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Noites não mencionadas : um olhar para o gosto de cerejaArriaga, Malcon Clemenceau Lautenschlager 10 March 2005 (has links)
Orientador: Milton Jose de Almeida / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-05T23:04:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: A dissertação é um estudo do filme O Gosto de Cereja, de Abbas Kiarostami, em conjunto com iluminuras diretamente ligadas ao universo islâmico e tendo por pano de fundo algumas reflexões sobre o Islam. Foi estabelecida uma correspondência entre a via espiritual de conhecimento islâmico, conhecido como Mi¿raj Namah, ou Viagem Noturna do Profeta Mohammad e o deslocamento do personagem central do filme em busca de alguém que o ajudasse em seu suicídio. Em paralelo com os Sete Céus da Jornada Sagrada, foram criados sete personagens que trouxeram para o cinema o sentido possível da concepção desta Viagem. Além disso, buscando compreender e levantar questões sobre aquele universo, foram entremeadas algumas iluminuras do Oriente Médio, e fotografias de autoria de Kiarostami. A partir dos estudos de Henri Corbin sobre os sábios do Islam, foi apresentado o corpo conceitual que permite ao leitor aproximar-se de seu mundo. O objetivo do trabalho é mostrar o cinema, a possibilidade e necessidade da abertura a um outro modo de olhar a própria realidade em que estamos imersos e colaborar no questionamento de seu caráter de realidade supostamente pronta e acabada / Abstract: This dissertation is a study of the film ¿the Taste of Cherry¿, by Abbas Kiarostami, together with illustrations directly linked to the Islamic universe, bringing insights and reflections about Islam. A correspondence was established between the spiritual path for Islamic knowledge, known as Mi'raj Namah, or the nocturnal trip of the Prophet Mohammad and the trajectory of the central character of the movie in his search for help to commit suicide. Seven characters are presented in the movie who parallel the Seven Heavens of the Sacred Journey, they are a key to the possible comprehension of this Journey. Also as an aid for understanding and questioning this universe, some Middle-Eastern illustrations and photographs by Kiarostami have been studied. From the studies of Henri Corbin on the scholars of Islam, the conceptual structure was defined allowing the reader to come close its world.The objective of this study is to show cinema as a possibility and a necessity of looking at the reality where we are immersed from different angles, in order to collaborate in the questioning of its supposedly ready and finished aspect / Mestrado / Educação, Sociedade, Politica e Cultura / Mestre em Educação
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A apropriação dos conceitos de martírio (narrativa de karbala) e jihad pelo Hezbollah e a questão da violência como forma de resistênciaLuz, Flávia Abud 22 February 2018 (has links)
Submitted by Eliezer Santos (eliezer.santos@mackenzie.br) on 2018-05-30T19:41:37Z
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Previous issue date: 2018-02-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Instituto Presbiteriano Mackenzie / The martyrdom of Hussein and his companions at Karbala, Iraq, was a major turning point in Islamic history in order to draw the religious doctrine and Shiite identity, a fact that highlighted the differences (primarily political) between Sunni and Shiite. The narrative of the event, evoking the ideas of suffering, compassion, justice and even sacrifice for a greater good, throughout history overlaid as a political tone and became part of critical speeches on politics, social and economic aspects, directed at the “external enemies”, such as imperialism, or within, such as local leaders pressures. In the lebanese context the reading of Karbala‟s narrative and the