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Estressores ocupacionais, concentração do cortisol e saúde de motoristas de caminhão / Occupational stressors, cortisol and health of truck driversUlhôa, Melissa Araújo 06 June 2011 (has links)
Introdução: Estudos mostram que motoristas de caminhão estão sujeitos a estressores no trabalho, tais como, por exemplo, a longa jornada de trabalho vinculada ao prazo curto de entrega de mercadorias, a vibração e o ruído do caminhão. O objetivo geral desse estudo foi avaliar os estressores ocupacionais e a concentração do cortisol em motoristas de caminhão, bem como a saúde física e mental desses trabalhadores, segundo os turnos de trabalho. Métodos: Participaram 57 motoristas de caminhão de uma transportadora de cargas que responderam a um inquérito sobre dados sociodemográficos, saúde, sono, condições de vida e trabalho, incluindo as dimensões da demanda, controle e satisfação no trabalho. Os motoristas usaram actímetros e tiveram suas medidas antropométricas e pressão arterial aferidas, além de exames bioquímicos de sangue. Posteriormente, 21 motoristas do turno diurno e 21 motoristas do turno irregular fizeram três coletas da saliva para análise da concentração do cortisol: ao acordar, após 30 minutos e ao dormir, durante um dia de trabalho e um dia de folga. Para análise dos dados, foi utilizado o teste de associação do qui-quadrado para as variáveis categóricas e testes de diferenças de médias, ANOVA e correlação de spearman para variáveis contínuas, considerando p<0,05. Resultados: Os trabalhadores do turno diurno tiveram concentrações de cortisol mais elevadas 30 minutos ao acordar durante o dia de trabalho em relação às do dia de folga (teste-t, p=0,03). Os motoristas do turno irregular tiveram maior concentração de cortisol quando comparados aos motoristas do turno diurno no dia de folga (ANOVA, p=0,03). Foi observada correlação entre os estressores no trabalho e as concentrações de cortisol dos trabalhadores de ambos os turnos. No caso dos motoristas do turno diurno, as concentrações de cortisol foram correlacionadas com o controle no trabalho (p=0,01, r=0,55), qualidade do sono (p=0,02, r=0,52) e ao tempo (em anos) de trabalho como motoristas (p=0,05, r=0,47). Em relação aos motoristas do turno irregular, a concentração do cortisol foi correlacionada com a satisfação no trabalho (p=0,03, r=-0,53), pressão arterial sistólica (p=0,03, r= 0,55), colesterol (p=0,03, r=0,55), curta duração do sono (p=0,02, r=-0,62) e fadiga após o trabalho (p= 0,03, r= 0,67). As prevalências dos distúrbios psíquicos menores foram de 7,7 por cento e 6,5 por cento nos motoristas dos turnos diurno e irregular, respectivamente. Os motoristas do turno irregular apresentaram maiores IMC, colesterol total, LDL e VLDL colesterol, além disso, relataram menor controle e demanda no trabalho e maior fadiga após o trabalho, comparados aos do turno diurno (p<0,05). Conclusão: Os motoristas apresentaram concentrações de cortisol mais elevadas no dia de trabalho em relação ao dia de folga. Os do turno irregular referiram piores condições de saúde e apresentaram concentrações de cortisol mais elevadas em relação aos motoristas do turno diurno, inclusive no dia de folga, sugerindo uma resposta mais prolongada ao estresse. Os valores do cortisol foram correlacionados com estressores no trabalho típicos desses profissionais de transporte, indicando a necessidade de melhorias para a categoria. Futuros estudos são necessários para investigar outras dimensões da resposta destes indivíduos aos estressores no trabalho, especialmente no caso de trabalhadores em turnos irregulares / Introduction: Studies have shown that truck drivers are subject to stressors at work, such as extended working hours due to short time to deliver the goods, the truck´s vibration and noise. The main objective of this study was to analyze the occupational stressors and cortisol levels among truck drivers, as well as their physical and mental health, by shift work. Methods: Participants were 57 truck drivers of a transportation company that filled in questionnaires about sociodemographic data, health, sleep, life style, work conditions, including the dimensions of job demand, control and job satisfaction. The drivers wore actigraphs and had measured their anthropometric data, blood pressure, besides biochemical blood tests. Then, 21 truck drivers of day shift and 21 of irregular shift did three salivary sampling to analyze cortisol levels: at waking time, 30 minutes after waking time and at bed time, in one working day and day off. Data analyses were performed using qui-square for categorical variables and mean difference tests, ANOVA and spearman correlation were performed for continuous variables, considering p<0,05. Results: Day shift workers had higher cortisol levels specially 30 minutes after waking time (p=0,03) in the working day compared to day off. Irregular shift workers had higher cortisol levels compared to day shift workers on the day off (ANOVA, p=0,03). Truck drivers in both shifts had their cortisol levels correlated with stressors