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Naturalismo e biologização das cidades na constituição da idéia de meio ambiente urbano / Naturalism and biological conception of cities in the constitution of the idea of 'urban environment'Silva, Marcos Virgilio da 29 July 2005 (has links)
A constituição da idéia de meio ambiente urbano é aqui avaliada sob a perspectiva das concepções que, historicamente, tentam enquadrar as cidades em categorias biológicas, tais como corpo", organismo" e, contemporaneamente, (ecos)sistema". Essa tendência de naturalização ou biologização das cidades é característica do pensamento social pelo menos desde o século XIX: seus antecedentes são certamente ainda mais remotos, mas as origens de seus aspectos contemporâneos mais característicos podem ser encontradas em meados do século XVIII. Este trabalho visa resgatar alguns dos aspectos mais importantes dessa história, pondo em questão a validade de tais categorias para compreensão e intervenção sobre a cidade real. Para tanto, o trabalho dedica-se a investigar os sentidos atribuídos à idéia de natureza e a conseqüente apreciação da agência humana, e da cidade em particular, feita por essas concepções. Qualifica-se o processo de naturalização como parte de um esforço mais amplo de negação ou disciplinamento do artifício (a ação humana) e do acaso (a ausência de causalidade ou finalidade) na constituição do mundo negação esta que resultaria em um conjunto de categorias de estase para interpretação da realidade e, afinal, em apologia do status quo. Desde o sanitarismo do século XIX até a Ecologia do pós-2ª. Guerra Mundial, passando pelo caso particularmente controverso da Eugenia, as tentativas de biologização das cidades, tanto por parte das ciências biomédicas quanto do próprio Urbanismo em constituição, apontam para uma tendência de dominação pelo conhecimento técnico que permeia de forma recorrente a modernidade capitalista. Nela, tanto a natureza" quanto os seres humanos comuns (não escolhidos") são concebidos como recursos naturalmente passivos e sujeitados, incapazes de criar, cabendo-lhes apenas o papel de resistir" ou reagir", ou ainda serem protegidos". Esse paradigma da dominação" é que requer reconhecimento e enfrentamento, indicando a necessidade de politizar e historicizar a questão ambiental, principalmente em relação às cidades. / In this dissertation the formulation of a concept of urban environment is based on the perspective of ideas which have historically attempted to understand cites in biological terms, such as body", organism" or more recently eco-system". This tendency to naturalize or conceive cities in biological terms has been a characteristic of social thinking especially since the 19th century. The roots of this tendency are certainly much more remote but this perspective did receive an important impulse from the mid-18th century ideas of the enlightenment. The following dissertation attempts to recuperate some of the more important aspects of this history, questioning the validity of this tendency for the comprehension of and intervention in contemporary cities. Because of this, the study is dedicated to the investigation of the various understandings attributed to the idea of nature with their peculiar appreciation of human agency and of the city. Qualifying this process of naturalization is seen as part of a wider preoccupation of negating or disciplining notions of the artificial seen as the product of human agency, and of chance when seen as the absence of causality or finality, in our constitution and interpretation of the world which in very many cases becomes an apology in favor of the status quo. Since the influence of ideas based on hygiene and sanitary conditions in the 19th century and the Darwinian twin conceptions of ecology and the controversial idea of eugenics (up to the mid 20th century) urban history has accepted the expanding role of biological metaphors. This has been expressive both in the biomedical sciences and also in the evolving science of urbanism. In many senses this has been part of the wider tendency towards domination by technical knowledge which is a recurrent feature of capitalist modernity. In this interpretation the dissertation attempts to show that nature, just as much as ordinary common people are conceived as resources, naturally passive, without any capacity to create and with a mere capacity to resist, to react or to conform to their eventual protection. It is this academic paradigm of domination which needs to be recognized and confronted. In this sense the dissertation is an attempt to historically politicize the environmental question, especially in its urban dimension.
