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Modernização urbano-citadina e representações sobre os trabalhadores na cidade de Campo Grande (décadas de 1960-70) / Urban-citizen modernization and representations about the workers in Campo Grande city (1960's and 70's)Moro, Nataniél Dal 27 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The objective of the work "Urban-citizen modernization and representations about the workers in Campo Grande city (1960's and 70's) is to explain the processes trough which the representations about the urban-citizen modernization were constituted, about the workers who occupied the public space of Campo Grande downtown and to extern the representations that were prepared regarding the everyday of this common people who, in a certain way, made also the public space, a private space. Researching about this subject and writing this text consits in appointing a part of the constitutive links of the Brazilian reality as well as the history of the current Mato Grosso do Sul state, whose political and administrative capital seat is in Campo Grande city. A municipality whose population in 1960 was lower than seventy five thousand inhabitants, since in 1980 they were more than two hundred and ninety thousand people; most of them constituted by emigrants, specially emigrants from states as: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Bahia and Rio Grande do Sul. Not all of those emigrants, as well as a part of the local population, managed to contribute towards the called citizen progress . Then, the common people arises more as a social problem for the most diverse public and private authorities . This people, in turn, occupied territories in several ways, mainly the public spaces of Campo Grande city, in particular the sidewalks of the most busy business streets, such as 14 de Julho street and Calógeras Avenue, that never ceased to be a local symbol of modernity, that gradually were modernized. In order to analyze this reality of urban-citizen modernization and representations about the workers I used, very advantageously, the reflections of Marx, Engels, Benjamin, Bourdieu, Hobsbawm, Thompson, Williams, Chartier, Sharpe, Santos, Touraine and Faoro. The analyses of the sources and the theoretical reflections appoint that the urban-citizen modernization process highly privileged the elite from Campo Grande and that the representations about the common people and also those regarding their daily practices, as feeding, corporal hygiene and housing, were seen as unmeritorious to the progress . Therefore, the common people must not be present in the urban and commercial downtown of Campo Grande city, since they testified, material and symbolically, against the representation of progress that was being constructed, once the modernization, specially the economical modernization, was something constant during the 60's and 70's / Modernização urbano-citadina e representações sobre os trabalhadores na cidade de Campo Grande (décadas de 1960-70) possui como objetivo explicitar os processos pelos quais foram constituídas as representações sobre a modernização urbano-citadina, sobre os trabalhadores que ocupavam o espaço público do centro da cidade de Campo Grande e externar as representações que foram elaboradas a respeito do cotidiano desse povo comum que, de certa forma, fazia do espaço público também um espaço privado. Pesquisar sobre esse assunto e escrever esse texto consiste em apontar parte dos nexos constitutivos da realidade brasileira e, igualmente, da história do atual Estado de Mato Grosso do Sul, cuja capital política e administrativa têm como sede o Município de Campo Grande. Municipalidade essa que em 1960 tinha menos de 75.000 mil habitantes, sendo que em 1980 possuía mais de 290.000 mil residentes; grande parte constituída de migrantes, em especial de migrantes provenientes de Estados como: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Nem todos esses migrantes, bem como uma parte da população local, conseguiram contribuir para o chamado progresso citadino. Surge, então, mas como problema social , para as mais diversas autoridades públicas e privadas, o povo comum . Esses sujeitos, por sua vez, ocupavam territórios de variadas formas, principalmente o espaço público da cidade de Campo Grande, em particular as calçadas das vias públicas de comércio que eram mais movimentadas, tais como a Rua 14 de Julho e a Avenida Calógeras, que não deixavam de ser símbolos da modernidade local, que paulatinamente eram modernizados. Para analisar essa realidade de modernização urbano-citadina e de representações sobre os trabalhadores utilizei, com grande proveito, as reflexões elaboradas por Marx, Engels, Benjamin, Bourdieu, Hobsbawm, Thompson, Williams, Chartier, Sharpe, Santos, Touraine e Faoro. As análises das fontes e das reflexões teóricas indicam que o processo de modernização urbano-citadino privilegiou sobremaneira a elite campo-grandense e que as representações elaboradas sobre o povo comum e também a respeito das suas práticas cotidianas, como a alimentação, a higiene corporal e a moradia, foram vistas como demeritivas ao progresso . Portanto, o povo comum não devia se fazer presente no centro urbano e comercial da cidade de Campo Grande, já que depunha, material e simbolicamente, contra a representação de progresso que estava sendo construída, uma vez que a modernização, sobretudo a econômica, foi algo constante no decorrer das décadas de 1960 e de 1970
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