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Amígdala medial póstero-ventral : caracterização ultra-estrutural e volume somático neuronal em ratos machos e fêmeas ao longo do ciclo estralRocha, Maria Izabel Ugalde Marques da January 2006 (has links)
A amígdala medial póstero-ventral (MePV) é uma estrutura encefálica onde os hormônios gonadais têm um efeito neurotrófico nos ratos. Os objetivos deste trabalho foram: 1) estimar e comparar o volume somático neuronal da MePV de machos (n=5) e fêmeas nas fases de diestro, proestro e estro (n=5 em cada fase) do ciclo ovariano, além de avaliar o possível efeito na lateralidade em ambos os hemisférios cerebrais. Para tanto utilizou-se a reconstrução estereológica de cortes seriados. 2) Caracterizar os aspectos ultra-estruturais neuronais e descrever a ultra-estrutura dos contatos sinápticos nas diferentes porções de tais células (dendritos, espinhos dendríticos, soma e axônio) da mesma região de ratos machos (n=8) e fêmeas em diestro (n=8). Todos os animais foram manipulados de acordo com os procedimentos éticos, anestesiados e perfundidos por via transcardíaca, tendo seus encéfalos sido removidos, pós-fixados e processados para a microscopia eletrônica. No primeiro experimento, as estimativas do volume somático médio de neurônios da MePV esquerda e direita foram realizadas usando-se o método de Cavalieri associado à técnica de contagem de pontos. Os dados foram comparados entre os grupos usando-se o teste de análise de variância (ANOVA) de duas vias para medidas repetidas e pelo teste post-hoc das mínimas diferenças significativas. O nível de significância estatística foi estabelecido em p < 0,05. A análise estatística dos dados mostrou que houve uma diferença no volume somático da MePV entre os grupos experimentais, machos, fêmeas em diestro, proestro e estro [F(3,16) = 3,42; p = 0,043], mas não houve diferença quanto à lateralidade [F(1,16) = 0,19; p = 0,668] nem na interação entre grupos e lateralidade [F(3,16) = 0,99; p = 0,421]. As comparações post-hoc mostraram que a média do volume dos machos não diferem quando comparados com fêmeas em diestro (p > 0,05), mas foi significativamente maior do que em fêmeas em proestro e em estro (p < 0,05 em ambos os casos). Quando foram comparadas as médias do volume somático da MePV nas diferentes fases do ciclo estral das fêmeas, não houve diferença significativa entre esses todos (p > 0,05). No segundo experimento, secções ultrafinas (70-80 nm) foram analisadas e a ultra-estrutura da MePV descrita. No neuropilo da MePV de machos e fêmeas em diestro, neurônios e suas organelas, dendritos com e sem espinho, processos axonais, feixes axônicos não-mielinizados e poucos axônios mielinizados, processos gliais e vasos sangüíneos foram identificados. Além disso, foram observadas sinapses axo-dendríticas supostamente excitatórias com suas regiões pré-sinápticas contendo vesículas claras arredondadas com algumas achatadas e outras de centro denso. Os dendritos algumas vezes recebem vários terminais axonais sobre um mesmo ramo e axônios contatando com mais de uma estrutura pós-sináptica também foram observados. Os espinhos dendríticos apresentavam diferentes morfologias e geralmente recebiam um único contato sináptico, ainda que se tenha observado espinhos com mais de um terminal em aposição a sua membrana. Sinapses simétricas supostamente inibitórias também foram observadas e geralmente no soma neuronal. Os presentes resultados demonstram que: 1) o volume somático neuronal é um parâmetro sexualmente dimórfico na MePV, sendo maior em machos do que em fêmeas em proestro e estro, mas não em fêmeas em diestro. 2) para evidenciar portanto, os efeitos dos hormônios gonadais nos neurônios da MePV é relevante considerar os estágios do ciclo estral das ratas. 3) o volume somático neuronal não mostrou lateralidade nem interação entre os grupos e lateralidade. 4) as peculiaridades nucleares e citoplasmáticas dos neurônios da MePV de ratos machos e fêmeas em diestro não diferem entre si e são semelhantes àquelas de outras áreas encefálicas. 5) espinhos dendríticos formam somente sinapses assimétricas (tipo I), aparentemente excitatórias, e podem ter mais de um contato sináptico. 6) sinapses simétricas (tipo II), aparentemente inibitórias, ocorrem somente sobre ramos dendríticos proximais e somas neuronais. 7) os terminais axonais formando sinapses foram observadas vesículas claras arredondadas e algumas achatadas e ocasionalmente algumas de centro denso. 8) aparentemente as fêmeas apresentaram maior quantidade de vesículas de centro denso do que em machos. O presente trabalho acrescenta novos achados que são importantes para o estudo da organização celular e sináptica da MePV e que podem se associar a outros dados morfológicos previamente descritos na literatura de modo a aumentar a compreensão que se tem a respeito da atividade funcional dessa área do encéfalo de ratos machos e fêmeas, ainda pouco explorada.
