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De Rilke Shake a Um útero é do tamanho de um punho: transformações na poesia de Angélica Freitas / From Rilke Shake to Um útero é do tamanho de um punho: transformations on Angelica Freitas's Poetry

Escute, João Paulo Vieira [UNESP] 26 February 2016 (has links)
Submitted by JOÃO PAULO VIEIRA ESCUTE null (jotape.lettere@gmail.com) on 2016-03-18T22:44:46Z No. of bitstreams: 1 Um útero é do tamanho de um punho e as transformações na poesia de Angélica Freitas.pdf: 1234110 bytes, checksum: 7b760b0770723f939af64e6e17a1ff69 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-03-22T13:10:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 escute_jp_me_sjrp.pdf: 1234110 bytes, checksum: 7b760b0770723f939af64e6e17a1ff69 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-22T13:10:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 escute_jp_me_sjrp.pdf: 1234110 bytes, checksum: 7b760b0770723f939af64e6e17a1ff69 (MD5) Previous issue date: 2016-02-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Em seu primeiro livro, Rilke Shake (2007), Angélica Freitas apresenta poemas que mostram as distintas dicções que marcam a sua poesia e que, compondo a mistura do livro, resultam em um “drink” de tradição e contemporaneidade. Neste trabalho realizamos um estudo da obra Um útero do tamanho de um punho (2012), a fim de elucidar o discurso sobre a mulher que emerge dos poemas, já indicado pelo título do livro, procurando, a partir disso, delinear as possíveis transformações na trajetória da poeta ao estabelecer diferenças e semelhanças entre esta obra e a primeira publicação, estudada na pesquisa de iniciação científica que antecedeu a presente dissertação, de modo a poder avaliar o lugar de Freitas no cenário da poesia brasileira contemporânea, em que distintas linhas de força se fazem notar. Em Um útero é do tamanho de um punho (2012), é possível perceber que a leveza do livro anterior, dá lugar a uma atmosfera mais densa, com a manutenção da ironia, para escrever sobre a mulher, evidenciando não só a visão contemporânea do sujeito feminino mas toda uma tradição que, durante séculos, reforçou rótulos que submeteram a mulher a um lugar inferior na sociedade patriarcal. A escrita de Freitas não se dá de maneira aleatória, uma vez que a poeta possui um projeto poético coeso, compreendendo a temática do diálogo com a tradição e a questão do feminino, que abraça questões de gênero e sexualidade, sempre lançando mão de referências que misturam um refinado conhecimento erudito com elementos das culturas de massa, popular brasileira e pop. Os poemas convidam o leitor a ir além da gargalhada ao final do último verso, expandindo uma leitura simples e revelando, após uma cuidadosa degustação do shake de Freitas, uma reflexão provocada por esse riso aparentemente despretensioso. O discurso sobre o feminino, entrelaçado com o diálogo entre tradição e reinvenção poética, permite que Um útero é do tamanho de um punho (2012) se comunique com Rilke Shake (2007), revelando, assim, que mesmo se tratando de work in progress, a escrita de Freitas nos permite delimitar características e temas recorrentes a serem explorados neste trabalho. / In her first book, Rilke Shake (2007), Angelica Freitas presents poems that show the different dictions that mark her poetry and composing the mixture of the book, resulting in a drink of tradition and modernity. In this work we carried out a study of the book Um útero é do tamanho de um punho (2012) in order to elucidate the discourse on women emerging from the poems, as indicated by the book's title, looking, from this, outline the possible changes in the poet’s trajectory to establish differences and similarities between the second and the first publication, studied in my previous research leading up to this work, in order to assess the place of Freitas in the scenario of contemporary brazilian poetry, in which different power lines are remarkable. In Um útero é do tamanho de um punho (2012), it’s possible to see that the lightness of the previous book, gives way to a more dense atmosphere with the maintenance of irony, to write about women, showing not only the contemporary view of feminine subject but also tradition that for centuries, reinforced labels that submitted the woman to a lower place in the patriarchal society. Freitas's writing does not happen randomly, as the poet has a cohesive poetic project, comprising the theme of dialogue with the tradition and the issue of women, which embraces issues of gender and sexuality, always making use of references mixing a refined knowledge with elements of mass culture, Brazilian and pop culture. The poems invite the reader to go beyond the laughter at the end of the last verse, expanding a simple reading and revealing, after careful tasting Freitas's shake, a reflection caused by this seemingly unassuming laughter. The discourse on the feminine, intertwined with the dialogue between tradition and poetic reinvention, allows Um útero é do tamanho de um punho (2012) to communicate with Rilke Shake (2007), showing thereby that even being a work in progress, Freitas’s writing allows us to define recurring characteristics and themes to be explored in this work. / CNPq: 131184/2014-8
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Paisagens em profusão: as poéticas contemporâneas de Angélica Freitas, Fabiano Calixto, Marília Garcia e Ricardo Domeneck

