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Cultura e narratologia : o processo de versão de Ainda orangotangos de Paulo Scott sob as óticas da literatura comparada e dos estudos de traduçãoLampert, Aline Silva January 2016 (has links)
A partir da versão para a língua inglesa de dez contos da obra Ainda Orangotangos do autor gaúcho Paulo Scott (2003), este trabalho tem como objetivo realizar uma análise parcial do processo tradutório no que tange elementos culturais e narratológicos. Para realizar tal análise, foram contempladas três áreas de estudo: a Literatura Comparada, os Estudos da Tradução e a Narratologia. A Literatura Comparada abre as portas para a interdisciplinaridade aqui proposta e valida a tradução literária como seu objeto de estudo, visto que, de acordo com Carvalhal (2003), uma tradução literária pode ser considerada material criativo, na medida em que também constitui em um esforço criativo. O primeiro capítulo trata das questões culturais muito exploradas nos Estudos da Tradução. Martínez (2001), Newmark (1988) e Aixelá (1996) propõem algumas definições e classificações de elementos culturais úteis para reflexão, enquanto os dois últimos, além de Venuti (1992) e Sun (2012), apontam possíveis abordagens para a tradução destes elementos. Apesar de simpatizarmos com as propostas de Aixelá (1996) e Venuti (1992) de propagar o estranhamento em detrimento da domesticação, a proposta de Sun (2012) de equilibrar momentos de precisão e aceitabilidade foi considerada mais próxima de uma tradução realista. Por fim, Aixelá (1996) concebe um conjunto de técnicas de tradução que serão utilizadas aqui a fim de alcançar tal equilíbrio nas versões. O segundo capítulo trata das questões narratológicas e propõe um diálogo entre Narratologia e Estudos da Tradução. Autores como O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) afirmam que o tradutor é leitor e (re)escritor do texto a ser traduzido, e que tal leitura precisa ser diferenciada, visto que questões de narrativa são tão importantes quanto as culturais para conceber o texto literário como um todo. Para fazer essa leitura, propomos a utilização de conceitos da Narratologia de Genette (1980) e Bal (2007). Traduzir é, portanto, uma tarefa interpretativa e transpõe não só o sentido, mas também a forma desse sentido. / Based on the translation of ten short stories from the book Ainda Orangotangos by Paulo Scott (2003) into English, this research aims at carrying out a partial analysis of the translation process regarding cultural and narratological elements. In order to carry out this analysis, three fields of study were contemplated: Comparative Literature, Translation Studies and Narratology. Comparative Literature makes such interdisciplinarity possible and validates literary translation as its object of study since, according to Carvalhal (2003), a literary translation can be considered creative material to the extent that it also constitutes creative effort. The first chapter addresses the cultural issues much explored by Translation Studies. Martínez (2001), Newmark (1988) and Aixelá (1996) propose some definitions and classifications of cultural elements useful for reflection, while the latter two, Venuti (1992) and Sun (2012), indicate possible approaches for translating these elements. Even though we appreciate the proposition by Aixelá (1996) and Venuti (1992) that foreignization should be propagated at the expense of domestication, the proposition by Sun (2012) of balancing accuracy and acceptability was considered better aligned with a realistic translation. Finally, Aixelá (1996) develops a set of translation techniques that are going to be employed to achieve such balance. The second chapter discusses the narratological issues and proposes a dialogue between Narratology and Translation Studies. Authors such as O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) state that the translator is both reader and (re)writer of the text to be translated, and that such reading has to be deeper since narrative issues are as important as the cultural ones to conceive a literary text as a whole. In order to perform such special reading, we propose employing the narratological concepts by Genette (1980) and Bal (2007). Translating is therefore an interpretative task and transposes not only meaning, but also the form of that meaning.
