasmática do tecido nervosa espinal, enquanto o AIF não apresentou variag5o entre os grupos e períodos experimentais analisados. Estes resultados evidenciam que tanto a secção do nervo isquiático como a manipulação deste nervo constituem importantes estímulos para a modulação de sistemas enzimáticos e não enzimáticos na medula espinal, os quais podem estar intimamente relacionados as alterações no metabolismo da glicose e ativação de vias de sinalização celular. Neste contexto, o NrF2 parece estar sendo mobilizado para a recuperação da proteção antioxidante da medula espinal. No entanto, são necessárias análises complementares para melhor avaliar a participação deste fator de transcrição em períodos mais recentes, já que não foi evidenciada a indução de apoptose pela via do AIF neste tecido.
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Lesão nervosa periférica e envelhecimento : efeitos do treinamento em esteira

Cunha, Núbia Broetto January 2010 (has links)
O treinamento em esteira tem sido utilizado como recurso terapêutico após a aplicação de modelos de lesão nervosa periférica, sendo considerada uma intervenção eficaz para a aceleração do processo de regeneração nervosa (ILHA et al., 2008; SABATIER et al., 2008). Em contrapartida o processo de envelhecimento pode ser um fator capaz de retardar a regeneração do nervo periférico após lesão (BOWE et al., 1987; POLA et al., 2004). Nesse contexto, o presente estudo verificou os possíveis efeitos do treinamento em esteira sobre a regeneração nervosa periférica após esmagamento do nervo ciático de ratos jovens (3 meses de idade) e maduros (13 meses de idade), utilizando análises funcional, eletrofisiológica e morfométrica. Os resultados demonstram que o treinamento em esteira melhorou a função sensoriomotora e aumentou a amplitude do potencial de ação do músculo gastrocnêmio nos animais jovens. A análise morfológica mostrou um aumento da densidade de fibras mielínicas no grupo jovem submetido à lesão, caracterizando uma reposta de poli-inervação, que foi reduzido após a aplicação do treinamento em esteira. Essa redução pode sugerir uma melhora na funcionalidade das unidades motoras após o exercício. No grupo maduro, o treinamento em esteira promoveu melhora somente na função sensoriomotora, sendo que não houve diferenças significativas nos parâmetros eletrofisiológicos e morfométricos. Futuros estudos são necessários para investigar se um maior período de treinamento nos ratos maduros é capaz de promover melhora nos parâmetros eletrofisiológicos e morfológicos, além da investigação da influência da associação do treinamento em esteira em ratos maduros com outros recursos terapêuticos como é encontrado na reabilitação de pacientes com neuropatia periférica na prática clínica.
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Aspectos motores e neurais em ratos submetidos à lesão do sistema nervoso central e periférico e tratamento de reabilitação

Pagnussat, Aline de Souza January 2009 (has links)
O objetivo desta tese foi caracterizar o desempenho de ratos Wistar no teste do Staircase; avaliar se o treinamento de habilidade e de repetição poderia induzir diferente recuperação motora, adaptações morfológicas e plasticidade encefálica após lesão do plexo braquial e isquemia focal, além de analisar os efeitos da isquemia cerebral induzida por endotelina-1 na área média das fibras do músculo sóleo. Nossos resultados mostraram que ratos Wistar, de forma semelhante ao observado em outras linhagens, apresentam bom desempenho na tarefa do Staircase em 2 semanas após iniciado o período de treinamento; todavia, o número de animais capazes de atingir o critério mínimo (alcance e consumo de 15 esferas comestíveis) aumenta em torno de 10% quando o tempo de treinamento é estendido por mais algumas semanas. Após lesão do Sistema Nervoso Periférico (SNP), os animais submetidos à lesão do plexo braquial e treinamento de reabilitação por meio de tarefa de repetição apresentaram axônios em estágio mais avançado de recuperação, conforme evidenciado pela análise da espessura da bainha de mielina, diâmetro do axônio mielinizado e diâmetro