Ferro, Letícia Costa e Silva 31 August 2015 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2016-01-28T14:30:24Z No. of bitstreams: 2 Tese - Letícia Costa e Silva Ferro - 2015.pdf: 4184071 bytes, checksum: f623acc1b9d2758ef33ebb7bdce55a7d (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2016-01-28T14:31:40Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Letícia Costa e Silva Ferro - 2015.pdf: 4184071 bytes, checksum: f623acc1b9d2758ef33ebb7bdce55a7d (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-28T14:31:41Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Letícia Costa e Silva Ferro - 2015.pdf: 4184071 bytes, checksum: f623acc1b9d2758ef33ebb7bdce55a7d (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-08-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The brazilian poetry, in its several manifestations, grant, in these contemporary times, the idea of "landscapes", profusely seen, that, not being hegemonic or static, or even leaded by some sort of unique aesthetical direction, have a lack of perception in the course of an only sight. According to that, the critical contribution of the current work shows itself entirely willing to match critic-theoretical tools in its various ways, which if on one hand - and a priori - can be understood as antagonistic, on the other hand, rest, pertinently, in the poetical manifestations here analyzed for they focus the richness on our days' productions. It becomes hard to recognize, thereby, that many premises, accepted by literature researchers it's been a long time, prompt and finished, are now-a-days opened debate, in constant and unceasing review. To list some of those premises implies, above it all, to pluralize and to disperse the reception's efforts of poetry itself. This is what, on its side, justifies the fact that we depart from the phenomenological notion of "landscape" - analytical key of the whole thesis -, whose definition, finding itself, initially, linked to the idea of horizon, allows us to internalize what we've seen, under our angle, and turn that, not into an absolute and irrefutable sight, but into one sight with a particular order, a sight originated, thus, on specific horizons: firstly, of the poets in study, then, of ours, that has identify them, bringing them together and, at the same time, dispersing them. It is like this that we expand the notion of landscape so we can operationalize it as opened to dialogues and approaches willing to enfold, as well, epistemic configurations of a different order other than only the philosophical one (especially the phenomenological one), but the geographic one, the historical one, the sociological one etc., with the aim of a larger understanding of the means the poetical scenario and our time are being setting the last few years. Among the many poetical landscapes we have right now, we listed the ones presented by four young authors: Angélica Freitas (1973- ), Fabiano Calixto (1973- ), Marília Garcia (1979- ) and Ricardo Domeneck (1977- ). With their works in mind, we launch ourselves into the understanding of matters related to the present moment, such as: the relation the poet engage with the space; the way she/he, the poet, deals with the cultural and literary traditions and the way she/he thinks feeling and fells thinking not just the world, the things around her/him - thing that requests and occurs to her/him -, but also the poetical writing itself. / A poesia brasileira, nas suas mais diversas manifestações, afiança, na contemporaneidade, a ideia de “paisagens”, avistadas profusamente, que, por não serem hegemônicas ou estáticas, ou, ainda, capitaneadas por alguma frente única de estética, carecem de percepção ao largo de uma única visada. Nesse sentido, a contribuição crítica do presente trabalho mostra-se inteiramente pretensa à combinação de alicerces crítico-teóricos os mais diversos, que, se, por um lado, e, a priori, podem ser assimilados como antagônicos, por outro, assentam-se, com pertinência nas manifestações poéticas em análise, na medida em que lançam luz na riqueza das produções dos dias atuais. Torna-se forçoso reconhecer, dessa maneira, que muitos pressupostos há tempos admitidos pelos estudiosos da literatura como peças feitas, prontas e acabadas, hoje, são discussão aberta, em constante e incessante revisão. Listar alguns desses pressupostos implica, acima de tudo, em pluralizar e dispersar os esforços de recepção da própria poesia. Isso é o que, por seu turno, justifica o fato de partirmos da noção fenomenológica de “paisagem” – chave analítica de toda a tese –, cuja definição, ao encontrar-se, inicialmente, vincada à ideia de horizonte, nos permite apropriar daquilo que vimos, sob nosso ângulo, e a fazer disso, não uma visada absoluta e irrefutável, mas uma visada de ordem particular, que seja originária, portanto, de horizonte(s) específico(s): dos poetas, em estudo, primeiramente, e, em seguida, do nosso que os identificou, reunindo-os e, ao mesmo tempo, dispersando-os. Assim, é que dilatamos a noção de paisagem para operacionalizá-la como aberta a diálogos e abordagens dispostos a encampar também configurações epistêmicas de outra ordem que não somente a filosófica (sobretudo a de domínio fenomenológico), mas a geográfica, a histórica, a sociológica etc., em proveito de uma larga compreensão do modo como vêm se afigurando, então, o cenário poético da e na atualidade. Dentre as muitas paisagens poéticas existentes, elencamos as apresentadas por quatro jovens autores, a saber: Angélica Freitas (1973- ), Fabiano Calixto (1973- ), Marília Garcia (1979- ) e Ricardo Domeneck (1977- ). À luz de suas obras, lançamo-nos à compreensão de questões concernentes ao momento presente, tais como: a relação que o poeta trava com o espaço; a forma como ele, o poeta, lida com a tradição cultural e literária e o modo como ele pensa sentindo e sente pensando tanto o mundo, as coisas ao seu redor – que o assediam e o acometem – quanto à própria escrita poética.

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