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Perfil demográfico, socioeconômico e de saúde de famílias de fumicultores de um município da região sul do Brasil

Cargnin, Marcia Casaril dos Santos January 2013 (has links)
A produção de tabaco no Brasil tem importância considerável na atividade econômica e social pelas altas arrecadações de impostos e tributos. No entanto, para os trabalhadores rurais que cultivam o tabaco e para os tabagistas, tal cultura tem contribuído negativamente na qualidade de sua saúde, expondo os fumicultores a constantes riscos, devido a fatores como intenso contato com agrotóxicos, exposição à doença da folha verde e radiação solar. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o perfil demográfico, socioeconômico e de saúde de famílias fumicultoras de um município da região Sul do Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, do tipo transversal, realizado em 2012 com famílias fumicultoras. A coleta de dados foi por inquérito domiciliar através de entrevista com instrumento contendo questões relacionadas à caracterização das famílias, situação socioeconômica, estado de saúde e status tabágico. Além disso, foram aplicados o Inventário de Depressão de Beck e a Escala de Fagerström. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS versão 18. O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo Comitê de Ética da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Participaram do estudo 100 famílias fumicultoras, totalizando 366 pessoas, das quais 283(77,3%) adultos e 83(22,7%) crianças e adolescentes. As famílias vivem com renda mensal de 1.500,00 reais (1.000,00-2.500,00), sendo o tabaco responsável por 45,9±22,4% dessa renda e trabalham com a cultura há 19,5(10,5-20,7) anos. Constatou-se que 20(20%) dos que auxiliam na cultura do tabaco apresentaram sintomas de intoxicação e 81(81%) das famílias fazem uso parcial dos equipamentos de proteção individual. No núcleo familiar, os responsáveis pela produção de tabaco eram em sua maioria 82(82%) pais, 72(72%) de cor branca, 90(90%) casados, com média de idade de 46,9 anos, mediana de 3,0(1,0-3,0) filhos e média de 6,0±2,5 anos de estudo. Observou-se que 67(67%) referiram apresentar sinais e sintomas durante a cultura do tabaco, principalmente nas etapas de colheita e preparo das folhas. São fumantes 17(17%) indivíduos, os quais iniciaram o uso com média de 16±4,8 anos, apresentando mediana de 4,0(2,0-5,5) para dependência da nicotina, considerada baixa, e 90(90%) deles fazem uso de bebida alcoólica. Quanto à cultura do tabaco, 84(84%) referiram ter vontade de parar de cultivá-lo, sendo que 61(61%) estão pouco satisfeitos ou não satisfeitos. Após a análise multivariada, fatores como problemas de saúde, satisfação com a cultura do tabaco e baixa renda permaneceram associados com tempo (em anos) na cultura do tabaco (p=0,001); sinais e sintomas durante a cultura do tabaco (p=0,027) e vontade de parar com a cultura do tabaco (p<0,001); e contribuição do tabaco na renda familiar (p<0,001). Os resultados evidenciam os prejuízos desse produto na saúde dos fumicultores e sua insatisfação com a cultura, razão pela qual as famílias estão diversificando suas áreas em busca de menor dependência do tabaco, o que consequentemente poderá refletir em melhor qualidade de vida dessas famílias, havendo menor exposição a fatores causadores de doenças ocupacionais. / Tobacco production in Brazil is considerably important in economic and social activity due to high taxes. However, for rural workers who grow tobacco and smokers, this culture has negatively affected the quality of their health, exposing growers to constant risks due to factors such as intense contact with pesticides, exposure to green tobacco sickness and solar radiation. The following research aimed to analyze the demographic, socioeconomic and health of tobacco growing families in a city in southern Brazil. This is an epidemiological, descriptive, cross-sectional, conducted in 2012 with tobacco growing families. Data collection was by household survey through an interviewing instrument with questions related to the characterization of families, socioeconomic status, health status, and smoking status. Beck’s Depression Inventory and the Fagerström Scale