total da fibra mielinizada. Em relação à avaliação comportamental, ambas as tarefas induziram aceleração da recuperação funcional, mas sem diferença entre os dois tratamentos propostos. Após lesão do Sistema Nervoso Central (SNC), os animais submetidos à isquemia focal e treinamento de habilidade demonstraram níveis mais elevados de proteínas relacionadas à sinapse (Sinapsina-I e PSD-95) no córtex sensório-motor e hipocampo no hemisfério lesado. O conteúdo de GFAP no córtex aumentou em função da isquemia e não foi modificado por nenhuma das tarefas de reabilitação. No hipocampo, o treinamento de habilidade resultou em maior imunoconteúdo de proteína glial fibrilar ácida (GFAP). Em relação à avaliação comportamental, nenhum grau de recuperação, espontânea ou induzida pela reabilitação, foi observado ao final do experimento. A análise das fibras do músculo sóleo não evidenciou atrofia no membro posterior contralateral ao hemisfério isquêmico. Por outro lado, a sobrecarga do membro nãoparético (ipsilateral à lesão) foi suficiente para induzir hipertrofia muscular. Concluímos que a lesão do plexo braquial por esmagamento e a isquemia focal induzida por endotelina – 1 (ET-1) causam prejuízo funcional, o qual pode ser avaliado por meio do teste do Staircase em ratos Wistar; que as atividades motoras de habilidade e de repetição induzem padrões diferentes de regeneração no SNP e no SNC; e que a isquemia focal, em longo prazo, pode induzir aumento da área média das fibras do músculo sóleo no membro posterior ipsilesional. Esses resultados ampliam os conhecimentos acerca da lesão no SNP e SNC, formas de avaliação comportamental e métodos para reabilitação funcional. / The aim of this study was to characterize the performance of Wistar rats in the Staircase test, to investigate whether skilled and unskilled training would induce different motor recovery, morphological improvement and brain plasticity after brachial plexus crush and focal brain ischemia and to analyze the effects of focal ischemia produced by Endothelin -1 on soleus muscle fiber cross-sectional area. Our results showed that Wistar rats, similar to other strains, can display high performance on the Staircase test after 2 weeks of training; that the number of animals that attained the inclusion criterion increased by 10% with longer times of training; and that the stricter criterion of 15 pellets taken can be adopted as study inclusion criterion. After Peripheral Nervous System (PNS) lesion, animals submitted to brachial plexus injury and unskilled training showed axons in more mature appearance, as evidenced by greater myelin thickness, myelinated fiber and axon diameter. With regard to functional evaluation, the rehabilitation resulted in no difference between treatments. After Central Nervous System (CNS) lesion, animals submitted to focal brain ischemia and skilled training showed high levels of brain proteins related to synapse (synapsin-I and PSD-95) in sensorimotor cortex and hippocampus. The content of glial fibrillary acidic protein (GFAP) in ischemic sensorimotor cortex was augmented as result of focal brain ischemia and it was no modified by rehabilitation. In hippocampus skilled training resulted in higher GFAP levels when compared with ischemia and unskilled training. With regard to functional evaluation, animals remained permanently impaired at the end of evaluations. The analyses of soleus muscle fibers showed no atrophic factor on hind limb contralateral to the ischemic hemisphere. Nevertheless, the overuse of non-paretic limb was sufficient to induce hypertrophy of soleus on limb ipsilateral to injured hemisphere. We conclude that brachial plexus crushing and focal brain ischemia induce functional impairment, which can be evaluated by means of Staircase in Wistar rats; that skilled and unskilled motor activity can induce different pattern of regeneration in PNS and CNS; and that long term focal brain ischemia result in increase of transverse cross sectional area of soleus fibers in non-paretic limb. The findings extend the understanding about PNS and CNS lesion, evaluation and rehabilitation treatment.
