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EDUCAÇÃO AMBIENTAL E BIOPOTÊNCIA COMO PROCESSOS INTERCONSTITUINTES: POTENCIALIZANDO OUTROS MODOS DE EXISTÊNCIASVIEIRAS, R. R. 18 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-18 / A pesquisa realizada em um campus do Instituto Federal do Espírito Santo,
localizado no município de Colatina/ES, procurou acompanhar processos
relacionados com as práticas em torno da Educação Ambiental produzida nos
cotidianos dessa instituição, observando como esses processos se articulam em
composições curriculares. Defende a Educação Ambiental como uma dimensão
vital que enseja outras formas de existir e se relacionar, aproximando-a da noção
de cuidado de si , teorizada por Michel Foucault, e da noção de biopotência
pensada por Peter Pál Pelbart. Discute o processo de institucionalização da
Educação Ambiental como também a proposta de Ambientalização Curricular
ensejada/organizada nos últimos tempos. Problematiza a produção de
subjetividades impetradas pelo capitalismo e as formas de resistências a partir
do processo de produção de outras subjetividades. Realiza uma aposta
metodológica na cartografia e em seus princípios rizomáticos por desenvolver
múltiplas conexões entre diferentes elementos presentes nessa rede complexa
e transversalizada em que se encontra a Educação Ambiental. Essa perspectiva
metodológica implica um ethos procedimental que articula diferentes
instrumentos de produção de dados, como imagens, entrevistas/conversas e
observação empírica. O estudo é atravessado pela reflexão sobre o crime
socioambiental na bacia do Rio Doce, suas implicações no cotidiano da
escola/instituição pesquisada e as formas de resistências que foram
engendradas. Articula o cuidado de si com a produção de subjetividades
pensada por Félix Guattari e Gilles Deleuze e sua relação com uma proposta
ético-política e filosófica da Educação Ambiental. Nas considerações, percebe
diferentes movimentos nos cotidianos da instituição, muitos deles
protagonizados por discentes, o que infere um descompasso com determinados
discursos estereotipados tanto das escolas quanto dos jovens nelas presentes,
e encontra uma Educação Ambiental produzida e mobilizada a partir de uma
rede de afetos, mas que precisa ser potencializada e inserida em diferentes
processos formativos.
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"O fascismo ainda está cá dentro", ou a escrita como combate em A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe.Figueiredo, Annie Tarsis Morais 29 February 2016 (has links)
Submitted by Deise Lorena Araújo (deiselorena@uepb.edu.br) on 2016-08-10T18:37:17Z
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Previous issue date: 2016-02-29 / This dissertation studies the writing of character-narrator Mr. Silva, and the battle fought
against the fascist ways within us and in the world. Discussing contemporaneity and
biopolitics (Negri, 2001; Agamben, 2002; Safatle, 2015) through Portuguese author valter
hugo mãe's a máquina de fazer espanhóis (2011) demands an understanding of the space
occupied by the elderly (Debert, 1999; Navarro-Swain, 2003; Brum, 2010), as well as the
Portugueses' lieu (Lourenço, 2001; Reis, 2004) in the current sociopolitical conjecture. The
writing is marked by a plurality of discourses about the past Salazar era, about old age, and about the current status of things in what is still called democracy. Biopotency is creation, the concrete transformation of a possibility in the midst of life's expiration and confinement.