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Cultura e narratologia : o processo de versão de Ainda orangotangos de Paulo Scott sob as óticas da literatura comparada e dos estudos de traduçãoLampert, Aline Silva January 2016 (has links)
A partir da versão para a língua inglesa de dez contos da obra Ainda Orangotangos do autor gaúcho Paulo Scott (2003), este trabalho tem como objetivo realizar uma análise parcial do processo tradutório no que tange elementos culturais e narratológicos. Para realizar tal análise, foram contempladas três áreas de estudo: a Literatura Comparada, os Estudos da Tradução e a Narratologia. A Literatura Comparada abre as portas para a interdisciplinaridade aqui proposta e valida a tradução literária como seu objeto de estudo, visto que, de acordo com Carvalhal (2003), uma tradução literária pode ser considerada material criativo, na medida em que também constitui em um esforço criativo. O primeiro capítulo trata das questões culturais muito exploradas nos Estudos da Tradução. Martínez (2001), Newmark (1988) e Aixelá (1996) propõem algumas definições e classificações de elementos culturais úteis para reflexão, enquanto os dois últimos, além de Venuti (1992) e Sun (2012), apontam possíveis abordagens para a tradução destes elementos. Apesar de simpatizarmos com as propostas de Aixelá (1996) e Venuti (1992) de propagar o estranhamento em detrimento da domesticação, a proposta de Sun (2012) de equilibrar momentos de precisão e aceitabilidade foi considerada mais próxima de uma tradução realista. Por fim, Aixelá (1996) concebe um conjunto de técnicas de tradução que serão utilizadas aqui a fim de alcançar tal equilíbrio nas versões. O segundo capítulo trata das questões narratológicas e propõe um diálogo entre Narratologia e Estudos da Tradução. Autores como O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) afirmam que o tradutor é leitor e (re)escritor do texto a ser traduzido, e que tal leitura precisa ser diferenciada, visto que questões de narrativa são tão importantes quanto as culturais para conceber o texto literário como um todo. Para fazer essa leitura, propomos a utilização de conceitos da Narratologia de Genette (1980) e Bal (2007). Traduzir é, portanto, uma tarefa interpretativa e transpõe não só o sentido, mas também a forma desse sentido. / Based on the translation of ten short stories from the book Ainda Orangotangos by Paulo Scott (2003) into English, this research aims at carrying out a partial analysis of the translation process regarding cultural and narratological elements. In order to carry out this analysis, three fields of study were contemplated: Comparative Literature, Translation Studies and Narratology. Comparative Literature makes such interdisciplinarity possible and validates literary translation as its object of study since, according to Carvalhal (2003), a literary translation can be considered creative material to the extent that it also constitutes creative effort. The first chapter addresses the cultural issues much explored by Translation Studies. Martínez (2001), Newmark (1988) and Aixelá (1996) propose some definitions and classifications of cultural elements useful for reflection, while the latter two, Venuti (1992) and Sun (2012), indicate possible approaches for translating these elements. Even though we appreciate the proposition by Aixelá (1996) and Venuti (1992) that foreignization should be propagated at the expense of domestication, the proposition by Sun (2012) of balancing accuracy and acceptability was considered better aligned with a realistic translation. Finally, Aixelá (1996) develops a set of translation techniques that are going to be employed to achieve such balance. The second chapter discusses the narratological issues and proposes a dialogue between Narratology and Translation Studies. Authors such as O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) state that the translator is both reader and (re)writer of the text to be translated, and that such reading has to be deeper since narrative issues are as important as the cultural ones to conceive a literary text as a whole. In order to perform such special reading, we propose employing the narratological concepts by Genette (1980) and Bal (2007). Translating is therefore an interpretative task and transposes not only meaning, but also the form of that meaning.