martyrdom of Imam Hussein as made from 1960s by Musa Al-Sadr and later by Ayatollah Muhammad Husayn Fadlallah rescued the revolutionary and political potential of Karbala‟s narrative by presenting the Imam‟s martyrdom as an act of courage and religiosity that had as one of the objectives to defy a political order perceived as oppressive and deviant of Islamic values (such as justice). From the experience of process such as conflicts between Shiite communities in southern Lebanon and soldiers of Palestinian armed resistance, incursions by Israel‟s defense forces into the country (1978 and 1982) and the intensification of the Lebanese civil war (1975-1990), that a militant shiite discourse articulated in the interaction of the concepts of martyrdom, jihad and resistance was forged, sought space and adherents among shiites and manifested through Hezbollah, a self-declared resistance movement that took advantage of the use of violence against foreign targets (Israel‟s defense forces) and their internal allies in Lebanon, such Southern Lebanese Army. This research sought to investigate the link between the interpretation of Shiite doctrine, especially the founding aspects of the aforementioned division of Islam, such as martyrdom (mainly Karbala‟s narrative) and jihad, and Hezbollah‟s activities in Lebanese territory since its inception in 1978 until 2009, when the party participated in the governmental dialogue aimed of stabilizing Lebanon after the political crisis established in 2005, agreed to participate in the cabinet and published a new manifesto. / O martírio do Imam Hussein e seus companheiros em Karbala, Iraque, foi um importante ponto de inflexão na história islâmica no sentido de desenhar a doutrina religiosa e a identidade xiita, fato que evidenciou as diferenças (inicialmente políticas) entre sunitas e xiitas. A narrativa do acontecimento citado, que evoca as ideias de sofrimento, compaixão, justiça e até mesmo de sacrifício por um bem maior, ao longo da história revestiu-se de um tom político e passou a integrar discursos de crítica política, social e econômica, direcionada a “inimigos” externos, tais como o imperialismo, ou internos, tais como as pressões de líderes locais. No contexto libanês a leitura da narrativa de Karbala e do martírio do Imam Hussein feita a partir da década de 1960 por Musa Al-Sadr e posteriormente pelo Ayatollah Muhammad Husayn Fadlallah resgatou o potencial revolucionário e político da narrativa de Karbala ao apresentar o martírio do Imam como um ato de coragem e religiosidade que tinha como um dos objetivos desafiar uma ordem política percebida como opressora e desviante de valores islâmicos (como o de justiça). A partir da experiência de processos como os conflitos entre as comunidades xiitas do sul do Líbano e os soldados da resistência armada palestina, as incursões das forças de defesa de Israel no país (1978 e 1982) e a intensificação da guerra civil libanesa (1975-1990), que um discurso xiita militante articulado na interação dos conceitos de martírio, jihad e resistência foi forjado, buscou espaço e adeptos entre os xiitas e manifestou-se através do Hezbollah, um auto-declarado movimento de resistência que lançou mão do uso de violência contra alvos estrangeiros (forças de defesa de Israel) e seus aliados internos, como o Exército do Sul do Líbano. A pesquisa buscou investigar o vínculo entre a interpretação feita da doutrina xiita, sobretudo de aspectos fundantes da referida divisão do Islã, tais como o martírio (principalmente a narrativa de Karbala) e o jihad, e a atuação do Hezbollah no território libanês desde a sua fundação em 1978 até o ano de 2009, quando o partido participou do diálogo governamental que visava a estabilização do Líbano após a crise política instaurada desde 2005, aceitou participar do gabinete ministerial e publicou um novo manifesto.