at work. For day shift workers, the levels of cortisol were correlated to job control (p=0.01, r=0.55), sleep quality (p= 0.02, r=0.58) and years working as drivers (p=0.05, r=0.47), for example. For irregular shift workers, cortisol levels were correlated with job satisfaction (p=0.03, r=-0.53), blood pressure (p=0.03, r=0.55), cholesterol (p=0.03, r=0.55), short sleep duration (p=0.02, r=-0.62) and tiredness after working (p= 0.03, r= 0.67), for instance. The prevalence of minor psychiatric disorder was 7,7 per cent e 6,5 per cent , for day and irregular shift workers, respectively. The irregular shift workers had higher BMI, cholesterol, LDL and VLDL cholesterol, reported less demand, control and higher tiredness after working, compared to day shift workers (p<0,05). Conclusion: The drivers had higher cortisol levels on work day compared to days off. Moreover, the irregular shift workers had worst health profile and higher cortisol levels on their days off, compared to day workers, suggesting a prolonged stress response. Cortisol levels were correlated with typical stressors at truck drivers´ work, indicating the needs of better work conditions. Future studies are important to search others dimension of the response to stressors at work, especially for those who work in irregular shift
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Associação da expressão circadiana do cortisol de enfermeiros segundo trabalho em turnos, estresse ocupacional e fadiga / Association of circadian expression of cortisol in nurses accordingly to shiftwork, occupational stress and fatigueAssis, Dnieber Chagas de 05 March 2018 (has links)
O trabalho noturno e a alternância de turnos são identificados como fatores de maximização de efeitos negativos na saúde do trabalhador, como o estresse e a fadiga, por dificultarem a adaptação do ritmo circadiano do cortisol ao de trabalho. Objetivo: investigar o efeito do esquema de trabalho em turnos fixo e alternante e noturno de enfermeiros nos índices de estresse ocupacional e fadiga e na expressão circadiana do cortisol salivar. Método: estudo observacional de corte transversal e abordagem quantitativa dos dados estruturado com base no referencial teórico de Cooper. Realizado com 104 enfermeiros das Unidades de Emergência e Bloco Cirúrgico de hospital de ensino público do Estado de São Paulo e outro de Minas Gerais, no período de janeiro a março de 2017. Índices de estresse e fadiga foram mensurados por meio da aplicação de dois instrumentos: o Inventário de Estresse em Enfermeiros e a Escala de Avaliação de Fadiga, ambos validados para utilização no Brasil. A quantificação do cortisol salivar foi realizada por meio da técnica de ELISA. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa sob protocolo. 55695416.7.0000.5393. Resultados: 66,67% dos enfermeiros trabalhavam em esquema de turnos alternantes e 39,39% eram fixos no turno matutino. Constatou-se 50,8% apresentaram alto índice de estresse e 46,03% fadiga. Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre índices de cortisol salivar, turno de trabalho, esquema de turno fixo ou alternante, estresse e fadiga. Entretanto, profissionais de enfermagem de unidades críticas que trabalhavam em esquema de turnos alternante e matutino apresentaram tendência a mais altos índices de estresse e fadiga e menor secreção de cortisol ao longo do dia de trabalho do que aqueles dos turnos fixo e noturno. A fadiga mostrou-se significativa e positivamente correlacionada com a secreção total de cortisol no período da manhã. Conclusão: Os achados do presente estudo fornecem evidências de uma dessincronização do eixo HipotálamoHipófise-Adrenal em enfermeiros dos turnos alternante e matutino e, consequentemente, maior susceptibilidade destes ao desenvolvimento de doenças cardíacas, metabólicas e imunológicas / Night-work and shiftwork are identified as maximizing negative effects on worker health, such as stress and fatigue, by making it difficult to adapt the circadian rhythm of cortisol to work. Objective: to investigate the effect of the fixed and alternating and nocturnal shifts of nurses on the occupational stress index, fatigue and circadian expression of salivary cortisol. Method: observational, cross-sectional and quantitative study based on Cooper\'s theoretical framework. Performed with 104 nurses from the emergency units and surgical center of a public teaching hospital in the State of São Paulo and another from Minas Gerais, from January to March, 2017. Stress and fatigue indexes were measured using two instruments, the Nurses\' Stress Inventory and the Fatigue Assessment Scale, both of which were validated and salivary cortisol quantification was performed by ELISA assay. The project was approved by the Research Ethics Committee under protocol. 55695416.7.0000.5393. Results: 66.67% of the nurses worked on alternating shifts and 39.39% were fixed on the morning shift. It was found that 50.8% of the nurses had a high stress index and 46.03% presented fatigue. There were no statistically significant associations between salivary cortisol index, shiftwork, fixed or alternating shift scheme, stress and fatigue. However, nursing professionals from critical units who worked in an alternating and morning shift schedule showed a trend towards higher levels of stress and fatigue and lower cortisol secretion throughout the workday than fixed and night shift workers. Fatigue was significantly and positively correlated to overall morning cortisol. Conclusions: The findings of the present study provide evidence of a hypothalamic-pituitary-adrenal axis desynchronization in nurses of the alternating and morning shift and, consequently, a greater susceptibility of these to the development of cardiac, metabolic and immunological diseases
