Cette thèse est basée sur une approche empirique des espaces urbains, enrichie de nos réflexions personnelles et de nos recherches. Notre questionnement principal concerne les liens entre forme et usage, par exemple dans quelle mesure la configuration d’une ville, ou d’un quartier, est déterminée par les activités humaines et les modes de vie actuels et à venir de ses habitants. Nous avons retenus plusieurs exemples significatifs dans différentes métropoles, surtout à Berlin, mais aussi à Helsinki, Londres, Montréal et New York. Avec notre position d’architecte--‐photographe, nos itinéraires sont un bon moyen d’explorer et d’essayer de comprendre les espaces urbains. En tant que photographe et témoin de situations urbaines singulières, nous sommes ancrés dans le présent, et nous recherchons ce qui façonne l’identité d’un lieu particulier, nous traduisons nos observations par la photographie qui nous aide ultérieurement à développer notre réflexion et à organiser nos arguments. En tant qu’architecte, nous examinons ces situations urbaines, nous analysons les principes et les objectifs urbains et architecturaux qui les sous--‐tendent de manière à identifier les modes d’articulation entre forme et usage. Nous plaçons ainsi les processus de transformation urbaine dans leur ouverture à l’évolution de la société. Les itinéraires urbains nous conduisent à percevoir et à penser la ville dans ses rapports de proximité en tant qu’espace pour la vie / This thesis is based on an empirical approach of urban spaces, enriched with our personal reflections and research. Our main questions deal with form and usage, i.e. to what extent the configuration of a city, or a smaller area, is determined by human activities and people’s current or expected way of life. We have selected some meaningful examples in big cities, mostly in Berlin, but also in Helsinki, London, Montréal and New York. Our routes, with our status of architect and photographer, are a good means to explore and try to understand urban spaces. As a photographer and witness of situations, we keep evidence of the present, we transmit the atmosphere of a particular place which shapes its identity, we capture precious data which afterwards help us to develop our reflection and organize our arguments. As an architect we examine these situations on a given area, we analyze the underlying principles and objectives in urban and architectural achievements so that we can identify the connection between form and usage. We clearly understand that urban development projects must be malleable and open to the evolution of society. Urban routes are a good introduction to a close approach and perception of the city regarded as a space for life

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Made available in DSpace on 2016-04-25T20:19:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jose Joao Name.pdf: 43545230 bytes, checksum: 93f414005c68b2c4bc1d2e5f02c05515 (MD5) Previous issue date: 2010-12-06 / Street photography or urban photography, in terms of photographic style, historically results not only from a new instrumentalization made available by technological progress in the first half of the XIXth century, but also, and above all, from social and psychological conditions which started to reign in that period. This new way of representing the objective world brought innovative particularities like the combination of elements such as mental image, double, objective traces and aura in one perception object: photography. Such particularities are found in the concept of photogeny, one of the denominations given to the charm of photographic images, which is examined here based on Edgar Morin s studies. The analysis of the concept of photogeny leads us, in search of precursors, to the idea of aura in Walter Benjamin s writings, showing intersections which are particularly interesting and elucidative of both concepts. In Walter Benjamin s reflections are included phenomena such as crowd, shock and flâneur upon which are based our own reflections on the conditions which caused changes in the perception, receptiveness and response of the growing stimuli resulting from new ways of coexistence and mobility in the metropolis. Another approach related to the charm, the aura and the temporality of the photography, such as the temporal punctum, is integrated into these previous concepts and analyzed with the concept of photogeny. Thus, the purpose of this dissertation is the constitution of a more embracing corpus enabling the understanding of the complexity of the photographic phenomenon. The metropolis, object of the urban photographer, through its physiognomy, plays a major role in this dissertation, showing itself, like on a photograph, as a psychophysical mechanism whose charm dwells in the indistinguishable relation between the objective world and the imaginary / A fotografia de rua ou fotografia urbana, enquanto estilo fotográfico, decorre historicamente não apenas de uma nova instrumentalização proporcionada pelos avanços tecnológicos que se iniciaram na primeira metade do século XIX, mas, sobretudo, das condições sociais que vigoraram a partir desse período. Esse novo meio de representação do mundo objetivo trouxe consigo particularidades inovadoras, como a combinação de imagem mental, duplo, vestígios