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A influência dos ulemás xiitas nas transformações políticas ocorridas no Irã durante o século XX: o wilayat al-faqih e o pragmatismo dos aiatolás como inviabilizadores na expansão da revolução Iraniana / The influence of shia ulama in political transformations occurred in Iran during the twentieth century: the wilayat al-faqih and the pragmatism of Ayatollah as unviable in the expansion of the Iranian RevolutionCosta, Renato Jose da 25 June 2013 (has links)
A Revolução Islâmica pode ser entendida como um marco histórico, tendo em vista seu aspecto religioso e a mudança de paradigmas que trouxe para o estudo das Ciências. Seja no aspecto político, econômico ou social, a implantação da República Islâmica do Irã provocou uma mudança nas relações internas e também externas refletidas no sistema internacional. Esse estudo procura desenvolver um aspecto da Revolução Iraniana que muitas vezes não é tratado pelos especialistas, qual seja, a real viabilidade de a revolução expandir-se para outros países muçulmanos. Muitas vezes essa possibilidade é apresentada como uma meta política norteadora do governo iraniano, no entanto, sem que sejam analisadas as reais possibilidades para que se concretize. Nesse sentido, o objeto principal desse trabalho é apresentar a gradual ampliação da importância que os ulemás alcançaram na vida política iraniana a partir do final do século XIX e que desencadeou a Revolução (1978-79). Para que esse processo se tornasse viável, além das condições políticas propícias, foi necessário que os ulemás se apropriassem ainda mais da linguagem religiosa e a transformasse em instrumento político para mudar o status da população xiita, ou seja, de resignada para ativa. Ainda, além da alteração nessa postura dos ulemás frente à dominação do xá, houve a necessidade de que uma liderança desencadeasse o processo contestatório que levaria ao final da monarquia. Para tanto, a liderança do aiatolá Khomeini foi imprescindível e, ainda mais, o desenvolvimento da teoria do wilayat al-faqih, que nortearia a estrutura política do governo no pós-revolução. Contudo, mesmo diante de um panorama político que convergiu para a ocorrência da Revolução, esse estudo defende a tese de que a doutrina usulita abriu a possibilidade para a ijtihad e essa liberalidade foi muito bem utilizada pelo aiatolá Khomeini ao criar discursos políticos impregnados de elementos religiosos. Como resultado de seus discursos em Najaf (1970), surgiu o wilayat al-faqih. No entanto, o mesmo pragmatismo que possibilitou o entendimento particularizado da situação política iraniana e desencadeou a Revolução, hoje se apresenta como um impeditivo para sua expansão, tendo em vista que o atual Líder Supremo iraniano não goza do mesmo prestígio que o carismático Khomeini, tampouco os aiatolás iranianos têm interesse em delegar completamente suas prerrogativas religiosas a ele. Assim, quando essa pesquisa buscou entrevistar os atuais aiatolás que fazem parte do bloco governamental, intencionava mostrar que o wilayat al-faqih continua sendo o estabilizador da revolução, mas não tem condições para se tornar um modelo que agregaria outros estados, uma vez que, além do nacionalismo enraizado nos demais grupos xiitas do Oriente Médio, a ausência de uma liderança carismática faz com que o pragmatismo dos aiatolás impere. Com isso, mesmo que a intenção de Khomeini fosse utilizar o wilayat al-faqih para expandir a revolução, com sua morte houve o sepultamento dessa via. / The Islamic Revolution can be understood as a historical landmark in view of its religious aspect and the paradigm shift it brought to the study of Sciences. Be it on the political, economic, or social aspects, the implantation of the Islamic Republic of Iran triggered a turn in both internal and external relations reflected in the international system. This study aims to develop an aspect of the Iranian Revolution which is often not treated by specialists, that is, the actual viability of the revolution to expand itself to other Muslim countries. Frequently this possibility is presented as a guiding political goal for the Iranian government, however, without being analyzed the real possibilities for it to be realized. In this sense, the main object of this work is to present the gradual enlargement of importance that the ulama achieved in the Iranian political life starting from the end of the nineteenth century and which set off the Revolution (1978-79). For this process to become viable, in addition to the propitious political conditions, it was necessary for the ulama to appropriate even further the religious language and change it into political instrument to transform the status of the Shia population, namely from resigned to active. Yet, besides the alteration of the ulamas posture in face of the Shahs domination, there was a need for a leadership to trigger the contestatory process which would lead to the end of the monarchy. To this end, the leadership of Ayatollah Khomeini was indispensable and, even more, the development of the wilayat al-faqih theory, which would guide the political structure of the government at the post-revolution period. However, even though confronted with a political overview that converged to the occurrence of the Revolution, this study defends the thesis that the Usulis doctrine opened the possibility for the ijtihad, and this liberality was very well used by Ayatollah Khomeini by creating political discourses impregnated with religious elements. As a result of his discourses in Najaf (1970) the wilayat al-faqih came to existence. Nonetheless, the very same pragmatism that allowed the particularized understanding of the Iranian political situation and which triggered the Revolution presents itself today as a hindrance for its expansion, taking into account that the current Iranian Supreme Leader does not enjoy the same prestige such as the charismatic Khomeini, neither do the Iranian Ayatollahs have interest in delegating completely their religious prerogatives to him. Hence, when this research sought to interview the current Ayatollahs that are part of the governmental bloc, it purposed to show that the wilayat al-faqih is still the revolutions stabilizer, but has no condition to become a model which could aggregate other states, since that, beyond the nationalism rooted in the other Shia groups in the Middle East, the absence of a charismatic leadership causes the Ayatollahs pragmatism to prevail. With this, even if Khomeinis intention was to use the wilayat al-faqih to expand the revolution, with his death followed the burial of this idea.
