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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: do fazer mecânico à intencionalidade teórico-metodológica emancipatória / EVALUATION OF SCHOOL LEARNING: the intent to make mechanical theoretical and methodological emancipatoryAzevedo, Raquel de Moraes 30 October 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-10-30 / This dissertation intends to analyze the evaluative process in its relationship with the warranty
of learning with emancipation feature, starting from the pedagogical quality of the diagnoses
of limits and progresses and of the nature of the didactic-methodological interventions carried
out by teachers in initial grades of a public network municipal school in Imperatriz - urban
area. Starting from qualitative referential by making use of the techniques: semi-structured
interview, observation, documental analysis, mixed questionnaire, with the purpose of
characterizing the conceptions that prevail among the researched teachers as for the education,
learning, methodology, evaluation of learning, student and teacher. It also intends to analyze
the correlation of those conceptions amongst themselves and of them with the pedagogical
practice, as well as the teachers' work plans, the evaluation instruments with respect to the
elaboration, correction and redelivery forms, regarding to investigate if such elements
configure a diagnosis-procedural evaluation and yet contemplate the implications of the
teachers' objective conditions in the researched school for the action-reflection-action
exercise, towards the improvement of the pedagogical practice. Permeating the discussions
around the evaluation in its qualitative sense, are Vasconcellos, Hoffmann, Demo and Saul s
ideas, which together with authors like Vygotsky and Giroux provide the bases for the
analysis of the object in study. By the run course, some verifications became evident in the
conceptions and investigated teachers' practices: the conceptions of the subject of the research
present different epistemological focuses, several times a same concept is structured starting
from divergent approaches amongst themselves. However, they can indicate, more than
incoherence, once the rupture with a given referential isn t felt at once, but by successive
approaches. When revoked with the methodological point of view, even if in the level of the
speeches, it is noticed in most cases, difficulties to establish correlation between the concept
and its materialization, above all when this already locates itself in a critical referential. When
confronted with the practice, through direct observation and documental analysis, the
dissonances between concepts of critical-transformer content and the teacher s effective
action are enlarged, committing the diagnosis-procedural dimension of the evaluation. In spite
of the noticed predicaments there are some initiatives that they are already characterized by
the student's daily attendance by occasion of the room activities, mediated by the dialogue, in
the perspective of capturing the hypotheses that the students are having concerning the
contents, altering the classic form of facing the mistakes. In smaller scale, but no less
important certain debureaucratization of the evaluation is noticed, whereas the students have
the opportunity to redo activities, above all production of texts, approaching this way the
established criteria. Considering the objective conditions, above all the ones that refer to the
teacher's right as for the continuous development in school and especially in the network,
although they don't immobilize a pedagogical and evaluative practice of emancipation
tendency, because there is always space for resistance, they commit their desire and even the
initiative already implemented by some of the subjects in that sense. Before that, one proposes
that the Educator's work, that is still differentiated in the network by the supervisor and
educational orientation functions, be ruled by the perspective of the research of the
pedagogical work, subsidizing this way the teachers in the epistemological field, in which is
believed lies the origins of the main observed fragilities, overcoming the pedagogical
activism, what naturally implicates the warranty of the processes of continuous development
of quality for the educators' group, including the Pedagogue, besides the enlargement of the
number of those professionals. / Esta dissertação se propõe analisar o processo avaliativo em sua relação com a garantia da
aprendizagem de caráter emancipatório, a partir da qualidade pedagógica dos diagnósticos de
limites e avanços e da natureza das intervenções didático-metodológicas realizada por
professores em séries iniciais de uma escola da rede pública municipal de Imperatriz zona
urbana. A partir de referencial qualitativo faz uso das técnicas: entrevista semi-estruturada,
observação, análise documental, questionário misto, tendo em vista caracterizar as concepções
que predominam entre os professores pesquisados quanto à educação, aprendizagem,
