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PrÃticas Sociais e Cotidiano: O Parque EcolÃgico do Cocà em AnÃlise.

Gleison Maia Lopes 27 May 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Analisar a apropriaÃÃo do Parque EcolÃgico do Cocà pelos agentes sociais - que diariamente dele se utilizam, buscando entender as relaÃÃes de poder existentes nesse processo e os conflitos resultantes desse contexto - à o objetivo principal desta pesquisa. O Parque do Cocà à uma Ãrea verde de grande visibilidade econÃmica, polÃtica e social dentro da cidade de Fortaleza. Fruto de lutas dos movimentos sociais em torno da defesa ambiental (que datam da dÃcada de 1970), o referido parque se legitimou enquanto Ãrea verde na cidade. Entretanto, ainda nÃo possui sua existÃncia social e legal juridicamente efetivada, havendo apenas um processo de demarcaÃÃo de seu espaÃo para futura criaÃÃo, fazendo deste campo um local de discursos variados e agentes diversos que se conflituam em torno da definiÃÃo dos rumos mais apropriados pra esse espaÃo. Usos anteriores ao processo de demarcaÃÃo (lavadeiras, pescadores, moradores das margens do rio) se relacionam com usos posteriores a este processo (caminhantes, moradores do entorno do parque e manifestantes), estabelecendo um complexo sistema de interaÃÃes e relaÃÃes nesse campo. Uma disputa pela definiÃÃo dos usos legÃtimos desse espaÃo se estabelece tambÃm na esfera pÃblica, com um histÃrico processo de disjunÃÃo entre Estado e sociedade civil (atravÃs dos movimentos sociais) nesse espaÃo, e sÃo sobre essas diversas contendas que esta pesquisa ancora sua anÃlise. A metodologia empregada foi a de etnografar os usos pesquisados, aliando esse procedimento a entrevistas semiestruturadas com sujeitos da pesquisa e observaÃÃo participante em determinados momentos de apropriaÃÃo e produÃÃo de discursos sobre o parque, tais como assembleias, fÃruns, seminÃrios, debates, manifestaÃÃes, passeatas e demais eventos, que envolvessem o Parque do CocÃ, alÃm de pesquisas bibliogrÃficas, anÃlise de documentos e jornais. Conclui-se que o referido parque reflete em si uma disputa pela cidade, que historicamente distribuiu desigualmente aos indivÃduos em seu territÃrio, reproduzindo em si relaÃÃes de poder hierarquizadas e desiguais, onde os indivÃduos providos de agÃncia ressignificam esse contexto e produzem formas cotidianas de resistÃncia. O Parque passa a representar em si uma forma de planejamento urbano, que dispÃem os indivÃduos de maneira desigual, mas que incorpora um processo de insurgÃncia diÃria, de resistÃncia a formas de imposiÃÃo e normatizaÃÃo de prÃticas.
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Por uma política cultural que dialogue com a cidade: o caso do encontro entre o MASP e o graffiti (2008-2011)