Thus, Mr. Silva's writing presents the condition of those seen as abject, who live in the ―social backstages‖, spaces reserved to them because of the individualization model connected to the specific life forms produced by the norm and power systems. Hence, the hypothesis is that all this writing/production/fabrication of an old man confined in an asylum becomes a criticism and an alert about fascist ways, also pointing its opposite, which is the profound relationship with the other, and the transformation of a war machine (Deleuze, 1997) into a revolutionary imperative constituted by life potency, which in this case is the writing. This way, a time collectively shared is taken as a counterpoint to the banality of the hate for one another. / Esta dissertação se ocupa da escrita do narrador-personagem Sr. Silva e o combate travado
contra os modos fascizantes que há em nós e no mundo. Abordar o contemporâneo e a
biopolítica (Negri, 2001; Agamben, 2002; Safatle, 2015) através d‘a máquina de fazer
espanhóis (2011), do autor português valter hugo mãe, requer a compreensão do lugar dos
velhos (Debert, 1999; Navarro-Swain, 2003; Brum, 2010;), bem como dos portugueses
(Lourenço, 2001; Reis, 2004) na conjuntura sócio-política atual. A escritura é marcada por
uma pluralidade de discursos sobre o passado salazarista, sobre a velhice e sobre o atual
estado das coisas dentro do que ainda se chama democracia. A biopotência é a criação, a
transformação concreta de um possível em meio ao esgotamento e ao confinamento da vida,
desse modo, a escrita de Sr. Silva presentifica a condição dos que são vistos como abjetos,
que vivem nos ―bastidores do social‖, espaços que lhes são reservados devido ao modelo de
individualização, modelo este conectado às formas de vida específicas produzidas pelos
sistemas de normas e poder. A hipótese, então, é a de que toda essa
escrita/produção/fabricação do velho dentro do asilo perfaz uma crítica e um alerta aos modos
fascizantes, porém apontando sempre seu avesso que é a relação profunda com o outro e a
criação de uma máquina de guerra (Deleuze, 1997) em devir-revolucionário constituída de
potência de vida, que neste caso, é a escrita. Dessa maneira, um tempo voltado ao coletivo é
requisitado em contraponto à banalidade do ódio ao outro.
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A biopolítica no contexto da microjustiça de medicamentos no Estado do Rio de Janeiro: a potência da vida para uma ética de cuidadoMayernyik, Marcelo de Almeida 12 September 2017 (has links)
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TESE_MARCELO.MAYERNYIK_VERSÃO.FINAL.pdf: 2684171 bytes, checksum: 0f58c64a11267f042717eaad623a6249 (MD5) / A judicialização da política de medicamentos oncológicos de alto custo, fruto da complexidade da vida e das relações humanas, suscita questões de ordem econômica, social e política, que efluem de uma cadeia de eventos que envolvem o cidadão, o sistema de saúde e o sistema de justiça, no contexto da microjustiça de medicamentos oncológicos de alto custo, que, por sua vez, perpassa todas as etapas sucessórias de um contencioso, ou seja, desde o início do conflito, o manejo, até o seu desfecho, mobilizando diversos protagonistas que agem e deliberam, em uma dinâmica consecutiva de decisões que impactam diretamente e determinam o cuidado produzido com o cidadão-vulnerado. Neste sentido, tornou-se relevante a operacionalização de uma pesquisa que procurasse desvelar, compreender e contrastar as distintas percepções, sentidos, argumentos e modos de agir, dos diversos protagonistas envolvidos nesses litígios, bem como as suas intencionalidades e contribuições para a defesa da vida e para a promoção de um cuidado resolutivo em saúde. O objetivo geral deste estudo foi investigar a ideia de cuidado estabelecido com o cidadão-vulnerado, na perspectiva dos representantes do Judiciário e do Executivo, à luz da biopolítica, para compreender a dinâmica entre a política da vida e a política sobre a vida, e, entre a biopotência e o biopoder, que se expressam na microjustiça de medicamentos. Os participantes dessa pesquisa são profissionais, do sistema de justiça ou do sistema de saúde, envolvidos, direta ou indiretamente, nos cinco processos-casos selecionados entre os anos 2012 e 2014, julgados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cujo pleito era medicamentos oncológicos de alto custo. A operacionalização desta investigação contou com três etapas distintas e sucessivas: a exploração inicial dos argumentos processuais, categorizando as partes de acordo com a afinidade argumentativa, através da dialética, para a elaboração e personalização do roteiro de entrevista; o trabalho de campo, com a aplicação do roteiro para entrevista semiestruturada junto aos participantes; e, a apresentação dos resultados, análise e discussão, que integra, metodologicamente, a dialética, a análise da retórica, o fluxograma descritor e a abordagem qualitativa em profundidade. De acordo com os resultados, observa-se a adoção de distintos parâmetros éticos, contrários ou complementares, tais como os parâmetros de uma ética biomédica, centrada na medicalização; uma ética de mercado, centrada na mercantilização da doença ou da vida; uma ética utilitarista, centrada na maximização do bem-estar comum; ou, propriamente, uma ética de cuidado, centrada na defesa da vida e do direito à saúde; os quais fundamentam a argumentação e orientam o agir deliberativo dos protagonistas envolvidos, podendo promover a potência da vida pelo exercício de uma política em defesa da vida, quando o cuidado produzido é reconhecidamente resolutivo, expressando um compromisso ético com a vida qualificada; ou, podendo promover a potência de morte pelo exercício de uma política sobre a vida, quando, em defesa de interesses avessos a um cuidado singular, os atos resultam em uma assistência insatisfatória e ineficiente ou, na pior das hipóteses, resultam em desassistência, acelerando ou contribuindo para a finitude da vida. Deste modo, conclui-se que todo cuidado é ético, pois toda a ação dos envolvidos, comprometidos com o cuidado, é orientada por parâmetros éticos, mas nem todo cuidado é reconhecido como ético, pois pode resultar na satisfação de interesses divergentes aos propostos nos pactos de cuidados estabelecidos entre os profissionais e o cidadão.
