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Valor da espirometria para detecção de asma em estudos epidemiológicos / Importance of spirometry for asthma epidemiologic research.

Pereira, Luciano Penha 28 February 2013 (has links)
O diagnóstico da asma baseia-se na anamnese e no exame clínico, mas provas de função pulmonar e avaliação da alergia contribuem para o diagnóstico. A espirometria é o exame complementar mais utilizado em pacientes asmáticos, por ser útil para o diagnóstico, por ser o exame mais disponível no sistema de saúde, para classificação da gravidade e para o monitoramento terapêutico. A medida da reatividade brônquica é um exame mais demorado, tem maior risco, maior custo e é menos disponível. No entanto, é superior por representar melhor a fisiopatologia da asma. Este projeto tem o objetivo de determinar o valor da espirometria na investigação de asma em estudos epidemiológicos (tendo como referência a medida de reatividade brônquica). Foram analisados os dados de 1922 indivíduos que constituíram uma coorte de nascidos em hospitais de Ribeirão Preto em 1978 e 1979. Estes indivíduos preencheram questionários, incluindo o questionário da European Community Respiratory Health Survey; foram submetidos à espirometria e ao teste de broncoprovocação com metacolina, que mede a reatividade brônquica. Para análise dos dados, a asma foi definida pela associação de teste de broncoprovocação positivo com pelo menos um dos sintomas: sibilância, aperto no peito, dispneia, dispneia noturna. A prevalência de volume expiratório forçado no primeiro segundo menor que oitenta por cento (VEF1 < 80%) do previsto (espirometria alterada ou VEF1 reduzido) foi de 10,9%, a prevalência de hiperreatividade brônquica foi de 22,2% e a prevalência de asma foi de 10,4% na amostra de 1922 indivíduos. A espirometria teve sensibilidade de 38% para detectar asma no sexo masculino e de 16% no sexo feminino com especificidades de 94% e 90%, respectivamente. Na análise univariada, houve associação entre espirometria alterada e diagnóstico de asma apenas no sexo masculino com razão de prevalência (RP) de 5,31 com intervalo de confiança de 95% de 3,60-7,83. No sexo feminino, a RP foi de 1,34 (0,87-2,07). Na análise multivariada, a associação entre espirometria alterada e o diagnóstico de asma foi evidenciada em homens pela RP de 4,20 (2,71-6,71), mas não foi evidenciada em mulheres: 1,24 (0,79-1,93). O índice Kappa entre VEF1 reduzido e asma foi de 0,13 (0,08 - 0,19). Portanto, empregando-se o teste de broncoprovocação com sintomas para definir asma, a espirometria demonstra limitações, como baixa sensibilidade, fraca concordância e diferenças na capacidade de detectar asma entre homens e mulheres. / The diagnosis of asthma is based on history and clinical examination, but pulmonary function tests and allergy evaluation contribute to diagnosis. Spirometry is the most used complementary test in patients with asthma because it is useful and the most available in medical routine to classify the severity and therapeutic monitoring. Measurement of bronchial reactivity is more time consuming, has a higher risk, higher cost and lower availability. However, it is thought to be superior because it represents the pathophysiology of asthma. This project aims to determine the value of spirometry for asthma screening in epidemiological studies (as compared with bronchial reactivity measurement). Data from 1922 individuals who comprised a cohort of children born in hospitals in Ribeirão Preto in 1978 and 1979 were analyzed. These individuals completed questionnaires, including the questionnaire of the European Community Respiratory Health Survey; underwent spirometry and methacholine challenge test, which measures the bronchial reactivity. For data analysis, asthma was defined by the association of bronchial hyper reactivity with corresponding symptoms: wheezing, tightness in the chest, dyspnea and nocturnal dyspnea. The prevalence of reduced forced expiratory volume in one second (FEV1), i.e. less than 80% of predicted, was 10.9%; the prevalence of bronchial hyper reactivity was 22.2%; and, the prevalence of asthma was 10.4% in this sample of 1922 individuals. Spirometry had a sensitivity of 38% to detect asthma in males and 16% in females with specificities of 94% and 90%, respectively. According to univariate analysis, there was an association between spirometry and asthma diagnosis in males, with prevalence ratio (PR) of 5.31 and 95% confidence interval of 3.60 to 7.83, but there was not association in females, PR was 1.34 (0.87 to 2.07). These results were confirmed by multivariate analysis with PR of 4.20 (2.71 to 6.71) in men and 1.24 (0.79 to 1.93) in women. Kappa agreement between reduced FEV1 and asthma was 0.13 (0.08 - 0.19). Therefore, by using positive methacholine challenge test with symptoms to define asthma, spirometry shows limits, as low sensitivity, poor concordance and differences between genders.
