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CARACTERIZAÇÃO DO ESTERÓIDE α-ESPINASTEROL COMO UM NOVO ANTAGONISTA DO RECEPTOR TRPV1 COM EFEITO ANTINOCICEPTIVO / CHARACTERIZATION OF THE PLANT STEROID α-SPINASTEROL AS A NOVEL TRANSIENT RECEPTOR POTENTIAL VANILLOID 1 ANTAGONIST WITH ANTINOCICEPTIVE EFFECTSantos, Gabriela Trevisan dos 01 September 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The transient receptor potential vanilloid 1 (TRPV1) is relevant to the
perception of noxious information and has been studied as a therapeutic target for
the development of new analgesics. The goal of this study was to perform in vivo and
in vitro screens to identify novel, efficacious, and safe TRPV1 antagonists isolated
from leaves of the medicinal plant Vernonia tweedieana Baker. All of the fractions
and the hydroalcoholic extract produced antinociception in mice during the capsaicin
test, but the dichloromethane fraction (Dcm) also had antioedematogenic effect.
Among the compounds isolated from the Dcm fraction, only α-spinasterol reduced
the nociception and oedema induced by capsaicin injection. Moreover, α-spinasterol
demonstrated good oral absorption and high penetration into the brain and spinal
cord of mice. Besides, α-spinasterol was able to displace [3H]-resiniferatoxin (RTX)
binding and diminish calcium (Ca2+) influx mediated by capsaicin. Orally
administration of the Dcm fraction and α-spinasterol also produced antinociceptive
effect in the noxious heat-induced nociception test; however, they did not change the
mechanical threshold of naive mice. The treatment with α-spinasterol did not produce
antinociceptive effect in mice systemically pre-treated with RTX. In addition, α-
spinasterol and the Dcm fraction also reduced the oedema, mechanical and heat
hyperalgesia elicited by complete Freund s adjuvant (CFA) paw injection. The Dcm
fraction and α-spinasterol did not affect body temperature or locomotor activity. In
conclusion, α-spinasterol is an efficacious and safe antagonist of the TRPV1 receptor
with antinociceptive effect. / O receptor de potencial transitório vanilóide 1 (TRPV1) é relevante para a
percepção de estímulos nocivos e tem sido estudado como um alvo terapêutico para
o desenvolvimento de novos analgésicos. O objetivo deste estudo foi desenvolver
uma triagem in vivo e in vitro para caracterizar novos antagonistas do receptor
TRPV1 isolados das folhas de Vernonia Tweedieana Baker, uma planta medicinal,
com atividade antinociceptiva em camundongos. Todas as frações e o extrato
hidroalcólico apresentaram efeito antinociceptivo no teste da capsaicina, sendo que
a fração diclorometano (Dcm) também mostrou efeito antiedematogênico. Entre os
compostos isolados da fração Dcm, apenas o α-espinasterol reduziu a nocicepção e
o edema induzidos pela injeção intraplantar de capsaicina. Além disso, o α-
espinasterol foi capaz de deslocar o radioligante [3H]-resiniferatoxina, e também de
diminuir o influxo de cálcio estimulado pela capsaicina. A fração Dcm e o composto
α-espinasterol apresentaram efeito anti-hiperalgésico na nocicepção induzida por
estímulo térmico, mas não induzida por estímulo mecânico em animais sem injúria.
Porém, o composto α-espinasterol não apresentou atividade antinociceptiva em
animais pré-tratados sistemicamente com resiniferatoxina. Este composto e a fração
Dcm foram capazes de reduzir a hiperalgesia mecânica e térmica, e também o
edema induzidos por adjuvante completo de Freund. A fração Dcm e o α-
espinasterol não foram capazes de induzir alteração na temperatura corporal ou
atividade locomotora. Também, o α-espinasterol mostrou boa absorção por via oral,
e alta penetração no cérebro e na medula espinhal de camundongos. Assim, o α-
espinasterol, isolado da fração Dcm, age como um antagonista do receptor TRPV1
com eficaz efeito antinociceptivo, sem indução de efeitos adversos.