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(In)VERSÕES POLÍTICO-ESCATOLÓGICAS NO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO Uma análise da posição e ação política das Assembleias de Deus de 1930-1945 e 1978-1988 a partir do jornal Mensageiro da Paz / "(In) versions political-scatological in the brazilian pentecostalism: an analysis of the position and political action of the Assemblies of God"CARVALHO, OSIEL LOURENÇO DE, 04 March 2016 (has links)
Submitted by Noeme Timbo (noeme.timbo@metodista.br) on 2016-08-12T16:57:01Z
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Previous issue date: 2016-03-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research analyzed the political position and action in the Assemblies of God of Brazil in the periods 1930-1945 and 1978-1988. We defend the thesis that since 1930 there within the Brazilian Pentecostalism positions and interventions in the world of politics. In both the 1930-1945 period and the 1978-1988 our analyzes will be carried out from the time frames discussed by Giorgio Agamben: chronos, Aion is kairos. With regard to the first period 1930-1945, research almost always binding on the eschatological discourse of Pentecostalism alienation processes and not involved with party politics. However, it is believed that the eschatological narratives were not sure because of remoteness of the Brazilian public sphere, but the effect of the exclusion of processes to which men and women belonging Pentecostal been circumscribed. Doctrines such as eschatology and pneumatology were potentiating processes that here we call biopotency. In the second period, from 1978-1988, the position and political action that prevailed in Pentecostalism were related to biopolitics. Call intermedário chapter or transition the corresponding period the dates 1946-1977. We will describe and analyze prominent Pentecostal personalities in the field of Brazilian politics. Methodologically, we did our analysis from articles published in the official communication of the religious denomination concerned, the Messenger Journal of Peace. This newspaper circulates since 1930. In addition to the articles also highlight the authors and authors, all of them and all of them leading figures in assembleianismo. During the research question the idea of the Pentecostal apoliticism. We defend the thesis that since 1930, which is the beginning of our research, there are political position and action in the Assemblies of God. As a result, we question the idea of the Pentecostal apoliticism. Our hypothesis is that in the period 1930-1945 Pentecostalism was a center of biopotency. If biopolitics is the power over life, biopotency is the power of life. Doctrines such as eschatology and pneumatology contributed to the marginal spaces where they met the Pentecostals were created new models of sociability and cooperation; They were also spaces to create other narratives and criticism of hegemonic and exclusive models. Pentecostalism was a movement that promoted the human dignity of subaltern subjects. / A presente pesquisa analisou a posição e ação política nas Assembleias de Deus do Brasil nos períodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 há no interior do pentecostalismo brasileiro posições e intervenções no mundo da política. Tanto no período de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas análises serão realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, aiôn e kairos. No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.
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Escola: as minas e os manos têm a palavra.Jovino, Ione da Silva 24 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-24 / The research has for main objective the relationship estabilisered between the black
hip-hopper students and formal education. It seeks, from a Foucault style reference, the
construction of the language, visions, feelings and significations that the young hip-hoppers
associate with school. Describing itself as a study that attempts to stand between formal
education and the hip-hop culture, this dissertation may contribute to the debate of hip-hop
as a power, as a escape route for the black and poor youngsters. It also shows how hip-hop,
as a culture apart has commenced such a skirmish for cultural positions within the school
and has dislocated power arrangements. / A pesquisa tem como objetivo principal a investigação das relações que se
estabelecem entre alunos negros pertencentes ao movimento hip hop e a escolarização
formal. O estudo visa, a partir de um referencial Foucaultiano, a construção das falas,
visões, sentidos e significados que jovens negros hip hoppers atribuem à escola.
