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Campo organizacional e adoção de Indicação Geográfica (IG): um estudo sobre a produção de cafés especiais no Brasil / Organizational field and adoption of Geographical Indication (GI): A study on the production of specialty coffees in BrazilCarvalho, Josué Pires de 24 February 2017 (has links)
O café se apresenta como uma commodity de grande impacto na produção agrícola e pauta de exportação do Brasil, sendo os Estados de Minas Gerais e São Paulo importantes neste contexto. Entretanto, apesar de o Brasil ser referência mundial na produção de cafés, no que se refere à produção de café especial e de maior valor agregado, ainda se constitui em um grande desafio sua aceitação plena nos principais mercados consumidores. Neste contexto, a adoção de Indicação Geográfica (IGs), se apresenta como um importante indicador para que uma região seja reconhecida formalmente na condição de produtora de cafés diferenciados. Assim, considera-se que a participação do Estado e demais atores envolvidos são fundamentais neste processo. Parte-se para a compreensão de tal fenômeno, pelo enfoque da teoria institucional, considerando o papel de todos os stakeholders bem como os indutores de isomorfismo atuantes no campo organizacional. Neste sentido, o estudo visou a estudar empiricamente essas relações. Para isso, foram realizadas entrevistas em profundidade, análise documental e observação, com os diversos seguimentos dos agentes presentes no campo, e, em especial, em três regiões cafeeiras, quais sejam: Noroeste de Minas e Matas de Minas, no Estado de Minas Gerais e a Alta Mogiana no Estado de São Paulo. As três regiões foram escolhidas por serem as mais representativas e convenientes para o universo de cafés especiais brasileiros e seu elevado grau relativo de desenvolvimento institucional, sendo que duas (Noroeste de Minas e Alta Mogiana) já possuem Indicação Geográfica (IGs) e a terceira (Matas de Minas) está em processo de adoção. Os resultados da pesquisa indicam a experiência longeva da atividade produtiva no Brasil, onde se manifesta a institucionalização de um campo organizacional, como variável fundamental para o aperfeiçoamento do mercado de cafés para uma realidade econômica atual que privilegia qualidade e experiências de consumo diferenciados. O universo dos cafés especiais é, portanto, o locus da construção e desenvolvimento de uma cultura mais do que a mera produção e consumo de uma commodity / Coffee presents itself as a commodity of great impact in the agricultural production and basis of exportation of Brazil, and the states of Minas Gerais and São Paulo are important in this context. However, even though Brazil is a global reference regarding coffee production, when it comes to the production of specialty coffee with higher added value, its full acceptance by the greatest consuming markets is still a challenge. In this context, the adoption of Geographical Indications (GI) is presented as an important indicator for a region to be formally recognized in the condition of producer of differentiated coffees. Therefore, it\'s perceived that the participation of the State and other involved agents is fundamental in this process. It\'s important to understand such situation through the perspective of the institutional theory, considering the role of all stakeholders, just as the inducers of isomorphism present in the organizational field. In this way, the present study aimed at empirically studying these relations. For that, in-depth interviews, documental analyses and observation were conducted with varied segments of the agents present in the field, with emphasis on three coffee producing regions: Noroeste de Minas and Matas de Minas, in the state of Minas Gerais, and Alta Mogiana, in the state of São Paulo. All three regions were selected for being the most representative and most convenient for the universe of specialty Brazilian coffees and their high relative degree of institutional development, considering that two of the areas (Noroeste de Minas and Alta Mogiana) already have Geographical Indication (GI), and the third (Matas de Minas) is currently in the process of adopting it. The results of the research indicate a long-lasting experience of the production activity in Brazil, where the institutionalization of an organizational field is presented as a key variable for the enhancement of the coffee markets for the present economical situation, which privileges differentiated quality and consumption experiences. The universe of specialty coffees is, therefore, much more a locus of construction and development of a culture than of the mere production and consumption of a commodity
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A construção da legitimidade do empreendedor institucional na revitalização dos polos varejistas de ruaSilva, André Luiz Barbosa da 22 February 2017 (has links)
