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Estratigrafia de seqüências : uso da icnologia, dos argilominerais e da geoquímica em rochas de idade permiana na Bacia do Paraná, Região de Lauro Müller (SC), Brasil

Teixeira, Antonio Bernardo Rebelo January 1999 (has links)
A Icnologia, os Argilominerais e a Geoquímica foram integradas aos estudos de Associação Faciológica com objetivo de testá-las como ferramentas auxiliares na caracterização de Seqüências Deposicionais, segundo os conceitos da Estratigrafia de Seqüências (sentido Exxon). Para isso, foi selecionado o intervalo estratigráfico, compreendido do Sakmariano ao Kunguriano (Permiano), correspondente às formações Rio do Sul, Rio Bonito e base da Formação Palermo. A área de estudo está situada na borda leste da Bacia do Paraná, nos municípios de Orleans e Lauro Müller, região sul do estado de Santa Catarina. Como metodologia de trabalho, foi selecionado um arcabouço estratigráfico considerando uma hierarquia de eventos de 3a e 4a ordem, inseridos em um evento de 2a ordem, correspondente a uma superseqüência. Para isso, foram selecionados dez afloramentos, e os poços PB-18 e PB-20, com testemunhos, totalizando 500 m. Foram interpretadas seis associações faciológicas, representadas, da base para o topo, por rochas glácio-marinha, plataforma marinha dominada por ondas com estrutura “hummocky”, arenito de “shoreface” médio/superior, bioturbados, pelitos marinho/marinhos marginais, flúvio-estuarino e ilha de barreira/laguna. Admitiu-se ainda a formação de vales incisos para as região de Lauro Müller e para a área do poço RL-6, a partir da deposição das rochas flúvio-estuarinas. O uso da Icnologia limitou-se à interface entre o topo da formação Rio do Sul e a base do Membro Triunfo da Formação Rio Bonito, onde a identificação da Icnofábrica de Glossifungites auxiliou na delimitação de limites de seqüência de alta freqüência. Além disso, foram reconhecidas, o predomínio das Icnofábricas de Thalassinoides e Teichichnus e, secundariamente, Planolites, Ophiomorpha, Arenicolites, Cylindrichnus, Monocraterion, Diplocraterion e Rosselia, permitindo posicionar a interface entre estas formações na Icnofácies Skolithos/Cruziana. Helminthopsis, Condrites e Palaeophycus passam a predominar quando da presença de subambientes mais restritos tipo baías e lagunas. Os argilominerais identificados foram a caolinita, a clorita, a ilita e o interestratificado ilita-esmectita (I-S) do tipo ordenado. O predomínio da clorita e da ilita, na Formação Rio do Sul e o da caolinita no Membro Siderópolis, indicam variações paleoclimáticas, onde, inicialmente, existiram condições mais frias e secas, passando para condições de clima mais quente e úmido. Os pelitos transgressivos do Membro Paraguaçu da Formação Rio Bonito foram caracterizados pelos valores relativos mais elevados do interestratificado I-S, e do SiO2 e Na2O e, os menores valores relativos do Al2O3, K2O, Fe2O3, MgO e TiO2. Interpretou-se uma proveniência detrítica para estes argilominerais sendo associados a minerais micáceos e feldspáticos. As relações V/(V+Ni) e V/Cr indicam condições paleoambientais restritas, de caráter redutor, praticamente para todo o intervalo estudado. A relação Sr/Ba mostrou-se boa indicadora de eventos transgressivos no PB-18 e no poço 1-TV-4-SC, perfurado em posição mais distal na bacia. Embora o uso da Taphonomia não tenha sido contemplada no objetivo inicial, a utilização da razão pólens/esporos foi satisfatória. Pulsos transgressivos de alta freqüência puderam também ser balizados pelas razões mais elevadas desta relação, havendo uma correlação razoável com as indicações advindas da curva da razão Sr/Ba. Integrando-se os resultados destas várias ferramentas foi possível dividir o intervalo estratigráfico no PB-18, em sete seqüências deposicionais de 4a ordem e, em cinco seqüências deposicionais, no PB-20. As variações encontradas nos estilos de estaqueamento estratigráfico entre as áreas perfuradas por estes poços, deve-se às variações locais no estilo tectono-sedimentar, dentro do modelo de bacias tipo “foreland” – parte distal, modelo este adotado para a sedimentação destas seqüências e que tiveram, na subsidência e no controle glácio-eustático, os agentes moduladores deste padrão estratigráfico.