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A influência dos ulemás xiitas nas transformações políticas ocorridas no Irã durante o século XX: o wilayat al-faqih e o pragmatismo dos aiatolás como inviabilizadores na expansão da revolução Iraniana / The influence of shia ulama in political transformations occurred in Iran during the twentieth century: the wilayat al-faqih and the pragmatism of Ayatollah as unviable in the expansion of the Iranian RevolutionRenato Jose da Costa 25 June 2013 (has links)
A Revolução Islâmica pode ser entendida como um marco histórico, tendo em vista seu aspecto religioso e a mudança de paradigmas que trouxe para o estudo das Ciências. Seja no aspecto político, econômico ou social, a implantação da República Islâmica do Irã provocou uma mudança nas relações internas e também externas refletidas no sistema internacional. Esse estudo procura desenvolver um aspecto da Revolução Iraniana que muitas vezes não é tratado pelos especialistas, qual seja, a real viabilidade de a revolução expandir-se para outros países muçulmanos. Muitas vezes essa possibilidade é apresentada como uma meta política norteadora do governo iraniano, no entanto, sem que sejam analisadas as reais possibilidades para que se concretize. Nesse sentido, o objeto principal desse trabalho é apresentar a gradual ampliação da importância que os ulemás alcançaram na vida política iraniana a partir do final do século XIX e que desencadeou a Revolução (1978-79). Para que esse processo se tornasse viável, além das condições políticas propícias, foi necessário que os ulemás se apropriassem ainda mais da linguagem religiosa e a transformasse em instrumento político para mudar o status da população xiita, ou seja, de resignada para ativa. Ainda, além da alteração nessa postura dos ulemás frente à dominação do xá, houve a necessidade de que uma liderança desencadeasse o processo contestatório que levaria ao final da monarquia. Para tanto, a liderança do aiatolá Khomeini foi imprescindível e, ainda mais, o desenvolvimento da teoria do wilayat al-faqih, que nortearia a estrutura política do governo no pós-revolução. Contudo, mesmo diante de um panorama político que convergiu para a ocorrência da Revolução, esse estudo defende a tese de que a doutrina usulita abriu a possibilidade para a ijtihad e essa liberalidade foi muito bem utilizada pelo aiatolá Khomeini ao criar discursos políticos impregnados de elementos religiosos. Como resultado de seus discursos em Najaf (1970), surgiu o wilayat al-faqih. No entanto, o mesmo pragmatismo que possibilitou o entendimento particularizado da situação política iraniana e desencadeou a Revolução, hoje se apresenta como um impeditivo para sua expansão, tendo em vista que o atual Líder Supremo iraniano não goza do mesmo prestígio que o carismático Khomeini, tampouco os aiatolás iranianos têm interesse em delegar completamente suas prerrogativas religiosas a ele. Assim, quando essa pesquisa buscou entrevistar os atuais aiatolás que fazem parte do bloco governamental, intencionava mostrar que o wilayat al-faqih continua sendo o estabilizador da revolução, mas não tem condições para se tornar um modelo que agregaria outros estados, uma vez que, além do nacionalismo enraizado nos demais grupos xiitas do Oriente Médio, a ausência de uma liderança carismática faz com que o pragmatismo dos aiatolás impere. Com isso, mesmo que a intenção de Khomeini fosse utilizar o wilayat al-faqih para expandir a revolução, com sua morte houve o sepultamento dessa via. / The Islamic Revolution can be understood as a historical landmark in view of its religious aspect and the paradigm shift it brought to the study of Sciences. Be it on the political, economic, or social aspects, the implantation of the Islamic Republic of Iran triggered a turn in both internal and external relations reflected in the international system. This study aims to develop an aspect of the Iranian Revolution