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Att,
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Previous issue date: 2017-02-22 / High street retailers play an important role in the vitality of cities. However, due to market changes and the rapid expansion of direct competitors, their survival has been threatened. One of the strategies to reverse this process is the project of revitalization that aims to raise the attractiveness of the high street retailers. In Brazil, unlike the international context, there is no institutionalized model with specific legislation that allows a cohesive articulation and mobilization for the revitalization process between the public and private sectors. In some Brazilian states, few initiatives have been developed due to the concerns of some retailers in the high street retailers or of organizations outside the field. These retail leaders became institutional entrepreneurs (IE) because they were actors who made strong efforts to modify and structure the organizational field for the street retailers. However, to act as IE these retailers had to build their legitimacy among their peers and later with external institutions. But this process of building legitimacy requires a lot of effort from the IE, otherwise it will not be able to propose the deinstitutionalization of the existing structures in search for new organizational forms. Throughout this context, the main objective of this research is to describe how IE build their legitimacy in fields not yet institutionalized, as is the case of the high street retailers in Brazil, and how these "pre-emergent" fields influence this process. With the proposal to clarify these issues, this research was based on a qualitative approach and applied a multiple case study design. A series of semi-structured interviews were conducted with retailers that acted as institutional entrepreneurs in the revitalization project, totaling eight high street retailers in Brazil. In addition to the interviews, observations, collection, analysis of documents made available by the entrepreneurs and research of secondary data on the web were carried out to add depth to the case studies. Our results showed the difficulties of retail entrepreneurs to raise the degree of maturity of the high street retailers the presentation of a structured project, with collective benefits and with the purpose of increasing local attractiveness, was not sufficient to guarantee the construction of the legitimacy of the retail institutional entrepreneur in its integrity. In addition, our analysis s indicated a strong influence of the precarious degree of institutionalization of the high street retailers in the construction of the legitimacy of the retail institutional entrepreneur (RIE). The high street retailers were positioned in the organizational field in such a poorly structured stage that we have come to call it the “pre-emergent” field. Thus, our research generates contribution to better describe how institutional entrepreneurs retailers sought to build their legitimacy among their peers and towards the other social actors outside the high street retailers. We also contribute to generating managerial recommendations for the high street retailers itself, as well as for public policies to effectively support and even stimulate the high street retailers’ revitalization process and thus avoid the phenomena of degradation in the central areas of cities / Os polos varejistas de rua assumem um papel relevante na vitalidade das cidades. No entanto, devido às mudanças de mercado e a rápida expansão de concorrentes diretos, sua sobrevivência vem sendo ameaçada. Uma das estratégias empregadas no intuito de tentar reverter este processo são representadas por intermédio de projetos de revitalização fundamentados na proposta de elevar a atratividade dos polos de ruas. No Brasil, diferentemente do contexto internacional, não existe um modelo institucionalizado resguardado por uma legislação específica que permita uma articulação e mobilização coesa para o processo de revitalização, viabilizando uma interação positiva entre o setor público e o privado. Em alguns estados brasileiros, algumas iniciativas surgiram em razão de inquietações de alguns varejistas e/ou organizações externas ao campo. Esses líderes varejistas se transformaram em empreendedores institucionais (EI), pois assumiram a condição de atores imbuídos de fortes esforços, a fim de modificar e estruturar o campo organizacional para os polos varejistas de rua. Frente a todo esse esforço estes varejistas precisaram construir a sua legitimidade entre os seus pares e, posteriormente, com instituições externas, caso contrário, não conseguirá propor a desinstitucionalização das