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Níveis de TSH e sintomas depressivos em mulheres acima de 35 anos do Município do Rio de Janeiro / TSH levels and depressive symptoms in women over 35 years in the Rio de Janeiro City.Joanna Miguez Nery Guimarães 24 April 2007 (has links)
Alguns estudos vêm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depressão; entretanto, esta associação é ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalência de sintomas depressivos numa amostra probabilística de mulheres e investigou se existe uma associação entre níveis de TSH e a presença de sintomas
depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no município do Rio de
Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilística por
conglomerado, em três estágios de seleção, tendo por base os setores censitários do município. A função tireoidiana foi medida pelo TSH sérico, a partir das amostras coletadas
no domicílio. Para avaliação da presença/ausência de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram também coletados dados sócio demográficos e outras informações de saúde da participante. A prevalência de sintomas depressivos, frequências e associações foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos específicos do pacote SAS (versão 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de não-resposta
igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalência de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relação aos níveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (≥6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A análise ajustada mostrou que mulheres com nível de TSH≥6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da análise as participantes que auto-referiram diagnóstico prévio de doença tireoidiana, a associação entre níveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significância. Concluindo, foi observada alta prevalência de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com níveis elevados de TSH. Os resultados chamam atenção para a importância de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana. / Some studies have been indicating that hypothyroidism is a risk factor for depression; however, this association is still controversial. The present study estimated the prevalence of
depressive symptoms in a probabilistic sample of women and investigated whether there was any association between thyroid-stimulating hormone (TSH) levels and the presence of
depressive symptoms. A cross-sectional population-based study was carried out and sample of women aged 35 years and over living in the municipality of Rio de Janeiro (RJ) was
evaluated. They were interviewed and blood samples were taken. The sample design proposed for this study followed a model of probabilistic sampling by clusters, with three selection
stages based on the census tracts of municipality. Thyroid functions was measured from serum TSH levels, using samples collected in the subjects homes. To assess the presence/absence of depressive symptoms, a standardized validated instrument (PRIME-MD) was used. Sociodemographic data and other information on participants health were also
gathered. The prevalence of depressive symptoms, frequencies and associations were calculated while taking into account the design of this complex sample, using specific
procedures from the SAS statistical package (version 9.1). Out of a sample of 1500 women, 1298 were interviewed. The no-response rate was 13.5%. The final sample was composed of
1249 participants, among whom a prevalence of depressive symptoms of 45.9% was found. Regarding TSH levels, 4.8% of the sample was above the cutoff point adopted (≥6.0 mUl/ml).
Of these, 61.9% presented depressive symptoms, versus 44.9% among the women with TSH <6.0 (p=0.04). The adjusted analysis showed that the women with TSH levels ≥ 6.0 had twice as much chance of presenting depressive symptoms as did those with normal TSH levels (OR= 2.04). when the participants who self-reported a previous diagnosis of thyroid disease were excluded from the analysis, the association between TSH levels and depressive symptoms lost its significance. High prevalence of depressive symptoms was observed in the sample, specially among the group with high TSH levels. The results draw attention towards the importance of investigating thyroid comorbidity in depressed patients.
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Níveis de TSH e sintomas depressivos em mulheres acima de 35 anos do Município do Rio de Janeiro / TSH levels and depressive symptoms in women over 35 years in the Rio de Janeiro City.Joanna Miguez Nery Guimarães 24 April 2007 (has links)
Alguns estudos vêm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depressão; entretanto, esta associação é ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalência de sintomas depressivos numa amostra probabilística de mulheres e investigou se existe uma associação entre níveis de TSH e a presença de sintomas
depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no município do Rio de
Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilística por
conglomerado, em três estágios de seleção, tendo por base os setores censitários do município. A função tireoidiana foi medida pelo TSH sérico, a partir das amostras coletadas
no domicílio. Para avaliação da presença/ausência de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram também coletados dados sócio demográficos e outras informações de saúde da participante. A prevalência de sintomas depressivos, frequências e associações foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos específicos do pacote SAS (versão 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de não-resposta
igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalência de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relação aos níveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (≥6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A análise ajustada mostrou que mulheres com nível de TSH≥6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da análise as participantes que auto-referiram diagnóstico prévio de doença tireoidiana, a associação entre níveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significância. Concluindo, foi observada alta prevalência de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com níveis elevados de TSH. Os resultados chamam atenção para a importância de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana. / Some studies have been indicating that hypothyroidism is a risk factor for depression; however, this association is still controversial. The present study estimated the prevalence of
depressive symptoms in a probabilistic sample of women and investigated whether there was any association between thyroid-stimulating hormone (TSH) levels and the presence of
depressive symptoms. A cross-sectional population-based study was carried out and sample of women aged 35 years and over living in the municipality of Rio de Janeiro (RJ) was
evaluated. They were interviewed and blood samples were taken. The sample design proposed for this study followed a model of probabilistic sampling by clusters, with three selection
stages based on the census tracts of municipality. Thyroid functions was measured from serum TSH levels, using samples collected in the subjects homes. To assess the presence/absence of depressive symptoms, a standardized validated instrument (PRIME-MD) was used. Sociodemographic data and other information on participants health were also
gathered. The prevalence of depressive symptoms, frequencies and associations were calculated while taking into account the design of this complex sample, using specific
procedures from the SAS statistical package (version 9.1). Out of a sample of 1500 women, 1298 were interviewed. The no-response rate was 13.5%. The final sample was composed of
1249 participants, among whom a prevalence of depressive symptoms of 45.9% was found. Regarding TSH levels, 4.8% of the sample was above the cutoff point adopted (≥6.0 mUl/ml).
Of these, 61.9% presented depressive symptoms, versus 44.9% among the women with TSH <6.0 (p=0.04). The adjusted analysis showed that the women with TSH levels ≥ 6.0 had twice as much chance of presenting depressive symptoms as did those with normal TSH levels (OR= 2.04). when the participants who self-reported a previous diagnosis of thyroid disease were excluded from the analysis, the association between TSH levels and depressive symptoms lost its significance. High prevalence of depressive symptoms was observed in the sample, specially among the group with high TSH levels. The results draw attention towards the importance of investigating thyroid comorbidity in depressed patients.
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