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Refigurações de nação no romance histórico e a paródia moderna de Ana MirandaMorais, Eunice de 20 June 2011 (has links)
Resumo: O romance histórico de origem romântica é divulgador e confirmador do ideal nacionalista que se espalha pelo ocidente. No período romântico, o discurso de nação assume posição privilegiada no campo da narrativa ficcional e isto se dá pela apropriação do discurso da história. As análises empreendidas neste trabalho de pesquisa mostrarão que, para os escritores modernistas de 1922, o passado – o discurso de nação romântico, principalmente – é algo que precisa ser ul rapassado ou sobreposto por um novo discurso, enquanto que para os pósmodernistas – considerados a partir de 1980 – o presente só pode ser avaliado ou pensado, a partir de fragmentos do passado. A subversão do texto antigo se dá mais no sentido de propor sua reflexão e relativização, quando o transcontextualiza, do que no sentido de sua desautorização. A intertextualidade, nos parece, é procedimento recorrente nos três períodos citados, porém transforma-se para responder a expectativas e ideologias diversas. De acordo com o que vemos em grande parte da produção de ficção histórica pós-moderna, repensar o discurso histórico a partir de proposições críticas feitas através, principalmente, da citação, da paródia e da ironia a distancia dos romances históricos românticos e isto será demonstrado pelo posicionamento dos autores, implícito ou real, diante do material histórico. Os romances de Ana Miranda, focalizados nesta tese, vêm reafirmar que todo romance histórico revela o posicionamento do autor sobre o conceito de história e, mais do que isso, revela também o grau de intimidade deste autor com os elementos ficcionais. Os recursos ficcionais utilizados nos romances respondem bem tanto ao caráter inventivo quanto ao histórico. Há, na revisitação da memória e do momento literário de cada poeta, uma busca por refigurar e refletir sobre discursos de nação, ou a ausência deles, do passado. No romance Boca do inferno, Gregório de Matos, no século XVII, revolta-se com as atitudes subservientes do Brasil em relação a Portugal, vivendo uma relação de amor e ódio com as duas pátrias, mas é um sabiá em liberdade. Enquanto que em Dias e dias, Gonçalves Dias, no século XIX, luta pela afirmação da identidade brasileira diante da pátria-mãe. Para isso, é preciso superar a perda do paternalismo colonial e suportar as limitações da gaiola nacionalista. De outro modo, em A última quimera, as reflexões sobre o canônico revelam uma crítica ao sistema histórico-literário brasileiro. Em franco reconhecimento da autonomia da literatura e da comunidade nacional brasileiras que discute, internamente, seu processo de formação.
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A última quimeraHarmuch, Rosana Apolonia 15 October 2010 (has links)
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