e aura em um objeto de percepção: a fotografia. Essas particularidades encontram uma confluência no conceito de fotogenia, uma das denominações atribuídas ao encanto das imagens fotográficas, que, aqui, é trabalhado tomando por base a trabalho de Edgar Morin. A análise do conceito de fotogenia remete-nos, na busca por precursores, à noção de aura em Walter Benjamin e apresenta interseções particularmente interessantes e elucidativas para ambos os conceitos. Nas reflexões deste último autor, que incluem os fenômenos da multidão, do choque, do flâneur, baseiam-se nossas análises sobre as condições que provocaram alterações na percepção, receptividade e resposta aos estímulos crescentes originados pelas novas formas de convivência e mobilidade na metrópole. Outra abordagem relacionada ao encanto, a aura e a temporalidade na fotografia, como o punctum temporal, é integrada às concepções anteriores e analisada em conjunto com a concepção de fotogenia. Dessa forma, o objetivo desta dissertação é constituir um corpus mais abrangente que dê conta da complexidade do fenômeno fotográfico. A metrópole, objeto do fotógrafo urbano, através da sua fisionomia e fisiognomia, ocupa um papel central nesta dissertação, revelando-se, como em uma fotografia, um mecanismo psicofísico, cujo encanto possui a sua base na relação indistinguível entre o mundo objetivo e o imaginário

Made available in DSpace on 2016-04-26T14:52:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jose Joao Name.pdf: 43545230 bytes, checksum: 93f414005c68b2c4bc1d2e5f02c05515 (MD5) Previous issue date: 2010-12-06 / Street photography or urban photography, in terms of photographic style, historically results not only from a new instrumentalization made available by technological progress in the first half of the XIXth century, but also, and above all, from social and psychological conditions which started to reign in that period. This new way of representing the objective world brought innovative particularities like the combination of elements such as mental image, double, objective traces and aura in one perception object: photography. Such particularities are found in the concept of photogeny, one of the denominations given to the charm of photographic images, which is examined here based on Edgar Morin s studies. The analysis of the concept of photogeny leads us, in search of precursors, to the idea of aura in Walter Benjamin s writings, showing intersections which are particularly interesting and elucidative of both concepts. In Walter Benjamin s reflections are included phenomena such as crowd, shock and flâneur upon which are based our own reflections on the conditions which caused changes in the perception, receptiveness and response of the growing stimuli resulting from new ways of coexistence and mobility in the metropolis. Another approach related to the charm, the aura and the temporality of the photography, such as the temporal punctum, is integrated into these previous concepts and analyzed with the concept of photogeny. Thus, the purpose of this dissertation is the constitution of a more embracing corpus enabling the understanding of the complexity of the photographic phenomenon. The metropolis, object of the urban photographer, through its physiognomy, plays a major role in this dissertation, showing itself, like on a photograph, as a psychophysical mechanism whose charm dwells in the indistinguishable relation between the objective world and the imaginary / A fotografia de rua ou fotografia urbana, enquanto estilo fotográfico, decorre historicamente não apenas de uma nova instrumentalização proporcionada pelos avanços tecnológicos que se iniciaram na primeira metade do século XIX, mas, sobretudo, das condições sociais que vigoraram a partir desse período. Esse novo meio de representação do mundo objetivo trouxe consigo particularidades inovadoras, como a combinação de imagem mental, duplo, vestígios e aura em um objeto de percepção: a fotografia. Essas particularidades encontram uma confluência no conceito de fotogenia, uma das denominações atribuídas ao encanto das imagens fotográficas, que, aqui, é trabalhado tomando por base a trabalho de Edgar Morin. A análise do conceito de fotogenia remete-nos, na busca por precursores, à noção de aura em Walter Benjamin e apresenta interseções particularmente interessantes e elucidativas para ambos os conceitos. Nas reflexões deste último autor, que incluem os fenômenos da multidão, do choque, do flâneur, baseiam-se nossas análises sobre as condições que provocaram alterações na percepção, receptividade e resposta aos estímulos crescentes originados pelas novas formas de convivência e mobilidade na metrópole. Outra abordagem relacionada ao encanto, a aura e a temporalidade na fotografia, como o punctum temporal, é integrada às concepções anteriores e analisada em conjunto com a concepção de fotogenia. Dessa forma, o objetivo desta dissertação é constituir um corpus mais abrangente que dê conta da complexidade do fenômeno fotográfico. A metrópole, objeto do fotógrafo urbano, através da sua fisionomia e fisiognomia, ocupa um papel central nesta dissertação, revelando-se, como em uma fotografia, um mecanismo psicofísico, cujo encanto possui a sua base na relação indistinguível entre o mundo objetivo e o imaginário