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Estudo sobre a densidade de espinhos dentríticos de neurônios da amígdala medial póstero-dorsal de ratos em diferentes condições experimentaisMarcuzzo, Simone January 2006 (has links)
O núcleo medial da amígdala (AMe), cujo um de seus componentes tem localização póstero-dorsal (AMePD), é uma estrutura encefálica que apresenta plasticidade morfofuncional em seus neurônios e modula vários comportamentos sociais e reprodutivos em ratos. Os objetivos do presente estudo foram determinar a densidade de espinhos dendríticos de neurônios da AMePD de ratos nas seguintes condições experimentais: 1) machos adultos e não manipulados experimentalmente, para estudar separadamente os neurônios multipolares de tipo bipenachados e estrelados; 2) machos adultos submetidos ao estresse de contenção por 1 h, por 6 h ou por 28 dias; 3) machos adultos criados em “ambiente enriquecido” por 3 semanas; e, 4) em machos com idade avançada (24 meses), estudá-los na velhice. Todos os animais (N = 6 em cada grupo) foram manipulados em condições éticas e submetidos ao método de Golgi do tipo “single-section”. Nos animais dos grupos controle e submetidos ao estresse de contenção, adicionalmente as adrenais foram retiradas e pesadas. Para o estudo dos neurônios da AMePD, os encéfalos foram seccionados em vibrátomo e os cortes coronais foram colocados, após fixação, em solução de dicromato de potássio e em nitrato de prata. Neurônios bem impregnados e indubitavelmente presentes na AMePD foram selecionados para estudo.Os espinhos presentes nos primeiros 40 μm dendríticos foram desenhados com auxílio de uma câmara clara, acoplada a microscópio óptico, em aumento de 1000X. Cada animal teve 8 ramos dendríticos selecionados, um por neurônio diferente, perfazendo 48 ramos ao total em cada grupo experimental. Para o primeiro objetivo, as médias da densidade de espinhos dendríticos dos neurônios multipolares bipenachados e estrelados foram comparados pelo teste “t” de Student. Para os demais, as médias das densidades de espinhos dendríticos dos ratos nos grupos estudados nas diferentes condições experimentais foram comparados entre todos os grupos experimentais pela ANOVA de uma via, tendo-se o grupo controle (obtido do primeiro experimento) como o mesmo para todos os outros grupos manipulados experimentalmente. A seguir, os dados foram analisados pelo teste post-hoc de Tukey tendo-se selecionado as comparações mais pertinentes aos grupos experimentais estudados. Em todos os casos o nível de significância foi estabelecido em p < 0,05. A densidade de espinhos dendríticos (média + e.p.m do número de espinhos por μm dendrítico) foi de 3,07 + 0,1 e 3,12 + 0,05 para os neurônios bipenachados e estrelados, respectivamente. Os dois tipos de neurônios multipolares não apresentaram diferença estatisticamente significativa na densidade de espinhos dendríticos entre si (p = 0,6). Desta forma, aleatoriamente selecionou-se parte dos resultados de ambos os tipos celulares que foram somados para gerar o grupo controle. Nos grupos experimentais estudados a seguir, os dois tipos morfológicos contribuíram indistintamente para os valores obtidos. Os resultados da ANOVA de uma via indicaram que em tais grupos houve diferença estatisticamente significativa quando os dados foram comparados entre si [F(5,35) = 10,736; p < 0,01]. O teste post hoc de Tukey demonstrou que o grupo submetido ao estresse de contenção por 1 h possui uma menor densidade de espinhos dendríticos em comparação ao grupo controle (1,94 + 0,08 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p < 0,01). Tal redução foi de mais de 34% em relação ao grupo controle. Já os grupos submetidos ao estresse por 6 h e ao estresse por 28 dias (média + e.p.m = 2,52 + 0,11 e 3,07 + 0,03; respectivamente), não apresentaram diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo controle (p > 0,05). O peso relativo das adrenais apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos controle e submetidos ao estresse de contenção [F (3,29) = 48,576; p < 0,01]. O grupo estressado cronicamente apresentou o peso relativo das adrenais maior do que qualquer outro dos grupos estudados (p < 0,01). O teste post hoc de Tukey demonstrou que o grupo submetido ao enriquecimento ambiental apresentou uma diminuição significativa na densidade de espinhos dendríticos em relação ao grupo controle (2,39 + 0,12 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p < 0,05) e que tal redução foi de 19% (p < 0,05). Por fim, o teste post hoc de Tukey também indicou que os ratos velhos não apresentaram diferença estatisticamente significativa no valor da densidade de espinhos dendríticos em relação ao grupo controle (2,55 + 0,16 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p > 0,05). Os resultados demonstram a plasticidade neural que ocorre na AMePD, específica para a condição experimental estudada. As modificações no número dos espinhos dendríticos na AMePD podem ser uma conseqüência do funcionamento da microcircuitaria local e da hodologia desta estrutura no contexto da organização geral do SNC do rato, como decorrência de ações hormonais nessa estrutura nervosa.
