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Estabilidade estrutural e funcional de lectinas submetidas à irradiação gama : potencial aplicação em alergia alimentarFernando de Melo Vaz, Antônio 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Em alergias, apesar de sinais e sintomas típicos variados, o alérgeno proteico, através de
seus epítopos lineares e conformacionais, é o principal responsável pela iniciação e
manutenção da resposta alérgica inflamatória. A principal razão para o sucesso dessas
proteínas na orquestração da alergia é a sua estabilidade estrutural, o que as tornam
relativamente estáveis ao calor, aos extremos de pH, a proteases e a diversos métodos de
processamento alimentar. Esta tese tem o objetivo de esclarecer o mecanismo pelo qual a
irradiação de alimento atua sobre a estabilidade estrutural e funcional de alérgenos
alimentares proteicos, e como esses conseguem proteger a sua estrutura enovelada nativa
contra esse tipo de perturbação física. Os alérgenos selecionados para este estudo foram as
lectinas: da semente da leguminosa Cratylia mollis (Cramoll), do feijão da leguminosa
Canavalia ensiformis (Con-A) e a aglutinina do gérmen do trigo (WGA), visto que são
proteínas bem estudadas e com estrutura resolvida, assim como suas vias de enovelamentodesenovelamento
e desnaturação. Utilizamos técnicas espectroscópicas para investigarmos
a relação estrutura-estabilidade dos alérgenos (lectinas), tanto na sua forma nativa quanto
irradiada. Descrevemos, pela primeira vez, a desnaturação e fragmentação de alérgenos
alimentares pela irradiação em alta dose sem o concomitante incremento de qualquer outro
método de processamento. Mostramos também que os agregados formados apresentam
suscetibilidade a agentes caotrópicos (ureia), através da dissolução dos agregados e
formação de fragmentos peptídicos de baixa massa molecular. Verificamos que a conversão
das formas nativas em agregadas envolve uma mudança substancial na estrutura terciária e
na superfície hidrofóbica após irradiação, como foi visto por espectroscopia de
fluorescência, Dicroísmo Circular (CD) e Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC).
Além dessas observações, vimos que o CD e a fluorescência fornecem evidências
importantes para a inexistência de estados de glóbulos fundidos (molten globule) em
alérgenos irradiados, uma vez que, em doses elevadas de radiação, a estrutura terciária,
como também a estrutura secundária, não é mantida, o que indica a existência de
precipitação em forma de agregados amorfos insolúveis com a falta de estruturas
secundárias nativas. Posteriormente, averiguamos a resposta inflamatória alérgica de
camundongos sensibilizados e submetidos a um desafio oral agudo e crônico com alérgenos
irradiados ao analisar a perda de peso, o perfil de leucócitos, os níveis plasmáticos das
citocinas IL-4, IL-5, eotaxina, RANTES e alterações morfológicas intestinais. Embora o
procedimento de sensibilização não tenha induzido a perda de peso e alterações na
contagem de leucócitos plasmáticos, a ingestão contínua de alérgenos não-irradiados
reduziu o peso dos animais. Esses experimentos demonstram claramente uma associação
entre a ingestão de lectinas não irradiadas, perda de peso corporal e eosinofilia. Tais efeitos
alérgicos foram confirmados pela elevada secreção de eotaxina e exacerbado infiltrado
linfocitário e eosinofílico no estroma das microvilosidades e na zona de cólon do jejuno
proximal de camundongos sensibilizados. Contrariamente, alérgenos submetidos à alta dose
de radiação e que precipitam em forma de agregados amorfos insolúveis revelaram valores
significativamente mais baixos de eotaxina, e uma proporção de infiltrados linfocitários e
eosinofílicos no estroma das microvilosidades muito menor, quando comparado a alérgenos
nativos. Nestes termos, nosso estudo descreveu a relação entre a alergia e a modificação de
alérgenos após a irradiação de alimentos. De fato, forneceu provas relevantes sobre a
caracterização estrutural de proteínas irradiadas. Assim, acreditamos que a alta dose de radiação pode tornar inócuo alérgenos alimentares proteicos de forma direta e irreversível.
Nossos resultados destacam a necessidade de melhor caracterizar o envolvimento de
alérgenos irradiados na modulação da resposta imune intestinal ao concentrar a atenção
sobre os potenciais benefícios da irradiação de alimentos como um tratamento alternativo
para abolir alergenicidade dos alimentos
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Interação entre anticorpos específicos e células dendríticas de pacientes alérgicos. / Interaction among specific antibodies and dendritic cells from allergic patients.Cruz, Renata Harumi 21 March 2018 (has links)
A atopia caracteriza-se pela tendência de um indivíduo a produzir IgE em quantidade elevada, em resposta a um alérgeno específico, levando ao desenvolvimento de asma, rinite ou eczema. Todavia, a manifestação do fenótipo da alergia depende da interação de fatores genéticos e exposição a alérgenos ambientais. Desta forma, o alérgeno é processado e apresentado aos linfócitos T, que desenvolvem uma resposta imune Th2, exacerbada característica da atopia. A principal célula que está envolvida na comunicação entre a imunidade inata e adaptativa é a célula dendrítica (DC) cuja função é capturar, processar e apresentar o antígeno aos linfócitos. As DCs imaturas capturam o antígeno e migram do tecido para o órgão linfóide periférico, onde elas se diferenciam em DCs maduras e apresentam o antígeno aos linfócitos T naive. Assim, os linfócitos T naive podem se diferenciar em subtipos de linfócitos efetores como: linfócitos Th1 e Th2. Esses linfócitos auxiliam na produção de anticorpos pelos linfócitos B na resposta imune humoral contra patógenos específicos. O sistema imune humoral compreende cinco classes de imunoglobulinas: IgG, IgM, IgD, IgE e IgA e sua produção sofre influência da imunidade celular. Desta forma, alérgenos provenientes de ácaros como, Dermatophagoides pteronyssinus, podem levar à inflamação alérgica, alterando a produção de anticorpos. Tendo em vista evidências que demonstram a interação das DCs com anticorpos, propomos investigar sua influência na apresentação dos principais alérgenos da poeira domiciliar e sua modulação sobre a resposta imune em indivíduos alérgicos e não alérgicos. / Atopy is characterized by the trend of an individual to produce high amounts of IgE in response to a specific allergen, leading to the development of asthma, rhinitis or eczema. However, the manifestation of the allergy phenotype depends on the interaction of genetic factors and exposure to environmental allergens. In this way, the allergen is processed and presented to the T lymphocytes, which develop a Th2 immune response, exacerbated characteristic of atopy. The main cell that is involved in the communication between innate and adaptive immunity is the dendritic cell (DC) whose function is to capture, process and present the antigen to lymphocytes. Immature DCs capture the antigen and migrate from the tissue to the peripheral lymphoid organ, where they differentiate into mature DCs and present the antigen to naive T lymphocytes. Thus, naive T lymphocytes can differentiate into subtypes of effector lymphocytes such as Th1 and Th2 lymphocytes. These lymphocytes assist in the production of antibodies by B lymphocytes in the humoral immune response against specific pathogens. The humoral immune system comprises five classes of immunoglobulins: IgG, IgM, IgD, IgE and IgA and their production is influenced by cellular immunity. In this way, allergens from mites such as Dermatophagoides pteronyssinus, can lead to allergic inflammation, altering the production of antibodies. In view of evidence demonstrating the interaction of DCs with antibodies, we propose to investigate their influence on the presentation of the main house dust allergens and their modulation on the immune response in allergic and non-allergic individuals.
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