Caracterizando-se como um estudo que busca a interposição entre a escolaridade formal e
as práticas culturais dos hip hoppers, essa dissertação busca contribuir para a discussão do
hip hop como potência, como forma de fazer fugir aos lugares estabelecidos para os jovens
pobres, negros, de periferia. Pretende-se também mostrar como o hip hop, cultura marginal,
tem desencadeado um jogo de posições culturais dentro da escola e deslocado disposições
de poder.
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A biopolítica no contexto da microjustiça de medicamentos no Estado do Rio de Janeiro: a potência da vida para uma ética de cuidadoMayernyik, Marcelo de Almeida January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017 / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Saúde Coletiva / A judicialização da política de medicamentos oncológicos de alto custo, fruto da complexidade da vida e das relações humanas, suscita questões de ordem econômica, social e política, que efluem de uma cadeia de eventos que envolvem o cidadão, o sistema de saúde e o sistema de justiça, no contexto da microjustiça de medicamentos oncológicos de alto custo, que, por sua vez, perpassa todas as etapas sucessórias de um contencioso, ou seja, desde o início do conflito, o manejo, até o seu desfecho, mobilizando diversos protagonistas que agem e deliberam, em uma dinâmica consecutiva de decisões que impactam diretamente e determinam o cuidado produzido com o cidadão-vulnerado. Neste sentido, tornou-se relevante a operacionalização de uma pesquisa que procurasse desvelar, compreender e contrastar as distintas percepções, sentidos, argumentos e modos de agir, dos diversos protagonistas envolvidos nesses litígios, bem como as suas intencionalidades e contribuições para a defesa da vida e para a promoção de um cuidado resolutivo em saúde. O objetivo geral deste estudo foi investigar a ideia de cuidado estabelecido com o cidadão-vulnerado, na perspectiva dos representantes do Judiciário e do Executivo, à luz da biopolítica, para compreender a dinâmica entre a política da vida e a política sobre a vida, e, entre a biopotência e o biopoder, que se expressam na microjustiça de medicamentos. Os participantes dessa pesquisa são profissionais, do sistema de justiça ou do sistema de saúde, envolvidos, direta ou indiretamente, nos cinco processos-casos selecionados entre os anos 2012 e 2014, julgados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cujo pleito era medicamentos oncológicos de alto custo. A operacionalização desta investigação contou com três etapas distintas e sucessivas: a exploração inicial dos argumentos processuais, categorizando as partes de acordo com a afinidade argumentativa, através da dialética, para a elaboração e personalização do roteiro de entrevista; o trabalho de campo, com a aplicação do roteiro para entrevista semiestruturada junto aos participantes; e, a apresentação dos resultados, análise e discussão, que integra, metodologicamente, a dialética, a análise da retórica, o fluxograma descritor e a abordagem qualitativa em profundidade. De acordo com os resultados, observa-se a adoção de distintos parâmetros éticos, contrários ou complementares, tais como os parâmetros de uma ética biomédica, centrada na medicalização; uma ética de mercado, centrada na mercantilização da doença ou da vida; uma ética utilitarista, centrada na maximização do bem-estar comum; ou, propriamente, uma ética de cuidado, centrada na defesa da vida e do direito à saúde; os quais fundamentam a argumentação e orientam o agir deliberativo dos protagonistas envolvidos, podendo promover a potência da vida pelo exercício de uma política em defesa da vida, quando o cuidado produzido é reconhecidamente resolutivo, expressando um compromisso ético com a vida qualificada; ou, podendo promover a potência de morte pelo exercício de uma política sobre a vida, quando, em defesa de interesses avessos a um cuidado singular, os atos resultam em uma assistência insatisfatória e ineficiente ou, na pior das hipóteses, resultam em desassistência, acelerando ou contribuindo para a finitude da vida. Deste modo, conclui-se que todo cuidado é ético, pois toda a ação dos envolvidos, comprometidos com o cuidado, é orientada por parâmetros éticos, mas nem todo cuidado é reconhecido como ético, pois pode resultar na satisfação de interesses divergentes aos propostos nos pactos de cuidados estabelecidos entre os profissionais e o cidadão. / The judicialization of politics of high cost oncological drugs, result of the complexity of life and human relations, raises issues of an economic, social and political order, which emanate from a chain of events involving the citizen, the health system and the justice system, in the context of the microjustice of high cost oncological drugs, which, in turn, runs through all successive stages of a litigation, that is, from the beginning of the conflict, handling, until its denouement, mobilizing several protagonists who act and deliberate, in a consecutive dynamics of decisions that directly impact and determine the care produced with the vulnerable citizen. In this sense, it became relevant to operationalize a research that seeks to unveil, understand and contrast the different perceptions, meanings, arguments and ways of acting, the