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Análise petrológica e sísmica dos controles sobre a deposição dos sistemas arenosos de águas profundas da Bacia de Campos

Lopes, Marcos Roberto Fetter January 2007 (has links)
A Bacia de Campos, localizada na margem continental sudeste do Brasil, é a principal província petrolífera do país. Sistemas arenosos de águas profundas formados entre o Albiano e o Mioceno, durante a fase de margem divergente da bacia, genericamente designados como turbiditos, contém a maior parte das reservas de hidrocarbonetos. Ao contrário da tendência de aumento de maturidade petrográfica esperada para uma margem continental geodinamicamente passiva, os turbiditos da Bacia de Campos apresentam uma recorrente imaturidade composicional e textural dada por granulometria modal nas frações areia média e grossa e por alta proporção de feldspatos. Para o entendimento dos processos que controlaram o suprimento de areia para os ambientes de águas profundas da Bacia de Campos foi utilizada uma metodologia integrada baseada na petrografia quantitativa dos turbiditos pelo método Gazzi-Dickinson de contagem de pontos, na análise estrutural da deformação produzida por tectônica de embasamento através de atributos sísmicos, e na restauração de seções de estruturas distencionais produzidas por tectônica salífera. A petrografia quantitativa evidenciou as tendências gerais e a organização interna dos parâmetros petrográficos dos turbiditos, além de permitir a definição de duas classes de sitemas de acordo com sua maturidade textural e composicional. A análise estrutural de dados sísmicos indicou quatro fases de reativação transcorrente do embasamento durante o estágio de margem divergente da Bacia de Campos. A restauração de seções mostrou que a tectônica salífera também tem sido episódica na Bacia de Campos, com quatro pulsos de alta taxa de distensão correlacionáveis com os eventos de reativação do embasamento, sugerindo que a tectônica salífera rasa tem sido controlada pela tectônica de embasamento. A integração entre os dados da petrografia quantitativa e da análise tectônica possibilitou a definição dos controles que atuaram durante a deposição dos sistemas arenosos de águas profundas durante a fase de margem passive da Bacia de Campos. Ficou evidente que esta sedimentação foi condicionada pela evolução paleogeográfica da margem continental sudeste do Brasil, com a alternância de controle eustático e geodinâmico. O controle eustático, associado com ciclos de alta frequência relacionados à dinâmica interna da bacia e possivelmente a oscilações climáticas, ocorreu em períodos de calma tectônica e recuo de escarpa, com relevo costeiro relativamente rebaixado e larga plataforma marinha rasa. Os sistemas de águas profundas controlados eustaticamente são caracterizados por turbiditos relativamente maturos, depositados no trato de sistemas de mar baixo. Por sua vez, o condicionamento geodinâmico na sedimentação tem predominado durante períodos de rejuvenescimento fisiográfico produzido pela atividade geodinâmica ao longo da margem continental, caracterizados por relevo costeiro elevado e destruição da plataforma continental. O controle geodinâmico é associado com episódios climáticos de precipitação pluvial intensa e inundação dos sistemas fluviais montanhosos capazes de carregar sedimentos aluviais imaturos diretamente para os ambientes de águas profundas. Esta nova abordagem sobre os controles da deposição dos sistemas arenosos de águas profundas da Bacia de Campos é muito importante para a definição de modelos mais adequados para a exploração de novos reservatórios turbidíticos, bem como para o aumento da recuperação de petróleo dos reservatórios já descobertos. Em função da sua simplicidade, a metodologia proposta nesta tese pode ser facilmente aplicada para o entendimento dos controles da sedimentação de águas profundas em outras bacias de margem divergente. / The Campos Basin, located along the southeastern continental margin of Brazil, is the major oil province in the country. Deepwater sand-rich systems formed from Albian to Miocene during the divergent margin phase of the basin, generically designated as turbidites, contain most of the hydrocarbon reserves. Opposite to the trend of increasing petrographic maturity expected for a tectonically passive continental margin, the turbidite reservoirs in Campos Basin show recurrent immaturity defined by medium to coarse sand grain size and high feldspar content. In order to understand the controls on the supply of sandy sediments to Campos Basin deepwater settings an integrated methodology was used, based on quantitative petrography through the Gazzi-Dickinson method of point-counting, on structural analysis of basement-related deformation with seismic attributes, and on section restoration of major extensional salt structures. The quantitative petrographic analysis indicated the major average trends and the internal organization of the petrographic parameters of the turbidites, and defined two classes of systems based on their textural and compositional maturity. The structural analysis indicated four episodes of strike-slip reactivation of the basement fabric during the passive margin phase of Campos Basin. The section restoration showed that salt tectonics in the Campos Basin was also episodic, with four pulses of high extension rate that can be well correlated with the basement reactivation events, suggesting that basement tectonics have been controlling salt tectonics. The integration between data from quantitative petrography and tectonic analysis allowed the definition of the controls on the formation of the deepwater sand-rich systems during the divergent margin phase in the Campos Basin. It became evident that this sedimentation has been constrained by the paleogeographic evolution of the southeastern continental margin of Brazil, with alternating eustatic and geodynamic control. The eustatic control is associated with high-frequency climate cycles related to the internal basin dynamics and possibly with climatic oscillations, and occurred during periods of tectonic quiescence and escarpment retreat, with relatively low coastal relief and well developed continental shelf. The eustatically-controlled deepwater systems are characterized by relatively mature turbidites, deposited beyond a wide shelf during sealevel lowstands. In turn, the geodynamic drive on the sedimentation occurred during periods of physiographic rejuvenation produced by geodynamic activity along the continental margin, characterized by high coastal relief and degradation of the continental shelf. The geodynamic control is associated with episodes of intense rainfall and flooding of mountainous fluvial systems that transported immature alluvial sediments directly to the deepwater settings. This new approach to the controls on the formation of the sand-rich deepwater systems in Campos Basin will be of key importance to generate realistic models for the exploration of new turbidite reservoirs and for the optimized development of producing turbidite oilfields in such a world-class hydrocarbon province. As it is very simple, the proposed integrated methodology can help to unravel the controls on the deposition of deepwater sand-rich reservoirs in other divergent margin settings.
