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Efeitos de Baccharis coridifolia em camundongos portadores de linfoma / Baccharis Coridifolia\'s effects on lymphoma affected miceJuliana Vieira 20 August 2010 (has links)
A Baccharis coridifolia é uma planta tóxica da família Compositae, gênero Baccharis L., conhecida popularmente como \"mio-mio\", a qual é encontrada no sul do Brasil e também em algumas regiões do Estado de São Paulo. Em bovinos, a intoxicação provoca lesões necróticas no trato gastrintestinal e nos tecidos linfóides sólidos em geral, com exceção do timo. Já em camundongos, a B. coridifolia promove, além das lesões em órgãos linfóides, lesões necróticas também no timo. Os princípios ativos da B. coridifolia foram isolados e identificados como sendo os tricotecenos macrocíclicos: roridinas A, D e E; verrucarinas A e J e miotoxina A. Em relação ao mecanismo de ação, trabalhos recentes in vitro demonstraram que as roridinas e as verrucarinas, promovem apoptose em tecido linfóide. Deste modo, considerando a toxicidade desta planta aos tecidos linfóides, o objetivo do presente estudo foi investigar se linfócitos tumorais (linfoma) seriam mais sensíveis aos efeitos tóxicos da B. coridifolia que linfócitos normais. Para tal, fez-se um experimento in vitro com culturas de linfócitos provenientes do baço e timo de camundongos hígidos, bem como células do linfoma murino A20 e carcinoma mamário de Ehrlich tratadas com o Resíduo Hexânico (RH) obtido do extrato etanólico de B. coridifolia por 24 horas. A viabilidade celular foi verificada pela técnica MTT, na qual se evidenciou diminuição da viabilidade das duas linhagens tumorais tratadas, linfoma A20 e carcinoma de Ehrlich, sem alteração na viabilidade dos linfócitos normais. Para melhor caracterizar este efeito tóxico do RH em linfócitos tumorais, camundongos nude (NMRI-nu/nu) foram inoculados com células A20, sendo posteriormente tratados por via oral, durante sete dias, com RH, associado ou não a uma aplicação intraperitoneal do quimioterápico ciclofosfamida no primeiro dia de tratamento. Resultados mostraram que os animais tratados com RH foram menos afetados com a ocorrência de metástase do linfoma primário para outros órgãos e que as involuções tumorais foram mais expressivas no grupo submetido à associação deste tratamento com uma aplicação de ciclofosfamida. Estes resultados permitem sugerir que linfócitos tumorais são mais suscetíveis aos efeitos tóxicos da B. coridifolia. / Baccharis coridifolia is a toxic plant from Compositae family, genus Baccharis L., known as \"mio-mio\". It is found in the south of Brazil, as well as in some regions of São Paulo state. In bovines, its intoxication leads to necrotic injuries to gastrointestinal tract and linfoid tissues. In mice, B. coridifolia leads, apart from linfoid solids in general to necrotic injuries in thymus. B. coridifolia\'s active principles were isolated and identified as being macrocyclic tricotecenes: roridines A, D and E; verrucarines A and J and miotoxine A. Related to action pathway, recent research (in vitro) has shown that roridines and verrucarines, B. coridifolia\'s active principles, lead to apoptosis in linfoid tissues. Therefore, considering this plant\'s toxicity to linfoid tissues, this work aimed the study of whether tumoral lymphocytes (lymphoma) would be more sensitive to B. coridifolia\'s effects than regular lymphocytes. In this sense, an experiment was carried out (in vitro) using healthy mice\'s lymphocytes from spleens and thymus, as well as cells from murine A20 lymphoma and Ehrlich breast carcinoma treated with a residue (RH, hexane obtained) from a B. coridifolia\'s ethanol effusion (24 hours). The cell viability was tested using MTT technique, where a decrease in viability was found for treated tumoral cells lineages, A 20 lymphoma and Ehrlich carcinoma, with no changes in normal lymphocytes viability. To find a better characterization to RH\'s toxic effect in tumoral lymphocytes, nude mice (NMRI-nu/nu) were inoculated with A 20 cells and then were orally treated, during 7 days, with RH, and, in some cases, with intraperitonial injection of cyclophosphamide, during the first day of treatment. Results showed that RH treated animals were less affected to primary lymphoma metastasis in other organs and tumoral involutions were more prominent in the group treated with cyclophosphamide concomitantly. These results suggest that tumoral lymphocytes are more susceptible to B. coridifolia\'s toxic effects.