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Participação do receptor de potencial transitório vaniloide tipo 1 (TRPV1) em um modelo de síndrome de dor aguda induzida por paclitaxel em ratosLuacuti, Rebeca Nambumbo January 2015 (has links)
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / O uso clínico do paclitaxel (PAC) como agente quimioterápico é limitado pelos seus efeitos adversos, especialmente a indução de dor. Embora seja bem conhecido que o tratamento prolongado com o paclitaxel poderia levar à dor neuropática, a administração única de PAC também pode provocar uma síndrome de dor aguda, o que se acredita ser causada pela sensibilização de nociceptores. O receptor de potencial transitório vaniloide tipo 1 (TRPV1) é expresso principalmente nos nociceptores, onde desempenha um papel chave na detecção de vários estímulos dolorosos nocivos. O TRPV1 foi implicado no desenvolvimento da dor neuropática induzida pelo PAC, mas o seu papel na síndrome da dor aguda relacionada com o PAC é desconhecido. Assim, o objetivo deste estudo foi observar a participação do canal TRPV1 em um modelo de síndrome de dor aguda induzida por PAC em ratos. Para isso foram utilizados ratos Wistar machos (200-300g). O modelo de síndrome de dor aguda utilizado foi a administração de PAC intraperitoneal (1 mg/kg, i.p., dose única). O limiar mecânico e a latência ao calor foram avaliadas na pata traseira direita dos animais, estes valores foram medidos utilizando filamentos de von Frey com intensidade crescente (6-100g) ou o teste de Hargreaves (através de um feixe de luz radiante de 60 W), respectivamente. Para avaliar a participação do receptor TRPV1 neste modelo foi utilizado o antagonista seletivo (SB-366791; 0,5 mg/kg; i.p.) ou provocada a desensibilização das fibras TRPV1 positivas com o uso de um agonista TRPV1 potente (resiniferatoxina, 200 μg/kg, s.c.; administrado 7 dias antes da injeção de PAC). A hiperalgesia química causada pela capsaicina foi observada pela administração intraplantar de capsaicina (0,01 nmol/pata/100 μL). Também foram realizados ensaios para avaliar o aumento da expressão do receptor TRPV1 após a adminstração de PAC como o western blot (amostras do gânglio da raiz dorsal - GRD ou nervo ciático) e a imunofluorescência (GRD). A sensibilização do receptor TRPV1 foi avaliada utilizando a técnica de influxo de cálcio provocado pela capsaicina (500 nM) em GRD em cultura e expostos ao PAC (50 μM, 24 horas antes). A administração de PAC causou o densenvolvimento de alodínia mecânica e hiperalgesia ao calor 24 horas após a administração. O antagonista do canal TRPV1 ou a dessensibilização das fibras sensoriais TRPV1-positivas com o uso de um agonista TRPV1 foram capazes de reduzir a alodinia mecânica e a hiperalgesia calor induzida por PAC. Também observamos o desenvolvimento de hiperalgesia química para o agonista TRPV1 capsaicina, aumento da imunorreatividade do receptor TRPV1 e do número de neurônios TRPV1 positivos de pequeno diâmetro em gânglios da raiz dorsal (GRD, L3-L5) 24 horas após a administração de PAC. Além disso, 24 horas de incubação com PAC em culturas de neurônios de GRD aumentou não só a percentagem de neurônios que responderam a capsaicina, mas também a amplitude de resposta causada pela capsaicina. Em conclusão, após a administração única de PAC o aumento da sensibilização e expressão do receptor TRPV1 poderia contribuir para o desenvolvimento de alodínia mecânica e hiperalgesia ao calor. Dessa forma, o bloqueio do receptor TRPV1 poderia ser explorado como um possível alvo para o tratamento da síndrome de dor aguda associada ao PAC.
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