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Caracterização geoquímica orgânica das rochas geradoras de petróleo das formações Irati e Ponta Grossa da Bacia do Paraná

Silva, Carla Grazieli Azevedo da January 2007 (has links)
A Bacia do Paraná contempla duas principais seqüências de rochas potencialmente geradoras, Formação Irati e Ponta Grossa. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar rochas potencialmente geradoras das Formações Irati e Ponta Grossa em função dos parâmetros geoquímicos orgânicos. Um total de 87 amostras coletadas em afloramentos, cavas de mineração e testemunhos de sondagem foram submetidas a análises de teor de carbono orgânico (COT), pirólise Rock-Eval e determinação de biomarcadores. Para a Formação Irati, os dados de COT e pirólise, revelaram altos teores orgânicos e bons potenciais geradores. Nos pontos de coleta onde há influência térmica de intrusões ígneas, as amostras mostram baixos valores de COT e baixo potencial gerador. Já a Formação Ponta Grossa apresentou mais baixa riqueza orgânica e baixo potencial gerador. A análise de biomarcadores, para investigação do paleoambiente deposicional, realizada para 13 amostras, sugere que, ambas as Formações apresentam características de ambientes oxidantes, com matéria orgânica, predominantemente transicional. Os parâmetros moleculares de maturação revelaram baixo grau de evolução térmica para a maioria das amostras analisadas para a Formação Irati e mais alto grau de evolução térmica para as amostras da Formação Ponta Grossa. A fração asfaltênica foi caracterizada empregando-se RMN de 1H e 13C, IV e MALDI-TOF-MS. / Irati e Ponta Grossa Formations are considered the most important potential hydrocarbons source rock of the Paraná Basin. The aim of this study is to characterize the potential source rocks of the Irati and Ponta Grossa Formation based on organic geochemical parameters. A set of 87 samples of oil shale were collected from different outcrops, pits and boreholes. The samples were submitted to total organic carbon (COT), Rock-Eval pyrolysis, and biomarkers characterization. The COT and Rock Eval results revealed high organic contents and generation potential to immature rocks from Irati Formation and low organic content and generation potential for mature rocks from Ponta Grossa Formation. The lowest values of COT and generation potential due to the thermal influence from igneous intrusions. The results of biomarker analysis of 13 samples suggested that both Irati and Ponta Grossa Formation were deposited under oxide depositional environment with organic matter derived by transitional sources. Maturation parameters compounds confirm the low degree of thermal evolution for the Irati Formation and high thermal evolution for the Ponta Grossa Formation especially in the intervals affected by igneous intrusions. The asphaltenic fraction was characterized by NMR of 1H and 13C, IV and MALDI-TOF-MS.
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Análise estratigráfica da formação Pirambóia, permiano superior da Bacia do Paraná, leste do Rio Grande do Sul

Dias, Kayo Delorenzo Nardi January 2008 (has links)
O objetivo principal desta dissertação é estabelecer um modelo estratigráfico de alta resolução visando o entendimento dos processos que controlam a espessura dos sets em sistemas eólicos úmidos, tendo como estudo de caso os depósitos eólicos da Formação Pirambóia, Permiano Superior da Bacia do Paraná, Leste do Rio Grande do Sul. A Formação Pirambóia apresenta um contato basal discordante, onde os arenitos grossos de lençóis de areia eólicos da Formação Pirambóia estão recobrindo abruptamente os estratos areno-pelíticos lacustres da Formação Rio do Rasto. O contato superior também é marcado por uma discordância com os depósitos de dunas eólicas da Formação Botucatu. A Formação Pirambóia é constituída por depósitos de lençóis de areia eólicos sucedidos por depósitos de dunas e interdunas, que podem ser subdivididos em dois intervalos distintos de valores médios das espessuras dos sets. O intervalo 1 apresenta, um conjunto de sets de estratos cruzados com espessura mínima 1,04 m, máxima de 6,82 m e média de 2,90 m. O intervalo 2 é composto por sets de estratos cruzados com espessura mínima de 0,92 m, máxima de 14 m e média em torno de 6,19 m. As variações nas espessuras médias dos sets entre os intervalos refletem mudanças significativas no tamanho original das dunas ou no ângulo de cavalgamento. Se considerarmos o tamanho das dunas constante, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 indica um ângulo de climbing baixo, enquanto as maiores espessuras encontradas para o intervalo 2 refletem um aumento no ângulo de cavalgamento, associado a um aumento na taxa de subida do lençol freático ou uma diminuição na taxa de migração das dunas eólicas. Se admitirmos a hipótese do ângulo de cavalgamento constante ao longo do tempo, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 estaria relacionada a dunas originalmente menores que aquelas do intervalo 2, refletindo um aumento na disponibilidade de areia seca ou uma diminuição na taxa de transporte de areia da base para o topo da Formação Pirambóia. O reconhecimento de intervalos com espessuras distintas dos sets pode ser muito útil para o estabelecimento de um arcabouço estratigráfico de alta resolução de sucessões eólicas, principalmente quando se trabalha especificamente com dados de testemunhos de sondagem. A identificação destes intervalos permite a definição de horizontes de correlação dentro de sucessões eminentemente eólicas. / The main aim of this paper is to present a high-resolution stratigraphic framework for wet aeolian systems from subsurface data based on the recognition of intervals with distinct mean set thicknesses. The case herein presented focuses on aeolian strata of the Pirambóia Formation (Upper Permian of the Paraná Basin – Southernmost Brazil). The Pirambóia Formation comprises an unconformity-bounded aeolian succession. At its base, it comprises a thick package of aeolian sand sheet facies that is overlain by aeolian dune and lenticular, damp interdune deposits. These considerations suggest a wet aeolian system for the Pirambóia Formation. The aeolian dune and interdune package can be subdivided into two different intervals in terms of mean set thickness (about 2.90 and 6.19 m for interval 1 and 2, respectively). The increase in mean set thickness is interpreted as a result of changes in either the climbing angle or the aeolian dune primary size. Dune climbing angle is associated with the rates of phreatic level rise and dunes migration, whereas the dune primary size is directly related to dry sand availability and the rate of sand transport by wind. The distinction of intervals with different set thicknesses can be very useful for high-resolution stratigraphy of aeolian successions, especially when dealing only with core data. Their recognition allows for the definition of correlation horizons within the aeolian successions, where it is usually very hard to determine dune and interdune facies relationships and geometry, to perform palaeocurrent analysis and to understand sedimentary body architecture exclusively from 1D data.