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Efeitos de Baccharis coridifolia em camundongos portadores de linfoma / Baccharis Coridifolia\'s effects on lymphoma affected miceVieira, Juliana 20 August 2010 (has links)
A Baccharis coridifolia é uma planta tóxica da família Compositae, gênero Baccharis L., conhecida popularmente como \"mio-mio\", a qual é encontrada no sul do Brasil e também em algumas regiões do Estado de São Paulo. Em bovinos, a intoxicação provoca lesões necróticas no trato gastrintestinal e nos tecidos linfóides sólidos em geral, com exceção do timo. Já em camundongos, a B. coridifolia promove, além das lesões em órgãos linfóides, lesões necróticas também no timo. Os princípios ativos da B. coridifolia foram isolados e identificados como sendo os tricotecenos macrocíclicos: roridinas A, D e E; verrucarinas A e J e miotoxina A. Em relação ao mecanismo de ação, trabalhos recentes in vitro demonstraram que as roridinas e as verrucarinas, promovem apoptose em tecido linfóide. Deste modo, considerando a toxicidade desta planta aos tecidos linfóides, o objetivo do presente estudo foi investigar se linfócitos tumorais (linfoma) seriam mais sensíveis aos efeitos tóxicos da B. coridifolia que linfócitos normais. Para tal, fez-se um experimento in vitro com culturas de linfócitos provenientes do baço e timo de camundongos hígidos, bem como células do linfoma murino A20 e carcinoma mamário de Ehrlich tratadas com o Resíduo Hexânico (RH) obtido do extrato etanólico de B. coridifolia por 24 horas. A viabilidade celular foi verificada pela técnica MTT, na qual se evidenciou diminuição da viabilidade das duas linhagens tumorais tratadas, linfoma A20 e carcinoma de Ehrlich, sem alteração na viabilidade dos linfócitos normais. Para melhor caracterizar este efeito tóxico do RH em linfócitos tumorais, camundongos nude (NMRI-nu/nu) foram inoculados com células A20, sendo posteriormente tratados por via oral, durante sete dias, com RH, associado ou não a uma aplicação intraperitoneal do quimioterápico ciclofosfamida no primeiro dia de tratamento. Resultados mostraram que os animais tratados com RH foram menos afetados com a ocorrência de metástase do linfoma primário para outros órgãos e que as involuções tumorais foram mais expressivas no grupo submetido à associação deste tratamento com uma aplicação de ciclofosfamida. Estes resultados permitem sugerir que linfócitos tumorais são mais suscetíveis aos efeitos tóxicos da B. coridifolia. / Baccharis coridifolia is a toxic plant from Compositae family, genus Baccharis L., known as \"mio-mio\". It is found in the south of Brazil, as well as in some regions of São Paulo state. In bovines, its intoxication leads to necrotic injuries to gastrointestinal tract and linfoid tissues. In mice, B. coridifolia leads, apart from linfoid solids in general to necrotic injuries in thymus. B. coridifolia\'s active principles were isolated and identified as being macrocyclic tricotecenes: roridines A, D and E; verrucarines A and J and miotoxine A. Related to action pathway, recent research (in vitro) has shown that roridines and verrucarines, B. coridifolia\'s active principles, lead to apoptosis in linfoid tissues. Therefore, considering this plant\'s toxicity to linfoid tissues, this work aimed the study of whether tumoral lymphocytes (lymphoma) would be more sensitive to B. coridifolia\'s effects than regular lymphocytes. In this sense, an experiment was carried out (in vitro) using healthy mice\'s lymphocytes from spleens and thymus, as well as cells from murine A20 lymphoma and Ehrlich breast carcinoma treated with a residue (RH, hexane obtained) from a B. coridifolia\'s ethanol effusion (24 hours). The cell viability was tested using MTT technique, where a decrease in viability was found for treated tumoral cells lineages, A 20 lymphoma and Ehrlich carcinoma, with no changes in normal lymphocytes viability. To find a better characterization to RH\'s toxic effect in tumoral lymphocytes, nude mice (NMRI-nu/nu) were inoculated with A 20 cells and then were orally treated, during 7 days, with RH, and, in some cases, with intraperitonial injection of cyclophosphamide, during the first day of treatment. Results showed that RH treated animals were less affected to primary lymphoma metastasis in other organs and tumoral involutions were more prominent in the group treated with cyclophosphamide concomitantly. These results suggest that tumoral lymphocytes are more susceptible to B. coridifolia\'s toxic effects.
