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A persona rapper de Criolo inscrita em canções de Nó na Orelha

ZOTELI, W. G. 30 May 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:44:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9874_dissertação WALLAS GOMES ZOTELI.pdf: 1032896 bytes, checksum: 9b9687f24c85122c75d510b98967b964 (MD5) Previous issue date: 2016-05-30 / Criolo autorrefere-se, com recorrência, como rapper/MC; trata-se da alcunha que, dentre outras atreladas a sua persona pública, melhor resgata e sublinha sua atuação no cenário do rap paulistano. Fundou a Rinha dos MCs, atuou na produção cinematográfica Profissão MC (2009), lançou o álbum independente de canções de rap Ainda Há Tempo (2006); e pontuam-se esses fatos a título de exemplo. No entanto, quando lança o álbum Nó na Orelha (2011), o que se ouve nas canções é um cuidadoso trabalho com melodias e dicções identificadas com outros gêneros musicais que não o rap, e isso se diz com maior ênfase em relação a cinco das dez faixas ali disponibilizadas; nelas, pretende-se investigar como o rap está inscrito e como o título de rapper mantém-se e atualiza-se. Articulam-se, como referencial teórico basilar, contribuições conceituais de Paul Zumthor (1993; 2010; 2014), Ruth Finnegan (2008), Simon Frith (1996), dentre outros. Assume-se a palavra cantada como objeto de estudos da performance, o que por seu turno torna-se passível de interesse em estudos literários; desse modo, conforme a abordagem zumthoriana, compreende-se canção no espectro abrangente da poesia oral, é tratada como obra e performance em meios auditivos, em sua complexa articulação na tríade textomúsica-performance, sem esquecer da voz e do reconhecimento de gênero nesses meandros. É do escopo desta dissertação defender que a persona conceito ancorado em Carl Jung (1981) e Marcel Mauss (2003) rapper de Criolo está inscrita não só nas cinco canções de rap, mas também nas outras cinco em aparência menos identificadas com tal gênero. Portanto, do corpus coligido da audição do álbum em questão, foca-se nas cinco obras reconhecidas aqui como canções não-rap: Bogotá; Não Existe Amor em SP; Freguês da Meia-noite; Samba Sambei; Linha de Frente. Nelas, busca-se sublinhar elementos performáticos, no âmbito da palavra cantada, que demarcam a inscrição da persona/atitude rapper em outras estéticas musicais. Coteja-se pontualmente o corpus em foco com obras de outros cancionistas representantes de variados estilos e gêneros musicais para elaborar explicitações mais contundentes para reforçar afirmações interpretativas registradas em cada uma das leituras apresentadas.
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Culturas infantis = crianças brincando na rua e em uma pré-escola na cidade da Praia (Cabo Verde) / Peer culture in the early years : children playing on the street and at a preschool in Praia city (Cabo Verde)

Santos, Dijanira Noemy Vieira Lopes dos 12 March 2010 (has links)
Orientador: Ana Lúcia Goulart de Faria / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-17T04:43:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_DijaniraNoemyVieiraLopesdos_M.pdf: 1745982 bytes, checksum: 02f41cea5f62a56bea45d302724ddd74 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Este estudo etnográfico teve como propósito a observação e reflexão sobre as brincadeiras de crianças nas ruas, como também as realizadas no cotidiano de um jardim infantil na cidade da Praia, capital de Cabo Verde - África. A pertinência deste estudo se insere no coletivo de produções acadêmicas com criticas ao colonialismo, que vem sendo empreendidas no Brasil e em nível internacional sobre infâncias e crianças, pequenas e grandes, fundamentadas nos referenciais teóricos da Sociologia da Infância na busca incessante de notar as crianças como sujeitos de direito, produtoras de cultura, e protagonistas da construção social, histórica e cultural. A pesquisa envolveu crianças de diversas idades, com enfoque para as de zero a seis anos. Dentre os procedimentos metodológicos adotados para análises constam: documentos escritos, entre eles, poemas e textos literários, no