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Cultura e narratologia : o processo de versão de Ainda orangotangos de Paulo Scott sob as óticas da literatura comparada e dos estudos de traduçãoLampert, Aline Silva January 2016 (has links)
A partir da versão para a língua inglesa de dez contos da obra Ainda Orangotangos do autor gaúcho Paulo Scott (2003), este trabalho tem como objetivo realizar uma análise parcial do processo tradutório no que tange elementos culturais e narratológicos. Para realizar tal análise, foram contempladas três áreas de estudo: a Literatura Comparada, os Estudos da Tradução e a Narratologia. A Literatura Comparada abre as portas para a interdisciplinaridade aqui proposta e valida a tradução literária como seu objeto de estudo, visto que, de acordo com Carvalhal (2003), uma tradução literária pode ser considerada material criativo, na medida em que também constitui em um esforço criativo. O primeiro capítulo trata das questões culturais muito exploradas nos Estudos da Tradução. Martínez (2001), Newmark (1988) e Aixelá (1996) propõem algumas definições e classificações de elementos culturais úteis para reflexão, enquanto os dois últimos, além de Venuti (1992) e Sun (2012), apontam possíveis abordagens para a tradução destes elementos. Apesar de simpatizarmos com as propostas de Aixelá (1996) e Venuti (1992) de propagar o estranhamento em detrimento da domesticação, a proposta de Sun (2012) de equilibrar momentos de precisão e aceitabilidade foi considerada mais próxima de uma tradução realista. Por fim, Aixelá (1996) concebe um conjunto de técnicas de tradução que serão utilizadas aqui a fim de alcançar tal equilíbrio nas versões. O segundo capítulo trata das questões narratológicas e propõe um diálogo entre Narratologia e Estudos da Tradução. Autores como O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) afirmam que o tradutor é leitor e (re)escritor do texto a ser traduzido, e que tal leitura precisa ser diferenciada, visto que questões de narrativa são tão importantes quanto as culturais para conceber o texto literário como um todo. Para fazer essa leitura, propomos a utilização de conceitos da Narratologia de Genette (1980) e Bal (2007). Traduzir é, portanto, uma tarefa interpretativa e transpõe não só o sentido, mas também a forma desse sentido. / Based on the translation of ten short stories from the book Ainda Orangotangos by Paulo Scott (2003) into English, this research aims at carrying out a partial analysis of the translation process regarding cultural and narratological elements. In order to carry out this analysis, three fields of study were contemplated: Comparative Literature, Translation Studies and Narratology. Comparative Literature makes such interdisciplinarity possible and validates literary translation as its object of study since, according to Carvalhal (2003), a literary translation can be considered creative material to the extent that it also constitutes creative effort. The first chapter addresses the cultural issues much explored by Translation Studies. Martínez (2001), Newmark (1988) and Aixelá (1996) propose some definitions and classifications of cultural elements useful for reflection, while the latter two, Venuti (1992) and Sun (2012), indicate possible approaches for translating these elements. Even though we appreciate the proposition by Aixelá (1996) and Venuti (1992) that foreignization should be propagated at the expense of domestication, the proposition by Sun (2012) of balancing accuracy and acceptability was considered better aligned with a realistic translation. Finally, Aixelá (1996) develops a set of translation techniques that are going to be employed to achieve such balance. The second chapter discusses the narratological issues and proposes a dialogue between Narratology and Translation Studies. Authors such as O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) state that the translator is both reader and (re)writer of the text to be translated, and that such reading has to be deeper since narrative issues are as important as the cultural ones to conceive a literary text as a whole. In order to perform such special reading, we propose employing the narratological concepts by Genette (1980) and Bal (2007). Translating is therefore an interpretative task and transposes not only meaning, but also the form of that meaning.
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A utopia concreta e o ainda-não-consciente na obra de Ernst Bloch / The concrete utopia and the not-yet-conscious in the work of Ernst BlochViana, Francisco Antonio Marques 29 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-29 / Ernst Bloch‟s thought is quite broad, and it is usually analyzed in its messianic, utopian, mystical, features; or yet, due to its possible repercussion in Latin America and its hopeful point of view. This Dissertation investigates Bloch‟s philosophy as a source for the renovation of Marxism, in two moments which are interconnected to one sole idea: the Socialist revolution, enlightened by the liberation of man from Capitalism, and the building of a better life. The first moment is to be found in concrete utopia: an equalitarian, humanistic society, without the ill-consciousness of the division of classes and the egotism of profit, having man and his integration with nature as its subject. The second moment, consequence of the first, has its nucleus in the not-yet-conscious concept and it increases in density in man after he has (been) awakened with the transformation of society. Dialectically, the road to concrete utopia is to be found in the conjugation of the cold current of Marxism - the lucidity regarding reality -, with its warm current - revolutionary enthusiasm. There is, however, a starting point for Utopian philosophy, which is the Materialist Dialectics of historical man, the incompleteness of his trajectory, and the exit from obscurity wherein he lives, in search of himself, in the luminosity of the interlacing of theory and praxis. In such process, mediated by the anticipating will, one finds the need to review the ways of philosophy and psychoanalysis. Reviewing