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Paleoclima e dinâmica costeira como fatores controladores da distribuição de arenitos em sistemas parálicos : um estudo para reservatórios análigos no eopermiano da Bacia do Paraná

Cacela, Alessandra Suzely Moda January 2008 (has links)
Este trabalho teve como objetivo um estudo utilizando a reconstrução paleoclimática como ferramenta de auxilio na definição da distribuição de arenitos depositados em sistemas parálicos das unidades litoestratigráficas Rio Bonito e Palermo (Eopermiano), que constituem reservatórios análogos para esse intervalo da Bacia do Paraná. Um estudo estratigráfico refinado de quarta ordem, desenvolvido na margem sudeste da bacia, no Estado do Rio Grande do Sul, proporcionou a reconstrução da paleolinha de costa em diferentes intervalos temporais, denominados de T1, T2 e T3, delimitados de acordo mudanças do nível de base e padrão de empilhamento das parasseqüências. A análise paleoclimática, focando na retrodição de regimes de vento e integrada a reconstrução da paleolinha, mostrou que a deriva litorânea que atingia a costa eopermiana do sul da Bacia do Paraná era para sudoeste durante os invernos e norte e nordeste durante os verões. Esta deriva litorânea controlou em parte a deposição dos ambientes deposicionais durante os intervalos de tempo T1 e T2. A orientação do sistema de ilhas-barreira para nordeste-sudoeste, bem como a grande concentração de fácies arenosas a sudoeste da área analisada, pode indicar a predominância de fortes longshore drifts originadas durante os invernos sobre aquelas originadas nos verões. Os mapas de distribuição de arenitos parálicos revelaram que a concentração de sedimentos de sistemas deltaicos em algumas áreas pode ser atribuída à dinâmica costeira durantes os invernos. Já para as fácies de arenitos do sistema ilha-barreira / marinho raso, houve pouca relação da ocorrência destes corpos com o padrão da dinâmica costeira. A pouca relação do sistema ilha-barreira / marinho raso com a dinâmica costeira pode ser atribuída a uma rápida transgressão o que proporcionaria uma erosão continua das fácies mais proximais da linha de costa e mais influenciadas pelo deslocamento das correntes costeiras ou/e uma diminuição da intensidade das correntes coincidindo com o progressivo afogamento. O estudo conclui que a dinâmica costeira teve um importante controle sobre a distribuição faciológica de arenitos parálicos na área, mas outros fatores também foram fundamentais como a própria configuração da linha de costa e a transgressão continua que a Bacia do Paraná experimentou durante o Eopermiano. / This work aimed at paleoclimatic reconstructions as a tool for the study and understanding of the accumulation of paralics sandstones of the Rio Bonito/Palermo succession (Early Permian) which constitue analogous reservoirs of the Early Permian in southern margin of Parana Basin. A detailed fourth-order stratigraphic analysis of provided the paleo-shoreline reconstruction for different time intervals, labeled T1, T2 and T3, delimited according to base level changes and stacking patterns of the parasequences. A paleoclimatic analysis, focusing on wind regime retrodiction, integrated to the shoreline reconstruction, has shown that the littoral drift was toward southwest during the winters and towards north/northeast during summers. The local coastal dynamics have partly controlled the accumulation during time intervals T1 and T2. The northeast-southwester orientation of barrier island systems as well as the great concentration of sandy facies towards southwest may be indicating the control of sedimentation by strong longshore drift currents originated during the winter. The isolithic maps of paralic sandstones have revealed that the sediment accummulation of deltaic systems can be attributed to the coastal dynamics during winters. In on the other hand, the sedimentation of the barrier island systems had little relation with the coastal dynamics, but seems to be controlled by the ongoing transgression what it would provide a continuous erosion of proximal facies of the shoreline. The study has shown that sevareal factors - the coastal dynamics, the shoreline configuration and the continuous transgression - were controlling the distribuition of sandy facies in the Early Permian paralic systems bordering the Paraná Basin in southernmost Brazil.
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Aspectos bioecológicos e parasitários de cimotoídeos em peixes do Lago Guaíba/RS (Crustacea, Isopoda, Cymothoidae)

Alberto, Regina Maria de Fraga January 2008 (has links)