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Intoxicação em búfalos (Bubalus bubalis) por Baccharis megapotamica var. weirii / Poisoning in water buffalo (Bubalus bubalis) by Baccharis megapotamica var. weiriiOliveira Filho, Jose Carlos de 09 March 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the first part of the thesis, the spontaneous occurrence of an outbreak of Baccharis megapotamica var. weirii
poisoning in buffalo in the Central region of the State of Rio Grande do Sul is reported. Ten out of 50 buffalo
died 24 48 hr after being introduced into a pasture containing abundant amounts of the plant. Factors influencing
the ingestion of the plant and consequent toxicosis included hunger, stress caused by shipment, and unfamiliarity
with the plant. Clinical signs included serous ocular discharge, incoordination, mild bloat, and muscle trembling.
One buffalo was necropsied. Gross findings included dehydration, abundant liquid in the rumen, reddening of
the mucosa of forestomachs, abomasum, and intestine, and edema of the wall of the rumen. The main histologic
lesions were superficial to full thickness degeneration and necrosis of the stratified epithelium lining the
forestomachs, necrosis of the intestinal mucosa, and widespread lymphoid necrosis. A calf (Bos taurus) was fed
a single dose of 5 g/kg/body weight of B. megapotamica var. weirii harvested from the same site where the
buffalo died. Twenty hours after the administration of the plant this calf died with clinical signs and lesions
similar to those observed in the naturally poisoned buffalo.sido consumida pelos búfalos. In the second part of
the thesis, Five male 6-8 month-old Murrah buffalo calves were orally dosed with the fresh aerial parts of
Baccharis megapotamica var. weirii at doses of 1, 3, 4, 5 and 10 g/kg body weight (bw) (~1-10 mg macrocyclic
trichothecenes/kg/bw). The B. megapotamica used for the experiment was harvested on a farm where a recent
spontaneous outbreak of poisoning caused by such plant had occurred. Clinical signs appeared 4-20 hours and 4
buffalo died 18-49 hours after the ingestion of the plant. Clinical signs were apathy, anorexia, and watery
diarrhea, fever, colic, drooling, muscle tremors, restlessness, laborious breathing and ruminal atony, and
dehydration. The most consistent gross findings were restricted to the gastrointestinal (GI) tract consisted of
varying degrees of edema and reddening of the mucosa of the fore-stomachs. Histopathological findings
consisted of varying degrees of necrosis of the epithelial lining of the fore-stomachs and of lymphocytes within
lymphoid organs and aggregates. Fibrin thrombi were consistently found in sub-mucosal vessels of the fore
stomachs and in the lumen of hepatic sinusoids. It is suggested that dehydration, septicemia and disseminated
intravascular coagulation participate in the pathogenesis of the intoxication and play a role as a cause of death. A
subsample of the B. megapotamica var. weirii was frozen-dried and ground and analyzed using UHPLC (Ultra
High Performance Liquid Chromatography) with high resolution Time of Flight mass spectrometry and tandem
mass spectrometry, it was shown that the plant material contained at least 51 different macrocyclic
trichothecenes at a total level of 1.1-1.2 mg/g. About 15-20% of the total trichothecenes contents was found to be
monosaccharide conjugates, with two thirds of these being glucose conjugates and one third constituted by six
aldopentose conjugates (probably xylose), which has never been reported in the literature. / Na primeira parte dessa tese, relatamos a ocorrência natural de um surto de intoxicação por Baccharis