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A consolidação da memória da tarefa de esquiva inibitória requer a atividade da p38MAPK na amígdala basolateralKohler, Cristiano André January 2012 (has links)
A consolidação da memória da tarefa de esquiva inibitória (EI) requer a ativação de uma série de vias de sinalização intracelular com intuito de provocar modificações duradouras ao nível sináptico, as quais são responsáveis pela estabilização do traço mnemônico. Sabe-se que a amígdala basolateral (BLA), através de mecanismos que envolvem a liberação de noradrenalina, participa ativamente na modulação deste processo. A p38MAPK é uma enzima da família das proteínaquinases ativadas por mitógeno (MAPK) que participa de várias respostas neurofisiológicas ao estresse. Entretanto, seu papel nos mecanismos de plasticidade sináptica e no aprendizado de tarefas aversivas foi pouco estudado. O presente trabalho investiga a participação da p38MAPK na BLA no processo de consolidação da tarefa de EI em ratos adultos. A infusão do inibidor SB203580 na BLA imediatamente, mas não 180 minutos após o treinamento, impediu de uma maneira dose-dependente a formação da memória de longa duração, mas não da memória de curta duração, sem afetar a funcionalidade da amígdala, a locomoção ou a ansiedade. A infusão do seu análogo inativo SB202474 não teve efeito. O treino na EI também induziu um aumento rápido e transitório na fosforilação da p38MAPK na BLA, a qual foi revertida pela administração do antagonista dos receptores β-adrenérgicos timolol, de uma maneira dose-dependente. Estes resultados indicam que a ativação da p38MAPK é essencial para a consolidação normal da tarefa de EI, sendo este processo controlado pelo sistema noradrenérgico na BLA. / Memory consolidation associated with learning the step-down inhibitory avoidance (IA) task requires the activation of several signaling pathways in order to promote the lasting stabilization of the memory trace. It is well know that basolateral amygdala (BLA) modulates this process through noradrenergic mechanisms that are active in this structure. p38MAPK, a member of the mitogen activated protein kinases (MAPK) mediates several neurophysiological responses to stress. However, the role of this kinase in synaptic plasticity and fear-motivated learning has seldom been analyzed. The present study explores the participation of BLA p38MAPK in IA memory consolidation in adult male rats. Infusion of the p38MAPK inhibitor SB203580 into BLA immediately, but not 180 min after training, impaired long-term memory (LTM) in a dose-dependent manner without affecting short-term memory or BLA functionality. The SB203580 inactive analog SB202474 had no effect whatsoever on IA memory. IA training was accompanied by the rapid phosphorylation of p38MAPK in the BLA, which is β-adrenergic receptor-dependent. Our results indicate that activation of p38MAPK is essential for the normal consolidation of avoidance long-term memory and suggest that this process is controlled by the noradrenergic system in the BLA.
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Morfologia dendrítica de neurônios do núcleo medial da amígdala de ratos : um estudo pela técnica de GolgiDall'Oglio, Aline January 2007 (has links)
O núcleo medial da amígdala (MeA) de ratos contém receptores para hormônios gonadais em quantidades similares às encontradas em vários núcleos do hipotálamo e modula diversos comportamentos sociais, inclusive o reprodutivo. Os objetivos deste estudo foram: 1) detalhar a morfologia dendrítica geral de neurônios de ratos, machos e fêmeas adultos, dos subnúcleos do MeA, a saber: ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e póstero-ventral (MePV); 2) quantificar e comparar os aspectos relevantes da morfologia dendrítica; 3) e, baseados em dados empíricos, elaborar dendrogramas descrevendo diâmetros e comprimentos dendríticos que possam auxiliar na descrição de sua morfologia e possível função. Para tanto se empregou a técnica de Golgi e desenhos em câmara clara foram mensurados em computador. Com base nisso, o número de ramos dendríticos (por nível de arborização, desde primário até quaternário) e o comprimento dendrítico total foram submetidos à análise da variância multivariada (MANOVA). A distribuição dos dendritos em função da distância do soma foi estudada aplicando-se a técnica dos círculos concêntricos de Sholl, seguida por uma análise da variância (ANOVA) para medidas repetidas, com critério de Roy para teste de interação entre as variáveis. A distribuição espacial preferencial dos ramos dendríticos (nas coordenadas dorsal, ventral, lateral, medial e suas interações e subdivisões) foi estudada pela técnica da sobreposição de neurônios sobre grades de quadrados e submetida a um teste de χ2. Em todos os casos, o nível de significância estatística foi estabelecido em 5%. Nos três subnúcleos estudados do MeA, neurônios multipolares foram classificados como estrelados ou bipenachados, apresentaram arborização dendrítica esparsa e seus ramos dendríticos tiveram comprimentos variados. Diferença estatisticamente significante entre os sexos foi encontrada no número de ramos secundários no MeAD (maior em fêmeas, p < 0,05), mas principalmente, houve um padrão sexualmente dimórfico preferencial na distribuição dos ramos dendríticos nas coordenadas espaciais estudadas, nos