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Estressores ocupacionais, concentração do cortisol e saúde de motoristas de caminhão / Occupational stressors, cortisol and health of truck driversMelissa Araújo Ulhôa 06 June 2011 (has links)
Introdução: Estudos mostram que motoristas de caminhão estão sujeitos a estressores no trabalho, tais como, por exemplo, a longa jornada de trabalho vinculada ao prazo curto de entrega de mercadorias, a vibração e o ruído do caminhão. O objetivo geral desse estudo foi avaliar os estressores ocupacionais e a concentração do cortisol em motoristas de caminhão, bem como a saúde física e mental desses trabalhadores, segundo os turnos de trabalho. Métodos: Participaram 57 motoristas de caminhão de uma transportadora de cargas que responderam a um inquérito sobre dados sociodemográficos, saúde, sono, condições de vida e trabalho, incluindo as dimensões da demanda, controle e satisfação no trabalho. Os motoristas usaram actímetros e tiveram suas medidas antropométricas e pressão arterial aferidas, além de exames bioquímicos de sangue. Posteriormente, 21 motoristas do turno diurno e 21 motoristas do turno irregular fizeram três coletas da saliva para análise da concentração do cortisol: ao acordar, após 30 minutos e ao dormir, durante um dia de trabalho e um dia de folga. Para análise dos dados, foi utilizado o teste de associação do qui-quadrado para as variáveis categóricas e testes de diferenças de médias, ANOVA e correlação de spearman para variáveis contínuas, considerando p<0,05. Resultados: Os trabalhadores do turno diurno tiveram concentrações de cortisol mais elevadas 30 minutos ao acordar durante o dia de trabalho em relação às do dia de folga (teste-t, p=0,03). Os motoristas do turno irregular tiveram maior concentração de cortisol quando comparados aos motoristas do turno diurno no dia de folga (ANOVA, p=0,03). Foi observada correlação entre os estressores no trabalho e as concentrações de cortisol dos trabalhadores de ambos os turnos. No caso dos motoristas do turno diurno, as concentrações de cortisol foram correlacionadas com o controle no trabalho (p=0,01, r=0,55), qualidade do sono (p=0,02, r=0,52) e ao tempo (em anos) de trabalho como motoristas (p=0,05, r=0,47). Em relação aos motoristas do turno irregular, a concentração do cortisol foi correlacionada com a satisfação no trabalho (p=0,03, r=-0,53), pressão arterial sistólica (p=0,03, r= 0,55), colesterol (p=0,03, r=0,55), curta duração do sono (p=0,02, r=-0,62) e fadiga após o trabalho (p= 0,03, r= 0,67). As prevalências dos distúrbios psíquicos menores foram de 7,7 por cento e 6,5 por cento nos motoristas dos turnos diurno e irregular, respectivamente. Os motoristas do turno irregular apresentaram maiores IMC, colesterol total, LDL e VLDL colesterol, além disso, relataram menor controle e demanda no trabalho e maior fadiga após o trabalho, comparados aos do turno diurno (p<0,05). Conclusão: Os motoristas apresentaram concentrações de cortisol mais elevadas no dia de trabalho em relação ao dia de folga. Os do turno irregular referiram piores condições de saúde e apresentaram concentrações de cortisol mais elevadas em relação aos motoristas do turno diurno, inclusive no dia de folga, sugerindo uma resposta mais prolongada ao estresse. Os valores do cortisol foram correlacionados com estressores no trabalho típicos desses profissionais de transporte, indicando a necessidade de melhorias para a categoria. Futuros estudos são necessários para investigar outras dimensões da resposta destes indivíduos aos estressores no trabalho, especialmente no caso de trabalhadores em turnos irregulares / Introduction: Studies have shown that truck drivers are subject to stressors at work, such as extended working hours due to short time to deliver the goods, the truck´s vibration and noise. The main objective of this study was to analyze the occupational stressors and cortisol levels among truck drivers, as well as their physical and mental health, by shift work. Methods: Participants were 57 truck drivers of a transportation company that filled in questionnaires about sociodemographic data, health, sleep, life style, work conditions, including the dimensions of job demand, control and job satisfaction. The drivers wore actigraphs and had measured their anthropometric data, blood pressure, besides biochemical blood tests. Then, 21 truck drivers of day shift and 21 of irregular shift