estruturas vigentes, em busca de novas formas organizacionais. Dito isto, tem-se como o objetivo principal, nessa pesquisa, ressaltar a oportunidade de descrever como o EI constrói a sua legitimidade em campos ainda não institucionalizados; como são tratados os casos que envolvem os polos de rua no Brasil; e de que maneira estes campos “pré-emergentes” influenciam esse processo. Esta pesquisa fundamentou-se na abordagem qualitativa, aplicando um desenho de estudo de caso múltiplo. Foram realizadas uma série de entrevistas semiestruturadas envolvendo varejistas que atuaram como EI no projeto de revitalização, totalizando oito polos varejistas espalhados pelo Brasil. Também foram realizadas observações, coleta, análise de documentos disponibilizados pelos empreendedores e pesquisa de dados secundários realizados na web, no intuito de agregarem profundidade aos estudos de caso. Os resultados trouxeram à tona amostras das dificuldades encontradas pelos empreendedor institucional varejista (EIV) diante da pretensão de elevarem o grau de maturidade do polo varejista. A apresentação de um projeto estruturado, com benefícios coletivos e com o propósito de ampliar a atratividade local não foram suficientes para garantir a construção da legitimidade do EIV, na sua integridade. Além disso, nossas análises indicaram uma forte influência do precário grau de institucionalização do polo varejista na construção da legitimidade do EIV. Averiguou-se que os polos varejistas estavam posicionados no campo organizacional em um estágio pouco estruturado, a ponto serem caracterizados como campos pré-emergentes. Assim, a nossa pesquisa gera uma contribuição valorativa ao procurar descrever, da melhor forma possível, como os EIV buscaram construir a sua legitimidade entre os seus pares, assim como perante os demais atores sociais externos ao polo. Em outro viés, contribuímos também com o avanço proposto nessa pesquisa ao viabilizar recomendações gerenciais para o próprio polo, e também para que políticas públicas passem a apoiar, de forma efetiva, todo esse processo, estimulando a revitalização de polos, evitando-se, com isso, fenômenos de degradação de áreas centrais das cidades.
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Campo organizacional e adoção de Indicação Geográfica (IG): um estudo sobre a produção de cafés especiais no Brasil / Organizational field and adoption of Geographical Indication (GI): A study on the production of specialty coffees in BrazilJosué Pires de Carvalho 24 February 2017 (has links)
O café se apresenta como uma commodity de grande impacto na produção agrícola e pauta de exportação do Brasil, sendo os Estados de Minas Gerais e São Paulo importantes neste contexto. Entretanto, apesar de o Brasil ser referência mundial na produção de cafés, no que se refere à produção de café especial e de maior valor agregado, ainda se constitui em um grande desafio sua aceitação plena nos principais mercados consumidores. Neste contexto, a adoção de Indicação Geográfica (IGs), se apresenta como um importante indicador para que uma região seja reconhecida formalmente na condição de produtora de cafés diferenciados. Assim, considera-se que a participação do Estado e demais atores envolvidos são fundamentais neste processo. Parte-se para a compreensão de tal fenômeno, pelo enfoque da teoria institucional, considerando o papel de todos os stakeholders bem como os indutores de isomorfismo atuantes no campo organizacional. Neste sentido, o estudo visou a estudar empiricamente essas relações. Para isso, foram realizadas entrevistas em profundidade, análise documental e observação, com os diversos seguimentos dos agentes presentes no campo, e, em especial, em três regiões cafeeiras, quais sejam: Noroeste de Minas e Matas de Minas, no Estado de Minas Gerais e a Alta Mogiana no Estado de São Paulo. As três regiões foram escolhidas por serem as mais representativas e convenientes para o universo de cafés especiais brasileiros e seu elevado grau relativo de desenvolvimento institucional, sendo que duas (Noroeste de Minas e Alta Mogiana) já possuem Indicação Geográfica (IGs) e a terceira (Matas de Minas) está em processo de adoção. Os resultados da pesquisa indicam a experiência longeva da atividade produtiva no Brasil, onde se manifesta a institucionalização de um campo organizacional, como variável fundamental para o aperfeiçoamento do mercado de cafés para uma realidade econômica atual que privilegia qualidade e experiências de consumo diferenciados. O universo dos cafés especiais é, portanto, o locus da construção e desenvolvimento de uma cultura mais do que a mera produção e consumo de uma commodity / Coffee presents itself as a commodity of great impact in the agricultural production and basis of exportation of Brazil, and the states of Minas Gerais and São Paulo are