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A saúde do trabalhador no âmbito rural de Lavras/MG e região: considerações a partir da economia política do capitalismo dependenteMuquem, Tássia de Castro 10 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-10 / A pesquisa em questão tem como objeto a Saúde do Trabalhador em Lavras/MG e região. O estudo sobre essa área foi realizado a partir da análise dos determinantes que engendraram o afastamento laborativo dos trabalhadores rurais (empregados) que receberam benefícios por incapacidade no período de 2012 a 2015 pela Agência de Previdência Social de Lavras/MG. Tal avaliação partiu da perspectiva da Economia Política do capitalismo dependente, sendo que a pesquisa do adoecimento laborativo se caracteriza, neste trabalho, para além das condições e organização do trabalho em si, para ser avaliada a partir da configuração específica que as relações de trabalho possuem no capitalismo brasileiro, no contexto da análise do capitalismo latino americano sui generis, identificado por Ruy Mauro Marini. A categoria da superexploração da força de trabalho norteou as análises em Saúde do Trabalhador na área rural, momento importante para a identificação da pertinência em ainda se falar em superexploração da força de trabalho na região analisada. O estudo da dinâmica econômica na qual os trabalhadores rurais estão inseridos - a agropecuária - também foi um ponto importante de análise, ao se detectar sua importância para a economia brasileira e para a principal pauta de exportações de Minas Gerais, buscando compreender qual a relevância da região na contribuição da economia agropecuária do estado e a relação com a força de trabalho utilizada na produção do setor. Para a realização de todo esse percurso, foi necessário aprofundar o conhecimento a respeito da área Saúde do Trabalhador, sua conceituação e diferenças teórico-práticas em relação às demais conceituações que pretendem abarcar a relação trabalho x adoecimento no âmbito das organizações e empresas em geral. Além disso, buscou-se abordar a relação intersetorial necessária à Saúde do Trabalhador, que é composta por algumas políticas sociais, sobretudo a Previdência Social. As recentes contrarreformas do momento na cena brasileira, também foram brevemente abordadas para demonstrar como tais contrarreformas afetaram, afetam e afetarão a Saúde do Trabalhador no Brasil, uma política ainda em vias de efetivação no escopo das políticas sociais brasileiras. Assim, a análise da Saúde do Trabalhador no âmbito rural apresentou importantes dados que levaram a identificar a limitação dessa área enquanto política pública, sobretudo no âmbito rural, local em que o trabalho informal é a regra e as relações de trabalho ainda se encontram, na realidade concreta, fora dos parâmetros mínimos de regulamentação do trabalho, situação que leva a levantar a hipótese de que a informalidade do trabalho rural, na região, é funcional à acumulação de capital. Por fim, também foram pontuadas as questões sobre a Modernização da Agricultura e relações de trabalho no campo, momento em que mais se caracterizou a existência efetiva da superexploração da força de trabalho como elemento estruturante das relações de trabalho na região, identificadas nas condições de vida e trabalho, informalidade, desemprego estrutural, adoecimento e acidentes de trabalho. / La presente investigación tiene como objeto la Salud del Trabajador en Lavras / MG y región. El estudio de este área se basó en el análisis de los determinantes que engendraron el alejamiento de sus trabajos de los trabajadores rurales (empleados) quienes recibieron beneficios por incapacidad en el período de 2012 a 2015 por la Agencia de Seguro Social de Lavras / MG. Esta evaluación partió de la perspectiva de la Economía Política del capitalismo dependiente, puesto que la investigación sobre la enfermedad laboral se caracteriza, en este trabajo, más allá de las condiciones y organización del trabajo en sí, para ser evaluada a partir de la configuración específica que las relaciones de trabajo poseen en el capitalismo brasileño, en el contexto del análisis del capitalismo latinoamericano sui generis, identificado por Ruy Mauro Marini. La categoría de la superexplotación de la fuerza de trabajo condujo los análisis sobre Salud del Trabajador en el área rural, momento importante para la identificación de la pertinencia del hecho de que aún se hablar de superexplotación de la fuerza de trabajo en la región estudiada. El estudio de la dinámica económica en la que se insertan los trabajadores rurales, - la agropecuaria - también fue un punto importante de análisis, al detectarse su importancia para la economía brasileña y para la principal pauta de exportación de Minas Gerais, buscando comprender cuál es la relevancia de la región en la contribución de la economía agropecuaria del estado y la relación con la fuerza de trabajo utilizada en la producción del sector. Para la realización de todo este estudio, fue necesario profundizar el conocimiento acerca del área Salud del Trabajador, su conceptualización y diferencias teórico-prácticas en relación a las demás concepciones que pretenden abarcar la relación trabajo x enfermedad en el ámbito de las organizaciones y empresas en general. Además, se buscó abordar la relación intersectorial necesaria para la Salud del Trabajador, que está compuesta por algunas políticas sociales, sobre todo la Seguridad Social. Las recientes contrarreformas del momento en el escenario brasileño, también fueron brevemente abordadas para demostrar cómo tales contrarreformas afectaron, afectan y afectarán la Salud del Trabajador en Brasil, una política aún en vías de efectivización en el ámbito de las políticas sociales brasileñas. Así, el análisis de la Salud del Trabajador en el ámbito rural presentó importantes datos que llevaron a identificar la limitación de esa área como política pública, sobre todo en el ámbito rural, donde el trabajo informal es la norma y las relaciones laborales todavía se encuentran, en la realidad concreta, fuera de los parámetros mínimos de regulación del trabajo, situación que lleva a plantear la hipótesis de que la informalidad del trabajo rural, en la región, es funcional al acúmulo de capital. Por último, también se han planteado las cuestiones sobre la modernización de la agricultura y relaciones de trabajo en el campo, momento en que más se caracterizó la existencia efectiva de la superexplotación de la fuerza de trabajo como elemento estructurante de las relaciones de trabajo en la región, identificadas en las condiciones de vida y trabajo, informalidad, desempleo estructural, enfermedad y accidentes de trabajo.
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