did three salivary sampling to analyze cortisol levels: at waking time, 30 minutes after waking time and at bed time, in one working day and day off. Data analyses were performed using qui-square for categorical variables and mean difference tests, ANOVA and spearman correlation were performed for continuous variables, considering p<0,05. Results: Day shift workers had higher cortisol levels specially 30 minutes after waking time (p=0,03) in the working day compared to day off. Irregular shift workers had higher cortisol levels compared to day shift workers on the day off (ANOVA, p=0,03). Truck drivers in both shifts had their cortisol levels correlated with stressors at work. For day shift workers, the levels of cortisol were correlated to job control (p=0.01, r=0.55), sleep quality (p= 0.02, r=0.58) and years working as drivers (p=0.05, r=0.47), for example. For irregular shift workers, cortisol levels were correlated with job satisfaction (p=0.03, r=-0.53), blood pressure (p=0.03, r=0.55), cholesterol (p=0.03, r=0.55), short sleep duration (p=0.02, r=-0.62) and tiredness after working (p= 0.03, r= 0.67), for instance. The prevalence of minor psychiatric disorder was 7,7 per cent e 6,5 per cent , for day and irregular shift workers, respectively. The irregular shift workers had higher BMI, cholesterol, LDL and VLDL cholesterol, reported less demand, control and higher tiredness after working, compared to day shift workers (p<0,05). Conclusion: The drivers had higher cortisol levels on work day compared to days off. Moreover, the irregular shift workers had worst health profile and higher cortisol levels on their days off, compared to day workers, suggesting a prolonged stress response. Cortisol levels were correlated with typical stressors at truck drivers´ work, indicating the needs of better work conditions. Future studies are important to search others dimension of the response to stressors at work, especially for those who work in irregular shift
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O impacto do turno de trabalho do pai no desempenho acadêmico e no autoconceito de crianças escolaresCia, Fabiana 22 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-22 / Universidade Federal de Minas Gerais / Studies show that the quality of father-child interactions is a factor that has a direct influence on child development, including the formation of the children s self-concept and their academic performance. In addition to the father wanting to be involved, however, he also needs to have time and energy to invest in this relationship. Given the heavy demands associated with paid employment (long hours, night shifts, etc.), we hypothesized that the fathers involvement with their children would be influenced by some of their work conditions. Thus, the aims of this study were: a) identify differences that exist between night and dayshifts, with respect to the fathers work conditions, personal wellbeing and family involvement; b) compare fathers who work in these two shifts with respect to the frequency of their participation in their children s daily and academic activities; c) identify work conditions, personal and family factors that influence the frequency of the fathers involvement with their children; d) compare day and nightshift workers children with respect to the frequency of their communication with their fathers, their self-concept and their academic performance; e) examine the correlations that exist between the fathers work conditions, personal and family factors, and the involvement of the fathers with their children, on the one hand, and their children s self-concept and academic performance, on the other hand. The study participants included 58 children in the fifth and sixth grades and their fathers (36 in dayshift jobs and 22 working nightshifts). The fathers completed a questionnaire, Evaluation of work conditions and of parent-child involvement Father´s version . Their children also evaluated the quality of their relationship with their fathers, completing a questionnaire, Evaluating father-child involvement . The Selfdescription questionnaire 1 and the School Performance Test were used o investigate relations between the type and level of the fathers involvement, with their children s self-concept and academic performance. The results show that work conditions and personal and family factors did not differ as a function of the fathers work shift. However, fathers who worked nightshifts indicated that they had less frequent contact with their children, considering the measures used in this study (fatherchild communication; father involvement in childcare; fathers participation in their children s school, cultural and leisure activities; and time that the fathers spend, engaged in activities with their children. In addition, work conditions (interpersonal work environment, work satisfaction and work performance problems) and personal factors (satisfaction with the availability of time for personal activities, and stress) were correlated with the father s sense of adequacy in his family role performance, which, in