Verano, Paulo Nascimento 09 October 2013 (has links)
Em 2008 o Museu de Arte de São Paulo (MASP) recusou uma exposição da dupla de grafiteiros OsGemeos. Em 2011, organizou sua segunda mostra de graffiti em três anos. No mesmo ano, a Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo criou na capital o Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU). Em 2008, a Prefeitura de São Paulo apagara um mural de grandes proporções dos mesmos OsGemeos. Pretende-se compreender por que, no final da primeira década do século XXI, a política cultural formulada pelo MASP escolheu o graffiti como uma manifestação urbana a ser ali exibida, traçando-se um paralelo com opção similar feita pela Secretaria da Cultura em relação ao graffiti no espaço público. Está nessas ações uma tentativa de estabelecer novos modos de relacionamento com a cidade e, de algum modo, participar de sua reconfiguração? A ação permitiria estabelecer-se algum paralelo com as origens do museu concebido por Lina Bo Bardi, que nas suas primeiras décadas de criação travava forte diálogo crítico com a cidade? Considera-se a intensificação do diálogo entre os equipamentos culturais e o espaço público -- e com as manifestações artísticas e culturais no espaço público -- como potente para religar os laços entre os cidadãos e os equipamentos culturais da cidade, ao mesmo tempo em que se considera que uma maior intensificação no relacionamento entre pessoas, arte e cultura, equipamentos culturais e cidade contribui para uma ampliação dos usos da cidade e do relacionamento de seus moradores com o simbólico, entendendo-se que pelo diálogo passam obrigatoriamente as ideias de dissenso (RANCIÈRE, 2012), negociação e conflito (CANCLINI, 2004). / In 2008 the São Paulo Museum of Art -- MASP (\"Museu de Arte de São Paulo\") rejected an exhibition by the graffiti artists OsGemeos. In 2011 it organized its second exhibit of graffiti in three years. In the same year the Culture Department of the Government of the State of São Paulo created the Open Museum of Urban Art -- MAAU (\"Museu Aberto de Arte Urbana\") in the City of São Paulo. In 2008 the Municipality of São Paulo had erased a very large mural by the same OsGemeos. The purpose of this work is the examine why, at the end of the first decade of the 21st century, the cultural policy established by MASP chose graffiti as one of the urban exhibits to be displayed there, compared with a similar choice made by the Department of Culture in relation to graffiti in urban spaces. Are those actions an attempt to establish new relationships with the city and somehow to participate in its reconfiguration? Would such actions establish a parallel with the origins of the museum as conceived by Lina Bo Bardi which, in the first decades of the museum\'s existence used to engage in a powerful critical dialogue with the city? The development of the dialogue between cultural facilities and public spaces -- and with the exhibits of art and culture in public spaces -- is strong enough to restore the bonds between citizens and the cultural facilities of the city. A greater intensification of the relationship among persons, art and culture, cultural facilities and the city contributes to expand the uses of the city and the relationship of its inhabitants with symbolic representations. The dialogue is necessarily crossed by the ideas of dissension (RANCIÈRE, 2012), negotiation and conflict (CANCLINI, 2004).
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Por uma política cultural que dialogue com a cidade: o caso do encontro entre o MASP e o graffiti (2008-2011)

Paulo Nascimento Verano 09 October 2013 (has links)
Em 2008 o Museu de Arte de São Paulo (MASP) recusou uma exposição da dupla de grafiteiros OsGemeos. Em 2011, organizou sua segunda mostra de graffiti em três anos. No mesmo ano, a Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo criou na capital o Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU). Em 2008, a Prefeitura de São Paulo apagara um mural de grandes proporções dos mesmos OsGemeos. Pretende-se compreender por que, no final da primeira década do século XXI, a política cultural formulada pelo MASP escolheu o graffiti como uma manifestação urbana a ser ali exibida, traçando-se um paralelo com opção similar feita pela Secretaria da Cultura em relação ao graffiti no espaço público. Está nessas ações uma tentativa de estabelecer novos modos de relacionamento com a cidade e, de algum modo, participar de sua reconfiguração? A ação permitiria estabelecer-se algum paralelo com as origens do museu concebido por Lina Bo Bardi, que nas suas primeiras décadas de criação travava forte diálogo crítico com a cidade? Considera-se a intensificação do diálogo entre os equipamentos culturais e o espaço público -- e com as manifestações artísticas e culturais no espaço público -- como potente para religar os laços entre os cidadãos e os equipamentos culturais da cidade, ao mesmo tempo em que se considera que uma maior intensificação no relacionamento entre pessoas, arte e cultura, equipamentos culturais e cidade contribui para uma ampliação dos usos da cidade e do relacionamento de seus moradores com o simbólico, entendendo-se que pelo diálogo passam obrigatoriamente as ideias de dissenso (RANCIÈRE, 2012), negociação e conflito (CANCLINI, 2004). / In 2008 the São Paulo Museum of Art -- MASP (\"Museu de Arte de São Paulo\") rejected an exhibition by the graffiti artists OsGemeos. In 2011 it organized its second exhibit of graffiti in three years. In the same year the Culture Department of the Government of the State of São Paulo created the Open Museum of Urban Art -- MAAU (\"Museu Aberto de Arte Urbana\") in the City of São Paulo. In 2008 the Municipality of São Paulo had erased a very large mural by the same OsGemeos. The purpose of this work is the examine why, at the end of the first decade of the 21st century, the cultural policy established by MASP chose graffiti as one of the urban exhibits to be displayed there, compared with a similar choice made by the Department of Culture in relation to graffiti in urban spaces. Are those actions an attempt to establish new relationships with the city and somehow to participate in its reconfiguration? Would such actions establish a parallel with the origins of the museum as conceived by Lina Bo Bardi which, in the first decades of the museum\'s existence used to engage in a powerful critical dialogue with the city? The development of the dialogue between cultural facilities and public spaces -- and with the exhibits of art and culture in public spaces -- is strong enough to restore the bonds between citizens and the cultural facilities of the city. A greater intensification of the relationship among persons, art and culture, cultural facilities and the city contributes to expand the uses of the city and the relationship of its inhabitants with symbolic representations. The dialogue is necessarily crossed by the ideas of dissension (RANCIÈRE, 2012), negotiation and conflict (CANCLINI, 2004).
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Pinheirinho entre o sonho e a realidade : experiências em uma ocupação urbana na cidade de São José dos Campos - SP

