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Biodiversidade em microescala: uma perspectiva para a ecologia de sistemas lóticos / Biodiversity in microscale: a perspective for lotic systems ecologyLeite, Ricardo Cardoso 30 May 2014 (has links)
Este trabalho enfatizou as escalas espaciais de microhabitat e de mesohabitat para investigar como a fauna de macroinvertebrados aquáticos é influenciada pelas variáveis ambientais e espaciais. O primeiro capítulo trás uma visão geral da aplicabilidade das escalas de microhabitat e de mesohabitat ao avaliar a estrutura da fauna e, também, demonstra que a composição do substrato influencia a composição faunística. No segundo capítulo, realizamos uma avaliação da suficiência amostral e comparamos a diversidade alfa e beta entre métodos de coleta e entre diferentes mesohabitats. No terceiro capítulo avaliamos diferentes variáveis hidráulicas e suas relações com a abundância de indivíduos e a riqueza de táxons considerando as escalas espaciais de microhabitat e mesohabitat. Observamos que as condições hidráulicas foram importantes na estruturação da comunidade de macroinvertebrados, influenciando positivamente a abundância de indivíduos e negativamente a riqueza de táxons nos microhabitats. No quarto capítulo nos baseamos na teoria de metacomunidades para compreender a influência das variáveis ambientais e espaciais na estruturação da fauna em uma perspectiva de microescala. Além da esperada importância do ambiente para a microdistribuição dos organismos, identificamos uma forte influência do espaço na estruturação da fauna. Nossos resultados demonstraram que a fauna de macroinvertebrados aquáticos é estruturada pela composição do substrato, condições hidráulicas e fatores espaciais, todas estas condições perceptíveis na escala do microhabitat. Deste modo, a microescala pode ser considerada como uma perspectiva válida para o estudo de ecologia de riachos. / We focused on the microhabitat and the mesohabitat spatial scales to investigate the environmental and spatial features influence on aquatic macroinvertebrate fauna. The first chapter brings an overview about the microhabitat and mesohabitat applicability to evaluate the fauna structure. Likewise, it shows the substrate influence on the fauna composition. In the second chapter, we evaluate the sampling sufficiency and compare the alpha and beta diversity among the sampling methods and mesohabitats. In the third chapter we evaluated the hydraulic features and its relationships with abundance and richness considering the microhabitat and mesohabitat spatial scales. Our results show that the hydraulic conditions have influence on macroinvertebrate community structure, showing a positive relationship with abundance and negative with microhabitat richness. In the fourth chapter, we applied the metacommunity theory in the microhabitat scale to understand the hole of environmental and spatial features on the community structure. Further than the expected environmental influence on organisms microdistribution, we identified a strong spatial influence on the fauna structure. Our results showed that the aquatic macroinvertebrate fauna was structured by the substrate composition, hydraulic conditions and spatial features. All this conditions are noticeable on microhabitat spatial scale. Accordingly, the microhabitat scale can be considered as an effectual perspective to the stream ecology.
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Biodiversidade em microescala: uma perspectiva para a ecologia de sistemas lóticos / Biodiversity in microscale: a perspective for lotic systems ecologyRicardo Cardoso Leite 30 May 2014 (has links)
Este trabalho enfatizou as escalas espaciais de microhabitat e de mesohabitat para investigar como a fauna de macroinvertebrados aquáticos é influenciada pelas variáveis ambientais e espaciais. O primeiro capítulo trás uma visão geral da aplicabilidade das escalas de microhabitat e de mesohabitat ao avaliar a estrutura da fauna e, também, demonstra que a composição do substrato influencia a composição faunística. No segundo capítulo, realizamos uma avaliação da suficiência amostral e comparamos a diversidade alfa e beta entre métodos de coleta e entre diferentes mesohabitats. No terceiro capítulo avaliamos diferentes variáveis hidráulicas e suas relações com a abundância de indivíduos e a riqueza de táxons considerando as escalas espaciais de microhabitat e mesohabitat. Observamos que as condições hidráulicas foram importantes na estruturação da comunidade de macroinvertebrados, influenciando positivamente a abundância de indivíduos e negativamente a riqueza de táxons nos microhabitats. No quarto capítulo nos baseamos na teoria de metacomunidades para compreender a influência das variáveis ambientais e espaciais na estruturação da fauna em uma perspectiva de microescala. Além da esperada importância do ambiente para a microdistribuição dos organismos, identificamos uma forte influência do espaço na estruturação da fauna. Nossos resultados demonstraram que a fauna de macroinvertebrados aquáticos é estruturada pela composição do substrato, condições hidráulicas e fatores espaciais, todas estas condições perceptíveis na escala do microhabitat. Deste modo, a microescala pode ser considerada como uma perspectiva válida para o estudo de ecologia de riachos. / We focused on the microhabitat and the mesohabitat spatial scales to investigate the environmental and spatial features influence on aquatic macroinvertebrate fauna. The first chapter brings an overview about the microhabitat and mesohabitat applicability to evaluate the fauna structure. Likewise, it shows the substrate influence on the fauna composition. In the second chapter, we evaluate the sampling sufficiency and compare the alpha and beta diversity among the sampling methods and mesohabitats. In the third chapter we evaluated the hydraulic features and its relationships with abundance and richness considering the microhabitat and mesohabitat spatial scales. Our results show that the hydraulic conditions have influence on macroinvertebrate community structure, showing a positive relationship with abundance and negative with microhabitat richness. In the fourth chapter, we applied the metacommunity theory in the microhabitat scale to understand the hole of environmental and spatial features on the community structure. Further than the expected environmental influence on organisms microdistribution, we identified a strong spatial influence on the fauna structure. Our results showed that the aquatic macroinvertebrate fauna was structured by the substrate composition, hydraulic conditions and spatial features. All this conditions are noticeable on microhabitat spatial scale. Accordingly, the microhabitat scale can be considered as an effectual perspective to the stream ecology.