which is often not treated by specialists, that is, the actual viability of the revolution to expand itself to other Muslim countries. Frequently this possibility is presented as a guiding political goal for the Iranian government, however, without being analyzed the real possibilities for it to be realized. In this sense, the main object of this work is to present the gradual enlargement of importance that the ulama achieved in the Iranian political life starting from the end of the nineteenth century and which set off the Revolution (1978-79). For this process to become viable, in addition to the propitious political conditions, it was necessary for the ulama to appropriate even further the religious language and change it into political instrument to transform the status of the Shia population, namely from resigned to active. Yet, besides the alteration of the ulamas posture in face of the Shahs domination, there was a need for a leadership to trigger the contestatory process which would lead to the end of the monarchy. To this end, the leadership of Ayatollah Khomeini was indispensable and, even more, the development of the wilayat al-faqih theory, which would guide the political structure of the government at the post-revolution period. However, even though confronted with a political overview that converged to the occurrence of the Revolution, this study defends the thesis that the Usulis doctrine opened the possibility for the ijtihad, and this liberality was very well used by Ayatollah Khomeini by creating political discourses impregnated with religious elements. As a result of his discourses in Najaf (1970) the wilayat al-faqih came to existence. Nonetheless, the very same pragmatism that allowed the particularized understanding of the Iranian political situation and which triggered the Revolution presents itself today as a hindrance for its expansion, taking into account that the current Iranian Supreme Leader does not enjoy the same prestige such as the charismatic Khomeini, neither do the Iranian Ayatollahs have interest in delegating completely their religious prerogatives to him. Hence, when this research sought to interview the current Ayatollahs that are part of the governmental bloc, it purposed to show that the wilayat al-faqih is still the revolutions stabilizer, but has no condition to become a model which could aggregate other states, since that, beyond the nationalism rooted in the other Shia groups in the Middle East, the absence of a charismatic leadership causes the Ayatollahs pragmatism to prevail. With this, even if Khomeinis intention was to use the wilayat al-faqih to expand the revolution, with his death followed the burial of this idea.
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Elixir dos Gnósticos: a existência da alma humana em Mullā Ṣadrā / The Elixir of the Gnostics: the existence of the human soul in Mullā ṢadrāAlves, Nathalia Novaes 16 October 2014 (has links)
Figura-chave da chamada \"Escola de Isfahān\", Mullā Ṣadrā (979 H. / 1571-2 d.C ) ocupou papel de destaque durante a renascença safávida do reinado de Abbās I (d. 1039/1629). Acredita-se ter sido ele o principal responsável por revitalizar a filosofia da iluminação de Sūhrawardi naquele contexto, além de consolidar a junção entre sufismo e neoplatonismo. Foi responsável, ainda, pela elaboração de metodologia própria para a compreensão da realidade, tendo por base fontes filosóficas, teológicas e místicas, além de mesclar raciocínio lógico, inspiração espiritual e meditação profunda. Ṣadrā aplicou tal metodologia às principais obras da tradição xiita duodécima. Do ponto de vista filosófico, Ṣadrā percebe o conceito aristotélico de \"substância\" como processo, em constante mudança; nesse aspecto, o filósofo aproxima-se da leitura de traço neoplatônico, já presente em al-Fārābī e Ibn Sīnā. O modo como Ṣadrā relaciona as noções de \"essência\" e \"existência\" deu novas feições à discussão