megapotamica var. weirii em búfalos na Região Central do Rio Grande do Sul. Os animais haviam sido
transportados de uma propriedade onde a planta não ocorria para uma propriedade infestada pela planta. Durante
o transporte, os animais foram submetidos a um longo período de jejum e estresse. Como resultado, após o
desembarque dos 50 búfalos transportados, dez morreram com doença de evolução aguda (24-48 horas). A
maioria dos búfalos foi encontrada morta, mas os sinais clínicos observados em um búfalo incluíam
lacrimejamento, incoordenação e fraqueza dos membros posteriores, desorientação, decúbito esternal, lateral e
morte. Na necropsia de um animal foi observado acentuada desidratação, avermelhamento e edema da mucosa
dos pré-estômagos e intestino. Na microscopia, as áreas vermelhas dos pré-estômagos e intestino correspondiam
à necrose acentuada do epitélio. Em visita à propriedade foi observada grande quantidade de B. megapotamica
(identificada posteriormente como B. megapotamica var. weirii) com sinais de ter sido consumida pelos búfalos.
Na segunda parte da tese, reproduzimos experimentalmente a intoxicação por B. megapotamica var. weirii em
búfalos para melhor caracterizar o quadro clínico-patológico da intoxicação na espécie, assim como determinar a
dose tóxica e avançar no estudo da patogênese da intoxicação. Para tal, utilizamos cinco búfalos da raça Murrah
com 6 a 8 meses de idade e peso variando entre 122 e 143 kg. Esses animais receberam em uma única
administração por via oral, 1, 3, 4, 5 e 10 g/Kg das partes aéreas de Baccharis megapotamica var. weirii. A
planta usada no experimento foi colhida na fazenda onde ocorreu o surto de intoxicação espontânea descrito
acima. Os sinais clínicos apareceram 4-20 horas e quatro búfalos morreram 18-49 horas após a ingestão da
planta. Os sinais clínicos consistiram de apatia, anorexia, diarreia aquosa, febre, cólica, salivação, tremores
musculares, inquietação, respiração laboriosa, atonia ruminal e desidratação. Os achados macroscópicos mais
consistentes estavam restritos ao trato gastrointestinal (GI) e consistiram de graus variados de edema e
avermelhamento da mucosa dos pré-estômagos. Os achados histopatológicos consistiam de vários graus de
necrose do epitélio de revestimento dos pré-estômagos e de linfócitos em agregados e órgãos linfoides. Trombos
de fibrina foram consistentemente encontrados nos vasos da submucosa dos pré-estômagos e na luz dos
sinusoides hepáticos. Uma subamostra de B. megapotamica var. weirii foi congelada a seco, moída e analisada
usando UHPLC (Cromatografia Líquida de Ultra Alta Performance) com espectrometria de tempo-de-vôo de alta
resolução e espectrometria de massa em tandem. Foi demonstrado que o material de planta analisado continha
pelo menos 51 tricotecenos macrocíclicos diferentes num nível total de 1,1-1,2 mg/g. Cerca de 15-20% do
conteúdo total de tricotecenos eram conjugados de monossacarídeos, sendo dois terços desses, conjugados de
glicose e um terço constituídos por seis conjugados de aldopentose (provavelmente xilose). Em conclusão, o
presente estudo descreveu pela primeira vez a intoxicação em búfalos por plantas do gênero Baccharis. A
reprodução experimental demostrou que búfalos são um pouco mais resistentes a intoxicação por B.
megapotamica var. weirii do que bovinos. Quanto à patogênese, foi sugerido que desidratação, septicemia e
coagulação intravascular disseminada sejam fatores responsáveis pela morte dos animais afetados.
Adicionalmente, foi descrito presença de tricotecenos constituídos por seis conjugados de aldopentose
(provavelmente xilose) no B. megapotamica var. weirii, o que nunca tinha sido antes relatado na literatura.
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