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Características clínico- laboratoriais e reposta terapêutica do choque séptico em crianças com câncer admitidos na unidade de terapia intensiva pediátrica oncológica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando FigueiraABREU, Cláudia Betânia Rodrigues de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / O choque séptico está relacionado a uma alta mortalidade na população pediátrica,
principalmente entre os pacientes imunodeprimidos. As novas descobertas para
diagnóstico e tratamento do choque séptico em crianças têm reduzido a mortalidade,
porém a maioria dos estudos que chegaram a estas conclusões excluíram os pacientes
portadores de doenças oncológicas ou os incluíram em pequeno número. Estas
descobertas foram extrapoladas para a população de imunodeprimidos, porém nesta
população a mortalidade por choque séptico ainda é considerada mais alta. Este trabalho
tem o objetivo de caracterizar melhor o choque séptico nos pacientes portadores de
doenças oncológicas em relação às alterações clínicas e laboratoriais e, também, em
relação ao tratamento proposto pelo American College of Critical Care Medicine
(ACCM) e comparar os seus resultados com o que já se conhece sobre este tema entre os
pacientes pediátricos não portadores de doenças oncológicas. Métodos e resultados: Foi
realizado um estudo descritivo, prospectivo, tipo série de casos na Unidade de Terapia
Intensiva Pediátrica Oncológica de um Hospital escola, Brasil, de 18 de abril de 2010 a
08 de janeiro de 2011. As variáveis clínicas, laboratoriais e relacionadas ao tratamento
foram observadas ao diagnóstico e após seis e 24 horas do início do tratamento. A
análise foi realizada pelo Epi info 6.04: freqüência das variáveis categórica, medidas de
tendência central para as contínuas. Foram estudados 22 pacientes, a maioria com
tumores de origem hematológica e acima de seis anos de idade. A mediana do Pediatric
Risk of Mortality III(PRISMIII) foi 17,5(6-29). Choque frio ocorreu em 77,3% dos
pacientes ao diagnóstico e o quente foi reconhecido em um tempo três vezes maior que
o frio. A maioria dos pacientes (16/72,3%) preencheu mais de dois critérios para
síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), porém em 13(59%) o diagnóstico
de choque séptico só foi dado após o surgimento de hipotensão. Houve melhora dos
parâmetros macrovasculares nas primeiras seis horas do tratamento, porém a
microcirculação, avaliada pelo clearence do lactato e saturação venosa central de
oxigênio, permaneceu em disóxia. Mortalidade em 28 dias foi 68,2% e maior entre os
que desenvolveram disfunção de órgãos 3 nas primeiras 24horas. Dois (10,5%)
pacientes apresentaram valor alterado da troponina I ao diagnóstico e após 24horas
6/16(37,5%). Entre os pacientes com troponina I alterada após 24 horas, 83,3% tinham
menos de 13 anos, Pediatric Risk of Mortality III (PRISMIII)>10, maior escore de
drogas vasoativas, 80% tinham hipocalcemia, mais de 80% tinham tumores
hematológicos e usaram drogas cardiotóxicas. Todos os pacientes com troponina I
alterada não sobreviveram. Conclusões: a mortalidade foi elevada, os critérios para
definição de choque séptico utilizados hoje para crianças não oncológicas foram
adequados também para os pacientes oncológicos, quando identificados. A recuperação
da oxigenação ao nível da microcirculação foi o parâmetro mais adequado para definir
resposta terapêutica. A troponina I é um exame que se altera numa baixa freqüência
entre os pacientes pediátricos oncológicos com choque séptico, parece ter valor
prognóstico
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