intuito de compreender a infância caboverdiana a partir das múltiplas representações sociais; entrevistas (história oral) com homens e mulheres caboverdianos sobre suas infâncias; observações nos espaços da rua e de um jardim de infância, para devidas anotações no caderno de campo; e imagens fotográficas e filmagens. Ao longo da investigação foi possível observar que a rua constitui-se também como espaço de educação, onde crianças de idades diferentes interagem reproduzindo, inventando, imitando e produzindo as culturas infantis. Essas ações se entrecruzam com o pertencimento de origem - língua materna (crioulo caboverdiano), música, gastronomia, dança, contexto geográfico, e outros artefatos ressignificados num encontro entre o novo e o legado deixado por gerações anteriores. Com isso verifica-se que culturas infantis denotam uma hibridação nas diversas formas em que meninos e meninas apropriam-se de repertórios de brinquedos e brincadeiras, universalmente conhecidos. A rua torna-se, então, um dos lugares privilegiado de socialização de crianças pequenas em Cabo Verde, estejam elas participando ou não, de jogos e de brincadeiras na interação com os pares, crianças maiores e adultos, e também, sozinhas. A presença de crianças com menos de seis anos, bebês, confirmou a hipótese inicial de que elas estariam na rua, ainda que no colo de alguém. O espaço da rua, de acordo com a pesquisa, se evidencia como espaço da resistência para os pequenos que por vezes, em jogos e brincadeiras são preteridos pelas crianças maiores em virtude da idade, tamanho ou destreza física, mas que nem por isso deixam de usufruir desse espaço. Com relação ao jardim de infância, a pesquisa revelou que, com crianças dos quatro aos cinco anos, a cultura se manifesta na construção de ações com significados partilhados, mesmo sob o controle dos adultos, demonstrando a coexistência de relações de poder, conflitos, solidariedade entre os pares nas suas reproduções e criações. Em suma, é possível, a partir deste estudo na África, afirmar concordando com pesquisas realizadas em outros continentes, que é na produção das culturas infantis que as crianças entre elas, e com os adultos e adultas formulam e mostram sua interpretação da sociedade que as cercam. / Ruzumu: Kel studu itinografiku li, djobi ozerba y rafleti brinkaderas di mininus na rúa y n'un járdin di mininus na sidadi di Práia, kapital di Kabu Verdi - Afrika. Kel studu e'nportánti, djuntu k'otus ki ta kritika kolonialismu, ki stá fazedu na Brazil y otus kabu sobri nfansia y mininus, pikinóti ku grándi, finkadu na Susiologia di Nfansia, ta buska mostra mininus sima algén di diretu ki ta fazi kultura y ta partisipa na kunstruson susial, di stória y di kultura. N'es piskiza staba mininus di txeu idadi, ku distaki na kês más pikinóti. Pa kelá uzadu algun prusidimentu métudolojiku: puema y téxtu ku obijetivu di ntendi nfansia kauberdianu dentu di si riprizentason; ntrivista (stória oral) d'ómis y mudjeris sóbri sis mininésa; ozerbason na rúa y n'un járdin di mininus, pa pódi rajista na kadernu di kampu; y fotu ku filmaji. Kel nvistigason li mostra ma rúa e' un kabu d'idukason, pundi mininus di kalker idadi ta rapruduzi, inventa, imita y fazi sis kultura. Pa fazi tudu es kuza, es ka ta poi di ladu sis lingua (kriolu kauberdianu), múzika, kumida, dansa, lugar y obijetu ki es ta da otu siginifikadu. Ku kelí t'odjadu ma kultura ki mininus ta fazi ten mustura di brinkadera y brinkedu konxedu n'otus kabu. Rúa e' di kês kabu ki mininus pikinóti na Kabu Verdi ta prendi, s'es partisipa o nau na djogu ku brinkadera ku kolegas, minis grándi y algen grándi, y es sô. Ipotizi ma ta atxada mininus pikinóti, ki ten menus di sais ánu, na rua ta krinka kaba pa konfirma. Rúa, podi flá, ma e' un kabu di razistensia pa mininus pikinóti, ki mésmu kês ka dexa-s brinka pamodi sis idadi, tamanhu o forsa, es ta kontinua na rúa. Na járdin di nfansia piskiza ta mostra ma mininus di kuátu ku sinku ánu ta fazi kultura ku siginifikadu ki es ta dividi entri es, mésmu ki algen grándi stá ta kontrola-s, es ta mostra ma na kuza k'es ta fazi ta atxadu rilason di puder, di prublemas y di