have been applied. Data were analyzed using SPSS version 18. The project has been approved by the Research Commission of the Nursing School at the Universidade Federal do Rio Grande do Sul and the Ethics Committee of the Universidade Federal Integrada do Alto Uruguai e das Missões. The study included 100 tobacco growing families, at a total of 366 people, of which 283(77.3%) adults and 83 (22.7%) children and adolescents. The families live on a monthly income of about U$ 750.00 (U$ 500.00 to U$ 1250.00), and tobacco accounted for 45.9, about 22.4% of that income. Families working with growing is 19.5(10.5 to 20.7) years. It was found that 20(20%) assisting tobacco cultivation showed symptoms of intoxication and 81(81%) of families make partial use of personal protective equipment. In the household, people in charge of the production of tobacco were mostly 82(82%) parents, 72(72%) were Caucasian, 90(90%) were married, with a mean age of 46.9 years, average of 3.0(1.0 to 3.0) children and average 6.0, about 2.5 years of study. It was observed that 67(67%) reported signs and symptoms present during the growing of tobacco, especially in the stages of harvesting and preparation of the leaves. 17(17%) of the individuals are smokers, who started using it at 16 ± 4.8 years, average of 4.0(2.0 to 5.5) for nicotine dependence, considered low, and 90(90%) of them make use of liquor. As for tobacco, 84(84%) reported willingness to stop cultivating it, and 61(61%) are somewhat satisfied or not satisfied. In multivariate analysis, factors such as health problems, satisfaction with tobacco growing and low income remained associated with time (in years) of tobacco growing (p = 0.001); signs and symptoms during tobacco growing (p = 0.027 ) and will to stop growing tobacco (p <0.001), and contribution of tobacco in household income (p <0.001). The results show that product losses in the health of growers and their dissatisfaction with the culture, which is why families are diversifying their areas in search of lower tobacco dependence, which in turn may reflect better quality of life for these families, with lower exposure to factors causing occupational diseases. / La producción de tabaco en Brasil tiene importancia considerable en la actividad económica y social por las altas recaudaciones de impuestos y tributos. Sin embargo, para los trabajadores rurales que cultivan el tabaco y para los estanqueros, tal cultura ha contribuido negativamente en la calidad de su salud, exponiendo los fumicultores a constantes riesgos, debido a factores como intenso contacto con venenos agrícolas, exposición a la enfermedad de la hoja verde y radiación solar. El objetivo general de este trabajo fue analizar el perfil demográfico, socioeconómico y de salud de familias fumicultoras de un municipio de la región Sur de Brasil. Se trata de un estudio epidemiológico, descriptivo, del tipo transversal, realizado en 2012 con familias fumicultoras. La colecta de datos fue por interrogatorio domiciliar a través de entrevista con instrumento contiendo cuestiones relacionadas a la caracterización de las familias, situación socioeconómica, estado de salud y estatus tabágico. Además de eso, fueron aplicados el Inventario de Depresión de Beck y a Escala de Fagerström. Los datos fueron analizados por medio del programa estadístico SPSS versión 18. El proyecto fue aprobado por la Comisión de Investigación de la Escuela de Enfermería de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul y por el Comité de Ética de la Universidad Regional Integrada del Alto Uruguay y de las Misiones. Participaron del estudio 100 familias fumicultoras, totalizando 366 personas, de las cuáles 283(77,3%) adultos y 83(22,7%) niños y adolescentes. Las familias viven con renta mensual de 1.500,00 reales (1.000,00-2.500,00), siendo el tabaco responsable por 45,9±22,4% de esa renta. Las familias trabajan con la cultura hace 19,5(10,5-20,7) años. Se constató que 20(20%) de los que auxilian en la cultura del tabaco presentaron síntomas de intoxicación y 81(81%) de las familias hacen uso parcial de los equipamientos de protección individual. En el núcleo familiar, los responsables por la producción de tabaco eran en su mayoría 82(82%) padres, 72(72%) de piel blanca, 