três subnúcleos do MeA (como por exemplo, ramos preferentemente localizados medialmente em machos e em posição mais dorsal e ventro-medial em fêmeas, p < 0,01). Tais achados, que demonstram pela primeira vez uma diferença entre machos e fêmeas quanto à morfologia dendrítica, sugerem outra possível ação dos hormônios gonadais nos subnúcleos do MeA de ratos. Ademais, os resultados aqui apresentados podem ser integrados com dados hodológicos e com circuitos funcionalmente dinâmicos que são relevantes para a organização comportamental em ambos os sexos. / The medial nucleus of the amygdala (MeA) contains receptors for sex steroids and modulates several social behaviors. The aims of this study were: 1) to detail the general dentritic morphology of Golgi-impregnated neurons from the anterodorsal (MeAD), posterodorsal (MePD) and posteroventral (MePV) MeA subnuclei of adult male and female rats; 2) to describe, quantify and compare the morphology of their dendritic arbors; and, 3) to generate empirical dendrograms. Dendritic arborization level, number of branches in each level, and total dendritic length were compared by a multivariate analysis of variance (MANOVA). The distribution of the dendrites was submitted to the Sholl´s concentric circle technique and to an ANOVA for repeated measures followed by the Roy’s test. The preferred spatial distribution of dendritic branches (main coordinates and subdivisions) was studied using the overlaid square technique and subjected to the χ2 test. In the MeA subnuclei multipolar neurons were rather classified as bitufted or stellate ones, their spiny dendrites showed variable lengths and branched sparingly. Statistical significance between sexes was found in the number of secondary dendrites in the MeAD (higher in females, p<0.05). Interestingly, the predominant dendritic spatial orientation was sexually dimorphic in the three MeA subnuclei (for example, rather medial in males and more dorsal and ventromedial in females, p<0.01). These results provide basic morphological data for the MeA subnuclei neurons and suggest that their dendrites are also affected by gonadal hormones actions. These findings can be integrated with hodological data and within functional dynamic circuits relevant for behavioral organization in both sexes.
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A consolidação da memória da tarefa de esquiva inibitória requer a atividade da p38MAPK na amígdala basolateralKohler, Cristiano André January 2012 (has links)
A consolidação da memória da tarefa de esquiva inibitória (EI) requer a ativação de uma série de vias de sinalização intracelular com intuito de provocar modificações duradouras ao nível sináptico, as quais são responsáveis pela estabilização do traço mnemônico. Sabe-se que a amígdala basolateral (BLA), através de mecanismos que envolvem a liberação de noradrenalina, participa ativamente na modulação deste processo. A p38MAPK é uma enzima da família das proteínaquinases ativadas por mitógeno (MAPK) que participa de várias respostas neurofisiológicas ao estresse. Entretanto, seu papel nos mecanismos de plasticidade sináptica e no aprendizado de tarefas aversivas foi pouco estudado. O presente trabalho investiga a participação da p38MAPK na BLA no processo de consolidação da tarefa de EI em ratos adultos. A infusão do inibidor SB203580 na BLA imediatamente, mas não 180 minutos após o treinamento, impediu de uma maneira dose-dependente a formação da memória de longa duração, mas não da memória de curta duração, sem afetar a funcionalidade da amígdala, a locomoção ou a ansiedade. A infusão do seu análogo inativo SB202474 não teve efeito. O treino na EI também induziu um aumento rápido e transitório na fosforilação da p38MAPK na BLA, a qual foi revertida pela administração do antagonista dos receptores β-adrenérgicos timolol, de uma maneira dose-dependente. Estes resultados indicam que a ativação da p38MAPK é essencial para a consolidação normal da tarefa de EI, sendo este processo controlado pelo sistema noradrenérgico na BLA. / Memory consolidation associated with learning the step-down inhibitory avoidance (IA) task requires the activation of several signaling pathways in order to promote the lasting stabilization of the memory trace. It is well know that basolateral amygdala (BLA) modulates this process through noradrenergic mechanisms that are active in this structure. p38MAPK, a member of the mitogen activated protein kinases (MAPK) mediates several neurophysiological responses to stress. However, the role of this kinase in synaptic plasticity and fear-motivated learning has seldom been analyzed. The present study explores the participation of BLA p38MAPK in IA memory consolidation in adult male rats. Infusion of the p38MAPK inhibitor SB203580 into BLA immediately, but not 180 min after training, impaired long-term memory (LTM) in a dose-dependent manner without affecting short-term memory or BLA functionality. The SB203580 inactive analog SB202474 had no effect whatsoever on IA memory. IA training was accompanied by the rapid phosphorylation of p38MAPK in the BLA, which is β-adrenergic receptor-dependent. Our results indicate that activation of p38MAPK is essential for the normal consolidation of avoidance long-term memory and suggest that this process is controlled by the noradrenergic system in the BLA.
