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Genética geográfica de Hymenaea stigonocarpa (Fabaceae) / Geographic genetic of Hymenaea stigonocarpa (Fabaceae)Braga, Ramilla dos Santos 29 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Hymenaea stigonocarpa é uma espécie amplamente distribuída nas regiões do Cerrado brasileiro. Em função de diferenças morfológicas nas folhas, a literatura reconhece três variedades botânicas para esta espécie. Essas variedades são: H. stigonocarpa var. stigonocarpa, com folhas lisas; H. stigonocarpa var. pubescens, com folhas pilosas e H. stigonocarpa var. brevipetiolata, apresentando pecíolo curto, com folhas lisas ou pilosas. O conhecimento da divergência genética intervarietal e análise da estrutura genética espacial é interessante para entender o comportamento dessa espécie em subpopulações naturais e como os processos microevolutivos atuam na organização da sua variabilidade genética. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o nível de diferenciação genética existente entre as variedades botânicas, a magnitude da variabilidade genética entre e dentro as subpopulações de H. stigonocarpa, bem como o padrão espacial da variabilidade genética encontrada. Para tanto, foram realizadas expedições de coleta em regiões do Cerrado, onde amostrou tecido foliar de 32 subpopulações de H. stigonocarpa, num total de 1.034 indivíduos. A variabilidade genética foi acessada por meio de nove locos microssatélites, em que todas as subpopulações foram caracterizadas geneticamente por meio das estatísticas descritivas. A divergência genética entre variedades foi avaliada com a AMOVA, técnicas de agrupamento multivariadas e inferência Bayesiana. A estrutura genética foi estimada dentro e entre as 32 subpopulações de H. stigonocarpa. Estatísticas espaciais foram realizadas para avaliar a existência de padrões espaciais na variabilidade genética. Além disso, análises de complementariedade genética foram utilizadas para selecionar subpopulações potenciais para conservação. Os nove locos microssatélites foram polimórficos, apresentando níveis moderados de diversidade genética. A AMOVA revelou divergência genética considerável entre as variedades botânicas e aliada às análises de agrupamento indica que a variedade brevipetiolata é a mais diferente geneticamente quando comparado às variedades stigonocarpa e pubescens, que formaram um único grupo. As 32 subpopulações apresentaram baixa endogamia (f= 0,082; p<0,01), mas considerável diferenciação genética entre populações (FST= 0,161; p<0,01) e alta endogamia total (FIT= 0,230; p<0,01). Junto à estatística RST, que foi igual a 0,221 e significativa ao nível de 1% percebe-se que a mutação e deriva genética são importantes para a estruturação genética nesta espécie. As estatísticas espaciais foram obtidas para 30 subpopulações, pois a variedade brevipetiolata foi fortemente diferenciada sobre as demais e assim foi retirada destas análises. O teste de Mantel mostrou uma correlação matricial baixa, porém significativa (rm= 0,239; p=0,0014) entre distância geográfica e o FST par a par. O correlograma de Mantel identificou um padrão clinal na diferenciação genética, sugerindo que as subpopulações se comportam num modelo de isolamento por distância. A autocorrelação espacial, quantificada pelo índice I de Moran, foi baixa nas frequências alélicas entre os pares de subpopulações em cada classe de distância, gerando um correlograma médio sem padrão espacial nítido (rm=0,053; p=0,0005). O algoritmo de Monmonier identificou possíveis barreiras genéticas entre as subpopulações do extremo Norte do Cerrado, mas que precisam ser avaliadas com cautela. A complementariedade genética identificou 16 subpopulações que representam toda a variabilidade genética encontrada para a espécie nos locos avaliados e que foram selecionadas como prioritárias para conservação. As informações obtidas com este trabalho mostram que as estratégias reprodutivas da espécie são importantes para a conectividade genética entre subpopulações a longas distâncias, causando uma fraca estruturação genética espacial. Assim, é sugerido que não apenas o espaço esteja atuando na diferenciação genética, mas outros processos estocásticos. Além disso, a divergência genética entre variedades botânicas torna-se um componente importante para entender a sua estrutura genética, em que este trabalho traz um conhecimento relevante para estudos taxonômicos de H. stigonocarpa, podendo ser mais uma evidência para delimitação de espécies. / Hymenaea stigonocarpa é uma espécie amplamente distribuída nas regiões do Cerrado brasileiro. Em função de diferenças morfológicas nas folhas, a literatura reconhece três variedades botânicas para esta espécie. Essas variedades são: H. stigonocarpa var. stigonocarpa, com folhas lisas; H. stigonocarpa var. pubescens, com folhas pilosas e H. stigonocarpa var. brevipetiolata, apresentando pecíolo curto, com folhas lisas ou pilosas. O conhecimento da divergência genética intervarietal e análise da estrutura genética espacial é interessante para entender o comportamento dessa espécie em subpopulações naturais e como os processos microevolutivos atuam na organização da sua variabilidade genética. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o nível de diferenciação genética existente entre as variedades botânicas, a magnitude da variabilidade genética entre e dentro as subpopulações de H. stigonocarpa, bem como o padrão espacial da variabilidade genética encontrada. Para tanto, foram realizadas expedições de coleta em regiões do Cerrado, onde amostrou tecido foliar de 32 subpopulações de H. stigonocarpa, num total de 1.034 indivíduos. A variabilidade genética foi acessada por meio de nove locos microssatélites, em que todas as subpopulações foram caracterizadas geneticamente por meio das estatísticas descritivas. A divergência genética entre variedades foi avaliada com a AMOVA, técnicas de agrupamento multivariadas e inferência Bayesiana. A estrutura genética foi estimada dentro e entre as 32 subpopulações de H. stigonocarpa. Estatísticas espaciais foram realizadas para avaliar a existência de padrões espaciais na variabilidade genética. Além disso, análises de complementariedade genética foram utilizadas para selecionar subpopulações potenciais para conservação. Os nove locos microssatélites foram polimórficos, apresentando níveis moderados de diversidade genética. A AMOVA revelou divergência genética considerável entre as variedades botânicas e aliada às análises de agrupamento indica que a variedade brevipetiolata é a mais diferente geneticamente quando comparado às variedades stigonocarpa e pubescens, que formaram um único grupo. As 32 subpopulações apresentaram baixa endogamia (f= 0,082; p<0,01), mas considerável diferenciação genética entre populações (FST= 0,161; p<0,01) e alta endogamia total (FIT= 0,230; p<0,01). Junto à estatística RST, que foi igual a 0,221 e significativa ao nível de 1% percebe-se que a mutação e deriva genética são importantes para a estruturação genética nesta espécie. As estatísticas espaciais foram obtidas para 30 subpopulações, pois a variedade brevipetiolata foi fortemente diferenciada sobre as demais e assim foi retirada destas análises. O teste de Mantel mostrou uma correlação matricial baixa, porém significativa (rm= 0,239; p=0,0014) entre distância geográfica e o FST par a par. O correlograma de Mantel identificou um padrão clinal na diferenciação genética, sugerindo que as subpopulações se comportam num modelo de isolamento por distância. A autocorrelação espacial, quantificada pelo índice I de Moran, foi baixa nas frequências alélicas entre os pares de subpopulações em cada classe de distância, gerando um correlograma médio sem padrão espacial nítido (rm=0,053; p=0,0005). O algoritmo de Monmonier identificou possíveis barreiras genéticas entre as subpopulações do extremo Norte do Cerrado, mas que precisam ser avaliadas com cautela. A complementariedade genética identificou 16 subpopulações que representam toda a variabilidade genética encontrada para a espécie nos locos avaliados e que foram selecionadas como prioritárias para conservação. As informações obtidas com este trabalho mostram que as estratégias reprodutivas da espécie são importantes para a conectividade genética entre subpopulações a longas distâncias, causando uma fraca estruturação genética espacial. Assim, é sugerido que não apenas o espaço esteja atuando na diferenciação genética, mas outros processos estocásticos. Além disso, a divergência genética entre variedades botânicas torna-se um componente importante para entender a sua estrutura genética, em que este trabalho traz um conhecimento relevante para estudos taxonômicos de H. stigonocarpa, podendo ser mais uma evidência para delimitação de espécies.
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Variabilidade genética populacional em variedades botânicas de Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae): estratégias para conservação no cerrado / Variability in population genetic’s botanical varieties of Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae): strategies for conservation in the cerradoRodrigues, Eduardo Borges 11 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-11 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Due to constant degradation, populations of plants in the Cerrado may be losing
genetic variability, thereby them to stay in their natural habitat may be compromised.
Aiming to generate useful genetic information for the implementation of conservation
programs in situ and ex situ to Hancornia speciosa Gomes (mangabeira), this study
aimed to evaluate the genetic structure of populations in H. speciosa occurring in the
Cerrado, contributing to the knowledge genetic and spatial patterns related to
geographic distribution and genetic differentiation between botanical varieties. In the
first chapter it evaluated the magnitude of genetic diversity levels four botanical
varieties of the species, and also the genetic divergence between them. As a result,
it was observed that there is a high genetic diversity (He = 0.636), the assessed loci.
