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Trauma craniano violento: conhecimento parental e avaliação de material informativo

Lopes, Nahara Rodrigues Laterza 07 February 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:30:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4979.pdf: 1038551 bytes, checksum: 709a439c826b0d6630ae64c9c4187eb8 (MD5) Previous issue date: 2013-02-07 / Universidade Federal de Sao Carlos / This dissertation is a compendium of four scientific papers. Each paper describes a stage of the study, with the final goal of evaluating the effectiveness of different materials to increase parents knowledge on abusive head trauma. The first paper describes a review of national and international literature, which aimed to give a current overview of abusive head trauma (AHT). According to the review, AHT can be defined as injury to the skull and intracranial contents to a child due to a sudden unintentional impact and/or a violent shaking. It occurs mainly with babies and children under 1 year of age and can result in serious consequences for children's development, including death. Although there are specific signs for this type of abuse, it can be mistaken for common child illnesses or accidental head trauma. Thus, it is essential that health professionals are trained for the correct diagnosis. One of the main factors associated with its occurrence is the baby crying, which highlights the need for intervention with parents in order to teach them about child development and safe strategies to deal with the baby. The second paper aimed to investigate the knowledge of newborn parents about some characteristics associated with AHT, such as the pattern of the infant crying in the first months of life, strategies to deal with the crying baby and the consequences of shaking a baby. The results indicated a lack of knowledge about the severity of shaking a baby, as well as a possible Brazilian belief that babies should not be left crying alone. In this sense, there is a need for these issues to be addressed in AHT prevention efforts. The third paper aimed to investigate the belief of Brazilian parents about corporal punishment to infants, and its possible relation with abusive head trauma. As opposed to the international literature, participants of this study did not consider shaking as an appropriate strategy to discipline the baby, agreeing more with this strategy when it aimed to sooth the baby. Furthermore, the results indicated that the caregivers evaluation about the strategy s harm potential seems to influence its adoption in discipline and soothing contexts. Finally, the last paper describes the evaluation of the effectiveness of three different informational materials to increase knowledge of Brazilian parents about this type of abuse. The materials consisted of a video on abusive head trauma, a pamphlet individually read on the AHT, and a video on child safety, unrelated to AHT and used for comparison purposes. The results suggest that reading the pamphlet could be a useful strategy in prevention programs, since it increased participants' knowledge about the severity of shaking a baby, as well as the likelihood of using strategies to distance themselves from the baby when stressed by the crying. Although less significant, the results of the group who watched the video on the AHT also indicated an increase in knowledge about the average number of daily hours of baby crying. It is hoped that the results found in this dissertation will guide future AHT preventive efforts in Brazil. / A presente dissertação foi escrita no formato de um compêndio de quatro textos científicos. Cada artigo descreve uma etapa do estudo, que teve como objetivo avaliar a eficácia de diferentes materiais informativos para aumentar o conhecimento de pais de recém-nascidos sobre o trauma craniano violento pediátrico. O primeiro artigo descreve uma revisão da literatura nacional e internacional, que teve como objetivo traçar um panorama atual do trauma craniano violento (TCV). De acordo com a revisão, o TCV pode ser definido como a lesão ao crânio ou ao conteúdo intracraniano de uma criança devido a um impacto brusco intencional e/ou a uma sacudida violenta. Ocorre principalmente com bebês e crianças menores de 1 ano de idade e pode resultar em consequências graves ao desenvolvimento infantil, incluindo a morte. Apesar de haver sinais específicos para esta forma de maus-tratos, eles podem se confundir com doenças comuns em crianças ou traumas cranianos acidentais. Deste modo, torna-se imprescindível o preparo clínico dos profissionais de saúde para o diagnóstico correto. Um dos principais fatores associados à sua ocorrência é o choro do bebê, destacando a necessidade de intervenção com pais no sentido de ensiná-los sobre desenvolvimento infantil e estratégias seguras para lidar com o bebê. O segundo artigo visou investigar o conhecimento de pais de recém-nascidos sobre algumas características associadas a esta forma de maus-tratos, tais como o padrão do choro do bebê nos primeiros meses de vida, as estratégias para lidar com o choro e as consequências de sacudi-lo. Os resultados indicaram um desconhecimento dos participantes sobre a gravidade de se sacudir um bebê, bem como uma possível crença brasileira de que os bebês não devem ser deixados chorando sozinho. Neste sentido, destaca-se a necessidade dessas questões serem contempladas nas ações de prevenção do TCV. O terceiro artigo objetivou investigar a crença de pais brasileiros sobre a punição corporal em bebês e sua possível relação com o trauma craniano violento. Diferentemente do que aponta a literatura internacional, os participantes do presente estudo não consideraram o sacudir como uma estratégia adequada para disciplinar o bebê, obtendo maior concordância quando avaliada em seu potencial tranquilizador. Além disso, os resultados indicaram que a avaliação que os cuidadores fazem do potencial prejudicial de determinada estratégia parece influenciar sua adoção no cuidado com o bebê, tanto para acalmá-lo, quanto para discipliná-lo. Por fim, o último artigo descreve a avaliação da eficácia de três materiais informativos diferentes para o aumento do conhecimento de pais brasileiros sobre essa forma de maus-tratos. Os materiais consistiram em um vídeo sobre o trauma craniano violento, um panfleto sobre o TCV e um vídeo sobre segurança infantil, que não abordava o TCV e foi utilizado como comparação. Os resultados sugerem que o e leitura individual do panfleto pode ser uma estratégia útil em programas de prevenção, uma vez que a mesma aumentou o conhecimento dos participantes sobre a gravidade de sacudir um bebê, bem como a probabilidade de utilizarem estratégias de se afastar do bebê, quando estressados pelo choro. Apesar de menos expressivos, os resultados do grupo que assistiu ao vídeo sobre o TCV também indicaram um aumento no conhecimento sobre o número médio diário de horas de choro do bebê. Espera-se que os resultados encontrados na presente dissertação possam fornecer embasamento para futuras ações de prevenção dessa forma de maus-tratos.

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