means thinking and overcoming difficulties so as to make Socialism the political regime mass-society chooses so that, faced with the imperatives of reality, man does not give up acting and dreaming, he does not, especially, relinquish the values of equality, friendship, and happiness on Earth. With its beginning in Aristotle and in the Aristotelism of the Left, in the Gothic thought of the Middle Ages, and in the philosophy of Renaissance, Bloch‟s hope concentrates in the awakening of rebellious man and in the building upon order starting from liberty, in the convergence of the superstructure with the structure, thus making it possible for one to live true history, so that the estrangement‟ of life does not become permanent repetition. If this happens, if philosophy and psychoanalysis acquire new knowledge, including the rediscovery of fore-knowledge [of the future] in Classical Philosophy, concrete utopia and the not-yet-conscious have the chance to overcome the capitalist illusion, thus generating horizons of hope for the construction of that which man has never experienced, a society wherein he is, at once, subject and object of its construction. What distinguishes Bloch from "Orthodox Marxism" is the open philosophical system, without ideologism, far from the delusive fetish of merchandise, next to the man who transforms and awakens to a better life. He dreams awake with a philosophy of a classless society in opposition to the philosophy of a class society / O pensamento de Ernst Bloch é complexo, sua obra é extensa e, em geral, tem sido analisado pelas suas feições messiânicas, utópicas, místicas ou ainda pela sua possível repercussão na América Latina e pelo ângulo da esperança. Esta tese, investiga a filosofia blochiana como fonte de renovação e extensão do marxismo, em dois momentos interligados a uma mesma ideia: a revolução socialista, iluminada pela libertação do homem do modo de produção capitalista e a construção da vida melhor. O primeiro momento encontra-se na utopia concreta: uma sociedade igualitária, humanística, sem a má consciência da divisão de classes e o egoísmo da expropriação da mais-valia, tendo como sujeito o homem e a sua integração com a natureza. O segundo momento, consequência do primeiro, tem o seu núcleo no conceito do ainda-não-consciente e se adensa no homem a partir do sonho acordado com a transformação da sociedade. Dialeticamente, o caminho para a utopia concreta encontra-se na conjugação da corrente fria do marxismo, a lucidez em realçar a realidade quanto à submissão ao capital, com a corrente quente , o entusiasmo revolucionário com o ainda-não-consciente. Há, contudo, um ponto de partida para a filosofia utópica que é o sonhar acordado com a saída da obscuridade em que vive o homem, na procura de encontrar a si mesmo, na luminosidade do entrelaçamento da teoria e da prática. Nesse processo dialético-materialista, mediado pela vontade antecipadora, encontra-se a necessidade de rever os caminhos da filosofia e da psicanálise. Rever significa pensar e transpor as dificuldades para transformar o socialismo no regime de escolha da sociedade de massas e que, diante dos imperativos do cotidiano, o homem não deixe de agir e sonhar, jamais abdique, principalmente, dos valores da igualdade, da fraternidade e da felicidade na Terra. Com seu início em Aristóteles e no chamado aristotelismo de esquerda, no pensamento gótico do medievo e na filosofia do Renascimento, a esperança em Bloch concentra-se no acordar do homem rebelde e na construção da ordem fundada na liberdade, na convergência da superestrutura com a estrutura e que, dessa forma, passe-se a viver a verdadeira história, sem que o estranhamento da vida se torne repetição permanente. Se assim ocorrer, a filosofia e a psicanálise irão adquirir novos saberes, inclusive redescobrindo ensinamentos antecipatórios do futuro na filosofia anterior a Marx. A utopia concreta e o ainda-não-consciente, nesse ambiente, terão possibilidades de superar a ilusão dos valores do capitalismo, criando horizontes de esperança para a construção daquilo que o homem jamais viveu, a sociedade em que ele será, a um só tempo, sujeito e objeto da construção. O que distingue Bloch do marxismo ortodoxo é o sistema filosófico aberto, de elucidação da essência humana, sem ideologismo, de mediação com a realidade, sem vínculos com o jogo ilusório do fetiche das mercadorias, identificado com o homem que transforma as relações entre os homens e com a natureza, despertando para uma vida melhor. Bloch sonha acordado com a filosofia da sociedade sem classes em oposição à filosofia da sociedade de classes
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À espreita : animalidades em Hotel Hell, Húmus e Ainda OrangotangosPrinstrop, Vinícius Edilberto January 2014 (has links)
Este trabalho analisa diferentes concepções da ideia de animalidade a partir de três obras de escritores contemporâneos: Hotel Hell, de Joca Reiners Terron; Húmus, de Paulo Bullar; e Ainda Orangotangos, de Paulo Scott. Os pontos de convergência das diversas animalidades presentes nestas obras são: a indistinção homens/animais e cidade/selva; a pele (superfície) geradora de sentidos; a relação homem/animal mediada pelo devir; a aproximação das ideias de animalidade e de mal. Os principais textos utilizados nas reflexões teóricas foram os Mil Platôs, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, e A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais, de Mikhail Bakhtin. / This work analyses different conceptions of the animality idea from three books of contemporary writers: Hotel Hell, by Joca Reiners Terron; Húmus, by Paulo Bullar; and Ainda Orangotangos, by Paulo Scott. The points of convergence of the various animalities ideas in these books are the indistinctness of men/animals and city/jungle; the skin (surface) that generates senses; the men/animal relationship mediated by becoming; the approximation of the animality and evil concepts. The main texts used in theoretical reflections was Mil Platôs, by Gilles Deleuze and Félix Guattari, and A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais, by Mikhail Bakhtin.
