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A prova da existência dos corpos: a análise de Malebranche a partir da “visão em Deus” / The proof of the existence of the bodies: Malebranche’s analysis from a “vision in God”

Henning, Vanessa 21 June 2018 (has links)
Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2018-09-25T20:44:08Z No. of bitstreams: 1 Vanessa_Henning_2018.pdf: 767284 bytes, checksum: 50c0c8f95a199185a9d460a77721d02b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-25T20:44:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vanessa_Henning_2018.pdf: 767284 bytes, checksum: 50c0c8f95a199185a9d460a77721d02b (MD5) Previous issue date: 2018-06-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This paper aims to examine certain difficulties related to cartesian explanation about knowledge of existence of bodies from Malebranche’s thinking. They are articulated from two groups of arguments. The first one is about the theme and tensions in cartesian thesis of dualism, and the second one represents Malebranche’s thesis about unintelligibility, by the human being, the world and, therefore, about the fact of being inappropriate to human spirit to desire to capture and speak the truth to the world. Regarding the theme of dualism, its consequences reflect the impossibility of the spirit and the body relate their own immediately. Concerning the second argument, Malebranche’s analysis ends up dismissing the power of rational human faculty in what refers to unintelligibility of all things, in so far it shows the limits of perception and the inability of man to demonstrate an existing world beyond what is manifested to his mind. Our hypothesis is that Malebranche intends to establish a casual solution to cartesian thesis of existence of bodies and knowledge of the world. This way, human intellect is totally recipient of light and divine action – it is in God that you can find the world of intelligibility: in consequence, our knowledge and our sensible perception of bodies happen because of divine action upon us, and because of that Malebranche claims our bodies only can be recognized by the ideas in God. In the first chapter, it is presented Malebranche’s position related to the way how the knowledge is given, which central thesis consists in showing how it occurs, not by the relation between our mind and world anymore, but by the relation of our spirit with God. In the second chapter, we can see Malebranche’s radicalization in his causality analysis, ending in thesis that a man is unable of demonstrating any causal relation between his thinking and corporeal reality. Thereby, the existence of bodies can not be demonstrated by human reason. In the third chapter, it is explained the reasons why faith is instituted as the way to be sure of the existence of the bodies. Malebranche understands the certain of this existence as a human recognition to divine grace, whereas God is the true and necessary cause of all our perceptions. Our conclusion is that Malebranche takes to the last consequences certain thesis of cartesian thinking, intending to point the human impotence about the unveiling of the real: we do not know our own bodies by the ideas we have about them, countersigned by God, good and truthful, but by ideas in God, of which we take part. / Esse trabalho visa examinar certas dificuldades relativas à explicação cartesiana sobre o conhecimento da existência dos corpos a partir do pensamento de Malebranche. Elas se articulam ao redor de dois conjuntos de argumentos. O primeiro deles se pauta sobre o tema e sobre as tensões contidas na tese cartesiana do dualismo, e o segundo se configura ao redor da tese malebranchiana sobre a ininteligibilidade, por parte do ser humano, do mundo e, portanto, sobre o fato de ser inapropriado ao espírito humano querer captar e falar a verdade do mundo. No que se refere ao tema do dualismo, suas consequências refletem a impossibilidade de o espírito e o corpo se relacionarem imediatamente. Quanto ao segundo argumento, a análise de Malebranche acaba por destituir o poder da faculdade racional humana quanto à inteligibilidade de todas as coisas, na medida em que evidencia os limites da percepção e a incapacidade de o homem poder demonstrar um mundo existente para além do que se manifesta à sua mente. Nossa hipótese é a de que Malebranche busca estabelecer uma solução ocasionalista à tese cartesiana da existência dos corpos e do conhecimento do mundo. O intelecto humano, desse modo, é totalmente beneficiário da luz e da ação divina – é em Deus que se encontra a inteligibilidade do mundo: consequentemente, o nosso conhecimento e nossa percepção sensível dos corpos ocorrem pela ação divina sobre nós, e, por isso, Malebranche pode afirmar que os corpos só podem ser conhecidos pelas ideias em Deus. No primeiro capítulo deste estudo, é apresentada a posição malebranchiana relativa ao modo como se dá o conhecimento, cuja tese central consiste em mostrar que ele ocorre, não mais pela relação entre nossa mente e mundo, mas pela relação do nosso espírito com Deus. No segundo capítulo, vemos a radicalização de Malebranche na sua análise sobre a causalidade, culminando na tese de que o homem é incapaz de demonstrar qualquer relação causal entre seu pensamento e a realidade corpórea. Com isso, a existência de corpos não pode ser demonstrada pela razão humana. No terceiro, examinam-se as razões pelas quais a fé é instituída como a via para se ter certeza da existência de corpos. Malebranche entende a certeza dessa existência como um reconhecimento humano da atuação da graça divina, visto ser Deus a causa verdadeira e necessária de todas as nossas percepções. Nossa conclusão é que Malebranche leva às últimas consequências certas teses do pensamento cartesiano, no intuito de apontar a impotência humana acerca do desvelamento do real: não conhecemos os corpos pelas ideias que deles temos, referendadas por Deus, bom e veraz, mas pelas ideias em Deus, das quais somos partícipes.
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Nicolau de Cusa: visão de Deus e teoria do conhecimento