90(90%) casados, con media de edad de 46,9 años, mediana de 3,0(1,0-3,0) hijos y media de 6,0±2,5 años de estudio. Se observó que 67(un67%) refirieron presentar señales y síntomas durante la cultura del tabaco, principalmente en las etapas de cosecha y preparo de las hojas. Son fumadores 17(17%) individuos, los cuales iniciaron el uso con media de 16±4,8 años, presentando mediana de 4,0(2,0-5,5) para dependencia de la nicotina, considerada baja, y 90(90%) de ellos hacen uso de bebida alcohólica. Cuanto a la cultura del tabaco, 84(84%) refirieron que tienen voluntad de parar de cultivarlo, siendo que 61(61%) están poco satisfechos o no satisfechos. Después el análisis multivariada, factores como problemas de salud, satisfacción con la cultura del tabaco y baja renta permanecieron asociados con tiempo (en años) en la cultura del tabaco (p=0,001); señales y síntomas durante la cultura del tabaco (p=0,027) y ganas de parar con la cultura del tabaco (p<0,001); y contribución del tabaco en la renta familiar (p<0,001). Los resultados evidencian los perjuicios de ese producto en la salud de los fumicultores y su insatisfacción con la cultura, razón pela cual las familias están diversificando sus áreas en búsqueda de menor dependencia del tabaco, lo que consecuentemente podrá reflejar en mejor calidad de vida de esas familias, habiendo menor exposición a factores causantes de enfermedades ocupacionales.
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Perfil demográfico, socioeconômico e de saúde de famílias de fumicultores de um município da região sul do Brasil

Cargnin, Marcia Casaril dos Santos January 2013 (has links)
A produção de tabaco no Brasil tem importância considerável na atividade econômica e social pelas altas arrecadações de impostos e tributos. No entanto, para os trabalhadores rurais que cultivam o tabaco e para os tabagistas, tal cultura tem contribuído negativamente na qualidade de sua saúde, expondo os fumicultores a constantes riscos, devido a fatores como intenso contato com agrotóxicos, exposição à doença da folha verde e radiação solar. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o perfil demográfico, socioeconômico e de saúde de famílias fumicultoras de um município da região Sul do Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, do tipo transversal, realizado em 2012 com famílias fumicultoras. A coleta de dados foi por inquérito domiciliar através de entrevista com instrumento contendo questões relacionadas à caracterização das famílias, situação socioeconômica, estado de saúde e status tabágico. Além disso, foram aplicados o Inventário de Depressão de Beck e a Escala de Fagerström. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS versão 18. O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo Comitê de Ética da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Participaram do estudo 100 famílias fumicultoras, totalizando 366 pessoas, das quais 283(77,3%) adultos e 83(22,7%) crianças e adolescentes. As famílias vivem com renda mensal de 1.500,00 reais (1.000,00-2.500,00), sendo o tabaco responsável por 45,9±22,4% dessa renda e trabalham com a cultura há 19,5(10,5-20,7) anos. Constatou-se que 20(20%) dos que auxiliam na cultura do tabaco apresentaram sintomas de intoxicação e 81(81%) das famílias fazem uso parcial dos equipamentos de proteção individual. No núcleo familiar, os responsáveis pela produção de tabaco eram em sua maioria 82(82%) pais, 72(72%) de cor branca, 90(90%) casados, com média de idade de 46,9 anos, mediana de 3,0(1,0-3,0) filhos e média de 6,0±2,5 anos de estudo. Observou-se que 67(67%) referiram apresentar sinais e sintomas durante a cultura do tabaco, principalmente nas etapas de colheita e preparo das folhas. São fumantes 17(17%) indivíduos, os quais iniciaram o uso com média de 16±4,8 anos, apresentando mediana de 4,0(2,0-5,5) para dependência da nicotina, considerada baixa, e 90(90%) deles fazem uso de bebida alcoólica. Quanto à cultura do tabaco, 84(84%) referiram ter vontade de parar de cultivá-lo, sendo que 61(61%) estão pouco satisfeitos ou não satisfeitos. Após a análise multivariada, fatores como problemas de saúde, satisfação com a cultura do tabaco e baixa renda permaneceram associados com tempo (em anos) na cultura do tabaco (p=0,001); sinais e sintomas durante a cultura do tabaco (p=0,027) e vontade de parar com a cultura do tabaco (p<0,001); e contribuição do tabaco na renda familiar (p<0,001). Os resultados evidenciam os prejuízos desse produto na saúde dos fumicultores e sua insatisfação com a cultura, razão pela qual as famílias estão diversificando suas áreas em busca de menor dependência do tabaco, o que consequentemente poderá refletir em melhor qualidade de vida dessas famílias, havendo menor exposição a fatores causadores de doenças ocupacionais. / Tobacco production in Brazil is considerably important in economic and social activity due to high taxes. However, for rural workers who grow tobacco and smokers, this culture has negatively affected the quality of their health, exposing growers to constant risks due to factors such as intense contact with pesticides, exposure to green tobacco sickness and solar radiation. The following research aimed to analyze the demographic, socioeconomic and health of tobacco growing families in a city in southern Brazil. This is an epidemiological, descriptive, cross-sectional, conducted in 2012 with tobacco growing families. Data collection was by household survey through an interviewing instrument with questions related to the characterization of families, socioeconomic status, health status, and smoking status. Beck’s Depression Inventory and the Fagerström Scale have been applied. Data were analyzed using SPSS version 18. The project has been approved by the Research Commission of the Nursing School at the Universidade Federal do Rio Grande do Sul and the Ethics Committee of the Universidade Federal Integrada do Alto Uruguai e das Missões. The study included 100 tobacco growing families, at a total of 366 people, of which 283(77.3%) adults and 83 (22.7%) children and adolescents. The families live on a monthly income of about U$ 750.00 (U$ 500.00 to U$ 1250.00), and tobacco accounted for 45.9, about 22.4% of that income. Families working with growing is 19.5(10.5 to 20.7) years. It was found that 20(20%) assisting tobacco cultivation showed symptoms of intoxication and 81(81%) of families make partial use of personal protective equipment. In the household, people in charge of the production of tobacco were mostly 82(82%) parents, 72(72%) were Caucasian, 90(90%) were married, with a mean age of 46.9 years, average of 3.0(1.0 to 3.0) children and average 6.0, about 2.5 years of study. It was observed that 67(67%) reported signs and symptoms present during the growing of tobacco, especially in the stages of harvesting and preparation of the leaves. 17(17%) of the individuals are smokers, who started using it at 16 ± 4.8 years, average of 4.0(2.0 to 5.5) for nicotine dependence, considered low, and 90(90%) of them make use of liquor. As for tobacco, 84(84%) reported willingness to stop cultivating it, and 61(61%) are somewhat satisfied or not satisfied. In multivariate analysis, factors such as health problems, satisfaction with tobacco growing and low income remained associated with time (in years) of tobacco growing (p = 0.001); signs and symptoms during tobacco growing (p = 0.027 ) and will to stop growing tobacco (p <0.001), and contribution of tobacco in household income (p <0.001). The results show that product losses in the health of growers and their dissatisfaction with the culture, which is why families are diversifying their areas in search of lower tobacco dependence, which in turn may reflect better quality of life for these families, with lower exposure to factors causing occupational diseases. / La producción de tabaco en Brasil tiene importancia considerable en la actividad económica y social por las altas recaudaciones de impuestos y tributos. Sin embargo, para los trabajadores rurales que cultivan el tabaco y para los estanqueros, tal cultura ha contribuido negativamente en la calidad de su salud, exponiendo los fumicultores a constantes riesgos, debido a factores como intenso contacto con venenos agrícolas, exposición a la enfermedad de la hoja verde y radiación solar. El objetivo general de este trabajo fue analizar el perfil demográfico, socioeconómico y de salud de familias fumicultoras de un municipio de la región Sur de Brasil. Se trata de un estudio