metafísica de tradição árabe-islâmica. Em sua doutrina, Ṣadrā acaba por transformar a metafísica construída a partir da primazia das substâncias, como elemento primordial da existência, em outra, fundada e movida por atos de existência. Apesar de perpassar esses e outros temas, a principal contribuição d\'O Elixir dos Gnósticos diz respeito à ênfase do autor no autoconhecimento. Como Ibn Ἁrabī, Ṣadrā acredita que o conhecimento da alma / nafs - ou seja, o conhecimento de si mesmo - e o conhecimento de Deus estão interligados. Por esse motivo, o presente trabalho se preocupou principalmente em analisar a relação entre os existentes, a alma e a inteligência primeira, pois é a partir dessa relação que se tornar possível vislumbrar e compreender as questões fundamentais da origem e do retorno à fonte doadora de existência. Do ponto de vista histórico, vale destacar que à fundação do império safávida acompanhou-se a conversão em massa da população ao xiismo. Para responder à demanda por instrução da multidão de novos convertidos - e igualmente firmar as bases da nova religião oficial -, grande número de religiosos foi trazido de áreas xiitas respeitadas pela doutrina e pela ortodoxia, tais como Líbano e Iraque. Esse clero árabe recém chegado, que teve Ṣadrā como herdeiro, foi responsável por incorporar novos elementos ao pensamento religioso vigente em terras persas e, assim, conformar ambiente propício para o desenvolvimento do pensamento filosófico de Ṣadrā. / Prominent figure of the \"Isfahān School\", Mullā Ṣadrā (979 H. / 1571-2 AD) had an important role during the Safavid renaissance in the reign of Abbās I (d. 1039/1629). He is believed to be the main responsible for the revitalization of the philosophy of illumination of Sūhrawardi in that context, as well as for the consolidation of the junction between Sufism and Neoplatonism. He also developed his own methodology for the comprehension of the reality, based on philosophical, theological and mystics\' sources, and which puts together logical reasoning, spiritual inspiration and deep meditation. Ṣadrā applied his methodology to the then major works of the Twelver Shi\'ism tradition. From the philosophical point of view Ṣadrā perceives the Aristotelian concept of \"substance\" as a process in constant change; in this regard the philosopher comes nearer to the Neoplatonic ideas instead, as did al-Fārābī and Ibn Sīnā. The way Ṣadrā relates the notion of \"essence\" and \"existence\" added new features to the metaphysical discussions in Arabic and Islamic philosophical tradition. In his doctrine, Ṣadrā ends up transforming the metaphysics built upon the primacy of substances as the primordial element of existence, in another one based on and moved by acts of existence. The most important contribution of The Elixir of the Gnostics however is the emphasis of the author on self-knowledge. As Ibn Ἁrabī, Ṣadrā believes that the knowledge of the soul / nafs - in other words, the knowledge of the self - and the knowledge of God are interconnected. For this reason the present work is more concerned in analyzing the relation between existents, soul, and the first intelligence, from which it is possible to comprehend the fundamental issues of the origin and the return to the donor source of existence. From the historical point of view, it is worthy to highlight that the establishment of the Safavid Empire resulted in the mass conversion of the Persians into Shi\'ism. In order to respond to the increasing demand for religious instruction - and also to stabilize the basis for the new official religion - a great number of clerics was brought from Shiite areas recognized for their doctrine and orthodoxy, such as Lebanon and Iraq. This newcomer Arab clergy was responsible for incorporating new elements to the existing religious thought in Persian lands, and for creating a propitious context for the development of Ṣadrā\'s philosophical thought.
