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"E deu nome a todas as coisas": as relações entre violência, território e desenvolvimento na formação da Zona Rural II de São Luís, Maranhão (1996-2015)

Sbrana, Tayanná Santos de Jesus 04 May 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-05-30T18:29:13Z No. of bitstreams: 1 TayannaSbrana.pdf: 7410277 bytes, checksum: 1fa8afcb0f2f1b949eaf9261e36d7d40 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-30T18:29:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TayannaSbrana.pdf: 7410277 bytes, checksum: 1fa8afcb0f2f1b949eaf9261e36d7d40 (MD5) Previous issue date: 2017-05-04 / CAPES / This study aims to understand the formation of the Zona Rural II of São Luís as a territory of conflicts, in the period between 1996 – the year in which discussions begin on the implementation of a conservation unit as a territorial safeguard alternative for twelve communities auto identified as traditional (Rio dos Cachorros, Taim, Limoeiro, Porto Grande, Jacamim, Porto das Arraias, Parnauaçu, Jacamim, Portinho, Embaubal, Ilha Pequena, Amapá and Tauá-Mirim), in response to the expulsion processes derived from development projects, such as the Programa Grande Carajás (1980) – and 2015 – year in which these communities institute the Extractive Reserve of Tauá-Mirim. We seek to understand how communities, business and governmental managers enter into conflicts on the same territory (Zona Rural II de São Luís - MA), from different projects for region, such as RESEX or as Industrial District (DISAL), and how they do strategies within these groups in opposition or articulation between sectors. We analyze, therefore, oral sources (interviews, recordings of lectures and other public manifestations), written documentation (reports, opinions and judicial processes) and bibliography, carrying out fieldwork, collecting the sources and their conjugated analysis, and bibliographical review for theoretical leveling. / Este estudo objetiva compreender a formação da Zona Rural II de São Luís como um território de conflitos, no período compreendido entre 1996 – ano em que iniciam-se os debates acerca da implementação de uma unidade de conservação como alternativa de salvaguarda territorial de doze comunidades auto identificadas como tradicionais (Rio dos Cachorros, Taim, Limoeiro, Porto Grande, Jacamim, Porto das Arraias, Parnauaçu, Jacamim, Portinho, Embaubal, Ilha Pequena, Amapá e Tauá-Mirim), em resposta aos processos de expulsão derivados de projetos de desenvolvimento, como o Programa Grande Carajás (1980) – e 2015 – ano em que as referidas comunidades auto instituem a Reserva Extrativista de Tauá-Mirim. Buscamos compreender como comunidades, gestores empresariais e governamentais entram em conflitos por conta de um mesmo território (Zona Rural II de São Luís – MA), a partir de projetos distintos para região, como RESEX ou como Distrito Industrial de São Luís (DISAL), e como são traçadas estratégias diversas no interior destes grupos em oposição ou articulação entre setores. Analisamos, portanto, fontes orais (entrevistas, gravações de palestras e outras manifestações públicas), documentação escrita (relatórios, laudos, pareceres e processos judiciais) e bibliografia, realizando trabalho de campo, coleta das fontes e sua análise conjugada, e revisão bibliográfica para nivelamento teórico.
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O poder simbólico das representações sociais: territorialidades conflitivas nas relações homem e natureza no distrito de Lavras Novas-MG / The symbolic power of social representations: conflictual territorialities in the relation between man and nature in the region of Lavras Navas - Minas Gerais