djunta-mon. Purtántu, ta partidu di kel studu li ki fazedu na Afrika, ki ta kondorda ku kes otus ki fazedu na otus kontinenti pa flá ma oras ki mininus ta brinka, fazi sis kultura es ku es, y ku algen grándi es ta mostra sis manera d'odja susiedadi ki es ta vivi. / Abstract: The purpose of this ethnographic study is to observe and reflect on the games that are played by children in the streets, as well as those played in a kindergarten in Praia, capital city of Cape Verde, Africa. The pertinence of this study is based on the group of academic productions that criticize the colonialism that has been carried out in Brazil, and around the world, related to childhood and children, young or older, based on theoretical references of Sociology of Childhood in the continuous search to identify the children as right-holders, who produce culture and who play a leading role in social, historical, and cultural construction. This survey has included children of different ages, especially those between zero and six years old. The methodological procedures adopted for the analysis are: written documents such as poems and literary texts, in order to understand Cape Verdean childhood from the several social representations; interviews (oral history) with Cape Verdean women and men about their childhood; observations in the street and in a kindergarten, written down in the notebook; and pictures and films. Throughout the survey, it was possible to observe that the streets are also an educational place where children of different ages can interact, reproduce, create, imitate, and produce childhood cultures. These actions cross mutually with original belonging - mother tongue (cape Verdean creole), music, gastronomy, dance, geographical context, and other re-significant artefacts where new things meets the legacy of past generations. Therefore, it is possible to verify that childhood cultures denote an interbreeding in the different ways that girls and boys catch hold of the universally known repertories of toys and plays. The street becomes a privileged place for young children socialization in Cape Verde, even participating or not, a place of games and plays, a place to interact with the partners, older children and adults, and also alone. The presence of children under six (babies) has confirmed the initial hypothesis: that they would be in the streets, even carried by someone else. According to the survey, the street is a place of resistance for those small ones that sometimes are excluded by older children due to their age, height, or physical skill. However this does not stop them from enjoying this space. With regard to kindergarten, the survey has proved that, in relation to children between four and five years old, the culture is revealed in the construction of actions with shared meanings, even when controlled by adults, revealing the coexistence of relations of power, conflicts, and solidarity between the partners in their reproduction and creation. To sum up, from this study in Africa, it is possible to confirm and agree with the surveys carried out in other continents that it is in the production of childhood cultures that the kids, and with the adults, create and show their interpretation of the society that surround them. / Mestrado / Ciencias Sociais na Educação / Mestre em Educação
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Aprendizado do forrageamento e desenvolvimento da dieta de potros

Bolzan, Anderson Michel Soares January 2016 (has links)
O conhecimento dos mecanismos de pastejo dos equinos em pastos nativos é fator relevante para a melhor compreensão das relações dos animais com a complexidade da vegetação, possibilitando a otimização das funções ecossistêmicas e viabilização da criação. Com este propósito, foi avaliado por meio de monitoramento contínuo, o comportamento ingestivo de seis potros ao pé de éguas Crioulas, do nascimento aos 130 dias de idade, com intervalos 15 dias. Os animais foram divididos em duas manadas, manejadas em pastoreio contínuo, com oferta de forragem não-limitante, em pastagem natural do Bioma Pampa, região de Campos de solos rasos, Santana do