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[en] THE TENSION ALREADY AND NOT YET IN OSCAR CULLMANN: POSSIBILITIES AND IMPLICATIONS TO THE MISSION OF THE CHURCH / [pt] A TENSÃO JÁ E AINDA NÃO EM OSCAR CULLMANN: POSSIBILIDADES E IMPLICAÇÕES PARA A MISSÃO DA IGREJALAERTE TARDELI HELLWIG VOSS 24 July 2018 (has links)
[pt] A tensão já e ainda não em Oscar Cullmann e suas implicações e possibilidades para a missão da Igreja caracteriza-se por um trabalho de pesquisa que se desenvolve em perspectiva de diálogo entre a Escatologia e a Missiologia. O objeto principal de análise é o paradoxo temporal clássico da teologia conhecido por já e ainda não do Reino de Deus. O trabalho parte da pergunta pela natureza temporal da esperança do povo de Deus. Ele começa na Escritura, passa pela trajetória da Igreja através dos séculos e chega até os tempos atuais. Percebe-se como a expectativa pelo cumprimento das promessas de Deus alternou-se ao longo da história. Às vezes, a orientação pendia para uma ênfase futurista e celestial. Outras vezes, ela se concentrava em questões contemporâneas e terrenas. A reflexão descobre então, em Oscar Cullmann, uma proposta significativa para resolver o problema da polarização da temporalidade escatológica. Cullmann, a partir de sua exegese do Novo Testamento, vê como o Reino de Deus e suas promessas reivindicam uma dupla aplicação temporal, um aspecto já inaugurado na pessoa e obra de Jesus Cristo, já presente entre nós, e outro ainda não consumado, o qual é esperado para o futuro, para a parusia. Nascia o insight já e ainda não. Em seguida, esta dissertação vai mostrar como a tese escatológica de Cullmann foi recebida e reverberada por outros teólogos de seu tempo. E por último, esta reflexão conduz ao subtítulo deste trabalho, o qual busca explorar como a tensão já e ainda não informa a mensagem e afeta a postura missional da Igreja. / [en] The tension already and not yet in Oscar Cullmann - possibilities and implications to the mission of the Church – is a research that proposes a dialogue between the Eschatology and the Missiology, in which the main goal is to analyze the classic paradox in theology known as the already and the not yet of the Kingdom of God. The essay starts by exploring the question about the temporal nature of the hope that God s people have nurtured. It begins in the Scripture, passes through different epochs in the record of the Church up to the state of the issue in our days, perceiving how the people s expectation for the fulfillment of God s promises has alternated throughout history. Sometimes it displayed a more futuristic and celestial emphasis. In another period, it pointed to a more present-day and worldly orientation. The research discovers then, in Oscar Cullmann, a significant proposal to solve the dilemma of any eventual polarization. Cullmann, from his exegetical work in the New Testament, see how God s Kingdom and its promises have a double timing application: an aspect already inaugurated by the person and work of Jesus Christ, already present among us, and another not yet consumed, which is still awaited in the future, in the breakthrough of the parousia. Afterwards, this dissertation will show how Cullmann s thesis was received and reverberated across the thought of various theologians. And lastly, this reflection will focus in the dissertation subtitle, which seeks to address how the tension already and not yet informs the missional message and affects the missional attitude of the Church.