turn, was positively correlated with the measures used to evaluate the frequency of father-child involvement. The children s reports of the frequency of communication with their fathers and the children s academic performance did not differ as a function of the shift their fathers worked. However, compared to children whose fathers worked dayshifts, the children whose fathers worked nightshifts had a significantly lower academic self-concept. The measures used to evaluate the frequency of the fathers involvement with their children were positively correlated with their children s selfconcept and academic performance. Thus, the lower levels of academic self-concept among children whose father worked the nightshift can be attributed to the less frequent father-child interactions in this group. These results indicate the importance of the father s involvement for the formation of a child s self-concept and their children s academic performance and point to the need for educational interventions directed at fathers, so that they can learn about the many actions that can improve their performance as fathers. / Estudos mostram que a qualidade da interação entre pai e filho é um fator que influencia diretamente no desenvolvimento infantil, inclusive no autoconceito e no desempenho acadêmico do filho. Além do pai querer se envolver, no entanto, ele também precisa ter disponibilidade de tempo e energia para investir nesta relação. Levando em conta as demandas tão grandes de trabalho remunerado (horários longos, horários noturnos, etc.), espera-se que o envolvimento dos pais com seus filhos possa ser afetado por algumas das suas condições de trabalho. Diante disso, o presente estudo teve por objetivos: a) investigar quais diferenças existem entre os turnos de trabalho diurno e noturno, em relação às condições de trabalho, bem-estar pessoal e envolvimento familiar dos pais; b) comparar os pais dos dois turnos de trabalho no que diz respeito à freqüência da participação nas atividades diárias e acadêmicas dos seus filhos; c) identificar as condições de trabalho, os fatores pessoais e familiares que influenciam no envolvimento dos pais com seus filhos; d) comparar filhos de funcionários dos turnos diurno e noturno em relação à freqüência de comunicação com os pais, o autoconceito e o desempenho acadêmico; e) examinar as correlações entre as condições de trabalho, os fatores pessoais e familiares dos pais e o envolvimento dos pais com seus filhos, por um lado, e o autoconceito e o desempenho acadêmico das crianças, por outro lado. Participaram deste estudo 58 crianças da 5a e 6a séries e seus pais (36 do turno diurno e 22 do turno noturno). Os pais preencheram um questionário Avaliação das condições de trabalho e do envolvimento do pai com seu filho Versão paterna . Os filhos também avaliaram a qualidade do relacionamento com o pai, preenchendo um questionário Avaliação do envolvimento com o pai . Aplicou-se o Self-description Questionnaire 1 e Teste de Desempenho Escolar para investigar relações entre o tipo e grau de envolvimento dos pais com o autoconceito e desempenho acadêmico dos seus filhos. Os resultados mostraram que as condições de trabalho e os fatores pessoais e familiares não diferiram em relação ao turno de trabalho do pai. No entanto, os pais que trabalhavam no turno noturno relataram menor freqüência de envolvimento com o filho, considerando as medidas avaliadas neste estudo (comunicação entre pais e filhos; participação dos pais nos cuidados com os filhos; participação dos pais nas atividades escolares, culturais e de lazer dos filhos e tempo que os pais passam fazendo alguma atividade com os filhos). Além disso, as condições de trabalho (ambiente interpessoal de trabalho, satisfação com o trabalho e problemas com o desempenho no trabalho) e os fatores pessoais (satisfação com o tempo disponível parar realização de atividades pessoais e estresse) estavam correlacionados com a adequação do desempenho no papel familiar do pai que, por sua vez, estava positivamente correlacionada com as medidas que avaliaram a freqüência de envolvimento do pai com o filho. O relato das crianças quanto à freqüência de comunicação com os pais e o desempenho acadêmico das crianças não diferiu em função do turno de trabalho dos pais. No entanto, o autoconceito acadêmico das crianças cujos pais trabalhavam no turno noturno foi significativamente menor do que o das crianças cujos pais trabalhavam no turno diurno. As medidas que avaliaram a freqüência de envolvimento dos pais com seus filhos estavam positivamente correlacionadas com o autoconceito e o desempenho acadêmico das crianças. Sendo assim, o menor autoconceito acadêmico apresentado pelos filhos dos trabalhadores noturno pode ser explicado por eles apresentarem menor freqüência de envolvimento com os filhos. Estes resultados demonstram a importância do pai na formação do autoconceito e desempenho acadêmico dos filhos e apontam para a necessidade de realizar uma intervenção educativa dirigida aos homens para estes conhecerem as muitas ações que podem melhorar seu desempenho, enquanto pais.