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Participação de sistemas antioxidantes e de sinalização intracelular nos mecanismos centrais após lesão nervosa periférica

Dal Bosco, Lidiane January 2010 (has links)
O estudo da dor abrange diferentes modelos e abordagens. A lesão de um nervo periférico esta relacionada a ocorrência de dor neuropática e a uma serie de alterações neuroquímicas e neuroanatômicas importantes, que se estendem desde o local da injúria nervosa ate os territórios de projeção central dos neurônios sensoriais. A medula espinal constitui um dos primeiros centros de processamento da informação nociceptiva, sendo de grande interesse o estudo dos possíveis moduladores neuroquímicos envolvidos neste processo. Dentre estes merecem destaque as espécies reativas de oxigênio (ROS), formadas durante o metabolismo energético celular e que em condições fisiológicas estão em equilíbrio com atividade de sistemas de defesa antioxidante. Em condições de dor neuropática tem se evidenciado um aumento na produção das ROS na medula espinal, decorrentes da diminuição de importantes sistemas antioxidantes e/ou de alterações no metabolismo energético deste tecido nervosa. Também a participag5o de vias de sinalização celular nos eventos que se seguem a lesão nervosa periférica tem sido descrita. Dentre estes, a ativação de vias de sobrevivência neuronal e também de moléculas pró-apoptóticas. Neste contexto, o presente estudo analisou os efeitos temporais da secc5o do nervo isquiático sobre as atividades das enzimas tiorredoxina redutase (TrxR) e glicose-6- fostato-desidrogenase (G6PDH), quantificação do antioxidante ácido ascórbico (AA), e determinação da expressão do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (NrF2) e do fator de indução de apoptose (AIF) em medula espinal, nos intervalos de 3, 7 e 15 dias após a lesão periférica. Para isso, foram utilizados ratos Wistar, machos e adultos, subdivididos nos grupos controle (sem manipulação experimental), sham (sofreram apenas isolamento e manipulação do nervo isquiático) e denervado (submetidos à seção unilateral completa do nervo isquiático), com n=6 para cada grupo. Estes animais foram testados quanta a ocorrência de hipersensibilidade mecânica, pelo teste de Von Frey, e pelo teste da marca das patas, a fim de se obter o índice funcional do isquiático (IFI). Aos 3, 7 e 15 dias foi realizada a decapitag5o dos animais sham e denervado, e paralelamente do grupo controle, para remoção da medula espinal lombossacral que foi submetida as analises bioquímicas e de express5o protéica. Foi demonstrado que aos 3 e 7 dias os animais denervados apresentaram hipersensibilidade ao estimulo mecânico e que a secção do nervo ciático resultou na diminuição do IFI nestes animais em todos os períodos estudados. Já as alterações na atividade das enzimas TrxR e G6PDH ocorreram tanto nos animais denervados coma nos sham; a TrxR mostrou-se reduzida em todos os períodos experimentais, com uma leve restauração da atividade aos 15 dias nos animais sham, mesmo período em que a G6PDH apresentou redução na atividade nos grupos sham e denervado. O AA também diminuiu na medula espinal destes animais, nos períodos de 7 e 15 dias. Quanta a expressão protéica, observou-se um aumento na expressão do NrF2 aos 15 dias da secção do nervo isquiático na fração, citoplasmática do tecido nervosa espinal, enquanto o AIF não apresentou variag5o entre os grupos e períodos experimentais analisados. Estes resultados evidenciam que tanto a secção do nervo isquiático como a manipulação deste nervo constituem importantes estímulos para a modulação de sistemas enzimáticos e não enzimáticos na medula espinal, os quais podem estar intimamente relacionados as alterações no metabolismo da glicose e ativação de vias de sinalização celular. Neste contexto, o NrF2 parece estar sendo mobilizado para a recuperação da proteção antioxidante da medula espinal. No entanto, são necessárias análises complementares para melhor avaliar a participação deste fator de transcrição em períodos mais recentes, já que não foi evidenciada a indução de apoptose pela via do AIF neste tecido.