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À espreita : animalidades em Hotel Hell, Húmus e Ainda OrangotangosPrinstrop, Vinícius Edilberto January 2014 (has links)
Este trabalho analisa diferentes concepções da ideia de animalidade a partir de três obras de escritores contemporâneos: Hotel Hell, de Joca Reiners Terron; Húmus, de Paulo Bullar; e Ainda Orangotangos, de Paulo Scott. Os pontos de convergência das diversas animalidades presentes nestas obras são: a indistinção homens/animais e cidade/selva; a pele (superfície) geradora de sentidos; a relação homem/animal mediada pelo devir; a aproximação das ideias de animalidade e de mal. Os principais textos utilizados nas reflexões teóricas foram os Mil Platôs, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, e A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais, de Mikhail Bakhtin. / This work analyses different conceptions of the animality idea from three books of contemporary writers: Hotel Hell, by Joca Reiners Terron; Húmus, by Paulo Bullar; and Ainda Orangotangos, by Paulo Scott. The points of convergence of the various animalities ideas in these books are the indistinctness of men/animals and city/jungle; the skin (surface) that generates senses; the men/animal relationship mediated by becoming; the approximation of the animality and evil concepts. The main texts used in theoretical reflections was Mil Platôs, by Gilles Deleuze and Félix Guattari, and A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais, by Mikhail Bakhtin.
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À espreita : animalidades em Hotel Hell, Húmus e Ainda OrangotangosPrinstrop, Vinícius Edilberto January 2014 (has links)
Este trabalho analisa diferentes concepções da ideia de animalidade a partir de três obras de escritores contemporâneos: Hotel Hell, de Joca Reiners Terron; Húmus, de Paulo Bullar; e Ainda Orangotangos, de Paulo Scott. Os pontos de convergência das diversas animalidades presentes nestas obras são: a indistinção homens/animais e cidade/selva; a pele (superfície) geradora de sentidos; a relação homem/animal mediada pelo devir; a aproximação das ideias de animalidade e de mal. Os principais textos utilizados nas reflexões teóricas foram os Mil Platôs, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, e A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais, de Mikhail Bakhtin. / This work analyses different conceptions of the animality idea from three books of contemporary writers: Hotel Hell, by Joca Reiners Terron; Húmus, by Paulo Bullar; and Ainda Orangotangos, by Paulo Scott. The points of convergence of the various animalities ideas in these books are the indistinctness of men/animals and city/jungle; the skin (surface) that generates senses; the men/animal relationship mediated by becoming; the approximation of the animality and evil concepts. The main texts used in theoretical reflections was Mil Platôs, by Gilles Deleuze and Félix Guattari, and A cultura popular na Idade Média e no Renascimento – O contexto de François Rabelais, by Mikhail Bakhtin.
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[en] HISTORY, MEMORY AND THEOLOGY: THE HISTORICAL AND ESCHATOLOGICAL TENSION IN THE POPULAR SONGBOOK OF CEBS / [pt] HISTÓRIA, MEMÓRIA E TEOLOGIA: A TENSÃO HISTÓRICA E ESCATOLÓGICA NO CANCIONEIRO POPULAR DAS CEBSJOAO PEDRO AUGUSTO ALVES DE HOLANDA 09 September 2019 (has links)
[pt] A história, a memória e a teologia, preservada nos versos das canções produzidas pelas Comunidades Eclesiais de Base, são de suma importância para a História Eclesiástica. Os cantos do Cancioneiro Popular das CEBs constituem uma realidade presente na Igreja do Brasil. Era preciso adentrar a história desses cantos, revisitar suas memórias e analisar sua teologia para compreender melhor o valor que a CNBB atribui a estas canções. Esta dissertação objetiva analisar a construção da história, memória e teologia das canções do Cancioneiro Popular das CEBs. Objetiva analisar de maneira histórico-teológico a arte produzida pelos adeptos da Teologia da Libertação. Essas Canções de Esperança são um patrimônio vivo, que trazem em si o legado das lutas, vitórias e derrotas dos que a todo custo tentaram denunciar as injustiças e anunciar que o reino já está entre nós. As canções cebianas trazem em si uma antecipação escatológica de uma realidade já existente, porém, ainda não completada. Nas canções das CEBs são facilmente encontradas traços da Teologia da Práxis e da Teologia da Esperança, por isso, a teologia apresentada nestas canções provocam uma inquietação no homem que por causa de Cristo não se contenta com a realidade dada, deseja contradizê-la. Percebe-se, assim, que a tensão faz parte da vida cristã – apesar da esperança – e que toda a vida do homem está embebida da índole escatológica que deve ser vivida à luz da Esperança maior que se faz realidade já aqui, mas ainda não é aqui. Logo, essas canções fomentam a luta para que a realidade do já seja uma antecipação do ainda não. / [en] The history, memory and theology, preserved in the verses of the songs produced by the Ecclesial Base Communities, are of paramount importance for Ecclesiastical History. The songs of the Popular Songbook of CEBs are a present reality in the Church of Brazil. It was necessary to enter the history of these songs,