various protagonists involved in these health litigations, as well as their intentions and contributions for the defense of life and for the promotion of resolutive health care. The general objective of this study was to investigate the idea of care established with the vulnerable citizen, from the perspective of the representatives of the Judiciary and the Executive, in the light of biopolitics, to understand the dynamics between politics of life and politics about life, and, between biopotency and biopower, which are expressed in the microjustice of drugs (medicines). The participants in this research are professionals, the justice system or the health system, involved, directly or indirectly, in the five lawsuits-cases selected between the years 2012 and 2014, judged in the second instance by the Court of Justice of Rio de Janeiro, whose demand was high cost oncology drugs. The operation of this investigation had three distinct and successive stages: the initial exploration of arguments of lawsuits, categorizing the parts according to argumentative affinity, through the dialectic, for the elaboration and personalization of the interview script; the fieldwork, with the application of the script for semi-structured interview with the participants; and, the presentation of results, analysis and discussion, which integrates, methodologically, the dialectic, rhetorical analysis, descriptive flowchart and qualitative approach in depth. According to the results, it is observed the adoption of different ethical parameters, contraries or complementary, such as the parameters of a biomedical ethics, centered in the medicalization; an ethics of market, centered on the commodification of disease or life; a utilitarian ethics, centered on the maximization of the common welfare; or, properly, an ethics of care, centered on the defense of life and the right to health; which ground the argument and guide the deliberative action of the protagonists involved, being able to promote the power of life by the exercise of a policy in defense of life, when the care produced is recognized as resolutive, expressing an ethical commitment to a qualified life; or, by promoting the power of death through the exercise of a politics about life, when, in defense of interests that are averse to singular care, the acts result in unsatisfactory and inefficient care or, at worst, result in lack of assistance, accelerating or contributing to the finitude of life. That way, it is concluded that all care is ethical, since all the action of those involved, committed to care, is guided by ethical parameters, but not all care is recognized as ethical, as it can result in the satisfaction of interests divergent from those proposed in the pacts of care established between professionals and the citizen.
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A biopolítica no contexto da microjustiça de medicamentos no Estado do Rio de Janeiro: a potência da vida para uma ética de cuidadoMayernyik, Marcelo de Almeida January 2017 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-10-26T14:06:28Z
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Previous issue date: 2017 / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Saúde Coletiva / A judicialização da política de medicamentos oncológicos de alto custo, fruto da complexidade da vida e das relações humanas, suscita questões de ordem econômica, social e política, que efluem de uma cadeia de eventos que envolvem o cidadão, o sistema de saúde e o sistema de justiça, no contexto da microjustiça de medicamentos oncológicos de alto custo, que, por sua vez, perpassa todas as etapas sucessórias de um contencioso, ou seja, desde o início do conflito, o manejo, até o seu desfecho, mobilizando diversos protagonistas que agem e deliberam, em uma dinâmica consecutiva de decisões que impactam diretamente e determinam o cuidado produzido com o cidadão-vulnerado. Neste sentido, tornou-se relevante a operacionalização de uma pesquisa que procurasse desvelar, compreender e contrastar as distintas percepções, sentidos, argumentos e modos de agir, dos diversos protagonistas envolvidos nesses litígios, bem como as suas intencionalidades e contribuições para a defesa da vida e para a promoção de um cuidado resolutivo em saúde. O objetivo geral deste estudo foi investigar a ideia de cuidado estabelecido com o cidadão-vulnerado, na perspectiva dos representantes do Judiciário e do Executivo, à luz da biopolítica, para compreender a dinâmica entre a política da vida e a política sobre a vida, e, entre a biopotência e o biopoder, que se expressam na microjustiça de medicamentos. Os participantes dessa pesquisa são profissionais, do sistema de justiça ou do sistema de saúde, envolvidos, direta ou indiretamente, nos cinco processos-casos selecionados entre os anos 2012 e 2014, julgados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cujo pleito era medicamentos oncológicos de alto custo. A operacionalização desta investigação contou com três etapas distintas e sucessivas: a exploração inicial dos argumentos processuais, categorizando as partes de acordo com a afinidade argumentativa, através da dialética, para a elaboração e personalização do roteiro de entrevista; o trabalho de campo, com a aplicação do roteiro para entrevista