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Aspectos motores e neurais em ratos submetidos à lesão do sistema nervoso central e periférico e tratamento de reabilitação

Pagnussat, Aline de Souza January 2009 (has links)
O objetivo desta tese foi caracterizar o desempenho de ratos Wistar no teste do Staircase; avaliar se o treinamento de habilidade e de repetição poderia induzir diferente recuperação motora, adaptações morfológicas e plasticidade encefálica após lesão do plexo braquial e isquemia focal, além de analisar os efeitos da isquemia cerebral induzida por endotelina-1 na área média das fibras do músculo sóleo. Nossos resultados mostraram que ratos Wistar, de forma semelhante ao observado em outras linhagens, apresentam bom desempenho na tarefa do Staircase em 2 semanas após iniciado o período de treinamento; todavia, o número de animais capazes de atingir o critério mínimo (alcance e consumo de 15 esferas comestíveis) aumenta em torno de 10% quando o tempo de treinamento é estendido por mais algumas semanas. Após lesão do Sistema Nervoso Periférico (SNP), os animais submetidos à lesão do plexo braquial e treinamento de reabilitação por meio de tarefa de repetição apresentaram axônios em estágio mais avançado de recuperação, conforme evidenciado pela análise da espessura da bainha de mielina, diâmetro do axônio mielinizado e diâmetro total da fibra mielinizada. Em relação à avaliação comportamental, ambas as tarefas induziram aceleração da recuperação funcional, mas sem diferença entre os dois tratamentos propostos. Após lesão do Sistema Nervoso Central (SNC), os animais submetidos à isquemia focal e treinamento de habilidade demonstraram níveis mais elevados de proteínas relacionadas à sinapse (Sinapsina-I e PSD-95) no córtex sensório-motor e hipocampo no hemisfério lesado. O conteúdo de GFAP no córtex aumentou em função da isquemia e não foi modificado por nenhuma das tarefas de reabilitação. No hipocampo, o treinamento de habilidade resultou em maior imunoconteúdo de proteína glial fibrilar ácida (GFAP). Em relação à avaliação comportamental, nenhum grau de recuperação, espontânea ou induzida pela reabilitação, foi observado ao final do experimento. A análise das fibras do músculo sóleo não evidenciou atrofia no membro posterior contralateral ao hemisfério isquêmico. Por outro lado, a sobrecarga do membro nãoparético (ipsilateral à lesão) foi suficiente para induzir hipertrofia muscular. Concluímos que a lesão do plexo braquial por esmagamento e a isquemia focal induzida por endotelina – 1 (ET-1) causam prejuízo funcional, o qual pode ser avaliado por meio do teste do Staircase em ratos Wistar; que as atividades motoras de habilidade e de repetição induzem padrões diferentes de regeneração no SNP e no SNC; e que a isquemia focal, em longo prazo, pode induzir aumento da área média das fibras do músculo sóleo no membro posterior ipsilesional. Esses resultados ampliam os conhecimentos acerca da lesão no SNP e SNC, formas de avaliação comportamental e métodos para reabilitação funcional. / The aim of this study was to characterize the performance of Wistar rats in the Staircase test, to investigate whether skilled and unskilled training would induce different motor recovery, morphological improvement and brain plasticity after brachial plexus crush and focal brain ischemia and to analyze the effects of focal ischemia produced by Endothelin -1 on soleus muscle fiber cross-sectional area. Our results showed that Wistar rats, similar to other strains, can display high performance on the Staircase test after 2 weeks of training; that the number of animals that attained the inclusion criterion increased by 10% with longer times of training; and that the stricter criterion of 15 pellets taken can be adopted as study inclusion criterion. After Peripheral Nervous System (PNS) lesion, animals submitted to brachial plexus injury and unskilled training showed axons in more mature appearance, as evidenced by greater myelin thickness, myelinated fiber and axon diameter. With regard to functional evaluation, the rehabilitation resulted in no difference between treatments. After Central Nervous System (CNS) lesion, animals submitted to focal brain ischemia and skilled training showed high levels of brain proteins related to synapse (synapsin-I and PSD-95) in sensorimotor cortex and hippocampus. The content of glial fibrillary acidic protein (GFAP) in ischemic sensorimotor cortex was augmented as result of focal brain ischemia and it was no modified by rehabilitation. In hippocampus skilled training resulted in higher GFAP levels when compared with ischemia and unskilled training. With regard to functional evaluation, animals remained permanently impaired at the end of evaluations. The analyses of soleus muscle fibers showed no atrophic factor on hind limb contralateral to the ischemic hemisphere. Nevertheless, the overuse of non-paretic limb was sufficient to induce hypertrophy of soleus on limb ipsilateral to injured hemisphere. We conclude that brachial plexus crushing and focal brain ischemia induce functional impairment, which can be evaluated by means of Staircase in Wistar rats; that skilled and unskilled motor activity can induce different pattern of regeneration in PNS and CNS; and that long term focal brain ischemia result in increase of transverse cross sectional area of soleus fibers in non-paretic limb. The findings extend the understanding about PNS and CNS lesion, evaluation and rehabilitation treatment.