Livramento, RS. Foram verificadas as relações e fatores de influência no aprendizado de pastejo do potro. O monitoramento contínuo por observação direta permitiu avaliar instantaneamente os bocados realizados pelos potros, durante quatro horas a partir do amanhecer, e quatro horas antes do anoitecer. Foram realizadas simulações de bocados para estimativa de MS de cada categoria de bocado e taxas de ingestão de MS instantânea dos animais. A composição e diversidade da dieta do potro em relação à mãe e aos pares demonstrou padrões de distanciamento que evidenciam funções definidas com a idade na evolução da herbivoria do potro. Verificaram-se duas fases bem definidas na evolução do pastejo do potro. A primeira fase exploratória, entre 0 e 60 dias, caracterizada pela grande diversidade de bocados e baixa ingestão de MS vegetal. Neste período, a base do aporte nutricional é via amamentação, e evidencia o maior distanciamento entre componentes da dieta de mãe e respectivo potro. O índice de diversidade da dieta do potro é maior que o índice de diversidade da vegetação, o que ratifica o caráter exploratório. A segunda fase, de especialização, inicia a partir dos 60 dias, onde ocorre uma especialização para a função ingestão de MS, preconizada pelo aumento na MS e diminuição na diversidade dos bocados. O grande aumento na ingestão de MS pelo potro entre 60 e 80 dias de vida denota um alinhamento das funções de égua e potro, com os padrões de composição da dieta semelhantes, se estabilizando ao redor de 100 dias. Entretanto, há diferenças entre as dietas dos grupos familiares (égua-potro), confererindo um fator cultural materno filial. A identificação dos períodos e fatores de aprendizagem do potro pode respaldar estratégias de manejo para melhor condução dos métodos de pastoreio dos equinos em ambientes pastoris, especialmente em pastagens naturais com grande biodiversidade, visando contemplar e ampliar funções ecossistêmicas. / Understanding the foraging mechanisms of horses in native pastures is a relevant factor for better comprehending the relationship of those animals in response to the vegetation complexity. It allows for optimizing ecosystem functions and livestock production. The ingestive behavior of six pairs of Criolo mares and foals was evaluated using continuous bite monitoring, from birth to 130 days, in 15 days intervals. The animals were divided in two groups, managed under continuous stocking, with non-limiting herbage allowance, in the shallow soil Pampa Grasslands, in southern Brazil. The relationships between and within pairs, and other influencing factors for the foraging learning process were assessed. The continuous monitoring allowed for evaluating bites for four hours after dawn and four hours before dusk. Bite simulations were done for estimating bite mass for each category, and calculating instantaneous dry matter intake rate. The diverging patterns of the foals’ diet composition and diversity in relation to their dams and to other peers indicated defined functions that varied with age in the evolution of herbivory. Two distinct phases were identified. First, an exploratory phase from 0 to 60 days, characterized by a great diversity of bites with low herbage intake and very distinct from the dam. During this period, milk is the main dietary component, and the diet (herbal) diversity index was larger than the diversity index for the vegetation. A second phase started at 60 days of age, where dry matter intake increased, by a specialization towards less diverse bites, but with higher mass. The large increase in dry matter intake between 60 and 80 days denoted an alignment of the intake functions of the mare and the foal, with similar diet composition, stabilizing at around 100 days. On the other hand, there was a difference on diet composition between family groups, indicating a cultural maternal filial influence. The identification of periods and factors affecting the foraging learning process of the foals can allow for improving pasture management strategies, especially on high-diversity, natural grasslands, contemplating and amplifying ecosystem functions.