Pedro Henrique Faria Machado 25 February 2014 (has links)
A presente pesquisa tem como objetivo conhecer as experiências sociais vividas por exmoradores da Ocupação urbana conhecida como Pinheirinho - ocorrida entre os anos de 2004 e 2012 na cidade de São José dos Campos SP, através dos significados atribuídos aos usos que faziam da cidade, compreendendo os motivos que levaram os sujeitos a optarem por uma ocupação urbana irregular, suas experiências cotidianas e como eram endereçadas suas necessidades sociais junto aos Poderes Públicos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa; de natureza básica; do ponto de vista dos objetivos, descritiva e exploratória; e do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pelo fato da pesquisa ter sido realizada após a desocupação da Ocupação, Ex-Post-Facto. Dada a constante polarização das análises acerca da Ocupação, principalmente por parte da grande mídia, restringiu-se a amostra de entrevistados àqueles que não faziam parte da Liderança da Ocupação, tampouco dos Governos Municipal, Estadual ou Federal. Para a coleta de dados, utilizou-se a metodologia da História Oral, orientada por um roteiro, definido em cinco eixos. Tal metodologia possibilitou um aprofundamento nas histórias dos sujeitos, possibilitando a redução da amostra. Dessa maneira, apesar da Ocupação contar com aproximadamente seis mil pessoas, tem-se uma amostra de dez sujeitos, sendo analisados em profundidade, através de uma perspectiva analítica pautada na Teoria Social Crítica, seis deles. A análise dos dados foi subsidiada interdisciplinarmente por diversos autores, dentro os quais se destacam David Harvey, Francisco de Oliveira, Vera Telles e Zygmunt Bauman. Coube ao pesquisador dialogar as entrevistas, repletas de subjetividades, com os teóricos, como os acima citados, além de outras fontes de dados, como jornais e revistas, dentre outros. Como resultado, revelam-se histórias e experiências do cotidiano na cidade. Experiências cheias de vida: do trabalho precário, da luta pela moradia, das práticas do espaço, do despertar de uma consciência política, de acertos, erros, afetos, solidariedade, violência, enganos, desenganos etc. São relatos de pessoas comuns que compartilham a experiência de terem residido em uma ocupação urbana irregular. Relatos de vidas refletidas por políticas públicas mal feitas. Vidas marcadas pela precariedade do trabalho, que determinam pontos de inflexões, criando novos usos da Cidade, em uma constante disput com poderes públicos e privados para transformála conforme sua necessidade, resultando em um constante movimento de criação de acessos e bloqueios. / This research aims to understand the social experiences of former residents of the urban occupation known as Pinheirinho, which existed between 2004 and 2012 in the city of São José dos Campos, SP. It was analyzed the significant attributes of those who created the occupation, the reasons that led the subjects to opt for an irregular urban occupation, their everyday experiences, and how their social needs were addressed by the public authorities. This research is qualitative, descriptive, and exploratory, with basic objectives, from the point of view of technical procedures, and Ex-Post-Facto, because the survey was conducted retrospectively after the Occupation was vacated. Given the constant polarization of the analysis about the Occupation, especially by the mainstream media, the sample was restricted to those respondents who were not part of the leadership of the Occupation nor the Municipal, State, or Federal Government. For collect data, it was used Oral History methodology, guided by a script, which focused on five main topics. This methodology enabled the collection of in-depth histories of the subjects, permitting a reduced sample. Thus, although the occupancy contained about six thousand people, our samples has only ten subjects, which were analyzed in depth, through an analytical perspective guided in Critical Social Theory, six of them. Data analysis was supported by several authors across disciplines, such as David Harvey, Francisco de Oliveira, Vera Telles, and Zygmunt Bauman. The investigator who conducted the interviews, which were subjective, used the theorists mentioned above as well as other data sources, such as journals and newspapers. The result is a portrait of stories and experiences of everyday life in the city. Life experiences are described such as job insecurity, the struggle for housing, the practices of space, successes, failures, affections, solidarity, violence, misunderstandings, deceptions, etc. It is a report of common people who share the experience of having lived in an irregular urban occupation. The report reflects the bad public policy. Their lives have been marked by job insecurity, which determine inflection points, creating new practices for the City that is in constant dispute with public and private powers to transform as needed, resulting in constant movement that creates access and obstacles.

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