epidemiológico, descriptivo, del tipo transversal, realizado en 2012 con familias fumicultoras. La colecta de datos fue por interrogatorio domiciliar a través de entrevista con instrumento contiendo cuestiones relacionadas a la caracterización de las familias, situación socioeconómica, estado de salud y estatus tabágico. Además de eso, fueron aplicados el Inventario de Depresión de Beck y a Escala de Fagerström. Los datos fueron analizados por medio del programa estadístico SPSS versión 18. El proyecto fue aprobado por la Comisión de Investigación de la Escuela de Enfermería de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul y por el Comité de Ética de la Universidad Regional Integrada del Alto Uruguay y de las Misiones. Participaron del estudio 100 familias fumicultoras, totalizando 366 personas, de las cuáles 283(77,3%) adultos y 83(22,7%) niños y adolescentes. Las familias viven con renta mensual de 1.500,00 reales (1.000,00-2.500,00), siendo el tabaco responsable por 45,9±22,4% de esa renta. Las familias trabajan con la cultura hace 19,5(10,5-20,7) años. Se constató que 20(20%) de los que auxilian en la cultura del tabaco presentaron síntomas de intoxicación y 81(81%) de las familias hacen uso parcial de los equipamientos de protección individual. En el núcleo familiar, los responsables por la producción de tabaco eran en su mayoría 82(82%) padres, 72(72%) de piel blanca, 90(90%) casados, con media de edad de 46,9 años, mediana de 3,0(1,0-3,0) hijos y media de 6,0±2,5 años de estudio. Se observó que 67(un67%) refirieron presentar señales y síntomas durante la cultura del tabaco, principalmente en las etapas de cosecha y preparo de las hojas. Son fumadores 17(17%) individuos, los cuales iniciaron el uso con media de 16±4,8 años, presentando mediana de 4,0(2,0-5,5) para dependencia de la nicotina, considerada baja, y 90(90%) de ellos hacen uso de bebida alcohólica. Cuanto a la cultura del tabaco, 84(84%) refirieron que tienen voluntad de parar de cultivarlo, siendo que 61(61%) están poco satisfechos o no satisfechos. Después el análisis multivariada, factores como problemas de salud, satisfacción con la cultura del tabaco y baja renta permanecieron asociados con tiempo (en años) en la cultura del tabaco (p=0,001); señales y síntomas durante la cultura del tabaco (p=0,027) y ganas de parar con la cultura del tabaco (p<0,001); y contribución del tabaco en la renta familiar (p<0,001). Los resultados evidencian los perjuicios de ese producto en la salud de los fumicultores y su insatisfacción con la cultura, razón pela cual las familias están diversificando sus áreas en búsqueda de menor dependencia del tabaco, lo que consecuentemente podrá reflejar en mejor calidad de vida de esas familias, habiendo menor exposición a factores causantes de enfermedades ocupacionales.
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Perfil demográfico, socioeconômico e de saúde de famílias de fumicultores de um município da região sul do Brasil

Cargnin, Marcia Casaril dos Santos January 2013 (has links)
A produção de tabaco no Brasil tem importância considerável na atividade econômica e social pelas altas arrecadações de impostos e tributos. No entanto, para os trabalhadores rurais que cultivam o tabaco e para os tabagistas, tal cultura tem contribuído negativamente na qualidade de sua saúde, expondo os fumicultores a constantes riscos, devido a fatores como intenso contato com agrotóxicos, exposição à doença da folha verde e radiação solar. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o perfil demográfico, socioeconômico e de saúde de famílias fumicultoras de um município da região Sul do Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, do tipo transversal, realizado em 2012 com famílias fumicultoras. A coleta de dados foi por inquérito domiciliar através de entrevista com instrumento contendo questões relacionadas à caracterização das famílias, situação socioeconômica, estado de saúde e status tabágico. Além disso, foram aplicados o Inventário de Depressão de Beck e a Escala de Fagerström. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS versão 18. O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo Comitê de Ética da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Participaram do estudo 100 famílias fumicultoras, totalizando 366 pessoas, das quais 283(77,3%) adultos e 83(22,7%) crianças e adolescentes. As famílias vivem com renda mensal de 1.500,00 reais (1.000,00-2.500,00), sendo o tabaco responsável por 45,9±22,4% dessa renda e trabalham com a cultura há 19,5(10,5-20,7) anos. Constatou-se que 20(20%) dos que auxiliam na cultura do tabaco apresentaram sintomas de intoxicação e 81(81%) das famílias fazem uso parcial dos equipamentos de proteção individual. No núcleo familiar, os responsáveis pela produção de tabaco eram em sua maioria 82(82%) pais, 72(72%) de cor branca, 90(90%) casados, com média de idade de 46,9 anos, mediana de 3,0(1,0-3,0) filhos e média de 6,0±2,5 anos de estudo. Observou-se que 67(67%) referiram apresentar sinais e sintomas durante a cultura do tabaco, principalmente nas etapas de colheita e preparo das folhas. São fumantes 17(17%) indivíduos, os quais iniciaram o uso com média de 16±4,8 anos, apresentando mediana de 4,0(2,0-5,5) para dependência da nicotina, considerada baixa, e 90(90%) deles fazem uso de bebida alcoólica. Quanto à cultura do tabaco, 84(84%) referiram ter vontade de parar de cultivá-lo, sendo que 61(61%) estão pouco satisfeitos ou não satisfeitos. Após a análise multivariada, fatores como problemas de saúde, satisfação com a cultura do tabaco e baixa renda permaneceram associados com tempo (em anos) na cultura do tabaco (p=0,001); sinais e sintomas durante a cultura do tabaco (p=0,027) e vontade de parar com a cultura do tabaco (p<0,001); e contribuição do tabaco na renda familiar (p<0,001). Os resultados evidenciam os prejuízos desse produto na saúde dos fumicultores e sua insatisfação com a cultura, razão pela qual as famílias estão diversificando suas áreas em busca de menor dependência do tabaco, o que consequentemente poderá refletir em melhor qualidade de vida dessas famílias, havendo menor exposição a fatores causadores de doenças ocupacionais. / Tobacco production in Brazil is considerably important in economic and social activity due to high taxes. However, for rural workers who grow tobacco and smokers, this culture has negatively affected the quality of their health, exposing growers to constant risks due to factors such as intense contact with pesticides, exposure to green tobacco sickness and solar radiation. The following research aimed to analyze the demographic, socioeconomic and health of tobacco growing families in a city in southern Brazil. This is an epidemiological, descriptive, cross-sectional, conducted in 2012 with tobacco growing families. Data collection was by household survey through an interviewing instrument with questions related to the characterization of families, socioeconomic status, health status, and smoking status. Beck’s Depression Inventory and the Fagerström Scale have been applied. Data were analyzed using SPSS version 18. The project has been approved by the Research Commission of the Nursing School at the Universidade Federal do Rio Grande do Sul and the Ethics Committee of the Universidade Federal Integrada do Alto Uruguai e das Missões. The study included 100 tobacco growing families, at a total of 366 people, of which 283(77.3%) adults and 83 (22.7%) children and adolescents. The families live on a monthly income of about U$ 750.00 (U$ 500.00 to U$ 1250.00), and tobacco accounted for 45.9, about 22.4% of that income. Families working with growing is 19.5(10.5 to 20.7) years. It was found that 20(20%) assisting tobacco cultivation showed symptoms of intoxication and 81(81%) of families make partial use of personal protective equipment. In the household, people in charge of the production of tobacco were mostly 82(82%) parents, 72(72%) were Caucasian, 90(90%) were married, with a mean age of 46.9 years, average of 3.0(1.0 to 3.0) children and average 6.0, about 2.5 years of study. It was observed that 67(67%) reported signs and symptoms present during the growing of tobacco, especially in the stages of harvesting and preparation of the leaves. 