revisit their memories and analyze their theology to better understand the value that the CNBB attributes to these songs. This dissertation aims to analyze the construction of the history, memory and theology of the songs of the Popular Songbook of CEBs. It aims to analyze in a historical-theological way the art
produced by the followers of Liberation Theology. These Songs of Hope are a living heritage that bring in themselves the legacy of the struggles, victories and defeats of those who at all costs tried to denounce injustice and announce that the kingdom is already among us. The Cebian songs bring in themselves an
eschatological anticipation of an already existing reality, however, not yet completed. In the songs of CEBs, traces of the Theology of Praxis and Theology of Hope are easily found, so the theology presented in these songs provokes an uneasiness in the man who, because of Christ, is not content with the given reality, wants to contradict it. It is thus perceived that tension is part of the Christian life - in spite of hope - and that the whole life of man is embedded in the eschatological nature that must be lived in the light of the greater Hope that becomes already here, but Not yet is here. Therefore, these songs foment the struggle for the reality of the already to be an anticipation of the not yet.
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[en] THE ESCHATOLOGICAL NATURE OF THE CHURCH: THE ALREADY AND NOT YET THE FULLNESS OF OUR SALVATION, A REFLECTION FROM THE SEVENTH CHAPTER OF LUMEN GENTIUM / [pt] A ÍNDOLE ESCATOLÓGICA DA IGREJA: UM ESTUDO DO JÁ E DO AINDA NÃO À LUZ DO SÉTIMO CAPÍTULO DA LUMEN GENTIUMFANTICO NONATO SILVA BORGES 14 March 2019 (has links)
[pt] A índole escatológica da Igreja, como reflexão teológica, é muito pertinente, visto que trata da relação entre a estrutura visível da Igreja e aquela realidade pensada como meta última da atividade eclesial. A escatologia do Vaticano II trouxe à tona essa reflexão, quando salientou que a tensão escatológica entre o já e o ainda não faz parte da natureza do Novo Povo de Deus, e que, por isso mesmo, a Igreja é sinal e instrumento desta plenitude da esperança no meio da humanidade. Sendo um sinal, ela se torna, para o mundo, sacramento visível da unidade de gênero humano, com Deus e consigo mesma. Nossa pesquisa deseja enfocar a posição do Concílio Vaticano II acerca dessa situação-missão da Igreja, pois, para os Padres conciliares, a salvação prometida pelo Senhor já começou em Cristo, mas ainda não se consumou, porque o tempo da restauração de todas as coisas dar-se-á somente quando tudo estiver no Pai pelo Filho no Espírito. Então, neste instante, o homem e com ele toda a criação chegará à sua restauração final. Enquanto isso não acontecer, a Igreja é impelida a levar adiante a obra de santificação da humanidade, como missão imputada por Cristo na unidade do Espírito Santo. Esse trabalho quer, portanto, demonstrar como essa salvação de Cristo continua por meio da ação eclesial, que instrui seus filhos sobre o sentido da vida temporal, enquanto esperança dos bens futuros e compromisso com o Reino de Deus. / [en] The eschatological nature of the Church as theological reflection, it is very relevant, since it is the relationship between the visible structure of the Church and that dream reality as the ultimate goal of ecclesial activity. The eschatological nature of Vatican II brought up this discussion when he emphasized that the eschatological tension between the already and not yet is in the nature of the new people of God, and that, therefore, the Church is sign and instrument of fullness of Hope in the midst of humanity. As a sign, it becomes the world visible sacrament of the unity of mankind with God and with herself. Our research focuses on the position of Vatican II about the situation, the Church s mission, as for the Fathers, the salvation promised by the Lord already begun in Christ, but not yet consummated, because the time of the restoration of all things give will be only when all; the man and with him the whole creation reach its final restoration in Christ. In the meantime the church is compelled to carry on the work of sanctification of humanity as mission charged by Christ in the unity of the Holy Spirit. This work therefore want to show how the salvation of Christ continues through the action of the Church, instructing their children about the
meaning of temporal life, as hope of eternal life and commitment to the Kingdom of God.
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