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A consolidação da memória da tarefa de esquiva inibitória requer a atividade da p38MAPK na amígdala basolateralKohler, Cristiano André January 2012 (has links)
A consolidação da memória da tarefa de esquiva inibitória (EI) requer a ativação de uma série de vias de sinalização intracelular com intuito de provocar modificações duradouras ao nível sináptico, as quais são responsáveis pela estabilização do traço mnemônico. Sabe-se que a amígdala basolateral (BLA), através de mecanismos que envolvem a liberação de noradrenalina, participa ativamente na modulação deste processo. A p38MAPK é uma enzima da família das proteínaquinases ativadas por mitógeno (MAPK) que participa de várias respostas neurofisiológicas ao estresse. Entretanto, seu papel nos mecanismos de plasticidade sináptica e no aprendizado de tarefas aversivas foi pouco estudado. O presente trabalho investiga a participação da p38MAPK na BLA no processo de consolidação da tarefa de EI em ratos adultos. A infusão do inibidor SB203580 na BLA imediatamente, mas não 180 minutos após o treinamento, impediu de uma maneira dose-dependente a formação da memória de longa duração, mas não da memória de curta duração, sem afetar a funcionalidade da amígdala, a locomoção ou a ansiedade. A infusão do seu análogo inativo SB202474 não teve efeito. O treino na EI também induziu um aumento rápido e transitório na fosforilação da p38MAPK na BLA, a qual foi revertida pela administração do antagonista dos receptores β-adrenérgicos timolol, de uma maneira dose-dependente. Estes resultados indicam que a ativação da p38MAPK é essencial para a consolidação normal da tarefa de EI, sendo este processo controlado pelo sistema noradrenérgico na BLA. / Memory consolidation associated with learning the step-down inhibitory avoidance (IA) task requires the activation of several signaling pathways in order to promote the lasting stabilization of the memory trace. It is well know that basolateral amygdala (BLA) modulates this process through noradrenergic mechanisms that are active in this structure. p38MAPK, a member of the mitogen activated protein kinases (MAPK) mediates several neurophysiological responses to stress. However, the role of this kinase in synaptic plasticity and fear-motivated learning has seldom been analyzed. The present study explores the participation of BLA p38MAPK in IA memory consolidation in adult male rats. Infusion of the p38MAPK inhibitor SB203580 into BLA immediately, but not 180 min after training, impaired long-term memory (LTM) in a dose-dependent manner without affecting short-term memory or BLA functionality. The SB203580 inactive analog SB202474 had no effect whatsoever on IA memory. IA training was accompanied by the rapid phosphorylation of p38MAPK in the BLA, which is β-adrenergic receptor-dependent. Our results indicate that activation of p38MAPK is essential for the normal consolidation of avoidance long-term memory and suggest that this process is controlled by the noradrenergic system in the BLA.
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Morfologia dendrítica de neurônios do núcleo medial da amígdala de ratos : um estudo pela técnica de GolgiDall'Oglio, Aline January 2007 (has links)
O núcleo medial da amígdala (MeA) de ratos contém receptores para hormônios gonadais em quantidades similares às encontradas em vários núcleos do hipotálamo e modula diversos comportamentos sociais, inclusive o reprodutivo. Os objetivos deste estudo foram: 1) detalhar a morfologia dendrítica geral de neurônios de ratos, machos e fêmeas adultos, dos subnúcleos do MeA, a saber: ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e póstero-ventral (MePV); 2) quantificar e comparar os aspectos relevantes da morfologia dendrítica; 3) e, baseados em dados empíricos, elaborar dendrogramas descrevendo diâmetros e comprimentos dendríticos que possam auxiliar na descrição de sua morfologia e possível função. Para tanto se empregou a técnica de Golgi e desenhos em câmara clara foram mensurados em computador. Com base nisso, o número de ramos dendríticos (por nível de arborização, desde primário até quaternário) e o comprimento dendrítico total foram submetidos à análise da variância multivariada (MANOVA). A distribuição dos dendritos em função da distância do soma foi estudada aplicando-se a técnica dos círculos concêntricos de Sholl, seguida por uma análise da variância (ANOVA) para medidas repetidas, com critério de Roy para teste de interação entre as variáveis. A distribuição espacial preferencial dos ramos dendríticos (nas coordenadas dorsal, ventral, lateral, medial e suas interações e subdivisões) foi estudada pela técnica da sobreposição de neurônios sobre grades de quadrados e submetida a um teste de χ2. Em todos os casos, o nível de significância estatística foi estabelecido em 5%. Nos três subnúcleos estudados do MeA, neurônios multipolares foram classificados como estrelados ou bipenachados, apresentaram arborização dendrítica esparsa e seus ramos dendríticos tiveram comprimentos variados. Diferença estatisticamente significante entre os sexos foi encontrada no número de ramos secundários no MeAD (maior em fêmeas, p < 0,05), mas principalmente, houve um padrão sexualmente dimórfico preferencial na distribuição dos ramos dendríticos nas coordenadas espaciais estudadas, nos três subnúcleos do MeA (como por exemplo, ramos preferentemente localizados medialmente em machos e em posição mais dorsal e ventro-medial em fêmeas, p < 0,01). Tais achados, que demonstram pela primeira vez uma diferença entre machos e fêmeas quanto à morfologia dendrítica, sugerem outra possível ação dos hormônios gonadais nos subnúcleos do MeA de ratos. Ademais, os resultados aqui apresentados podem ser integrados com dados hodológicos e com circuitos funcionalmente dinâmicos que são relevantes para a organização comportamental em ambos os sexos. / The medial nucleus of the amygdala (MeA) contains receptors for sex steroids and modulates several social behaviors. The aims of this study were: 1) to detail the general dentritic morphology of