O estudo de Cymothoidae no Lago Guaíba foi baseado em amostragens mensais realizadas na praia da Vila de Itapuã, Viamão, RS (30º21’S; 51º04’W) e na Barra do Ribeiro, RS (30º17’S; 51º18’W), no período de junho/ 2005 a maio/ 2006, utilizando-se redes de arrasto e de espera. Foram realizadas coletas também para obtenção de parasitos vivos a serem usados nos experimentos de infestação em laboratório. Analisaram-se, ainda, peixes coletados pelo Laboratório de Ictiologia do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCTPUCRS) e material já tombado na Coleção de Crustáceos do mesmo Museu, coletados nos períodos de 1990 a 2000 e de junho/ 2005 a maio 2006, para ampliar as amostras para os estudos de morfologia, período reprodutivo, biótopos parasitários, formas intramarsupiais, relações de tamanho entre parasito e hospedeiro. As coletas na praia de Itapuã foram feitas com rede de arrasto (10 m de comprimento por 1,5 m de altura; malha de 8 mm), com 10 passadas perpendiculares à margem, atingindo profundidade máxima de 1m e cobrindo uma extensão que variou entre 200 e 400 m2 de área alagada. Após análise preliminar na praia, para a devolução ao ambiente do maior número possível de peixes coletados, os peixes parasitados ou não identificados no local foram acondicionados em baldes com formol a 4% (formalina 10%) e transportados ao laboratório. Exemplares pequenos, não parasitados, de Gymnogeophagus gymnogenys (Hensel, 1870) (cará) e Jenynsia multidentata (Jenyns, 1842) (barrigudinho) foram coletados para servirem de hospedeiros nos experimentos de comportamento. As amostragens na Barra do Ribeiro foram realizadas pelo Laboratório de Dinâmica Populacional do Instituto de Biociências da PUCRS, Porto Alegre, RS, e analisadas em ação conjunta, utilizando-se redes de espera de malhas 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50, 60 e 70 mm com 30m de comprimento e alturas variadas. No laboratório, os peixes foram separados por espécie, medidos e analisados com relação à presença de parasitos, tendo sido identificados por pesquisadores do Laboratório de Ictiologia do MCTPUCRS. Nos dados biométricos dos hospedeiros, avaliou-se o comprimento padrão (CP), considerado desde a ponta do focinho até a base da nadadeira caudal; nas medidas dos parasitos, foi avaliado o comprimento total (CT), considerado da extremidade do rostro até a extremidade do télson, e a largura (L), aferida na parte mais larga, correspondendo geralmente ao quarto ou quinto pereonito. As fêmeas ovígeras tiveram seus ovos ou jovens contados, indicando-se a fase de desenvolvimento embrionário. Exemplares foram fotografados sob microscópio estereoscópico, com câmera digital, e sob microscópio eletrônico de varredura (MEV), para registro de diferenças morfológicas. Além da caracterização de manca, macho e fêmea das espécies estudadas, apresenta-se uma chave de identificação, contemplando estas três fases. Dos 6.495 peixes coletados de junho/ 05 a maio/ 06, 149 estavam parasitados, com um total de 162 parasitos. Com a rede de arrasto de margem foram obtidos 2.780 peixes, dos quais 126 estavam parasitados; com a rede de espera, coletaram-se 3.715 peixes, com 23 parasitados. A prevalência média foi de 2,29%, com maiores índices nos meses de março, outubro, janeiro, fevereiro e abril. Prevalências mais altas foram obtidas nas coletas de margem (4,53%) contra aquelas da coluna de água (0,62%). Encontraram-se 43 espécies de hospedeiros, das quais, 20 estavam parasitadas com as seguintes espécies de cimotoídeos: Artystone trysibia Schioedte, 1866, Braga fluviatilis Richardson, 1911, Riggia paranensis Szidat, 1948 e Telotha henselii (von Martens, 1869), sendo a mais freqüente, A. trysibia, em 12 espécies de hospedeiros, seguida de B. fluviatilis, em cinco e T. henselii e R. paranensis, ambas em quatro. Maior ocorrência de parasitismo por A. trysibia foi registrada de dezembro a março. Análises dos biótopos parasitários basearam-se em 341 peixes coletados no período de 1990 a 2000 e de junho/ 2005 a maio 2006, tendo-se encontrados 388 parasitos. Em geral, A. trysibia se posiciona principalmente no ventre, desde a parte anterior até o ânus, com maior freqüência na base das nadadeiras ventrais; T. henselii ocorre nas brânquias; B. fluviatilis na boca e brânquias; R. paranensis na cabeça e nadadeiras, com fêmeas inseridas atrás das nadadeiras peitorais; muitos parasitos ocorreram superficialmente. Aspectos da biologia reprodutiva basearam-se na análise de 485 parasitos, sendo 224 mancas, 166 machos e 95 fêmeas, das quais, 62 em período reprodutivo. Encontraram-se formas intramarsupiais nas fases de ovos, embriões, mancas I e mancas II. A fecundidade de A. trysibia foi de 155,4 (± 106,56) e de T. henselii, 201,31 (± 82,4619); a única fêmea ovígera de R. paranensis apresentava 949 formas intramarsupiais, entre embriões, mancas I e mancas II. Uma mesma fêmea pode portar formas em diferentes estágios de desenvolvimento com liberação gradual das mancas no ambiente. Há relação entre o comprimento e a largura nas fêmeas ovígeras, maior para A. trysibia do que para T. henselii. Após triagem, identificação taxonômica e biometria, os parasitos foram fixados em álcool a 70%, sendo tombados na Coleção de Crustáceos do MCTPUCRS e do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Realizaram-se 30 experimentos para análise do comportamento de parasitos e hospedeiros em laboratório, nos quais foram registrados e analisados os atos comportamentais desde o momento do encontro, até a infestação, com o parasito já inserido no corpo do peixe. Aspectos do comportamento de parasito e hospedeiro, local de fixação e percurso do parasito até a fixação no local escolhido, foram observados, registrando-se o tempo transcorrido para cada ato comportamental. Foi obtida infestação positiva em 60% dos casos, não se constatando relação entre o sucesso da mesma e o tamanho parasito/ hospedeiro. Ficou evidente o comportamento ativo de A. trysibia na busca pelo hospedeiro no posicionamento de espera, ao fundo, com movimentos do corpo.