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Valor da espirometria para detecção de asma em estudos epidemiológicos / Importance of spirometry for asthma epidemiologic research.

Luciano Penha Pereira 28 February 2013 (has links)
O diagnóstico da asma baseia-se na anamnese e no exame clínico, mas provas de função pulmonar e avaliação da alergia contribuem para o diagnóstico. A espirometria é o exame complementar mais utilizado em pacientes asmáticos, por ser útil para o diagnóstico, por ser o exame mais disponível no sistema de saúde, para classificação da gravidade e para o monitoramento terapêutico. A medida da reatividade brônquica é um exame mais demorado, tem maior risco, maior custo e é menos disponível. No entanto, é superior por representar melhor a fisiopatologia da asma. Este projeto tem o objetivo de determinar o valor da espirometria na investigação de asma em estudos epidemiológicos (tendo como referência a medida de reatividade brônquica). Foram analisados os dados de 1922 indivíduos que constituíram uma coorte de nascidos em hospitais de Ribeirão Preto em 1978 e 1979. Estes indivíduos preencheram questionários, incluindo o questionário da European Community Respiratory Health Survey; foram submetidos à espirometria e ao teste de broncoprovocação com metacolina, que mede a reatividade brônquica. Para análise dos dados, a asma foi definida pela associação de teste de broncoprovocação positivo com pelo menos um dos sintomas: sibilância, aperto no peito, dispneia, dispneia noturna. A prevalência de volume expiratório forçado no primeiro segundo menor que oitenta por cento (VEF1 < 80%) do previsto (espirometria alterada ou VEF1 reduzido) foi de 10,9%, a prevalência de hiperreatividade brônquica foi de 22,2% e a prevalência de asma foi de 10,4% na amostra de 1922 indivíduos. A espirometria teve sensibilidade de 38% para detectar asma no sexo masculino e de 16% no sexo feminino com especificidades de 94% e 90%, respectivamente. Na análise univariada, houve associação entre espirometria alterada e diagnóstico de asma apenas no sexo masculino com razão de prevalência (RP) de 5,31 com intervalo de confiança de 95% de 3,60-7,83. No sexo feminino, a RP foi de 1,34 (0,87-2,07). Na análise multivariada, a associação entre espirometria alterada e o diagnóstico de asma foi evidenciada em homens pela RP de 4,20 (2,71-6,71), mas não foi evidenciada em mulheres: 1,24 (0,79-1,93). O índice Kappa entre VEF1 reduzido e asma foi de 0,13 (0,08 - 0,19). Portanto, empregando-se o teste de broncoprovocação com sintomas para definir asma, a espirometria demonstra limitações, como baixa sensibilidade, fraca concordância e diferenças na capacidade de detectar asma entre homens e mulheres. / The diagnosis of asthma is based on history and clinical examination, but pulmonary function tests and allergy evaluation contribute to diagnosis. Spirometry is the most used complementary test in patients with asthma because it is useful and the most available in medical routine to classify the severity and therapeutic monitoring. Measurement of bronchial reactivity is more time consuming, has a higher risk, higher cost and lower availability. However, it is thought to be superior because it represents the pathophysiology of asthma. This project aims to determine the value of spirometry for asthma screening in epidemiological studies (as compared with bronchial reactivity measurement). Data from 1922 individuals who comprised a cohort of children born in hospitals in Ribeirão Preto in 1978 and 1979 were analyzed. These individuals completed questionnaires, including the questionnaire of the European Community Respiratory Health Survey; underwent spirometry and methacholine challenge test, which measures the bronchial reactivity. For data analysis, asthma was defined by the association of bronchial hyper reactivity with corresponding symptoms: wheezing, tightness in the chest, dyspnea and nocturnal dyspnea. The prevalence of reduced forced expiratory volume in one second (FEV1), i.e. less than 80% of predicted, was 10.9%; the prevalence of bronchial hyper reactivity was 22.2%; and, the prevalence of asthma was 10.4% in this sample of 1922 individuals. Spirometry had a sensitivity of 38% to detect asthma in males and 16% in females with specificities of 94% and 90%, respectively. According to univariate analysis, there was an association between spirometry and asthma diagnosis in males, with prevalence ratio (PR) of 5.31 and 95% confidence interval of 3.60 to 7.83, but there was not association in females, PR was 1.34 (0.87 to 2.07). These results were confirmed by multivariate analysis with PR of 4.20 (2.71 to 6.71) in men and 1.24 (0.79 to 1.93) in women. Kappa agreement between reduced FEV1 and asthma was 0.13 (0.08 - 0.19). Therefore, by using positive methacholine challenge test with symptoms to define asthma, spirometry shows limits, as low sensitivity, poor concordance and differences between genders.