17(17%) of the individuals are smokers, who started using it at 16 ± 4.8 years, average of 4.0(2.0 to 5.5) for nicotine dependence, considered low, and 90(90%) of them make use of liquor. As for tobacco, 84(84%) reported willingness to stop cultivating it, and 61(61%) are somewhat satisfied or not satisfied. In multivariate analysis, factors such as health problems, satisfaction with tobacco growing and low income remained associated with time (in years) of tobacco growing (p = 0.001); signs and symptoms during tobacco growing (p = 0.027 ) and will to stop growing tobacco (p <0.001), and contribution of tobacco in household income (p <0.001). The results show that product losses in the health of growers and their dissatisfaction with the culture, which is why families are diversifying their areas in search of lower tobacco dependence, which in turn may reflect better quality of life for these families, with lower exposure to factors causing occupational diseases. / La producción de tabaco en Brasil tiene importancia considerable en la actividad económica y social por las altas recaudaciones de impuestos y tributos. Sin embargo, para los trabajadores rurales que cultivan el tabaco y para los estanqueros, tal cultura ha contribuido negativamente en la calidad de su salud, exponiendo los fumicultores a constantes riesgos, debido a factores como intenso contacto con venenos agrícolas, exposición a la enfermedad de la hoja verde y radiación solar. El objetivo general de este trabajo fue analizar el perfil demográfico, socioeconómico y de salud de familias fumicultoras de un municipio de la región Sur de Brasil. Se trata de un estudio epidemiológico, descriptivo, del tipo transversal, realizado en 2012 con familias fumicultoras. La colecta de datos fue por interrogatorio domiciliar a través de entrevista con instrumento contiendo cuestiones relacionadas a la caracterización de las familias, situación socioeconómica, estado de salud y estatus tabágico. Además de eso, fueron aplicados el Inventario de Depresión de Beck y a Escala de Fagerström. Los datos fueron analizados por medio del programa estadístico SPSS versión 18. El proyecto fue aprobado por la Comisión de Investigación de la Escuela de Enfermería de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul y por el Comité de Ética de la Universidad Regional Integrada del Alto Uruguay y de las Misiones. Participaron del estudio 100 familias fumicultoras, totalizando 366 personas, de las cuáles 283(77,3%) adultos y 83(22,7%) niños y adolescentes. Las familias viven con renta mensual de 1.500,00 reales (1.000,00-2.500,00), siendo el tabaco responsable por 45,9±22,4% de esa renta. Las familias trabajan con la cultura hace 19,5(10,5-20,7) años. Se constató que 20(20%) de los que auxilian en la cultura del tabaco presentaron síntomas de intoxicación y 81(81%) de las familias hacen uso parcial de los equipamientos de protección individual. En el núcleo familiar, los responsables por la producción de tabaco eran en su mayoría 82(82%) padres, 72(72%) de piel blanca, 90(90%) casados, con media de edad de 46,9 años, mediana de 3,0(1,0-3,0) hijos y media de 6,0±2,5 años de estudio. Se observó que 67(un67%) refirieron presentar señales y síntomas durante la cultura del tabaco, principalmente en las etapas de cosecha y preparo de las hojas. Son fumadores 17(17%) individuos, los cuales iniciaron el uso con media de 16±4,8 años, presentando mediana de 4,0(2,0-5,5) para dependencia de la nicotina, considerada baja, y 90(90%) de ellos hacen uso de bebida alcohólica. Cuanto a la cultura del tabaco, 84(84%) refirieron que tienen voluntad de parar de cultivarlo, siendo que 61(61%) están poco satisfechos o no satisfechos. Después el análisis multivariada, factores como problemas de salud, satisfacción con la cultura del tabaco y baja renta permanecieron asociados con tiempo (en años) en la cultura del tabaco (p=0,001); señales y síntomas durante la cultura del tabaco (p=0,027) y ganas de parar con la cultura del tabaco (p<0,001); y contribución del tabaco en la renta familiar (p<0,001). Los resultados evidencian los perjuicios de ese producto en la salud de los fumicultores y su insatisfacción con la cultura, razón pela cual las familias están diversificando sus áreas en búsqueda de menor dependencia del tabaco, lo que consecuentemente podrá reflejar en mejor calidad de vida de esas familias, habiendo menor exposición a factores causantes de enfermedades ocupacionales.

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