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Análise gravimétrica e magnetométrica da Região Sul da Província Costeira do Rio Grande do Sul, setor sudoeste da Bacia de Pelotas

Rosa, Maria Luiza Correa da Camara January 2009 (has links)
A composição do embasamento e as principais estruturas presentes na porção sudoeste, emersa, da Bacia de Pelotas foram investigadas através dos métodos geofísicos potenciais de gravimetria e magnetometria. A área de estudo, situada na porção sul da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, é formada por fácies sedimentares quaternárias pertencentes a sistemas deposicionais do tipo laguna-barreira e leques aluviais. Na região conhecida como Banhado do Taim, as barreiras pleistocênicas encontram-se segmentadas. Essa segmentação foi caracterizada, em trabalhos anteriores, como sendo resultado da ocorrência, no local, de um paleovale inciso. Por este motivo, essa área foi selecionada como alvo para um melhor detalhamento. A aquisição dos dados foi realizada em duas escalas, uma de reconhecimento regional, com estações a cada 5 km, e um detalhamento na região do Banhado do Taim, com estações a cada 1 km. Os dados foram processados e interpretados em um sistema de informações geográficas. No contexto regional foram identificadas três grandes anomalias gravimétricas e magnéticas (Lagoa Mirim, Rio Grande e Lineamento Jaguarão). Essas anomalias representam feições do embasamento geradas e/ou reativadas no rifteamento que deu origem à Bacia de Pelotas.Além disso, foram verificadas variações litológicas e a presença de um magmatismo (mesozóico) significante, confirmando a caracterização da Bacia de Pelotas como uma margem vulcânica Na área de detalhe, foi constatada uma anomalia gravimétrica negativa (Anomalia Taim) na mesma posição do paleovale inciso, junto a qual ocorrem eixos de anomalias magnéticas. Esses eixos foram interpretados como fraturas preenchidas por intrusões de rochas básicas. Entre essas fraturas ocorre uma depressão no relevo do embasamento, a qual se estende para leste e para norte da área alvo. A partir desta constatação, propõe-se a existência de um controle da herança geológica no posicionamento da segmentação existente na região do Banhado do Taim. A constatação desse controle é uma contribuição à consideração da herança geológica como um fator presente na evolução da Bacia de Pelotas, inclusive condicionando a distribuição dos sistemas deposicionais mais recentes. A feição detalhada localiza-se a oeste do Cone do Rio Grande, e pode ser considerada uma zona de passagem de sedimentos que contribuíram na sua sedimentação. Estudos futuros que busquem a continuidade destes condutos na plataforma continental poderiam auxiliar a busca de reservatórios de hidrocarbonetos na Bacia de Pelotas. Dados provenientes de outros métodos devem ser futuramente integrados para complementar e testar a hipótese aqui proposta. / The composition and the main basement structures present in the southwestern, emerged portion of the Pelotas Basin were investigated through the geophysical gravity and magnetic methods. The study area, situated in the south region of Rio Grande do Sul Coastal Plain, is formed by quaternary sedimentary facies belonging to barrier-lagoon and alluvial fan depositional systems. In the region known as "Banhado do Taim" the Pleistocene barriers are segmented. Previous studies have associated this segmentation with the occurrence, in the local, of a palaeo incised valley. This area was selected for a more detailed investigation in this study. The geophysical data were acquired in two scales, one for regional characterization, with stations every 5 km and other, in the Banhado do Taim area, with stations every 1 km. The data were processed and interpreted into a geographic information system. In the regional context three gravity and magnetic anomalies have been identified (Lagoa Mirim, Rio Grande and Jaguarão Lineament). These anomalies represent basement features generated and/or reactivated during the rifting that originated the Pelotas Basin. Moreover, lithologic variations and a significant magmatism (mesozoic) were verified, confirming Pelotas Basin characterization as a volcanic margin In the Banhado do Taim area a negative gravity anomaly (Taim Anomaly) was identified, in the same position of the palaeo incised valley, next to which axles of magnetic anomalies occurs. These axles were interpreted as fractures filled up with basic intrusions. Among these fractures there is a low in the basement relief which extends toward east and north of the Banhado do Taim area. This study proposes the existence of a geologic inheritance control in the palaeo incised valley position at the Banhado do Taim area. Geologic inheritance has probably been an important factor controlling the evolution of the Pelotas Basin, also conditioning the distribution of the more recent depositional systems. The palaeo incised valley area is situated at the west of Rio Grande Cone, a huge geologic feature of Pelotas Basin, and can be considered as a zone of sediment transference that has contributed to the cone sedimentation. Future studies, searching for the continuity of this sediment transference zone into the continental shelf, could help hydrocarbons reservoirs exploration in Pelotas Basin. Data from other methods must be integrated in the future to complement and to test the hypothesis proposed in this study.
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Interpretação sismoestratigráfica e geonorfologia sísmica do Cone de Rio Grande, Bacia de Pelotas

Castillo López, Luis Antonio January 2009 (has links)
O Cone de Rio Grande constitui uma feição sedimentar, localizada na margem continental sudeste do Brasil, posicionada na porção offshore da Bacia de Pelotas e com grande potencial petrolífero. Esta feição geomorfológica caracteriza-se como um sistema profundo dominado por folhelhos e argilitos e presença subordinada de areia, formada no Mioceno ao Holoceno, com a geração de seus elementos estruturais, estratigráficos e geomorfológicos. A interação desses elementos pode-se obter por meio da interpretação e análises geofísicas (sismoestratigrafia). A interpretação sismoestratigráfica de todos esses elementos, utilizada no presente trabalho, permitiu desenhar um modelo aproximado dos corpos geológicos encontrados no subsolo, os quais não podem ser mapeados com técnicas diretas, pelo que a prospecção e análises geofísicas foi fundamental para construir imagem das diferentes geoformas, utilizando as ferramentas geofísicas e computacionais neste estudo geológico. A análise estrutural de dados permite indicar a grande influência e reativação de pelo menos três fases tectônicas: sistemas de falhamento normal, sistema inverso e falhamento transcorrente, posterior ao estágio da margem divergente da Bacia de Pelotas. Esta etapa é condicionada pela evolução da margem sudeste do Brasil, compreendendo um sistema isolado, que sugere que a tectônica no Cone tem sido controlada pela tectônica distensiva, com pulsos compressivos, devido a respostas da competência rochosa da geoforma, o aporte sedimentar, carregamento litostático e conseqüente subsidência sedimentar e tectônica. A integração entre os dados geofísicos, estratigrafia de seqüências e a tectônica possibilitou o modelamento e a visualização do Cone de Rio Grande dando lugar a uma geoforma com alternância de controle estrutural, aporte sedimentar e a subsidência. Além disso, esta abordagem sobre modelagem e visualização do Cone de Rio Grande possibilitou estabelecer uma aproximação espacial de algumas feições geomorfológicas e modelamento do Cone de Rio Grande em 3-D. / Rio Grande Cone is located on southeast margin of the Atlantic Ocean, in the Pelotas Basin, comprising a large sedimentary feature located with oil potential. This geomorphology feature can be characterized like a depth system comprised by mudstone and shale presence with some sand contribution. From Miocene to Holocene were established structural, stratigraphy and geomorphology elements and their element interaction could be obtained from interpretation and geophysics analyses (Seismostratigraphy). Sismostratigraphy interpretation developed in this work provides the necessary information to obtain an approximated model from a geological body located into subsurface, which can not be mapped with direct techniques. Different geoforms were acquired by means of images produced by the seismic prospection and geophysics analyses, comprising powered tools in geological study. With the structural analyses was possible to determine the tectonic influence showing three tectonic phases: Normal system faults, reverse system and transcurrent faulting, after post rift Pelotas Basin that is associated to the evolution of the southeast Brazilian margin and comprised an isolated system that suggest that tectonic include the tensional and compressive pulses, due to geoforms character, lithostatic and rock competence and subsidence. Geophysical integration with sequence stratigraphy and tectonic were very important to the modeling and visualization of the Rio Grande Cone like a geoform with alternance of tectonic control, sedimentary supply and eustasy. Also, this study about 3-D modeling and visualization of Rio Grande Cone permitted the spatial approximation of features located hundred of meters in subsurface.