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Elixir dos Gnósticos: a existência da alma humana em Mullā Ṣadrā / The Elixir of the Gnostics: the existence of the human soul in Mullā ṢadrāNathalia Novaes Alves 16 October 2014 (has links)
Figura-chave da chamada \"Escola de Isfahān\", Mullā Ṣadrā (979 H. / 1571-2 d.C ) ocupou papel de destaque durante a renascença safávida do reinado de Abbās I (d. 1039/1629). Acredita-se ter sido ele o principal responsável por revitalizar a filosofia da iluminação de Sūhrawardi naquele contexto, além de consolidar a junção entre sufismo e neoplatonismo. Foi responsável, ainda, pela elaboração de metodologia própria para a compreensão da realidade, tendo por base fontes filosóficas, teológicas e místicas, além de mesclar raciocínio lógico, inspiração espiritual e meditação profunda. Ṣadrā aplicou tal metodologia às principais obras da tradição xiita duodécima. Do ponto de vista filosófico, Ṣadrā percebe o conceito aristotélico de \"substância\" como processo, em constante mudança; nesse aspecto, o filósofo aproxima-se da leitura de traço neoplatônico, já presente em al-Fārābī e Ibn Sīnā. O modo como Ṣadrā relaciona as noções de \"essência\" e \"existência\" deu novas feições à discussão metafísica de tradição árabe-islâmica. Em sua doutrina, Ṣadrā acaba por transformar a metafísica construída a partir da primazia das substâncias, como elemento primordial da existência, em outra, fundada e movida por atos de existência. Apesar de perpassar esses e outros temas, a principal contribuição d\'O Elixir dos Gnósticos diz respeito à ênfase do autor no autoconhecimento. Como Ibn Ἁrabī, Ṣadrā acredita que o conhecimento da alma / nafs - ou seja, o conhecimento de si mesmo - e o conhecimento de Deus estão interligados. Por esse motivo, o presente trabalho se preocupou principalmente em analisar a relação entre os existentes, a alma e a inteligência primeira, pois é a partir dessa relação que se tornar possível vislumbrar e compreender as questões fundamentais da origem e do retorno à fonte doadora de existência. Do ponto de vista histórico, vale destacar que à fundação do império safávida acompanhou-se a conversão em massa da população ao xiismo. Para responder à demanda por instrução da multidão de novos convertidos - e igualmente firmar as bases da nova religião oficial -, grande número de religiosos foi trazido de áreas xiitas respeitadas pela doutrina e pela ortodoxia, tais como Líbano e Iraque. Esse clero árabe recém chegado, que teve Ṣadrā como herdeiro, foi responsável por incorporar novos elementos ao pensamento religioso vigente em terras persas e, assim, conformar ambiente propício para o desenvolvimento do pensamento filosófico de Ṣadrā. / Prominent figure of the \"Isfahān School\", Mullā Ṣadrā (979 H. / 1571-2 AD) had an important role during the Safavid renaissance in the reign of Abbās I (d. 1039/1629). He is believed to be the main responsible for the revitalization of the philosophy of illumination of Sūhrawardi in that context, as well as for the consolidation of the junction between Sufism and Neoplatonism. He also developed his own methodology for the comprehension of the reality, based on philosophical, theological and mystics\' sources, and which puts together logical reasoning, spiritual inspiration and deep meditation. Ṣadrā applied his methodology to the then major works of the Twelver Shi\'ism tradition. From the philosophical point of view Ṣadrā perceives the Aristotelian concept of \"substance\" as a process in constant change; in this regard the philosopher comes nearer to the Neoplatonic ideas instead, as did al-Fārābī and Ibn Sīnā. The way Ṣadrā relates the notion of \"essence\" and \"existence\" added new features to the metaphysical discussions in Arabic and Islamic philosophical tradition. In his doctrine, Ṣadrā ends up transforming the metaphysics built upon the primacy of substances as the primordial element of existence, in another one based on and moved by acts of existence. The most important contribution of The Elixir of the Gnostics however is the emphasis of the author on self-knowledge. As Ibn Ἁrabī, Ṣadrā believes that the knowledge of the soul / nafs - in other words, the knowledge of the self - and the knowledge of God are interconnected. For this reason the present work is more concerned in analyzing the relation between existents, soul, and the first intelligence, from which it is possible to comprehend the fundamental issues of the origin and the return to the donor source of existence. From the historical point of view, it is worthy to highlight that the establishment of the Safavid Empire resulted in the mass conversion of the Persians into Shi\'ism. In order to respond to the increasing demand for religious instruction - and also to stabilize the basis for the new official religion - a great number of clerics was brought from Shiite areas recognized for their doctrine and orthodoxy, such as Lebanon and Iraq. This newcomer Arab clergy was responsible for incorporating new elements to the existing religious thought in Persian lands, and for creating a propitious context for the development of Ṣadrā\'s philosophical thought.
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