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Entre a dependência e a libertação: mudanças epistemológicas na teologia latino-americana a partir da apropriação da teoria da dependência pela teologia da libertaçãoEzequiel de Souza 20 May 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Introdução: A teologia da libertação assinalou o comprometimento teórico com
a prática comunitária da desprivatização da fé cristã na América Latina,
subsidiando a ideia de libertação e suas implicações holísticas. Em
consequência, a noção de libertação correspondeu ao equivalente oposto de
dependência dentro do quadro metodológico de abordagem bíblico-teológica.
Dessa forma, consiste em apresentar, a pesquisa agora submetida à avaliação,
a relação conceitual existente entre a teologia latino-americana e a crítica à
estrutura teórica do subdesenvolvimento, qual seja, a teoria da dependência.
Objetivo: Compreender o significado da correlação oposta da libertação à
dependência desde suas especificidades de acordo com a visão dos
intelectuais da libertação, e identificar a forma pela qual a dependência foi
apropriada para responder ao quadro teórico responsivo socioanalítico destes
intelectuais, bem como perceber até que ponto representou essa maneira de
labor teológico um tipo epifenomênico identitário. Métodos: Pesquisa históricosistemática,
de caráter exploratório, com orientação analítico-descritiva,
organizada a partir de esquemas classificatórios cuja disposição busca indicar
a evolução no nível de interação social dos intelectuais latino-americanos de
disputa pelos bens simbólicos dentro do campo religioso, a bem dizer, a
interpretação teológica. A interpretação dos textos reunidos seguiu um
esquema hermenêutico compreensivo pressuposto no pensamento fraco e na
antilogia teológica latino-americana. Resultados: É partindo da constatação da
refração teórica da dependência pela libertação que se poderá ver claramente
tanto a concepção epifenomênica de uma intelligentsia teológica latinoamericana,
quanto à recepção da crítica ao subdesenvolvimento, à da
dependência enquanto unidade hermenêutica correlativa ao labor teológico
sobre a libertação, que deve ser aprendida por um critério dialético-conflitivo. O
conceito de libertação aparece assim como a interpretação teológica de todo
um campo teórico tomado indistintamente, a saber, a teoria da dependência.
Conclusão: Nada mais errôneo, então, do que tomar a correlação oposta entre
dependência e libertação como constatação de semelhança entre o real
teorizado (dependência) e a conceitualização hipotética de máximas de ação
(libertação), uma vez que a opção pela tese de uma teoria geral (a do antiimperialismo)
foi recebida dentro do fazer teológico em nome da
interdisciplinaridade. O resultado implícito foi prescindir da empiria interpretada
de forma autônoma em favor do móvel moral humano sob a recuperação da
tradição profética. / Introduction: Liberation theology signaled a theoretical commitment to the
community practice of de-privatizing the Christian faith in Latin America,
supported by the Idea of liberation and its holistic implications. Consequently,
the notion of liberation corresponded to the opposite equivalent of dependence
within the methodological framework of the Biblical-theological approach. Thus
we present in the research now submitted to evaluation, the conceptual relation
that exists between Latin American theology and the criticism of the theoretical
structure of underdevelopment, that is, the theory of dependence. Goal: To
comprehend the meaning of the opposite correlation of liberation with regard to
dependence from its specificities according to the perspective of the liberation
intellectuals, and identify the way in which dependence was appropriated to
respond to the socio-analytical responsive theoretical framework of these
intellectuals, as well as perceive up to what point this manner of theological
labor represented an epiphenomenal identity type. Methods: Historicalsystematic
research of an exploratory type with a descriptive-analytical
orientation, organized on classificatory patterns the layout of which seeks to
indicate the evolution within the level of social interaction of the Latin American
intellectuals who are disputing for the symbolic goods within the religious field,
which is to say, the theological interpretation. The interpretation of the texts
gathered here followed a comprehensive hermeneutical pattern presupposed
within the weak thought and in the Latin American theological antilogy. Results:
Stemming from the observation of the theoretical refraction of dependence
toward liberation one can clearly see the epiphenomenological. concept of a
Latin American theological intelligentsia as well the reception of the criticism of
underdevelopment, of dependence as a hermeneutical unit correlating with the
theological work on liberation, which should be learned through a dialecticalconflictual
criterion. The concept of liberation thus appears as the theological
interpretation of a whole theoretical field assumed indistinctly, that is, the theory
of dependence. Conclusion: There is nothing more wrong, therefore, than to
assume the opposite correlation between dependence and liberation as an
affirmation of similarity between the theorized real (dependence) and the
hypothetical conceptualization of the action maxims (liberation) since the option
for a general theory (that of anti-imperialism) was received within the theological
work in the name of interdisciplinarity. The implicit result was to dispense with
the interpreted empiricism in an autonomous way in favor of the mobile human
moral in order to recover the prophetic tradition.
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