Golgi-impregnated neurons from the anterodorsal (MeAD), posterodorsal (MePD) and posteroventral (MePV) MeA subnuclei of adult male and female rats; 2) to describe, quantify and compare the morphology of their dendritic arbors; and, 3) to generate empirical dendrograms. Dendritic arborization level, number of branches in each level, and total dendritic length were compared by a multivariate analysis of variance (MANOVA). The distribution of the dendrites was submitted to the Sholl´s concentric circle technique and to an ANOVA for repeated measures followed by the Roy’s test. The preferred spatial distribution of dendritic branches (main coordinates and subdivisions) was studied using the overlaid square technique and subjected to the χ2 test. In the MeA subnuclei multipolar neurons were rather classified as bitufted or stellate ones, their spiny dendrites showed variable lengths and branched sparingly. Statistical significance between sexes was found in the number of secondary dendrites in the MeAD (higher in females, p<0.05). Interestingly, the predominant dendritic spatial orientation was sexually dimorphic in the three MeA subnuclei (for example, rather medial in males and more dorsal and ventromedial in females, p<0.01). These results provide basic morphological data for the MeA subnuclei neurons and suggest that their dendrites are also affected by gonadal hormones actions. These findings can be integrated with hodological data and within functional dynamic circuits relevant for behavioral organization in both sexes.
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Morfologia dendrítica de neurônios do núcleo medial da amígdala de ratos : um estudo pela técnica de GolgiDall'Oglio, Aline January 2007 (has links)
O núcleo medial da amígdala (MeA) de ratos contém receptores para hormônios gonadais em quantidades similares às encontradas em vários núcleos do hipotálamo e modula diversos comportamentos sociais, inclusive o reprodutivo. Os objetivos deste estudo foram: 1) detalhar a morfologia dendrítica geral de neurônios de ratos, machos e fêmeas adultos, dos subnúcleos do MeA, a saber: ântero-dorsal (MeAD), póstero-dorsal (MePD) e póstero-ventral (MePV); 2) quantificar e comparar os aspectos relevantes da morfologia dendrítica; 3) e, baseados em dados empíricos, elaborar dendrogramas descrevendo diâmetros e comprimentos dendríticos que possam auxiliar na descrição de sua morfologia e possível função. Para tanto se empregou a técnica de Golgi e desenhos em câmara clara foram mensurados em computador. Com base nisso, o número de ramos dendríticos (por nível de arborização, desde primário até quaternário) e o comprimento dendrítico total foram submetidos à análise da variância multivariada (MANOVA). A distribuição dos dendritos em função da distância do soma foi estudada aplicando-se a técnica dos círculos concêntricos de Sholl, seguida por uma análise da variância (ANOVA) para medidas repetidas, com critério de Roy para teste de interação entre as variáveis. A distribuição espacial preferencial dos ramos dendríticos (nas coordenadas dorsal, ventral, lateral, medial e suas interações e subdivisões) foi estudada pela técnica da sobreposição de neurônios sobre grades de quadrados e submetida a um teste de χ2. Em todos os casos, o nível de significância estatística foi estabelecido em 5%. Nos três subnúcleos estudados do MeA, neurônios multipolares foram classificados como estrelados ou bipenachados, apresentaram arborização dendrítica esparsa e seus ramos dendríticos tiveram comprimentos variados. Diferença estatisticamente significante entre os sexos foi encontrada no número de ramos secundários no MeAD (maior em fêmeas, p < 0,05), mas principalmente, houve um padrão sexualmente dimórfico preferencial na distribuição dos ramos dendríticos nas coordenadas espaciais estudadas, nos três subnúcleos do MeA (como por exemplo, ramos preferentemente localizados medialmente em machos e em posição mais dorsal e ventro-medial em fêmeas, p < 0,01). Tais achados, que demonstram pela primeira vez uma diferença entre machos e fêmeas quanto à morfologia dendrítica, sugerem outra possível ação dos hormônios gonadais nos subnúcleos do MeA de ratos. Ademais, os resultados aqui apresentados podem ser integrados com dados hodológicos e com circuitos funcionalmente dinâmicos que são relevantes para a organização comportamental em ambos os sexos. / The medial nucleus of the amygdala (MeA) contains receptors for sex steroids and modulates several social behaviors. The aims of this study were: 1) to detail the general dentritic morphology of Golgi-impregnated neurons from the anterodorsal (MeAD), posterodorsal (MePD) and posteroventral (MePV) MeA subnuclei of adult male and female rats; 2) to describe, quantify and compare the morphology of their dendritic arbors; and, 3) to generate empirical dendrograms. Dendritic arborization level, number of branches in each level, and total dendritic length were compared by a multivariate analysis of variance (MANOVA). The distribution of the dendrites was submitted to the Sholl´s concentric circle technique and to an ANOVA for repeated measures followed by the Roy’s test. The preferred spatial distribution of dendritic branches (main coordinates and subdivisions) was studied using the overlaid square technique and subjected to the χ2 test. In the MeA subnuclei multipolar neurons were rather classified as bitufted or stellate ones, their spiny dendrites showed variable lengths and branched sparingly. Statistical significance between sexes was found in the number of secondary dendrites in the MeAD (higher in females, p<0.05). Interestingly, the predominant dendritic spatial orientation was sexually dimorphic in the three MeA subnuclei (for example, rather medial in males and more dorsal and ventromedial in females, p<0.01). These results provide basic morphological data for the MeA subnuclei neurons and suggest that their dendrites are also affected by gonadal hormones actions. These findings can be integrated with hodological data and within functional dynamic circuits relevant for behavioral organization in both sexes.