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Influência da mata ciliar em parâmetros da ictiocenose e em aspectos populacionais de quatro espécies de peixes em riachos no sul do BrasilAlbrecht, Mariana 29 February 2012 (has links)
Submitted by Mariana Dornelles Vargas (marianadv) on 2015-05-25T18:33:38Z
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Previous issue date: 2012 / Nenhuma / A presença ou ausência da mata ciliar é um fator que pode afetar a qualidade e disponibilidade de itens alimentares para peixes. O objetivo do presente trabalho foi testar a hipótese de que a extensão lateral da mata ciliar influencia a riqueza, abundância e alimentação da fauna de peixes. A partir da análise do conteúdo estomacal de quatro espécies de peixes, Bryconamericus iheringii (Boulenger, 1887), Characidium pterostictum (Gomes, 1947), Heptapterus mustelinus (Valenciennes, 1835) e Rineloricara microlepidogaster (Regan, 1904), foi possível realizar as análises de seletividade alimentar a fim de identificar alguma diferença e/ou padrão de consumo entre as áreas com vegetação ciliar densa e vegetação ciliar escassa. Os resultados deixaram evidentes que existe uma seleção positiva do consumo dos peixes para invertebrados aquáticos. Porém, não foi possível detectar as diferenças entre os dois tratamentos de mata das dietas das espécies. Nenhuma das espécies consumiu mais do que 2% de material alóctone. A não captação da influência da mata ciliar sobre a dieta dos peixes pode ter sido um efeito da escala espacial em que o trabalho foi realizado. As propriedades químicas, hidráulicas, morfológicas, de substrato e das associações com as comunidades biológicas dos copos hídricos são delineadas por muitos fatores da paisagem, que operam em diferentes escalas temporais e espaciais. Estudos afirmam que quanto maior é o grau de degradação das bacias hidrográficas menor vai ser a explicação dos fatores internos dos arroios sobre as alterações das comunidades. Devido a isso, é de suma importância a determinação dos fatores e da escala de influência sobre a comunidade íctica para se obter sucesso em ações de conservação e reabilitação dos corpos hídricos. / The presence or absence of riparian forest is a factor that can influence the quality and
availability of food items for fish. The aim of this work is to test the hypothesis if the
lateral extension of the riparian forest influences the richness, abundance and diet of fish fauna. By analyzing the stomach content of four fish species Bryconamericus iheringii (Boulenger, 1887), Characidium pterostictum (Gomes, 1947), Heptapterus mustelinus (Valenciennes, 1835) e Rineloricara microlepidogaster (Regan, 1904), it was possible to study their feeding selectivity in order to identify differences and/or consumption patterns in areas with dense riparian vegetation and areas with spare vegetation. The results show evidence for a positive selection for aquatic invertebrates in the diet of fish. However it was not possible to detect differences in the consumption concerning the type of vegetation. No species consumed more than 2% of allochthone material. The failed capture of the influence of the riparian for est on the diet of fish may have been an effect of the spatial scale design at which the work was done. The chemical, hydraulic, morphologic, substrate and associated biologic communities characteristics of the stream are delineated by many landscape factors, which are constrained by different temporal and spatial scales. Studies affirm that the greater the degradation of the watershed, the less explicable will be the internal factors of streams on changes in the community. Therefore it is of utmost importance to determine factors and scales of influence for ictic communities to ensure success in conservation and rehabilitation of water bodies.