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Associação da expressão circadiana do cortisol de enfermeiros segundo trabalho em turnos, estresse ocupacional e fadiga / Association of circadian expression of cortisol in nurses accordingly to shiftwork, occupational stress and fatigueDnieber Chagas de Assis 05 March 2018 (has links)
O trabalho noturno e a alternância de turnos são identificados como fatores de maximização de efeitos negativos na saúde do trabalhador, como o estresse e a fadiga, por dificultarem a adaptação do ritmo circadiano do cortisol ao de trabalho. Objetivo: investigar o efeito do esquema de trabalho em turnos fixo e alternante e noturno de enfermeiros nos índices de estresse ocupacional e fadiga e na expressão circadiana do cortisol salivar. Método: estudo observacional de corte transversal e abordagem quantitativa dos dados estruturado com base no referencial teórico de Cooper. Realizado com 104 enfermeiros das Unidades de Emergência e Bloco Cirúrgico de hospital de ensino público do Estado de São Paulo e outro de Minas Gerais, no período de janeiro a março de 2017. Índices de estresse e fadiga foram mensurados por meio da aplicação de dois instrumentos: o Inventário de Estresse em Enfermeiros e a Escala de Avaliação de Fadiga, ambos validados para utilização no Brasil. A quantificação do cortisol salivar foi realizada por meio da técnica de ELISA. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa sob protocolo. 55695416.7.0000.5393. Resultados: 66,67% dos enfermeiros trabalhavam em esquema de turnos alternantes e 39,39% eram fixos no turno matutino. Constatou-se 50,8% apresentaram alto índice de estresse e 46,03% fadiga. Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre índices de cortisol salivar, turno de trabalho, esquema de turno fixo ou alternante, estresse e fadiga. Entretanto, profissionais de enfermagem de unidades críticas que trabalhavam em esquema de turnos alternante e matutino apresentaram tendência a mais altos índices de estresse e fadiga e menor secreção de cortisol ao longo do dia de trabalho do que aqueles dos turnos fixo e noturno. A fadiga mostrou-se significativa e positivamente correlacionada com a secreção total de cortisol no período da manhã. Conclusão: Os achados do presente estudo fornecem evidências de uma dessincronização do eixo HipotálamoHipófise-Adrenal em enfermeiros dos turnos alternante e matutino e, consequentemente, maior susceptibilidade destes ao desenvolvimento de doenças cardíacas, metabólicas e imunológicas / Night-work and shiftwork are identified as maximizing negative effects on worker health, such as stress and fatigue, by making it difficult to adapt the circadian rhythm of cortisol to work. Objective: to investigate the effect of the fixed and alternating and nocturnal shifts of nurses on the occupational stress index, fatigue and circadian expression of salivary cortisol. Method: observational, cross-sectional and quantitative study based on Cooper\'s theoretical framework. Performed with 104 nurses from the emergency units and surgical center of a public teaching hospital in the State of São Paulo and another from Minas Gerais, from January to March, 2017. Stress and fatigue indexes were measured using two instruments, the Nurses\' Stress Inventory and the Fatigue Assessment Scale, both of which were validated and salivary cortisol quantification was performed by ELISA assay. The project was approved by the Research Ethics Committee under protocol. 55695416.7.0000.5393. Results: 66.67% of the nurses worked on alternating shifts and 39.39% were fixed on the morning shift. It was found that 50.8% of the nurses had a high stress index and 46.03% presented fatigue. There were no statistically significant associations between salivary cortisol index, shiftwork, fixed or alternating shift scheme, stress and fatigue. However, nursing professionals from critical units who worked in an alternating and morning shift schedule showed a trend towards higher levels of stress and fatigue and lower cortisol secretion throughout the workday than fixed and night shift workers. Fatigue was significantly and positively correlated to overall morning cortisol. Conclusions: The findings of the present study provide evidence of a hypothalamic-pituitary-adrenal axis desynchronization in nurses of the alternating and morning shift and, consequently, a greater susceptibility of these to the development of cardiac, metabolic and immunological diseases
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