metodologia, avaliação da aprendizagem, aluno e professor. Propõe-se também a analisar a
correlação dessas concepções entre si e delas com a prática pedagógica, assim como os planos
de trabalho dos professores, os instrumentos de avaliação no que tange à elaboração, formas
de correção e devolutiva, no sentido de investigar se tais elementos configuram uma avaliação
diagnóstico-processual e ainda refletir sobre as implicações das condições objetivas dos
professores na escola pesquisada para o exercício de ação-reflexão-ação, em função do
aperfeiçoamento da prática pedagógica. Permeando as discussões em torno da avaliação em
seu sentido qualitativo, estão as idéias de Vasconcellos, Hoffmann, Demo e Saul, que em
conjunto com autores como Vygotsky e Giroux fornecem as bases da análise do objeto em
estudo. Mediante o percurso feito, algumas constatações tornaram-se evidentes nas
concepções e práticas dos professores investigados: as concepções dos sujeitos da pesquisa
apresentam diferentes enfoques epistemológicos; muitas vezes, um mesmo conceito se
estrutura a partir de abordagens divergentes entre si. No entanto, podem indicar mais que
incoerências, uma vez que a ruptura com um dado referencial não se dá de uma vez, mas por
aproximações sucessivas. Quando encampadas do ponto de vista metodológico, mesmo ainda
no nível das falas, verifica-se, na maioria dos casos, dificuldades em estabelecer correlação
entre o conceito e sua materialização, sobretudo quando este já se situa em um referencial
crítico. Quando confrontadas com a prática, via observação direta e análise documental, as
dissonâncias entre conceitos de teor crítico-transformador e a ação efetiva do professor se
ampliam, comprometendo a dimensão diagnóstico-processual da avaliação. Apesar dos
impasses constatados há algumas iniciativas que já se caracterizam pelo acompanhamento
diário do aluno por ocasião das atividades de sala, mediadas pelo diálogo, na perspectiva de
captar as hipóteses que os alunos estão tendo acerca dos conteúdos, alterando a clássica forma
de encarar o erro. Em menor escala, mas não menos importante, verifica-se certa
desburocratização da avaliação, na medida em que alunos têm a oportunidade de refazer
atividades, sobretudo produção de textos, aproximando-se assim dos critérios estabelecidos.
Considerando as condições objetivas, sobretudo as que se referem ao direito do professor
quanto à formação continuada na escola e especialmente na rede, embora não imobilizem uma
prática pedagógica e avaliativa de cunho emancipatório, pois sempre há espaço para a
resistência, comprometem o desejo e mesmo as iniciativas já implementadas por alguns dos
sujeitos nesse sentido. Diante disso, propõe-se que o trabalho do Pedagogo, que na rede ainda
é diferenciado pelas funções supervisora e de orientação educacional, se paute pela
perspectiva da pesquisa do trabalho pedagógico, subsidiando assim os professores no campo
epistemológico, no qual, acredita-se, residem as origens das principais fragilidades
observadas, superando o ativismo pedagógico, o que naturalmente implica a garantia de
processos de formação continuada de qualidade para o conjunto dos educadores, inclusive
para o Pedagogo, além da ampliação do número desses profissionais.
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O currículo crítico-libertador como forma de resistência e de superação da violência curricular / The critical-releasor curriculum as a form of resistance to curricular violenceGiovedi, Valter Martins 11 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Given the circumstances that I have experienced working as a Philosophy teacher with the High School segment of a public school in the State of São Paulo, there came the need to search for clarification as to the different conflicting situations which systematically came up and still do come up in a school s daily life, which have been causing me to be astonished and in anguish. In the search for an explanation, I have proposed a critical concept to analyze the school s reality: curricular violence. In order to fight back against such violence, I resort to the critical-releasor curriculum and its theoretical-practical categories as alternatives aiming to resist and overcome the de-humanizing practices inherent to the hegemonic curriculum in state public schools. Facing such, this work aims to fundamentally answer the following question: What is the potential of the critical-releasor curriculum as a form of resisting to and overcoming curricular violence? Such key-question suggests three sets of other questions: 1. What is curricular violence? In what dimensions does it concretely manifest itself in a school s daily life? 2. What are the policies conditioning the curricular dynamics of the public schools in the state of São Paulo nowadays? How is curricular violence showing itself in São Paulo State s public schools daily life? 3. What are the principles and theoretical-practical elements offered to us by Paulo Freire s critical-releasor curriculum in order to resist and overcome curricular violence? In order