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Lesão nervosa periférica e envelhecimento : efeitos do treinamento em esteira

Cunha, Núbia Broetto January 2010 (has links)
O treinamento em esteira tem sido utilizado como recurso terapêutico após a aplicação de modelos de lesão nervosa periférica, sendo considerada uma intervenção eficaz para a aceleração do processo de regeneração nervosa (ILHA et al., 2008; SABATIER et al., 2008). Em contrapartida o processo de envelhecimento pode ser um fator capaz de retardar a regeneração do nervo periférico após lesão (BOWE et al., 1987; POLA et al., 2004). Nesse contexto, o presente estudo verificou os possíveis efeitos do treinamento em esteira sobre a regeneração nervosa periférica após esmagamento do nervo ciático de ratos jovens (3 meses de idade) e maduros (13 meses de idade), utilizando análises funcional, eletrofisiológica e morfométrica. Os resultados demonstram que o treinamento em esteira melhorou a função sensoriomotora e aumentou a amplitude do potencial de ação do músculo gastrocnêmio nos animais jovens. A análise morfológica mostrou um aumento da densidade de fibras mielínicas no grupo jovem submetido à lesão, caracterizando uma reposta de poli-inervação, que foi reduzido após a aplicação do treinamento em esteira. Essa redução pode sugerir uma melhora na funcionalidade das unidades motoras após o exercício. No grupo maduro, o treinamento em esteira promoveu melhora somente na função sensoriomotora, sendo que não houve diferenças significativas nos parâmetros eletrofisiológicos e morfométricos. Futuros estudos são necessários para investigar se um maior período de treinamento nos ratos maduros é capaz de promover melhora nos parâmetros eletrofisiológicos e morfológicos, além da investigação da influência da associação do treinamento em esteira em ratos maduros com outros recursos terapêuticos como é encontrado na reabilitação de pacientes com neuropatia periférica na prática clínica.
