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Governamentalidade, corpo e imagem: a constituição do sujeito fumante em companhias antitabagistas nas embalagens de cigarroSousa, Claudemir 14 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-14 / This master thesis analysis the constitution of the smoker subject in anti-smoking
campaigns present in the cigarette packs. We also aims to verify how occur the
governmentality that focus on the body of this subject and his discursive construction in
anti-smoking campaigns, in the statements molded over the syncretic materiality of
cigarette packs. We anchor us in the Discourse Analysis and its resonance in Brasil,
with emphasis on Michel Foucault’s contributions, beyond the Historical Semiology of
the picture, anchored on Jean-Jacques Courtine’s presuppositions. Methodologically, we
cut out a corpus consisting of eighteen statements inside of the archive that constructs
the smoker subject in cigarette packs and distributed them in three statements series,
which are: Smoking and the risks of illness and death to the smoker subject; The risks
of the passive smoking to health; and Smoking and sexual impotence. We use
Foucault’s archegenealogy theory, that allows us excavate from the history the
conditions of the emergency of the anti-smoking discourse, the interdiction of the
cigarettes advertising and the transformations in the statements positions of the smoker
subject in our society. In our analysis, we resort to nine cigarettes advertising, molded
over between 1930 and 1990. Such advertising are in a memory domain of statements
about smoking, what allows us to relation them to our corpus. We concluded that the
government of the population is legitimated by knowledge and institutions, such as the
medical knowledge and the legal institutions, that procure the anti-smoking discourse
and control its way of circulation. The publishing of research about the harm of
smoking to health shows that the smoke is a factor of risk for countless illness, making
the body of the smoker subject stop of being associated with vitality, virility, beauty and
glamour and started to be discoursed as an abnormal body, morbid, sexually impotent,
that represents threat to all the population, since he causes illness and death of others
individual with the passive smoking. / Esta dissertação analisa a constituição do sujeito fumante em campanhas antitabagistas
nas embalagens de cigarro. Pretendemos também verificar como ocorre a
governamentalidade que incide sobre o corpo desse sujeito e sua construção discursiva
em campanhas de prevenção ao tabagismo, a partir de enunciados que circulam na
materialidade sincrética das embalagens de cigarro. Ancoramo-nos na Análise do
Discurso e suas ressonâncias no Brasil, com ênfase nas contribuições de Michel
Foucault, além da Semiologia Histórica da imagem, que toma como base os
pressupostos de Jean-Jacques Courtine. Metodologicamente, recortamos um corpus de
18 enunciados no interior do arquivo que constitui o sujeito fumante em embalagens de
cigarro e os distribuímos em três séries enunciativas, quais sejam: Tabagismo e os
riscos de doença e morte para o sujeito fumante; Os riscos do tabagismo passivo à
saúde; e Tabagismo e impotência sexual. Utilizamos o aporte da arquegenealogia de
Foucault, que nos permite escavar da história as condições de emergência do discurso
antitabagista, a interdição das propagandas de cigarro e as transformações nas posições
enunciativas do sujeito fumante em nossa sociedade. Em nossas análises, recorremos a
nove propagandas de cigarro, veiculadas entre os anos de 1930 e 1990. Tais
propagandas estão em um domínio de memória dos enunciados sobre o tabagismo, o
que nos possibilita correlacioná-las ao nosso corpus. Concluímos que o governo da
população é legitimado por saberes e instituições, tais como o saber médico e as
instituições jurídicas, que agenciam o discurso antitabagista e controlam o seu modo de
circulação. A divulgação de pesquisas científicas sobre os males do tabagismo à saúde
mostrou que o fumo é um fator de risco para inúmeras doenças. Em decorrência disso, o
corpo do fumante deixa de ser associado à vitalidade, virilidade, beleza e ao glamour, e
passa a ser discursivizado como um corpo anormal, mórbido, sexualmente impotente e
que representa uma ameaça para toda a população, pois causa o adoecimento e morte de
outros indivíduos com o fumo passivo.
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