Dutra, Carina Amorim 26 June 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:33:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1470052 bytes, checksum: c36a75542c88cbbd9c76df344a41d626 (MD5) Previous issue date: 2012-06-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The presence of non-agricultural economic activities impacted the new rural Brazil. Tourism in particular has become more important, and its unmanaged exploitation were the cause of various environmental, social and cultural impacts. Tourism as a public policy, should have released the tensions produced by the current system of economic development, however, paradoxically, the activity has intensified social strife. The landscape at the origin of our research was the region of Lavras Novas - MG, which is inserted into the path of the Estrada Real, regionalization of a national public policy whose goal is to position Brazil among the important places for tourism in the world. The region of Lavras Novas is constantly changing due to the intensification of exploration of this activity in the last twenty years. "Neo-rural" groups coming from the cities are moving to the region to live from the tourism or sometimes only in search of the peace and tranquility offered by small villages. Through the Theory of Social Representations, we try to understand the different conceptions of the environment at stake in the social field of tourism, and investigate whether there are potential environmental conflicts between the actors involved in this activity. The field research took place between October and December 2011, when we conducted the surveys. The semi-structured interviews that we used as a method of data collection indicated the existence of tensions between the different social groups. It appeared clearly that the local population was globally satisfied with the progress made concerning the infrastructures. However, they also listed various problems that arose from the unmanaged development of the activity, including the contamination of water resources by sewage. The potential for environmental conflicts is also manifest in the loss of autonomy in decision making by the natives in favour of the group of entrepreneurs "from outside" who make the decisions for them. These neo-rural groups are endowed with a differentiated cultural, social and economic capital, which allows them to occupy a privileged position in the social structure of the field and thus dictate the rules and prevailing social representations. Important socio-cultural differences organize the forms of appropriation of natural resources represented by proposals for exploration diverging from those that are within reach of the local population. We noticed that another area of conflict is in the discrepancy between the groups of social imaginaries about the perception of the xii region. The configuration of territoriality resulting from these different views have moved the groups in the region in search of hegemony by the dominant social representations. The State is also involved in the social field with its expectations and responsibilities in terms of public policy, and as a mediator for the conflicts. Its positioning sometimes comes as an aggravating factor for tensions. So what we find is that there are several interests surrounding the countryside in Lavras Novas, confronting expectations and lifestyles of different social groups that do not always coexist peacefully. / A presença de atividades econômicas não agrícolas marcam o novo rural brasileiro. Entre elas ganha espaço o turismo, cuja exploração desordenada tem causado ao campo impactos ambientais, sociais e culturais diversos. O turismo enquanto política pública teria como foco amenizar as tensões produzidas pelo atual sistema de desenvolvimento econômico, entretanto, paradoxalmente, a atividade vem intensificando contendas sociais. A paisagem que deu origem a nossa pesquisa foi o distrito de Lavras Novas MG, o qual se encontra inserido no percurso da Estrada Real, regionalização de uma política pública nacional a qual tem como objetivo colocar o Brasil entre os espaços mundiais de turismo. O distrito de Lavras Novas está em constante transformação devido à intensificação da exploração da atividade nos últimos vinte anos. Grupos neo-rurais de origem urbana se dirigem para o distrito para a exploração econômica do turismo ou mesmo em busca de paz e tranqüilidade oferecidas pelos pequenos vilarejos. Por meio da Teoria das Representações Sociais, buscamos compreender as concepções distintas de meio ambiente em jogo no campo social do turismo, procurando investigar se existem potenciais de conflitos ambientais entre os atores envolvidos com a exploração da atividade. A pesquisa de campo ocorreu entre os meses de outubro e dezembro de 2011, quando realizamos os levantamentos. Como método de coleta de dados lançamos mão de entrevistas semi-estruturadas, as quais apontaram a existência de tensões diversas entre os grupos sociais. Ficou claro que a população local está satisfeita com os ganhos em infra-estrutura. Porém, enumera os vários problemas surgidos do desenvolvimento desordenado da atividade, dentre eles a contaminação de cursos hídricos por esgoto sanitário. O potencial de conflitos ambientais evidencia-se ainda na perda da autonomia nas decisões por parte dos nativos para o grupo de empresários de fora que tomam para si as determinações. Esses grupos neo-rurais são dotados de capital cultural, social e econômico diferenciados o que lhes permite ocupar uma posição privilegiada na estrutura social do campo e assim, ditar as regras e as representações sociais imperantes. Diferenças sócioculturais marcantes organizam as formas de apropriação dos recursos naturais representadas por propostas de exploração divergentes daquelas que estão ao alcance da população local. Percebemos que mais um foco de conflito está na discrepância dos imaginários sociais quanto à imagem assumida pelo distrito entre os grupos. A configuração de territorialidades resultantes das visões de mundo tem movimentado os grupos no distrito em busca da hegemonia pelas representações sociais dominantes. No campo social existe ainda a posição do Estado com suas expectativas e responsabilidades quanto à política pública e enquanto mediador do conflito. O posicionamento do Estado frente às contendas é, por vezes, um agravante para as tensões. Portanto, o que verificamos é que são diversos os interesses envolvendo a paisagem rural em Lavras Novas, confrontando anseios e modos de vida de grupos sociais diversos o que nem sempre coexiste de forma pacífica.

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