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Aprendizado do forrageamento e desenvolvimento da dieta de potros

Bolzan, Anderson Michel Soares January 2016 (has links)
O conhecimento dos mecanismos de pastejo dos equinos em pastos nativos é fator relevante para a melhor compreensão das relações dos animais com a complexidade da vegetação, possibilitando a otimização das funções ecossistêmicas e viabilização da criação. Com este propósito, foi avaliado por meio de monitoramento contínuo, o comportamento ingestivo de seis potros ao pé de éguas Crioulas, do nascimento aos 130 dias de idade, com intervalos 15 dias. Os animais foram divididos em duas manadas, manejadas em pastoreio contínuo, com oferta de forragem não-limitante, em pastagem natural do Bioma Pampa, região de Campos de solos rasos, Santana do Livramento, RS. Foram verificadas as relações e fatores de influência no aprendizado de pastejo do potro. O monitoramento contínuo por observação direta permitiu avaliar instantaneamente os bocados realizados pelos potros, durante quatro horas a partir do amanhecer, e quatro horas antes do anoitecer. Foram realizadas simulações de bocados para estimativa de MS de cada categoria de bocado e taxas de ingestão de MS instantânea dos animais. A composição e diversidade da dieta do potro em relação à mãe e aos pares demonstrou padrões de distanciamento que evidenciam funções definidas com a idade na evolução da herbivoria do potro. Verificaram-se duas fases bem definidas na evolução do pastejo do potro. A primeira fase exploratória, entre 0 e 60 dias, caracterizada pela grande diversidade de bocados e baixa ingestão de MS vegetal. Neste período, a base do aporte nutricional é via amamentação, e evidencia o maior distanciamento entre componentes da dieta de mãe e respectivo potro. O índice de diversidade da dieta do potro é maior que o índice de diversidade da vegetação, o que ratifica o caráter exploratório. A segunda fase, de especialização, inicia a partir dos 60 dias, onde ocorre uma especialização para a função ingestão de MS, preconizada pelo aumento na MS e diminuição na diversidade dos bocados. O grande aumento na ingestão de MS pelo potro entre 60 e 80 dias de vida denota um alinhamento das funções de égua e potro, com os padrões de composição da dieta semelhantes, se estabilizando ao redor de 100 dias. Entretanto, há diferenças entre as dietas dos grupos familiares (égua-potro), confererindo um fator cultural materno filial. A identificação dos períodos e fatores de aprendizagem do potro pode respaldar estratégias de manejo para melhor condução dos métodos de pastoreio dos equinos em ambientes pastoris, especialmente em pastagens naturais com grande biodiversidade, visando contemplar e ampliar funções ecossistêmicas. / Understanding the foraging mechanisms of horses in native pastures is a relevant factor for better comprehending the relationship of those animals in response to the vegetation complexity. It allows for optimizing ecosystem functions and livestock production. The ingestive behavior of six pairs of Criolo mares and foals was evaluated using continuous bite monitoring, from birth to 130 days, in 15 days intervals. The animals were divided in two groups, managed under continuous stocking, with non-limiting herbage allowance, in the shallow soil Pampa Grasslands, in southern Brazil. The relationships between and within pairs, and other influencing factors for the foraging learning process were assessed. The continuous monitoring allowed for evaluating bites for four hours after dawn and four hours before dusk. Bite simulations were done for estimating bite mass for each category, and calculating instantaneous dry matter intake rate. The diverging patterns of the foals’ diet composition and diversity in relation to their dams and to other peers indicated defined functions that varied with age in the evolution of herbivory. Two distinct phases were identified. First, an exploratory phase from 0 to 60 days, characterized by a great diversity of bites with low herbage intake and very distinct from the dam. During this period, milk is the main dietary component, and the diet (herbal) diversity index was larger than the diversity index for the vegetation. A second phase started at 60 days of age, where dry matter intake increased, by a specialization towards less diverse bites, but with higher mass. The large increase in dry matter intake between 60 and 80 days denoted an alignment of the intake functions of the mare and the foal, with similar diet composition, stabilizing at around 100 days. On the other hand, there was a difference on diet composition between family groups, indicating a cultural maternal filial influence. The identification of periods and factors affecting the foraging learning process of the foals can allow for improving pasture management strategies, especially on high-diversity, natural grasslands, contemplating and amplifying ecosystem functions.