The average values of genetic diversity observed heterozygosity, inbreeding
coefficient intrapopulation and allelic richness were not significant, showing that there
is no difference of these genetic parameters compared the botanical varieties of H.
speciosa. And despite the variation between varieties to be significant (FCT = 0.027;
p = 0.017) greater differentiation is between populations within varieties (FSC =
0.104; p <0.001) and in independent populations of varieties (FST = 0.131; p <0.001).
The variety H. speciosa var. speciosa presents with the botanical variety genetically
most divergent, then the variety H. speciosa var. cuyabensis. Phenotypic plasticity
may be contributing to differentiate between botanical varieties. In the second
chapter, the genetic variability within and among populations of H. speciosa
throughout the Brazilian Cerrado was evaluated and, if there is spatial pattern of
genetic variability on a regional scale, along the geographical distribution of the
species. As a result, it was observed that populations have high genetic variability and
significant inbreeding (f = 0.103) due crosses between unrelated individuals. The
genetic differentiation between populations was moderate to high, but significant (θ
= 0.126; RST = 0.253). The differentiation of populations occurred as a result of
isolation by distance. Populations with distance up to 280m were more similar than
expected by chance. There were significant signs of genetic bottleneck for some
natural populations of mangabeira. In the third chapter, it was shown as conservation
planning procedures can be used to establish optimal strategies of conservation in
situ and ex situ of a single species, using H. speciosa, a species widely distributed in
the Brazilian Cerrado, as a case study. Nine populations were selected as priorities for
conservation in situ and another seven were considered ideals in addition to the
genetic variability of the germplasm collection of the Universidade Federal de Goiás. / Devido à constante degradação, as populações de plantas no Cerrado podem estar
perdendo variabilidade genética, com isso, a permanência delas em seu habitat
natural pode ser comprometida. Visando gerar informações genéticas úteis para a
implantação de programas de conservação in situ e ex situ para Hancornia speciosa
Gomes (mangabeira), este trabalho teve como objetivo geral avaliar a estrutura
genética nas populações de H. speciosa com ocorrência no Cerrado, contribuindo para
o conhecimento dos padrões genéticos e espaciais relacionados à distribuição
geográfica e diferenciação genética entre as variedades botânicas. No primeiro
capítulo foi avaliada a magnitude dos níveis de diversidade genética de quatro
variedades botânicas da espécie, e ainda, a divergência genética entre elas. Como
resultado, foi observado que existe elevada variabilidade genética (He = 0,636), nos
locos avaliados. Os valores médios de diversidade genética, heterozigosidade
observada, coeficiente de endogamia intrapopulacional e riqueza alélica não foram
significativos, demonstrando que não há diferença desses parâmetros genéticos
quando comparadas as variedades botânicas de H. speciosa. E apesar da variação
entre variedades ser significativa (FCT = 0,027; p = 0,017) a maior diferenciação está
entre populações dentro de variedades (FSC = 0,104; p < 0,001) e em populações
independentes das variedades (FST = 0,131; p < 0,001). A variedade H. speciosa var.
speciosa se apresenta com a variedade botânica geneticamente mais divergente,
seguida da variedade H. speciosa var. cuyabensis. A plasticidade fenotípica pode estar
contribuindo para diferenciação entre as variedades botânicas. No segundo capítulo,
foi avaliada a variabilidade genética dentro e entre populações de H. speciosa em todo
Cerrado brasileiro, bem como, se existe padrão espacial da variabilidade genética em
uma escala regional, ao longo da área de distribuição geográfica da espécie. Como
resultado, foi observado que as populações possuem alta variabilidade genética e
endogamia significativa (f = 0,103), devido os cruzamentos entre indivíduos
aparentados. A diferenciação genética entre as populações foi de moderada a alta,
porém significativa (θ = 0,126; RST = 0,253). A diferenciação das populações ocorreu
em decorrência do isolamento por distância. As populações com distância de até 280m
foram mais semelhantes que o esperado ao acaso. Houve sinais significativos de
gargalo genético para algumas populações naturais de mangabeira. No terceiro
capítulo, foi demonstrado como procedimentos de planejamento de conservação
podem ser utilizados para estabelecer estratégias ótimas de conservação in situ e ex
situ de uma única espécie, utilizando H. speciosa, uma espécie amplamente
distribuída no Cerrado brasileiro, como um estudo de caso. Nove populações foram
selecionadas como prioritárias para conservação in situ e outras sete foram
consideradas ideais para complementar a variabilidade genética da coleção de
germoplasma da Universidade Federal de Goiás.
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