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Nos últimos anos, o interesse pela questão dos riscos ocupacionais tem crescido de forma exponencial. Um dos fatores que ajudou ao despertar desta problemática resultou da implementação da estratégia Europa 2020 que tem como um dos seus objetivos o de garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores ao longo da sua vida profissional.O presente estudo teve como objetivo identificar os riscos de trabalho percebidos pelos colaboradores de uma farmácia hospitalar de um hospital privado do Porto. Desenvolveu-se um estudo de caso junto de todos os trabalhadores da farmácia:, cinco assistentes operacionais e quatro farmacêuticos. Para a recolha da informação recorreu-se a observações naturalistas do trabalho realizado pelos colaboradores, realização de entrevistas individuais e análise de documentos. As questões de investigação enunciadas nesta pesquisa foram as seguintes: 1) O que entendem os trabalhadores por fator de risco no trabalho?; 2) Considerando os fatores de risco no trabalho habitualmente considerados nas pesquisas, a quais é que os participantes consideram estar expostos?; 3) Existe alguma diferença de perceção dos riscos consoante as duas atividades profissionais que exercem a sua função na farmácia ?; 4) Existe alguma relação percebida entre a exposição aos fatores de riscos e a saúde dos participantes?Os resultados encontrados evidenciam que os participantes consideram estar expostos a diversos tipos de riscos, nomeadamente àqueles de origem biológica, química, ergonómico, carga/ritmo de trabalho e conflito na gestão entre os tempos de trabalho e os relativos à vida fora do trabalho. A exposição a estes fatores de risco é associada com a saúde nomeadamente a nível músculo-esquelético por parte dos assistentes operacionais e ao nível respiratório por parte dos farmacêuticos.

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Não obstante as evoluções legislativas que se têm verificado no que diz respeitoaos direitos civis das pessoas LGBT, o preconceito e a discriminação em função daorientação sexual e da identidade de género continuam a persistir. Considerando-se queo contexto escolar deve ser promotor do bem-estar e da saúde dos jovens, achou-sepertinente explorar a incidência deste preconceito no contexto educativo. Uma vez queos intervenientes do contexto educativo como os diretores, os professores e osfuncionários deverão ser os principais responsáveis da transmissão deste bem-estar,pretendeu-se averiguar as atitudes dos mesmos no que diz respeito à diversidade sexual ede género, levando-se a cabo dois estudos.Sendo assim, o primeiro estudo teve como objetivo explorar os discursos dediretores/responsáveis de 24 escolas da região do Porto e Lisboa, de forma a analisar asua perceção do clima escolar no que diz respeito à diversidade sexual e de género.Concluiu-se que nas escolas analisadas parece existir um clima maioritariamenteheterossexista, fomentado frequentemente pelos próprios intervenientes escolares. Aidade e o sexo, tanto dos emissores, como das vítimas, são também apontados como osprincipais preditores deste preconceito homofóbico e transfóbico. Observou-se ainda que,embora a maioria dos professores não pareçam fomentar a diversidade sexual e de género,as relações amorosas e a sexualidade/orientação sexual são as temáticas mais abordadasno currículo escolar.Num segundo estudo pretendeu-se explorar as atitudes face a lésbicas e gays deprofessores e funcionários (N = 111) de escolas da região do Porto. Os resultadossugeriram que o género do alvo do preconceito (gay vs. lésbica), o contacto interpessoalcom pessoas não heterossexuais e a formação académica estão associados ao preconceitohomofóbico. Ou seja, os homens têm maior tendência para atitudes discriminatóriasperante gays do que perante lésbicas; já os indivíduos que têm contacto interpessoal comlésbicas e gays têm níveis inferiores de atitudes negativas relativamente a esta população.Por fim, também os professores, que exibem maior formação académica, demonstramatitudes menos homofóbicas comparativamente aos funcionários. Os presentes estudossugerem que o preconceito homofóbico se encontra ainda bastante presente no contextoeducativo, sendo o discurso vigorado nos estabelecimentos de ensino maioritariamenteheterossexista, praticado pelos diversos intervenientes - estudantes, professores efuncionários.