semiestruturada junto aos participantes; e, a apresentação dos resultados, análise e discussão, que integra, metodologicamente, a dialética, a análise da retórica, o fluxograma descritor e a abordagem qualitativa em profundidade. De acordo com os resultados, observa-se a adoção de distintos parâmetros éticos, contrários ou complementares, tais como os parâmetros de uma ética biomédica, centrada na medicalização; uma ética de mercado, centrada na mercantilização da doença ou da vida; uma ética utilitarista, centrada na maximização do bem-estar comum; ou, propriamente, uma ética de cuidado, centrada na defesa da vida e do direito à saúde; os quais fundamentam a argumentação e orientam o agir deliberativo dos protagonistas envolvidos, podendo promover a potência da vida pelo exercício de uma política em defesa da vida, quando o cuidado produzido é reconhecidamente resolutivo, expressando um compromisso ético com a vida qualificada; ou, podendo promover a potência de morte pelo exercício de uma política sobre a vida, quando, em defesa de interesses avessos a um cuidado singular, os atos resultam em uma assistência insatisfatória e ineficiente ou, na pior das hipóteses, resultam em desassistência, acelerando ou contribuindo para a finitude da vida. Deste modo, conclui-se que todo cuidado é ético, pois toda a ação dos envolvidos, comprometidos com o cuidado, é orientada por parâmetros éticos, mas nem todo cuidado é reconhecido como ético, pois pode resultar na satisfação de interesses divergentes aos propostos nos pactos de cuidados estabelecidos entre os profissionais e o cidadão / The judicialization of politics of high cost oncological drugs, result of the complexity of life and human relations, raises issues of an economic, social and political order, which emanate from a chain of events involving the citizen, the health system and the justice system, in the context of the microjustice of high cost oncological drugs, which, in turn, runs through all successive stages of a litigation, that is, from the beginning of the conflict, handling, until its denouement, mobilizing several protagonists who act and deliberate, in a consecutive dynamics of decisions that directly impact and determine the care produced with the vulnerable citizen. In this sense, it became relevant to operationalize a research that seeks to unveil, understand and contrast the different perceptions, meanings, arguments and ways of acting, the various protagonists involved in these health litigations, as well as their intentions and contributions for the defense of life and for the promotion of resolutive health care. The general objective of this study was to investigate the idea of care established with the vulnerable citizen, from the perspective of the representatives of the Judiciary and the Executive, in the light of biopolitics, to understand the dynamics between politics of life and politics about life, and, between biopotency and biopower, which are expressed in the microjustice of drugs (medicines). The participants in this research are professionals, the justice system or the health system, involved, directly or indirectly, in the five lawsuits-cases selected between the years 2012 and 2014, judged in the second instance by the Court of Justice of Rio de Janeiro, whose demand was high cost oncology drugs. The operation of this investigation had three distinct and successive stages: the initial exploration of arguments of lawsuits, categorizing the parts according to argumentative affinity, through the dialectic, for the elaboration and personalization of the interview script; the fieldwork, with the application of the script for semi-structured interview with the participants; and, the presentation of results, analysis and discussion, which integrates, methodologically, the dialectic, rhetorical analysis, descriptive flowchart and qualitative approach in depth. According to the results, it is observed the adoption of different ethical parameters, contraries or complementary, such as the parameters of a biomedical ethics, centered in the medicalization; an ethics of market, centered on the commodification of disease or life; a utilitarian ethics, centered on the maximization of the common welfare; or, properly, an ethics of care, centered on the defense of life and the right to health; which ground the argument and guide the deliberative action of the protagonists involved, being able to promote the power of life by the exercise of a policy in defense of life, when the care produced is recognized as resolutive, expressing an ethical commitment to a qualified life; or, by promoting the power of death through the exercise of a politics about life, when, in defense of interests that are averse to singular care, the acts result in unsatisfactory and inefficient care or, at worst, result in lack of assistance, accelerating or contributing to the finitude of life. That way, it is concluded that all care is ethical, since all the action of those involved, committed to care, is guided by ethical parameters, but not all care is recognized as ethical, as it can result in the satisfaction of interests divergent from those proposed in the pacts of care established between professionals and the citizen
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