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Composição floristica da comunidade arboreo-arbustiva de floresta ciliar do rio Piedosa e Brejinho em Juramento, norte de Minas Gerais, e a influencia de fatores ambientais na distribuição das especies / Floristic composition of ciliar forest trees-shrubs community of the river Piedosa and Brejinho in Juramento, north of Minas Gerais, and the influence of environmental factors in the distribution of speciesMiranda-Melo, Aneliza de Almeida 13 August 2018 (has links)
Orientador: Flavio Antonio Maes dos Santos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-13T16:34:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Uma das questões básicas em ecologia é tentar entender quais são e em quais escalas os fatores ambientais influenciam a distribuição das espécies. Assim, as variações espaciais da distribuição de espécies arbóreo-arbustivas e da diversidade, bem como suas relações com fatores do ambiente (umidade do solo, propriedades trsico-quimicas do solo, topografia do relevo e condições de luz na floresta) foram estudadas em diferentes escalas, nas Florestas Ciliares das microbacias do rio Brejinho (16°52'51"-16"53'05"8; 43°32'56"- 43°33'52'W) e do rio Piedosa (16°51'42"-16°52'14"8; 43°31'54"- 43°31'55"W), e entre essas microbacias. A composição floristica e as variáveis ambientais foram medidas no periodo de janeiro/2005 a março/2006 em 26 parcelas de 20 x 30 m por mjcrobacia, distantes entre si de 17 até 711 m, no sentido nascente-foz, e de cerca de 2120 m entre microbacias. No capitulo 1, ocorreu diferença temporal da umidade do solo e da luz entre as estações do ano nas respectivas microbacias, mas as diferenças temporais em cada área não afetaram as relações de diferença no espaço. Variações topográficas locais, bem como textura do solo, foram as responsáveis pela heterogeneidade dos recursos ambientais disponiveis em diferentes escalas, uma vez que fertilidade e umidade estiveram correlacionadas a esses fatores, regional, entre microbacias, e localmente, ao longo da microbacia. Nem sempre essa variação ambiental esteve relacionada aos gradientes estabelecidos entre a nascente e a foz dos rios, podendo também ser entre margens. Além disso, as amostra~ em uma mesma comunidade foram mais semelhantes entre si que as de diferentes comunidades, ainda que ocupem a mesma localização no gradiente topográfico nascente-foz. No capitulo 2, no geral, as variações topográficas, bem como fatores a elas interligados, como a fertilidade e umidade, foram os responsáveis pela estrutura da vegetação e distribuição das espécies na escala local e regional. Assim, os padrões ecológicos que ocorrem em pequenas escalas resultantes das variações ambientais locais possivelmente são os determinantes da distribuição das espécies local e regionalmente. No capitulo 3, a diversidade entre parcelas e margens numa mesma microbacia, ou seja, localmente, foram as que mais contribuiram para a diversidade total. Logo, os padrões de diversidade observados em escalas menores determinam o padrão observado em escalas maiores, e a diversidade em escala maior, regional, é dependente de processos ecológicos locais, como variabilidade ambiental, resultando em variação da composição de espécies entre locais, onde a variabilidade topográfica, e também a textura, e fatores a elas correlacionados, como umidade, foram os responsáveis pela diversidade. Assim, somente através de estudos em diferentes escalas é possivel identificar a escala de atuação e/ou a extensão dos efeitos da variabilidade local, bem como, saber quais fatores ambientais são relacionados à distribuição e a diversidade das espécies. / Abstract: One of the basic issues in ecology is to try to understand which are and on which scales the environmental factors influence the distribution of species. Thus, the spatial variations of the trees-shrubs species distribution and diversity, as well as their relationship with environmental factors (soil humidity, soil physiochemical properties, topography and light conditions in the forest) were studied on different scales, in the Ciliar Forests of the microbasins of the Brejinho (16°52'51"-16°53'05"8; 43°32'56"- 43°33'52"W) and Piedosa rivers (16°51'42"-16°52'14"8; 43°31'54"- 43°31 '55"W) , and among these microbasins. The floristic composition and environmental variables were measured in the period of January/2005 to March/2006 in 26 plots of 20 x 30 m per microbasin, distant from one another from 17 to 711 m, in the spring-mouth direction, and about 2,120 m among microbasins. In Chapter 1, there was a temporal difference in soil humidity and light among the seasons in the respective microbasins, but the temporal differences in each area did not affect the difference relationships in space. Local topographic variations, as well as soil texture, were responsible for the heterogeneity of the environmental resources available on different scales, once fertility and humidity were correlated to these factors, regional, among microbasins, and along the microbasin. That environmental variation was not always related to the gradients established between the spring and the mouth of the rivers, being also found among the riverbanks. Moreover, the samples in the same community were more similar among one another than those from different communities, despite occupying the same site in the spring-mouth topographic gradient. In Chapter 2, in general, the topographic variations, as well as factors interconnected with them, such as fertility and humidity, were responsible for