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Descrição osteológica de materiais cranianos e pós-cranianos de Prestosuchus Chiniquensis (Archosauria, Rauisuchia) do mesotriássico do RS (biozona Dinodontosaurus, formação Santa Maria) e considerações filogenéticas sobre os Rauissúquios

Mastrantonio, Bianca Martins January 2010 (has links)
A presente Tese apresenta uma descrição osteológica craniana e pós-craniana detalhada de um novo espécime (UFRGS-PV0629T) de rauissúquio (ARCHOSAURIA, CRUROTARSI), proveniente da Biozona de Dinodontosaurus (Mesotriássico) da Formação Santa Maria, Bacia do Paraná, Rio grande do Sul. Nesta descrição, utilizou-se a metodologia clássica de observação e descrição das feições anatômicas, ilustração e comparação com os materiais descritos para P. chiniquensis e outros táxons atribuídos a Rauisuchia. Para analisar as relações entre UFRGSPV0629T e os demais rauissúquios foi utilizada, como ponto de partida, a matriz elaborada por Brusatte et al. (2010), por ser a mais abrangente e incluir o maior número de táxons para rauissúquios. Antes da inclusão do espécime UFRGS-PV0629T na matriz, os caracteres utilizados foram analisados um a um e, eventualmente, modificados ou suprimidos. A nova matriz resultante, com 56 táxons e 185 caracteres, foi então analisada, utilizando-se os parâmetros-padrão (10mil replicações, hold = 100) utilizados pelo Programa PAUP∗v.4.0b10, o mesmo utilizado por Brusatte et al. (2010). O resultado da análise confirmou a relação entre UFRGS-PV0629T e Prestosuchus chiniquensis como grupos-irmãos, com 100 % de ocorrência nas árvores obtidas, corroborando o que foi observado durante a descrição comparada. A partir disto, concluiu-se que UFRGS-PV0629T representa o mais completo representante do táxon Prestosuchus chiniquensis existente até o momento (e um dos mais completos entre todos os rauissúquios), o que aumenta significativamente o conhecimento sobre a anatomia do mesmo, além de fornecer subsídios para futuras análises filogenéticas (envolvendo este táxon e outros rauissúquios) e ainda para estudos relacionados à possibilidade de existência de dimorfismo sexual e/ou variação ontogenética para esta espécie. As modificações introduzidas na matriz original de Brusatte et al. (2010) resultaram no colapso da maioria dos agrupamentos ali formados para os rauissúquios, sugerindo que será necessário ainda um maior aporte de dados – principalmente oriundos de descrições osteológicas detalhadas - referentes aos táxons desse grupo, para que seja possível estabelecer uma filogenia consistente para o mesmo. / This thesis presents a detailed osteological description of the cranium and post-cranium of a new specimen (UFRGS-PV0629T) of a rauisuchian (ARCHOSAURIA, CRUROTARSI) from the Dinodontosaurus Assemblage Zone (Middle Triassic) of the Santa Maria Formation, Paraná Basin, Rio Grande do Sul. In the osteological description, the classic methodology of observation, description, illustration and comparison with the published materials of P. chiniquensis (Huene, 1942 and UFRGS-PV0629T) and other taxa attribute to Rauisuchia was applied. To test the phylogenetic position of the specimen UFRGS-PV0629T inside the Rauisuchia Clade and its possible attribution to Prestosuchus chiniquensis, it was used the matrix of Brusatte et al. (2010), which includes the greater number of characters and rauisuchian taxa among all analyses ever made for this group. Before the insertion of the specimen UFRGSPV0629T in the matrix, the characters were analysed one-by-one and, eventually, modified or suppressed. The new resulting matrix, with 56 taxa and 185 characters, was analysed using the software PAUP ∗v.4.0b10 and the same parameters (10.000 replications, hold = 100) used by Brusatte et al. (2010). The result of the analysis have confirmed the relationship between UFRGS-PV0629T and Prestosuchus chiniquensis as sister-taxa, with 100 % of occurrence in the obtained cladograms, thus corroborating that was observed during the compared description. In this way, UFRGS-PV0629T represents the most complete known specimen of Prestosuchus chiniquensis, being one of the most complete among all rauisuchian, what significantly increases the knowledge about its anatomy, besides to furnish support for future phylogenetic studies involving Rauisuchia. Additionally, the anatomical information obtained from P. chiniquensis can be used in morphological studies related to sexual dimorphism and ontogenetic variation of this species. The changes introduced in the matrix of Brusatte et al. (2010) resulted in the collapse of most clades within Rauisuchia presented in that strict consensus tree, which suggests that additional data regarding to this group – especially coming from detailed osteological descriptions – is required to support a robust phylogeny to this group.