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O urbanismo a partir do outro / The urban planning from anotherSignorelli, Carlos Francisco 30 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-30 / The city will seek to demonstrate a cause and effect of modernity. The city is the space, while built and designed, the construction of a project, a vision of the world, built during the second millennium AD. The vision of the emerging world is embodied in modernity, that is, in essence, the freedom of man as a rational subject, which will target, the paradise on earth. But the city is also shaped by modernity, that is, it builds, or is shaped by capital, as its content. When the paradigm of modernity no longer provides answers to the advancement of social and historical forces, when no longer able to provide answers to new questions, when it goes away the credibility and faith in human rationality, he goes into crisis, the crisis also led the city itself And the world as the oikos of Man. Crisis not only ideological, but palpable, both in the de-structuring of the built-in possibility of extinction as the man himself. Built in space, urban development has become the capital of the arm as the concretization of a hegemonic project of class. The city, from town planning process, puts himself at the service of such a project. The other, the faceless masses, understood as the non-urban, as the non-legal, insist on doing this now not as object but as a guy who wants to build their own history. We therefore propose that the planning should leave its false neutrality and driving it to life, oikos, exceeding the individual and re-entering the community and its concrete and symbolic values. We must make a choice, and this just may be in the direction of the other s not. This will not only be an ideological choice, but necessary to the very continuity of life in the city. / A cidade, procuraremos demonstrar, ? causa e efeito da modernidade. A cidade ? o espa?o, ao mesmo tempo constru?do e pensado, da constru??o de um projeto, de uma vis?o de mundo, constru?da ao longo do segundo mil?nio da Era Crist?. A vis?o de mundo da burguesia nascente se consubstancia na modernidade, que ?, em ess?ncia, a liberdade do homem, como sujeito racional, que ter? como meta, o para?so na Terra. Mas tamb?m a cidade ? moldada pela modernidade, ou seja, ela se constr?i, ou ? modelada pelo capital, como o seu conte?do. Entretanto, no momento hist?rico que vivemos est? se dando, pretendemos mostrar, o esgotamento da modernidade. E quando o paradigma da modernidade n?o mais d? respostas ao avan?o das for?as sociais e hist?ricas, quando n?o mais consegue dar respostas ?s novas perguntas, quando se desfaz a credibilidade e a f? na racionalidade humana, ele entra em crise, levando tamb?m ? crise a pr?pria cidade, e o mundo como o oikos do homem. Crise n?o s? ideol?gica, mas palp?vel, tanto na desestrutura??o do espa?o constru?do, como na possibilidade da extin??o do pr?prio homem. No espa?o constru?do, o urbanismo tem se constitu?do como o bra?o do capital, como a concretiza??o de um projeto hegem?nico de classe. A cidade, a partir do processo urban?stico, coloca-se a servi?o de tal projeto. O outro, as massas sem rosto, entendidas como o n?o-urbano, como o n?o-legal, teimam em se fazer presente agora n?o mais como objeto, mas como sujeito que quer construir a pr?pria hist?ria. Propomos, pois, que se deva colocar o urbanismo no centro de um necess?rio debate. De nossa parte assumimos que o urbanismo se reveste de uma falsa neutralidade que deve ser eliminada, e direcionar-se ? vida, ao oikos, ultrapassando o indiv?duo e reentrando na coletividade e seus valores concretos e simb?licos. H? que se fazer uma op??o, e esta s? poder? se dar na dire??o do outro, do n?o. Esta n?o ser? apenas uma op??o ideol?gica, mas necess?ria para a pr?pria continuidade da vida na cidade.
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Naturalismo e biologização das cidades na constituição da idéia de meio ambiente urbano / Naturalism and biological conception of cities in the constitution of the idea of 'urban environment'Marcos Virgilio da Silva 29 July 2005 (has links)
A constituição da idéia de meio ambiente urbano é aqui avaliada sob a perspectiva das concepções que, historicamente, tentam enquadrar as cidades em categorias biológicas, tais como corpo, organismo e, contemporaneamente, (ecos)sistema. Essa tendência de naturalização ou biologização das cidades é característica do pensamento social pelo menos desde o século XIX: seus antecedentes são certamente ainda mais remotos, mas as origens de seus aspectos contemporâneos mais característicos podem ser encontradas em meados do século XVIII. Este trabalho visa resgatar alguns dos aspectos mais importantes dessa história, pondo em questão a validade de tais categorias para compreensão e intervenção sobre a cidade real. Para tanto, o trabalho dedica-se a investigar os sentidos atribuídos à idéia de natureza e a conseqüente apreciação da agência humana, e da cidade em particular, feita por essas concepções. Qualifica-se o processo de naturalização como parte de um esforço mais amplo de negação ou disciplinamento do artifício (a ação humana) e do acaso (a ausência de causalidade ou finalidade) na constituição do mundo negação esta que resultaria em um conjunto de categorias de estase para interpretação da realidade e, afinal, em apologia do status quo. Desde o sanitarismo do século XIX até a Ecologia do pós-2ª. Guerra Mundial, passando pelo caso particularmente controverso da Eugenia, as tentativas de biologização das cidades, tanto por parte das ciências biomédicas quanto do próprio Urbanismo em constituição, apontam para uma tendência de dominação pelo conhecimento técnico que permeia de forma recorrente a modernidade capitalista. Nela, tanto a natureza quanto os seres humanos comuns (não escolhidos) são concebidos como recursos naturalmente passivos e sujeitados, incapazes de criar, cabendo-lhes apenas o papel de resistir ou reagir, ou ainda serem protegidos. Esse paradigma da dominação é que requer reconhecimento e enfrentamento, indicando a necessidade de politizar e historicizar a questão ambiental, principalmente em relação às cidades. / In this dissertation