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Aprendizado do forrageamento e desenvolvimento da dieta de potros

Bolzan, Anderson Michel Soares January 2016 (has links)
O conhecimento dos mecanismos de pastejo dos equinos em pastos nativos é fator relevante para a melhor compreensão das relações dos animais com a complexidade da vegetação, possibilitando a otimização das funções ecossistêmicas e viabilização da criação. Com este propósito, foi avaliado por meio de monitoramento contínuo, o comportamento ingestivo de seis potros ao pé de éguas Crioulas, do nascimento aos 130 dias de idade, com intervalos 15 dias. Os animais foram divididos em duas manadas, manejadas em pastoreio contínuo, com oferta de forragem não-limitante, em pastagem natural do Bioma Pampa, região de Campos de solos rasos, Santana do Livramento, RS. Foram verificadas as relações e fatores de influência no aprendizado de pastejo do potro. O monitoramento contínuo por observação direta permitiu avaliar instantaneamente os bocados realizados pelos potros, durante quatro horas a partir do amanhecer, e quatro horas antes do anoitecer. Foram realizadas simulações de bocados para estimativa de MS de cada categoria de bocado e taxas de ingestão de MS instantânea dos animais. A composição e diversidade da dieta do potro em relação à mãe e aos pares demonstrou padrões de distanciamento que evidenciam funções definidas com a idade na evolução da herbivoria do potro. Verificaram-se duas fases bem definidas na evolução do pastejo do potro. A primeira fase exploratória, entre 0 e 60 dias, caracterizada pela grande diversidade de bocados e baixa ingestão de MS vegetal. Neste período, a base do aporte nutricional é via amamentação, e evidencia o maior distanciamento entre componentes da dieta de mãe e respectivo potro. O índice de diversidade da dieta do potro é maior que o índice de diversidade da vegetação, o que ratifica o caráter exploratório. A segunda fase, de especialização, inicia a partir dos 60 dias, onde ocorre uma especialização para a função ingestão de MS, preconizada pelo aumento na MS e diminuição na diversidade dos bocados. O grande aumento na ingestão de MS pelo potro entre 60 e 80 dias de vida denota um alinhamento das funções de égua e potro, com os padrões de composição da dieta semelhantes, se estabilizando ao redor de 100 dias. Entretanto, há diferenças entre as dietas dos grupos familiares (égua-potro), confererindo um fator cultural materno filial. A identificação dos períodos e fatores de aprendizagem do potro pode respaldar estratégias de manejo para melhor condução dos métodos de pastoreio dos equinos em ambientes pastoris, especialmente em pastagens naturais com grande biodiversidade, visando contemplar e ampliar funções ecossistêmicas. / Understanding the foraging mechanisms of horses in native pastures is a relevant factor for better comprehending the relationship of those animals in response to the vegetation complexity. It allows for optimizing ecosystem functions and livestock production. The ingestive behavior of six pairs of Criolo mares and foals was evaluated using continuous bite monitoring, from birth to 130 days, in 15 days intervals. The animals were divided in two groups, managed under continuous stocking, with non-limiting herbage allowance, in the shallow soil Pampa Grasslands, in southern Brazil. The relationships between and within pairs, and other influencing factors for the foraging learning process were assessed. The continuous monitoring allowed for evaluating bites for four hours after dawn and four hours before dusk. Bite simulations were done for estimating bite mass for each category, and calculating instantaneous dry matter intake rate. The diverging patterns of the foals’ diet composition and diversity in relation to their dams and to other peers indicated defined functions that varied with age in the evolution of herbivory. Two distinct phases were identified. First, an exploratory phase from 0 to 60 days, characterized by a great diversity of bites with low herbage intake and very distinct from the dam. During this period, milk is the main dietary component, and the diet (herbal) diversity index was larger than the diversity index for the vegetation. A second phase started at 60 days of age, where dry matter intake increased, by a specialization towards less diverse bites, but with higher mass. The large increase in dry matter intake between 60 and 80 days denoted an alignment of the intake functions of the mare and the foal, with similar diet composition, stabilizing at around 100 days. On the other hand, there was a difference on diet composition between family groups, indicating a cultural maternal filial influence. The identification of periods and factors affecting the foraging learning process of the foals can allow for improving pasture management strategies, especially on high-diversity, natural grasslands, contemplating and amplifying ecosystem functions.

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