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Papel do receptor do peptídeo liberador de gastrina na formação da memória emocional na amígdala basolateral e no hipocampoSilva, Daniela Lessa da January 2006 (has links)
O sistema bombesina / peptídeo liberador de gastrina (gastrin-releasing peptide - GRP) está implicado na regulação de vários aspectos neurofisiológicos e comportamentais. Em ambos estudos aqui reportados utilizamos o antagonista dos receptores GRP, (D-Tpi6, Leu13 psi[CH2NH]-Leu14) bombesin (6-14), RC-3095, como ferramenta farmacológica para ampliar o conhecìmento sobre a ação do sistema bombesina / GRP na memória na amígdala basolateral (ABL) e hipocampo. No primeiro estudo demonstramos que os receptores GRP na ABL estão envolvidos na memória aversiva. Ratos Wistar machos adultos foram treinados em tarefa de esquiva inibitória de teste único e avaliados 24 horas após para a retenção da memória. No primeiro experimento, a administração sistêmica do RC-3095 após o treino causou redução da retenção da memória. No segundo experimento, a microinfusão póstreino bilateral de RC-3095 intra-amigdaliana reduziu de maneira dose-dependente a retenção da tarefa. Consistentemente, quando a ABL foi inativada funcionalmente com o agonista GABAérgico muscimol, no terceiro experimento, o efeito da admnistração sistêmica do RC-3095 foi bloqueado. Estes resultados sugerem que a ABL medeia o efeito de inibição da memória aversiva causado pelo bloqueio de receptores GRP. No segundo estudo avaliamos o papel dos receptores GRP no hipocampo dorsal de ratos no medo inato e na formação da memória aversiva. Os ratos receberam microinfusões bilaterais de salina ou RC-3095 no hipocampo dorsal cinco minutos antes do treino em tarefa de esquiva inibitória, sendo testados 24 horas após para a retenção. Foi utilizada esquiva inibitória de múltiplos testes, e o RC-3095 não afetou a aquisição da tarefa; a retenção foi prejudicada na dose de 0,4 μg. Entretanto, em avaliação no aparato do labirinto em cruz elevado, o RC-3095 não demonstrou ter afetado o medo inato ou ansiedade. Em resumo, nossos experimentos indicam que os receptores GRP na amígdala basolateral e hipocampo estão envolvidos na consolidação da memória aversiva em ratos, e que a ABL é uma região crucial na mediação dos efeitos inibidores de memória do antagonista GRP RC-3095. / The bombesin / gastrin-releasing peptide (GRP) receptor system has been implicated in regulating several neurophysiologic and behavioral aspects. In both studies here reported we used the GRP receptor antagonist D-Tpi6, Leu13 psi[CH2NH]-Leu14 bombesin (6-14), RC-3095, as a pharmacological tool in order to extend the knowledge about the actions of bombesin / GRP system in the basolateral amygdala (BLA) and hippocampus in memory. In the first paper we show that GRP receptors in the BLA are involved in the consolidation of aversively motivated memory. Adult Wistar male rats were trained in a single-trial step-down inhibitory avoidance task and tested for retention 24 hours later. In the first experiment, post-training systemic injection of RC-3095 impaired memory retention. In the second experiment, post-training bilateral microinfusion of RC-3095 into the BLA dose-dependently impaired retention. Consistently, when BLA was functionally inactivated by the GABAergic agonist muscimol, in the third experiment, the memoryimpairing effect of RC-3095 was blocked. These results suggest that BLA mediates the memory-impairing effect of GRP receptors. Next, reported in the second paper, we evaluated the role of GRP receptors in the rat dorsal hippocampus in formation of fear-motivated memory and innate fear. Adult male Wistar rats were given a bilateral microinfusion of saline or RC-3095 into the dorsal hippocampus 5 minutes before they were trained in a continuous multiple trial inhibitory avoidance task, and tested 24 hours later. RC-3095 did not affected acquisition, but at the dose of 0,4 μg impaired retention test performance. RC-3095 did not affect innate fear and anxiety assessed in an elevated plus maze. In summary, our experiments indicate that GRP receptors in BLA and hippocampus are involved in regulating aversive memory consolidation in rats, and that the BLA is a crucial area mediating the memory-impairing effects of the GRP antagonist RC-3095.