important in this context. However, even though Brazil is a global reference regarding coffee production, when it comes to the production of specialty coffee with higher added value, its full acceptance by the greatest consuming markets is still a challenge. In this context, the adoption of Geographical Indications (GI) is presented as an important indicator for a region to be formally recognized in the condition of producer of differentiated coffees. Therefore, it\'s perceived that the participation of the State and other involved agents is fundamental in this process. It\'s important to understand such situation through the perspective of the institutional theory, considering the role of all stakeholders, just as the inducers of isomorphism present in the organizational field. In this way, the present study aimed at empirically studying these relations. For that, in-depth interviews, documental analyses and observation were conducted with varied segments of the agents present in the field, with emphasis on three coffee producing regions: Noroeste de Minas and Matas de Minas, in the state of Minas Gerais, and Alta Mogiana, in the state of São Paulo. All three regions were selected for being the most representative and most convenient for the universe of specialty Brazilian coffees and their high relative degree of institutional development, considering that two of the areas (Noroeste de Minas and Alta Mogiana) already have Geographical Indication (GI), and the third (Matas de Minas) is currently in the process of adopting it. The results of the research indicate a long-lasting experience of the production activity in Brazil, where the institutionalization of an organizational field is presented as a key variable for the enhancement of the coffee markets for the present economical situation, which privileges differentiated quality and consumption experiences. The universe of specialty coffees is, therefore, much more a locus of construction and development of a culture than of the mere production and consumption of a commodity
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Co-produção, habilidades sociais e estratégias para o desenvolvimento rural: um estudo de caso do planejamento participativo no território da serra catarinenseRibeiro, Alexandre Coimbra 27 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In recent decades, structural and socio-political changes occurred in the Brazilian public sphere caused mainly by the redemocratization process of the country. These changes influenced the inclusion of a new approach to public agrarian policies, the Sustainable Territorial Development (STD). The implementation of such programs encourages the construction of participatory spaces that enable the mobilization of a process of co-production of the public goods, i.e. spaces which would allow for a dialogue and the sharing of power and responsibilities between governmental authorities and civil society in the promotion of rural development. The management of these participatory spaces requires public managers to develop new skills and attitudes. Faced with this issue, the present dissertation seeks to answer the following question: In which ways institutional entrepreneurs of CODETER have promoted collective action and mobilized co-production in the management and planning of the rural development of the Santa Catarina mountain range? In order to answer this question, a combined case study strategy was employed which featured diverse techniques of data collection aiming the interpretation of the results. The case study was conducted in the Colegiado de Desenvolvimento Territorial (CODETER) which is located in the Santa Catarina mountain range. CODETER qualifies as na institute that promotes the implementation of STD actions. The analysis of the data was interpreted via the instrument of a range of theoretical lenses. The Theory of Social Skill (FLIGSTEIN, 2009) was used to identify and understand the tactics institutional entrepreneurs used to coordinate and mediate the conflict in planning the territorial development in the context of CODETER. Different paradigms on the phenomenon of collective action were also considered in order to grasp whether there is in fact concerted action in the mountain range of Santa Catarina (CODETER) and what are its main features. Furthermore, based on the concept of co-production of public goods and their variables, we sought to understand to what extent this collective action promotes a new kind of public action, one which would deepen the participation and engagement of civil society with the public problems of the territory. As a result of the field research, the existence of a collective action in the CODETER was confirmed, through which various initiatives that have contributed to rural development of the territory