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Evolução do magmatismo neoproterozóico registrado nos ortognaisses Cerro Bori, cinturão Dom Feliciano no Uruguai

Lenz, Cristine January 2010 (has links)
Dados de geoquímica de elementos maiores e traços, isótopos de Sm-Nd e Pb-Pb, além de idades U-Pb em zircão (SHRIMP) possibilitaram o entendimento da evolução magmática e tectônica dos Ortognaisses Cerro Bori, Domínio Leste do Cinturão Dom Feliciano no Uruguai durante do Ciclo Orogênico Brasiliano. Os Ortognaisses Cerro Bori são compostos por gnaisses tonalíticos e granodioriticos, que envolvem boudins de gnaisses máficos, com composição de diorito gabróico e diorito. Essas rochas intrudiram os Paragnaisses Chafalote e ambas as unidades foram afetadas por m metamorfismo de alto grau (alta P e T) e intensa deformação. Os ortognaisses foram separados em três grupos, Tipo I, II e III. O Tipo I é composto de gnaisses máficos com afinidade toleítica e assinatura de magmas de um back-arc transicional. Idades U-Pb em zircão (SHRIMP) foram obtidas em cinco amostras desse grupo, nos quais zircões com zonação oscilatória revelaram idades de cristalização dessas rochas entre 794 ± 8 Ma e 771 ± 6 Ma. O Tipo II é composto principalmente por gnaisses tonalíticos, com afinidade cálcio alcalina e assinatura geoquímica de magmas de um arco magmático continental. Idades foram obtidas em cinco amostras e zircões com zonação oscilatória revelaram idades de cristalização entre 802 ± 12 Ma e 786 ± 9 Ma. O Tipo III é composto por gnaisses máficos ricos em biotita e características geoquímicas de rochas potássicas a utrapotássicas. Uma população de zircões foi encontrada em uma amostra, resultando em uma idade de 767 ± 9 Ma. Tipo I, II e III tem valores negativos de ƐND (entre -2.12 e -6.67) e idades antigas de TDM (entre 1.2 e 2.0 Ga), indicando processos de assimilação crustal/contaminação associada á cristalização fracionada na formação destas rochas. Uma configuração do tipo arco andino é sugerido para essa associação de rochas, com a região do arco próxima a região do back-arc. Magmas máficos foram encontrados associados aos Ortognaisses do Cerro Bori, com idades entre 659 e 637 Ma. A idade de 659 ± 5 Ma é provavelmente a melhor estimativa do pico metamórfico da região, em decorrência do espessamento crustal da colisão. A idade da fusão parcial foi determinada através de bordas nos zircões do Tipo I, II e III, em 654 ± 3 Ma. Magmas pós colisionais são representadas por rocha de composição gabróica e idade de 647 ± 7 Ma, com assinatuira geoquímica de um magma tipo E-Morb. Idades de 637 ± 4 Ma foram encontradas num magma com afinidade cálcioalcalina alto K a shoshonítica, caracterizando o período pós-colisional da região. / Geochemistry of major and trace elements, Sm-Nd and Pb-Pb isotopic composition and UPb zircon ages (SHRIMP) led to the understanding of tectonic and magmatic evolution of the Cerro Bori orthogneisses, Eastern Domain of the Dom Feliciano Belt in Uruguay, during the Brasiliano Orogenic Cycle. The Cerro Bori orthogneisses are composed of tonalitic and granodioritic gneisses which involve boudins of mafic gneisses, with composition of gabbroic diorite and diorite. These rocks intruded the Chafalote paragneisses and both units were affected by a high grade metamorphic event (high P and T) and intense deformation. The orthogneisses were separated into three groups, based on gechemical and isotopic data, Type I, II and III. Type I is composed of mafic gneisses with tholeiitic affinity and signature of transitional back-arc magmas. U-Pb zircon ages (SHRIMP) were obtained in five samples of this group, in which zircons with oscillatory zoning reveal crystallization ages between 794 ± 8 Ma and 771 ± 6 Ma Type II is composed mainly of tonalitic gneiss with cal-alkaline affinity with and geochemical signature of continental magmatic arc rocks. Ages were obtained in five samples and zircons with oscillatory zoning reveal crystallization ages between 802 ± 12 Ma and 786 ± 9 Ma Type III is composed of biotite rich mafic gneiss with geochemical characteristics of potassic to utrapotassic rocks. A population of zircon was found in one sample, resulting in an age of 767 ± 9 Ma. Type I, II and III have negative values of ƐND (between -2.12 and - 6.67) and old TDM ages (between 1.2 and 2.0 Ga), indicating processes of crustal assimilation/ contamination associated to fractional crystallization in the generation of these rocks. An Andean type arc setting is suggested for these rocks, with an arc setting near the back-arc. Younger mafic rocks were found as well in associated to the ortogneisses Cerro Bori (between 659 and 637) Ma. They can occur as boudins, in the tonalitic and granodioritic gneiss or as dikes. The mafic rocks as boudins have ages of 659 ± 5 Ma, an typpical metamorphic zircons replect a crystallization near the peak, beeing this probably the best estimate of metamorphic peak age. Later partial melting event was determined on zircon rims of the Type I, II and III rocks, in 654 ± 3 Ma. The dikes represent post-collisional magmas. Geochemical signatures of an E-Morb were found in the mafic granulite dike, crystallized at 647 ± 7 Ma. The amphibolite has characteristics of a high-K calc-alkaline to shoshonitic magma, crystallized at 637 ± 4 Ma and characterizing the post-collisional setting. The emplacement of these dikes was possibly related to the shear zones found in the area.

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