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Identidades de filhos ouvintes quando os pais são surdos:uma abordagem sociológica sobre o processo de socialização / The identity of hearing children of deaf parents: sociological approach of socialization process

ANDRADE, Pablo Regis 03 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:27:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Pablo Regis Andrade.pdf: 829021 bytes, checksum: 3cd6c125cb0f629ef37d92a6e7d9aed5 (MD5) Previous issue date: 2011-05-03 / This dissertation will discuss the construction of the Identity of hearing children of deaf parents, reflecting on family, socialization and deafness. Firstly we aim to understand who are the family members of those interviewed and how they see their parents, aunts, uncles and grandparents generally considered as part of these groups, a reference for the process of acquisition and the learning of values, beliefs and social rules. Starting with the idea of mediation between individuals and society, we ask what the link would be that allows individuals to see themselves as a family. Contextualized in each timeframes we perceive that family ties are developed within a perspective of loyalty. In the cases researched, the vision that aunts, uncles and grandparents form part of the group that has a direct relation to the need to reach hearing children of deaf parents to communicate orally. Therefore, this method of communication becomes one of the aspects discussed in the second chapter: the language that the children use daily Brazilian Sign Language (LIBRAS) and Portuguese. As a product of a family context, we show how they learn to communicate orally and in sign language as practical sense. These linguistic acquisitions allow those interviewed to mediate between deaf parents and chat we call the outside world, a kind of interpretating responsibility acquired in childhood. After looking at these two questions we will read about how the idea of border identity is dealt with in literature and will analyse parts of interviews that bring to our discussion elements of the way of seeing the world from this conception of being between . In this way, narrative memories about childhood and teenage years of the seven interviewees are used. We seek to understand how they become individuals with their own identities, hearing children of deaf parents, and what is contingent in the process of construction of this way of being and seeing the world. Finally we conclude that identity acquires valve from discourse for people who live between two different worlds. / Na presente dissertação, discute-se a construção de identidades de indivíduos ouvintes filhos de surdos, a partir de reflexões sobre família, socialização e surdez. Num primeiro momento, buscamos compreender quem são os membros das famílias dos entrevistados e como estes veem pais, tios e avós, geralmente considerados integrantes destes grupos, referências para o processo de aquisição e aprendizagem de valores, crenças e regras sociais. A começar pela ideia de mediação entre indivíduo e sociedade, perguntamo-nos qual seria o elo que permite aos indivíduos se perceberem como uma família. Contextualizados em cada época, entendemos que os laços de pertencimento familiar são desenvolvidos dentro de uma perspectiva de lealdade. Para os casos pesquisados, a visão de que tios e avós fazem parte do grupo tem relação direta com a necessidade de ensinar os ouvintes filhos de surdos a se relacionarem como indivíduos que se comunicam por meio da oralidade. Esta forma de comunicação se torna, então, um dos aspectos discutido no segundo capítulo: as línguas que os filhos utilizam em seu cotidiano LIBRAS e Português. Como produto do contexto familiar, demonstramos ainda que aprendem a se comunicar em língua oral e em língua de sinais como senso prático. Tais aquisições linguísticas permitem aos entrevistados fazer mediações entre os pais surdos e o que chamamos de mundo externo, um tipo de responsabilidade de interpretação adquirida na infância. Após abordarmos estas duas questões, fazemos uma leitura de como a ideia de identidade de fronteira é tratada na literatura e analisamos trechos de entrevistas que trazem para a discussão elementos de uma forma de ver o mundo a partir desta concepção de estar entre . Assim, ao utilizarmos as memórias narrativas sobre a infância e adolescência dos sete entrevistados, buscamos compreender o que lhes tornam indivíduos com identidades próprias, ouvintes filhos de surdos, e o que é contingente ao processo de construção desta forma de ser e ver o mundo. Por fim, concluímos que a identidade adquire o valor de discurso, para pessoas que vivem entre dois mundos diferentes.

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