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Aspectos motores e neurais em ratos submetidos à lesão do sistema nervoso central e periférico e tratamento de reabilitação

Pagnussat, Aline de Souza January 2009 (has links)
O objetivo desta tese foi caracterizar o desempenho de ratos Wistar no teste do Staircase; avaliar se o treinamento de habilidade e de repetição poderia induzir diferente recuperação motora, adaptações morfológicas e plasticidade encefálica após lesão do plexo braquial e isquemia focal, além de analisar os efeitos da isquemia cerebral induzida por endotelina-1 na área média das fibras do músculo sóleo. Nossos resultados mostraram que ratos Wistar, de forma semelhante ao observado em outras linhagens, apresentam bom desempenho na tarefa do Staircase em 2 semanas após iniciado o período de treinamento; todavia, o número de animais capazes de atingir o critério mínimo (alcance e consumo de 15 esferas comestíveis) aumenta em torno de 10% quando o tempo de treinamento é estendido por mais algumas semanas. Após lesão do Sistema Nervoso Periférico (SNP), os animais submetidos à lesão do plexo braquial e treinamento de reabilitação por meio de tarefa de repetição apresentaram axônios em estágio mais avançado de recuperação, conforme evidenciado pela análise da espessura da bainha de mielina, diâmetro do axônio mielinizado e diâmetro total da fibra mielinizada. Em relação à avaliação comportamental, ambas as tarefas induziram aceleração da recuperação funcional, mas sem diferença entre os dois tratamentos propostos. Após lesão do Sistema Nervoso Central (SNC), os animais submetidos à isquemia focal e treinamento de habilidade demonstraram níveis mais elevados de proteínas relacionadas à sinapse (Sinapsina-I e PSD-95) no córtex sensório-motor e hipocampo no hemisfério lesado. O conteúdo de GFAP no córtex aumentou em função da isquemia e não foi modificado por nenhuma das tarefas de reabilitação. No hipocampo, o treinamento de habilidade resultou em maior imunoconteúdo de proteína glial fibrilar ácida (GFAP). Em relação à avaliação comportamental, nenhum grau de recuperação, espontânea ou induzida pela reabilitação, foi observado ao final do experimento. A análise das fibras do músculo sóleo não evidenciou atrofia no membro posterior contralateral ao hemisfério isquêmico. Por outro lado, a sobrecarga do membro nãoparético (ipsilateral à lesão) foi suficiente para induzir hipertrofia muscular. Concluímos que a lesão do plexo braquial por esmagamento e a isquemia focal induzida por endotelina – 1 (ET-1) causam prejuízo funcional, o qual pode ser avaliado por meio do teste do Staircase em ratos Wistar; que as atividades motoras de habilidade e de repetição induzem padrões diferentes de regeneração no SNP e no SNC; e que a isquemia focal, em longo prazo, pode induzir aumento da área média das fibras do músculo sóleo no membro posterior ipsilesional. Esses resultados ampliam os conhecimentos acerca da lesão no SNP e SNC, formas de avaliação comportamental e métodos para reabilitação funcional. / The aim of this study was to characterize the performance of Wistar rats in the Staircase test, to investigate whether skilled and unskilled training would induce different motor recovery, morphological improvement and brain plasticity after brachial plexus crush and focal brain ischemia and to analyze the effects of focal ischemia produced by Endothelin -1 on soleus muscle fiber cross-sectional area. Our results showed that Wistar rats, similar to other strains, can display high performance on the Staircase test after 2 weeks of training; that the number of animals that attained the inclusion criterion increased by 10% with longer times of training; and that the stricter criterion of 15 pellets taken can be adopted as study inclusion criterion. After Peripheral Nervous System (PNS) lesion, animals submitted to brachial plexus injury and unskilled training showed axons in more mature appearance, as evidenced by greater myelin thickness, myelinated fiber and axon diameter. With regard to functional evaluation, the rehabilitation resulted in no difference between treatments. After Central Nervous System (CNS) lesion, animals submitted to focal brain ischemia and skilled training showed high levels of brain proteins related to synapse (synapsin-I and PSD-95) in sensorimotor cortex and hippocampus. The content of glial fibrillary acidic protein (GFAP) in ischemic sensorimotor cortex was augmented as result of focal brain ischemia and it was no modified by rehabilitation. In hippocampus skilled training resulted in higher GFAP levels when compared with ischemia and unskilled training. With regard to functional evaluation, animals remained permanently impaired at the end of evaluations. The analyses of soleus muscle fibers showed no atrophic factor on hind limb contralateral to the ischemic hemisphere. Nevertheless, the overuse of non-paretic limb was sufficient to induce hypertrophy of soleus on limb ipsilateral to injured hemisphere. We conclude that brachial plexus crushing and focal brain ischemia induce functional impairment, which can be evaluated by means of Staircase in Wistar rats; that skilled and unskilled motor activity can induce different pattern of regeneration in PNS and CNS; and that long term focal brain ischemia result in increase of transverse cross sectional area of soleus fibers in non-paretic limb. The findings extend the understanding about PNS and CNS lesion, evaluation and rehabilitation treatment.

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