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Teste em esteira e teste do degrau para avaliação do broncoespasmo induzido pelo exercício: eles são intercambiáveis? / Treadmill test and step test for evaluation of exercise-induced bronchospasm: are they interchangeable?

Selman, Jessyca Pachi Rodrigues 20 February 2017 (has links)
Submitted by Nadir Basilio (nadirsb@uninove.br) on 2018-07-17T21:34:06Z No. of bitstreams: 1 Jessyca Pachi Rodrigues Selman.pdf: 751192 bytes, checksum: 08273d86b91dafd414b9a67b3de3faab (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-17T21:34:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jessyca Pachi Rodrigues Selman.pdf: 751192 bytes, checksum: 08273d86b91dafd414b9a67b3de3faab (MD5) Previous issue date: 2017-02-20 / Introduction: The tests of broncoprovocation with exercises most used are the tests in cycleergometer and treadmill. The step test is a simple test, with the advantage of being portable and performed in any environment. Objective: To compare the incremental step test (IST) with the treadmill test for evaluation of exercise-induced bronchospasm (EIB) in patients diagnosed with asthma; Secondarily, to contrast the cardiorespiratory demand during the exercise between both tests. Method: Was recruted Patients with asthma from the Asthma Out patient Clinic of the Allergy, Clinical Immunology and Rheumatology Department of the Federal University of São Paulo (UNIFESP), clinical lystable in the last six weeks. The order of the tests (treadmill or step) was performed on diferente days randomized. The patients performed the following sequence: pre-exercise spirometry, bronchoprovocation exercise test (according to randomization) together with analysis of expired gases and spirometry at times of 5, 10, 15, 20 and 30 minutes after exercise. Results: The step test had a lower metabolic, ventilatory and cardiovascular demand (p <0.05). There was pooragreement on kappa values ranging from 0.21 to 0.36. Although EIB prevalence was higher in the treadmill test (60%) compared to the IST (47%), functional characteristics rest did not differ between "discordant" versus "concordant" (p> 0. 05). The EIB was not related to the ability to reach very high levels of ventilation (≥ 40% or ≥ 60% maximum voluntary ventilation). In addition, a negative step, but a positive treadmill test (and vice-versa) was not associated with higher ventilatory demands in the positive test (p> 0.05). Conclusion: The prevalence of EIB was not related with ventilatory demand in the treadmill and step tests. Although, when the negative step test should be confirmed in a treadmill test in children with EIB symptoms. / Introdução: Os testes de broncoprovocação com exercícios mais utilizados são os testes em cicloergômetro e esteira ergométrica. O teste do degrau é um teste simples, com a vantagem de ser portátil e realizado em qualquer ambiente. Objetivo: Comparar o teste do degrau incremental (TDI) com o teste em esteira para avaliação do broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE) em pacientes com diagnóstico de asma; secundariamente, contrastar a demanda cardiorrespiratória durante o exercício entre ambos os testes. Método: Pacientes com asma encaminhados do Ambulatório de Asma da Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), estáveis clinicamente nas últimas seis semanas. A ordem dos testes (esteira ou degrau), realizados em dias diferentes, foi randomizada. Os pacientes realizaram a seguinte sequência: espirometria préexercício, teste de exercício de broncoprovocação (segundo a randomização) juntamente com a análise dos gases expirados e espirometria nos tempos de 5, 10, 15, 20 e 30 minutos após o exercício. Resultados: O teste do degrau teve um menor demanda metabólica, ventilatória e cardiovascular (p <0,05). Houve uma pobre concordância nos valores de kappa variando entre 0,21 e 0,36. Embora a prevalência do BIE tenha sido superior no teste em esteira (60%) em comparação com o teste do degrau (47%), as características funcionais de repouso não diferiram entre os "discordantes" versus os "concordantes"(p> 0,05). O BIE não estava relacionado com a capacidade de atingir níveis muito altos de ventilação (≥40% ou ≥60% ventilação voluntária máxima). Além disso, um degrau negativo, mas um teste em esteira positivo (e vice-versa) não foi associado a maiores demandas ventilatórias no teste positivo (p> 0,05). Conclusão: A prevalência de BIE não foi relacionada à demanda ventilatória atingida nos testes do degrau e em esteira. Embora, quando o teste do degrau negativo deva ser confirmado em um teste em esteira em crianças com sintomas de BIE.

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