have emerged. A further observation of field research was that the co-production of public goods was occurring, though one of low intensity. Some obstacles observed to co-production in the Collegiate were: disempowerment of some of the players from civil society; uniformity of the represented social groups; and conflicts involving the dispute of resources and institutional interests. Notwithstanding, the co-production is an ongoing process in the CODETER. Currently their advocates display a greater engagement with public issues, a collective understanding of rural development and a deeper sense of belonging to the territory than that prior to the time of implementation of the program. In order that these advances would occur, the role of the institutional entrepreneurs was crucial. They used their social skills to alleviate the limitations of the coproduction process and to promote the legitimacy of the Collegiate in the region. The observed results corroborate the conclusion that the CODETER was institutionalized, becoming a legitimate council in the region, because there was a movement of collective action of different local actors, coordinated by institutional entrepreneurs of the territory / Nas últimas décadas, mudanças estruturais e sociopolíticas ocorreram na esfera pública brasileira, provocadas, principalmente, pelo processo de redemocratização do país. Essas mudanças influenciaram a inserção de uma nova abordagem na agenda das políticas públicas agrárias, o Desenvolvimento Territorial Sustentável (DTS). A implementação de programas governamentais com esse enfoque desafia a constituir espaços participativos que oportunizem a mobilização de um processo de co-produção do bem público, ou seja, que possibilitem o diálogo e o compartilhamento de poderes e responsabilidades entre entidades públicas e da sociedade civil na promoção do desenvolvimento rural. A condução desses espaços participativos exige que os gestores públicos desenvolvam novas habilidades e atitudes. Diante desta problemática, busca-se nessa dissertação responder: De que maneira os empreendedores institucionais do CODETER têm atuado para promover a ação coletiva e mobilizar a co-produção no planejamento e gestão do desenvolvimento rural da Serra Catarinense? Para responder esta questão, foi empregada uma estratégia de investigação de estudo de caso que combinou a utilização de diversas técnicas qualitativas de coleta de dados para orientar a interpretação dos resultados. A pesquisa concentrou-se no Colegiado de Desenvolvimento Territorial (CODETER) da Serra Catarinense, que é um órgão paritário de planejamento e articulação de iniciativas para o DTS. Para embasar a análise, foram utilizadas algumas abordagens teóricas. A teoria da Habilidade Social (FLIGSTEIN, 2009) foi empregada para identificar e compreender as táticas que os empreendedores institucionais utilizaram para coordenar e mediar o conflito no CODETER da Serra Catarinense. Diferentes teorias sobre o fenômeno da ação coletiva também foram considerados para compreender se existe uma ação concertada no Colegiado e quais suas características principais. Além disso, com base no conceito de co-produção do bem público e suas variáveis, buscou-se compreender em que medida essa ação coletiva promove um novo tipo de ação pública, ampliando a participação e o comprometimento da sociedade civil com os problemas públicos do território. Como resultado da pesquisa, constatou-se a existência de uma ação coletiva no CODETER, por meio da qual emergiram diversas iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento rural do território. Verificou-se, ainda, a ocorrência de um processo de co-produção do bem público, porém, de baixa intensidade. Alguns dos obstáculos observados para co-produção no Colegiado foram: baixo empoderamento de alguns representantes da sociedade civil; uniformidade dos segmentos sociais representados; e conflitos envolvendo disputas de recursos e interesses institucionais. Contudo, a co-produção é um processo em construção no CODETER. Atualmente, seus representantes possuem um engajamento maior com os problemas territoriais, um significado compartilhado de desenvolvimento rural e um sentimento de pertencimento com o território maior do que o existente na época da sua implantação. Para que esses avanços ocorressem, foi essencial o papel dos empreendedores institucionais que utilizaram suas habilidades sociais para amenizar as limitações do processo de co-produção e promover a legitimação do Colegiado na região. Os resultados observados corroboram que o CODETER se institucionalizou, tornando-se um conselho legítimo no território, porque houve um movimento de ação coletiva dos diferentes atores locais, coordenado por empreendedores institucionais do território
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