Lyra, Sonia Regina 29 September 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T19:20:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sonia Regina Lyra.pdf: 1194972 bytes, checksum: cd5d999e915355075a87996fe9f6f5ae (MD5) Previous issue date: 2010-09-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / God is the target and the quest of Nicholas of Cusa s theory of knowledge. Disjunction and conjunction constitute the wall of coincidence of opposites beyond which God exists, unlinked of everything that can be said or thought. The daring characteristic of the Cusan proposal is in putting forward the enigma, highly speculative, of seeing the invisible through the created visible things, which is sought in an invisible way especially in his works De Docta Ignorantia (Of Learned Ignorance) and De visione Dei (On the Vision of God). The non-other one of the most accurate names according to Nicholas of Cusa to denominate the unnamable had already been predicted by Dionysius the Areopagite at the end of his De Mystica Theologia (Mystical Theology). Every concept, every definition is, therefore, conjectural about the first principle. Defining is setting limits and, above all, knowing, even though the definition itself cannot be determined by anything due to its anteriority. Once it is the definition that allows the excellence of knowledge, setting limits and determinations, the search for learned ignorance, which accompanies the path of theory, goes on circumscribing knowledge and leaving aside everything that it is not, following a negative theology. Considered as self-defining of itself in its ontological principle, the definition differentiates itself as a statement of reason and as a gnosiological principle. It is then that the discourse allows imposing a conceptual limit in relation to the thing and to what it is not. Being the first principle, intellectual principle, it is not possible to have as an object of thought anything other than itself and, with this, it is the sole principle of being and of knowing - principium essendi et cognoscendi. The mystical dimension of this theory of knowledge can be seen in De visione Dei (On the Vision of God), where Cusa prepares and indicates the path to be traveled from the sensitive point to the transumptive jump beyond the wall of coincidence of opposites. Understood as imago Dei, man has in parallel with the divine mind the humana mens, even though this notion implies in showing the inadequacy of the image in relation to its specimen / Deus é o alvo e a busca da teoria do conhecimento proposta por Nicolau de Cusa. A disjunção e a conjunção constituem o muro da coincidência dos opostos, para além do qual Deus existe desvinculado de tudo aquilo que pode ser dito ou pensado. A ousadia da proposta cusana está em propor o enigma fortemente especulativo, que é ver o invisível, através das coisas criadas visíveis, o qual é buscado de modo invisível especialmente em suas obras De docta ignorantia e A visão de Deus. O não-outro, um dos nomes mais precisos segundo Nicolau de Cusa para denominar o inominável, já tinha sido prenunciado por Dionísio Areopagita no final da sua De mystica theologia. Todo conceito, toda definição é, pois, conjectural em torno do primeiro princípio. Definir é dar limites e acima de tudo, conhecer ainda que a própria definição não possa ser definida por coisa alguma em virtude de sua anterioridade. Uma vez que é a definição que permite a excelência do conhecimento, dando limites e determinações, a busca da douta ignorância que acompanha a tragetória da teoria vai circunscrevendo o conhecimento e deixando de fora tudo aquilo que ele não é, seguindo por uma teologia negativa. Considerada como autodefinidora de si mesma em seu princípio ontológico a definição se diferencia dela mesma enquanto enunciado da razão e como princípio gnoseologico. É então que o discurso permite impor um limite conceitual à respeito da coisa e daquilo que ela não é. Sendo o primeiro princípio, princípio intelectual, não pode ter como objeto do pensamento, outro que não a si mesmo, e, com isso, é princípio único do ser e do conhecer principium essendi et cognoscendi. A dimensão mística dessa teoria do conhecimento pode ser vista no A visão de Deus onde o Cusano prepara e indica a trajetória a ser percorrida desde o sensível até o salto transsumptivo para além do muro da coincidência dos opostos. Entendido como imago Dei o homem tem em paralelo com a mente divina a humana mens ainda que essa noção implique em apontar para a insuficiência da imagem com relação ao seu exemplar
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Looking at the Surface of the Mind: Descartes on Visual Sensory Perception

McCall, Matthew Christopher January 2017 (has links)
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