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Caracterização ultra-estrutural e volumétrica somática dos neurônios do subnúcleo póstero-dorsal da amígdala medial de ratos adultosHermel, Erica do Espirito Santo January 2005 (has links)
Os objetivos do presente estudo foram descrever a ultra-estrutura neuronal (n=8) e analisar a distribuição dos terminais sinápticos (n=1) no subnúcleo póstero-dorsal da amígdala medial (MePD) de ratos Wistar adultos usando microscopia eletrônica de transmissão e mensurar o volume somático dos neurônios da MePD de ratos (n=5) e ratas em diestro, em proestro e em estro (n=4-5) para revelar diferenças sexuais, do ciclo estral e uma possível lateralidade nesse parâmetro morfológico usando a técnica de reconstrução seriada. Todos os animais foram perfundidos por via transcardíaca e seus encéfalos foram removidos, pós-fixados e processados para microscopia eletrônica. No primeiro experimento, secções ultrafinas (70 nm) foram analisadas e a ultra-estrutura da MePD descrita. No segundo, a estimativa do volume somático neuronal médio da MePD esquerda e direita foi realizada usando-se o método de Cavalieri associado à técnica de contagem de pontos e os dados foram comparados entre os grupos por uma ANOVA de duas vias e o teste post-hoc de Bonferroni. No neurópilo da MePD de machos, dendritos com ou sem espinhos, feixes de axônios não-mielinizados, processos axonais únicos, poucos axônios mielinizados, processos gliais e vasos sangüíneos foram identificados. Sinapses axo-dendríticas foram as mais freqüentemente observadas (58,3%) e foram principalmente excitatórias. Suas regiões pré-sinápticas continham vesículas elétron-lúcidas sozinhas ou mescladas com poucas vesículas de centro denso (DCV). Os dendritos muitas vezes receberam várias sinapses sobre um mesmo ramo, mas terminais axonais contatando mais de uma estrutura pós-sináptica também foram observados. Os espinhos dendríticos apresentaram diferentes morfologias e geralmente recebiam um único contato sináptico excitatório (33,3%). Sinapses axosomáticas (7,3%) excitatórias e inibitórias e sinapses axo-axônicas excitatórias (1%) também foram identificadas. Na MePD, o volume somático neuronal médio apresentou uma diferença estatística entre os grupos estudados (machos e fêmeas nas diferentes fases do ciclo estral) [F(3,37)=5,805; P=0,003], mas nenhum efeito da lateralidade [F(3,37)=0,246; P=0,863] ou interação entre ambos [F(3,37)=0,246; P=0,863]. Os machos (média desvio-padrão, 2038,03 543,92 e 2113,14 339,87 m3, para a MePD esquerda e direita, respectivamente) apresentaram maior volume somático neuronal médio do que fêmeas em proestro (1521,10 136,82 e 1447,71 120,78 m3; P=0,007) e em estro (1680,67 272,38 e 1551,77 174,40 m3; P=0,035), mas não do que fêmeas em diestro (2028,02 459,07 e 1852,87 385,31 m3; P > 0,05). Enfim, os presentes resultados demonstram que: 1) as características nucleares e citoplasmáticas dos neurônios da MePD são similares àquelas de outras áreas encefálicas; 2) a maioria das sinapses sobre os neurônios da MePD são excitatórias, ocorrendo principalmente sobre ramos e espinhos dendríticos; 3) os espinhos dendríticos da MePD recebem somente um contato sináptico excitatório; 4) terminais sinápticos contendo somente DCV não foram identificados, no entanto, essas vesículas apareceram mescladas às mais numerosas vesículas elétron-lúcidas em todas as regiões dos neurônios da MePD; 5) o volume somático neuronal da MePD é outro parâmetro sexualmente dimórfico; 6) separar as diferentes fases do ciclo estral é de suma importância para revelar a presença dos efeitos dos hormônios gonadais nos neurônios da MePD de ratos; e 7) o volume somático neuronal não se modifica ao longo do ciclo estral, apesar de uma tendência ser observada entre as fêmeas em diestro e proestro. Portanto, o presente trabalho provém novos achados que são relevantes para o estudo da organização celular e sináptica da MePD, que poderiam ser associados a outros dados morfológicos de modo a aumentar nossa compreensão a respeito da atividade funcional dessa área em ratos adultos.
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