the formulation of a concept of urban environment is based on the perspective of ideas which have historically attempted to understand cites in biological terms, such as body, organism or more recently eco-system. This tendency to naturalize or conceive cities in biological terms has been a characteristic of social thinking especially since the 19th century. The roots of this tendency are certainly much more remote but this perspective did receive an important impulse from the mid-18th century ideas of the enlightenment. The following dissertation attempts to recuperate some of the more important aspects of this history, questioning the validity of this tendency for the comprehension of and intervention in contemporary cities. Because of this, the study is dedicated to the investigation of the various understandings attributed to the idea of nature with their peculiar appreciation of human agency and of the city. Qualifying this process of naturalization is seen as part of a wider preoccupation of negating or disciplining notions of the artificial seen as the product of human agency, and of chance when seen as the absence of causality or finality, in our constitution and interpretation of the world which in very many cases becomes an apology in favor of the status quo. Since the influence of ideas based on hygiene and sanitary conditions in the 19th century and the Darwinian twin conceptions of ecology and the controversial idea of eugenics (up to the mid 20th century) urban history has accepted the expanding role of biological metaphors. This has been expressive both in the biomedical sciences and also in the evolving science of urbanism. In many senses this has been part of the wider tendency towards domination by technical knowledge which is a recurrent feature of capitalist modernity. In this interpretation the dissertation attempts to show that nature, just as much as ordinary common people are conceived as resources, naturally passive, without any capacity to create and with a mere capacity to resist, to react or to conform to their eventual protection. It is this academic paradigm of domination which needs to be recognized and confronted. In this sense the dissertation is an attempt to historically politicize the environmental question, especially in its urban dimension.
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La prévention situationnelle : genèse et développement d’une science pratique / Situational crime prevention : genesis and development of a practical scienceBenbouzid, Bilel 29 September 2011 (has links)
La prévention situationnelle représente aujourd’hui dans de nombreux pays un secteur de recherche stratégique de la lutte contre le crime. Apparue au milieu des années 1970 au sein du laboratoire de recherche du ministère de l’intérieur britannique, cette nouvelle spécialité a pris la forme d’une ingénierie dont l’objectif est de développer des solutions techniques empêchant le passage à l'acte des délinquants, par une intervention sur les situations particulières lors desquelles des délits semblables sont commis ou pourraient l'être (cambriolage, vol de véhicule, vandalisme, etc.). Ce que l’on appelle désormais la « science du crime » se fonde sur l’assemblage d’une pluralité de savoirs pratiques, évolue entre des laboratoires de recherche et des secteurs professionnels variés (police, urbanistes, etc.), s’appuie sur des modalités d’administration de la preuve qui passent par la déduction mathématique (modélisation statistique) et intègre ses inventions théoriques dans des innovations sociotechniques (des dispositifs de prévention et de réduction des risques). Cette thèse retrace le développement de la prévention situationnelle en se déplaçant dans l’espace et le temps afin d’atteindre les lieux de sa fabrication et de rentrer dans l’intimité des controverses à travers lesquelles elle prend forme. En décrivant cette science du crime en train de se faire - des laboratoires gouvernementaux jusqu’à sa standardisation technique dans les instances de normalisation européenne, en passant par les politiques de recherche et le travail d’instrumentation - nous rendons visibles toutes les entités (théories, chercheurs, gouvernement, instruments, catégories statistiques, modèles de risque, délinquants, victimes, normes techniques, etc.) auxquelles la prévention situationnelle s’attache et se détache. Nous montrons ainsi que les liens concrets tissés entre les chercheurs et leurs différents alliés vont bien au-delà des relations entre les personnes. Ils vont jusqu’à toucher le contenu même de la prévention situationnelle. Au final, il s’agit de représenter la prévention situationnelle sous la forme d’un collectif assumant sa responsabilité politique. / In many countries today, situational crime prevention is a strategic research sector in the battle against crime. Originating within the Home Office Research Unit in the UK during the mid 1970s, this ‘new technology’ has the purpose of developing crime prevention solutions by intervening in situations where crime commonly occurs. What has now come to be called “crime science” is based on an array of practical knowledge, evolves between research laboratories and various professional sectors (police, town planning, etc.), uses evidence-based research, and implements its theoretical discoveries in socio-technical innovations (prevention and risk reduction systems). This thesis retraces the development of situational crime prevention technology to have a closer look at the controversies from which it takes its shape. By describing this crime science-in-the-making, from state laboratories and international policy transfers, from research studies and instrumentation, we reveal all the entities (researchers, government, theories, instruments, statistical classes, risk models, offenders, victims, technical standards, etc.) to which situational crime prevention has become tied, and untied. Thus, we demonstrate that concrete links weaved between researchers and their different allies go far beyond personal relationships, touching the very core of the technology. As such, situational crime prevention is constituted as a collective, political entity.
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