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Este estudo investiga as perceções e os significados de profissionais que intervêm nadecisão de adoção, na sequência da lei que alargou a possibilidade de adoção a casais domesmo sexo. O estudo recorreu a uma metodologia qualitativa de investigação que envolveua recolha e análise de conteúdo de oito entrevistas semiestruturadas, 4 realizadas amagistrados e 4 a técnicos sociais do Instituto de Segurança Social. Através da análise deconteúdo das entrevistas foi possível deduzir 15 categorias de conteúdos e 12 subcategorias.Os dados resultantes dessa análise sugerem uma aceitação generalizada doalargamento da adoção a casais homossexuais. A garantia do superior interesse da criança éo fator centralizador dos conteúdos narrativos dos diferentes atores envolvidos na tomada dedecisão. No entanto, enquanto que para os magistrados a nova lei da adoção veio, por si,criar uma alternativa para a criança, ao permitir-lhe aumentar o leque de opções na adoção,para os técnicos sociais o foco da argumentação encontra-se na situação da criançainstitucionalizada, que tem uma história de vida complicada e se encontra fragilizada. Estascrianças correm riscos derivados da adoção não ser bem-sucedida, não obstante o processode avaliação exigir uma rigorosa avaliação das candidaturas. O processo de adoção éefetuado atualmente através de uma lista nacional de candidatos à adoção, o que temlevantado diversas dificuldades no processo de emparelhamento dos candidatos com ascrianças a adotar.O estudo revela ainda o receio de que o preconceito e o estigma, quer por parte dasociedade em geral quer da escola em particular, seja um problema para a criança adotadapor casais homossexuais, não obstante uma evolução favorável de mentalidades. Enquantoque, para uns participantes, esta dificuldade é colocada ao mesmo nível de outras existentes,como os problemas étnico-raciais, para outros, é um motivo de forte preocupação e quemerece particular reflexão na decisão. Para todos os participantes do estudo, a chavefundamental para minimizar qualquer dificuldade é o afeto dos pais adotantes pela criança.

Os automóveis e o contexto rodoviário têm um forte impacto no quotidiano da grandemaioria das pessoas, pelo que é importante compreender o papel dos estereótipos na estrada.Uma vez que o carro conduzido por um indivíduo pode exprimir, até certo ponto, o seuestatuto social e as características que lhe estão associadas, o objetivo principal deste estudoé explorar o estatuto da viatura e a forma como este se relaciona com vários fatores docontexto rodoviário. Distinguiram-se três categorias que constituem o estatuto do carro:Baixa Gama, Média Gama e Alta Gama. Foi realizado um primeiro estudo, através da técnicade associação livre de palavras, com o objetivo de perceber se as representações de viaturas,e seus respetivos condutores, de diferentes estatutos estavam associadas a diferentesvalorizações. Foi realizado um segundo, através de um questionário, com o objetivo deestudar os efeitos das perceções que os participantes produzem acerca do estatuto dasviaturas no seu comportamento como condutores, e a forma como estes se relacionam comvários fatores do contexto rodoviário.No primeiro estudo confrontamo-nos com evidências que mostram diferenças combase nas representações dos carros e dos seus respetivos condutores, enquanto que o segundoestudo vem demonstrar a necessidade de se produzirem abordagens mais complexas acercado comportamento dos condutores, tendo em conta fatores como o sexo, risco percecionado,níveis de road rage, estereótipos, avaliações de comportamentos, competências de conduçãoe sua orientação para a dominância social.

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A presente investigação visa explorar a relação entre hábitos de leitura e a memóriaoperatória, bem como a relação entre fatores de envolvimento familiar na promoção docomportamento de leitura das crianças durante a infância e a intensidade dos hábitos de leitura naidade adulta. Os materiais utilizados foram um questionário sobre leitura adaptado do Inquérito ALeitura em Portugal de Santos, Neves, Lima e Carvalho (2007), e três tarefas de amplitude dememória operatória: amplitude de leitura, amplitude de operação e amplitude de contagem.Participaram 54 estudantes universitários, 45 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, com idademédia de 21.57 anos, DP = 1.82. Os participantes foram divididos em grupos tendo em conta onúmero médio de livros lidos durante um ano. De 1 a 5 livros classificaram-se como pequenosleitores, de 6 a 20 livros, médios leitores, e mais de 20 livros, grandes leitores. Os resultadosrevelam que os médios leitores apresentam melhor desempenho na tarefa de amplitude de operaçãodo que os pequenos leitores. O mesmo se tende a verificar relativamente à tarefa de amplitude deleitura. Pelo contrário, não se encontram diferenças de desempenho entre os grupos na tarefa deamplitude de contagem. Quanto aos diversos fatores de promoção do comportamento de leituradas crianças durante a infância, não se encontram resultados que suportem que esses fatorestenham influência sobre os hábitos de leitura das crianças na idade adulta.