to answer them I have resorted to the following references: Chaui (2006; 2007) in order to understand the concept of violence. To understand what curriculum is and what some of its elements are, I have based myself on Freire (2000a) and Saul (2010b). To build up and propose a concept to curricular violence as a critical category for analyzing the school s daily life, I have relied on Dussel (2002). To systematize the theoretical-practical propositions of the critical-releasor curriculum, I have sought its basis on Paulo Freire, chiefly on his anthropological, ethical, political, and epistemological pre-assumptions, and in their theoretical-practical implications on the curriculum s various aspects (policy, management, method, contents, evaluation, etc). Aiming to analyze the historical-political context involving the ruling hegemonic curriculum in São Paulo State s public network, I have relied on the critical literature denouncing the educational policy which has been implemented in the State of São Paulo since 1995. Seeking to analyze the ways curricular violence shows itself in São Paulo State s public school s daily life, I have made my choice to the methodology of experiences accounts, being mostly backed up by the observations which I carry out on a daily basis at school as a permanent teacher at the network. Expectation is that the curricular violence concept turns out to be suited and relevant for the curriculum s critical theorization. Also, this research is expected to contribute for concept clarification and proposing ways of re-inventing Paulo Freire s legacy, enhancing the critical-transforming praxis of those working or intending to work (whether in the level of public policies or in the level of schools) from the critical-releasor curriculum paradigm / Diante de uma série de experiências vivenciadas por mim na condição de professor de Filosofia, junto ao segmento do Ensino Médio, de uma escola pública do Estado de São Paulo, surgiu a necessidade de buscar explicações para as diferentes situações de conflitos que se têm manifestado sistematicamente no dia-a-dia da escola, e que me vêm causando angústia e perplexidades. Na busca por explicações, proponho um conceito crítico para analisar a realidade da escola: violência curricular. Em contraposição a essa violência, recorro ao currículo crítico-libertador e às suas categorias teórico-práticas como alternativas no sentido de resistir e de superar as práticas desumanizadoras inerentes ao currículo hegemônico das escolas públicas estaduais. Diante disso, esse trabalho procura responder fundamentalmente a seguinte questão: Qual é o potencial do currículo crítico-libertador como forma de resistência e de superação da violência curricular? Essa questão central sugere três grupos de questões: 1. O que é a violência curricular? Em quais dimensões ela se manifesta concretamente no cotidiano da escola? 2. Quais as políticas que condicionam a dinâmica curricular das escolas públicas do Estado de São Paulo no momento atual? Como a violência curricular está se manifestando no cotidiano da escola pública do Estado de São Paulo? 3. Quais os princípios e os elementos teórico-práticos que o currículo crítico-libertador proposto por Paulo Freire nos oferece para resistir e superar a violência curricular? Para respondê-las, recorri aos seguintes referenciais: a Chaui (2006; 2007) para compreender o conceito de violência. Para compreender o que é currículo e alguns de seus elementos constituintes, fundamentei-me em Freire (2000a) e em Saul (2010b). Para construir e propor um conceito de violência curricular, enquanto categoria crítica para analisar o cotidiano da escola, recorri a Dussel (2002). Para sistematizar as proposições teórico-práticas do currículo crítico-libertador, fundamentei-me em Paulo Freire, principalmente em seus pressupostos antropológicos, éticos, políticos e epistemológicos e em suas implicações teórico-práticas nos diversos aspectos do currículo (política, gestão, o método, os conteúdos, a avaliação, etc.). Com o objetivo de analisar o contexto histórico-político que envolve o currículo hegemônico vigente na rede pública do Estado de São Paulo, recorri à literatura crítica que analisa a política educacional que vem sendo implantada no Estado de São Paulo desde 1995. Na busca por analisar as formas pelas quais a violência curricular se manifesta no cotidiano da escola pública paulista, optei pela metodologia de relatos de experiências, amparando-me, sobretudo, nas observações que realizo no dia-a-dia da escola como professor efetivo da rede. A expectativa é de que o conceito de violência curricular mostre-se pertinente e relevante para a teorização crítica do currículo. Além disso, espera-se que essa pesquisa contribua para clarear conceitos e propor modos de re-inventar o legado freireano, fortalecendo a práxis crítico-transformadora daqueles que atuam ou pretendem atuar (seja no nível das políticas públicas, seja no nível da escola) a partir do paradigma do currículo crítico-libertador
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