the vegetation structure and species distribution on local and regional scale. Thus, the ecological patterns which occur on small scales resulting from local environmental variations are likely to be the determinants of the distribution of species local and regionally. In Chapter 3, the diversity among the parcels and banks in the same microbasin, i.e., locally, were those that contributed the most to the total diversity. Therefore, the diversity patterns observed on smaller scales determine the pattern observed on larger scales, and the diversity on larger scale, regional, is dependent on the local ecological processes, such as environmental variability, resulting in variation of the species composition among the sites, where the topographic variability, and also the texture, and factors correlated with them, such as humidity, were responsible for the diversity. Therefore, only through studies on different scales it is possible to identify the action scale and/or the reach of the effects of the local variability" as well as to know which environmental factors are related to the species distribution and diversity. / Doutorado / Doutor em Biologia Vegetal
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Efeitos da fragmentação de habitat sobre a comunidade de pequenos mamíferos de Mata Atlântica no Estado de São Paulo / Effects of habitat fragmentation on community of the Atlantic forest small mammals in São Paulo StatePaise, Gabriela 16 August 2018 (has links)
Orientadores: Paulo Inácio de Knegt López de Prado, Emerson Monteiro Vieira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-16T00:11:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo : Os efeitos negativos da fragmentação de habitats sobre pequenos mamíferos são amplamente reconhecidos. Entretanto, a intensidade desses efeitos depende de diversos fatores como o padrão de fragmentação, a escala avaliada, a permeabilidade de diferentes tipos de matrizes e a plasticidade comportamental de diferentes grupos de espécies. Neste estudo avaliamos os efeitos da fragmentação, em uma paisagem extremamente fragmentada de Mata Atlântica, na comunidade de pequenos mamíferos (i) através do uso diferencial de habitats pela comunidade e por guildas de espécies que usam habitats florestais, áreas abertas ou ambos (generalistas); (ii) através dos padrões de utilização de micro-habitats; (iii) através da similaridade na utilização da paisagem, entre sexos e espécies generalistas de habitat, em diferentes escalas espaciais. Nós utilizamos armadilhas de intercepção e queda em seis sítios de amostragem, nos quais avaliamos cinco habitats: floresta com rio, floresta sem rio, borda de floresta, matriz de pasto com rio e matriz de pasto sem rio. Nós detectamos que o habitat mais antrópico e inóspito, a matriz sem rio, suportou menor abundância de espécies. As guildas de espécies responderam diferentemente aos habitats da paisagem. Houve menor tolerância das espécies florestais ao habitat matriz sem rio. Até mesmo as espécies generalistas sofrem os efeitos negativos da matriz sem rio, diminuindo em abundância. Um pequeno aumento na estrutura da vegetação, como observado nas matrizes ripárias, mitigam o efeito negativo da matriz, tornando a abundância, riqueza e diversidade da matriz com rio comparável aos habitats florestais. A riqueza e abundância das guildas de espécies associadas à macro-habitats foram em geral influenciadas pela estrutura da vegetação em escala de micro-habitats e revelam um alto grau de especificidade de micro e macro-habitat. Esta especificidade mostra que, mesmo em paisagens altamente fragmentadas e alteradas, não ocorre a invasão das áreas florestais pela guilda de espécies de áreas abertas e que guildas de espécies florestais são incapazes de utilizar micro-habitats extremamente modificados. Nossos resultados indicam que a similaridade na utilização da paisagem varia entre espécies e sexos, entre diferentes escalas espaciais e pode ser fortemente dependente do padrão de fragmentação. O manejo das paisagens fragmentadas requer a existência de matrizes permeáveis, como a matriz de pasto com rio, as quais poderão funcionar como habitats potenciais, diminuindo a divisão da paisagem e facilitando a manutenção da comunidade original na paisagem fragmentada. / Abstract: The negative effects of habitat fragmentation on small-mammals are widely recognized. Nevertheless, the intensity of these effects depend on multiple factors such as the pattern of fragmentation, the evaluated scale, the permeability of different types of matrices, and the behavioral plasticity of different groups of species. In this study, we evaluated the effects of fragmentation on the community of small-mammals in a severely fragmented landscape of Brazilian Atlantic forest (i) through the differential use of habitats by the small-mammal community and by small-mammal guilds that use forest habitats, open areas or both (generalists); (ii) through the patterns of utilization of micro-habitats by small-mammal guilds; (iii) through the similarity in the use of the landscape, between sexes and generalist species in different space scales. We used pitfall traps installed in six sites. In each site, we sampled five habitats: forest fragments with streams, forest fragments without streams, forest edge, pasture matrix with streams, and pasture matrix without streams. We have detected that the pasture matrix without streams harbored lower species abundance than all other landscape units. The guilds responded differently to the different landscape units. The pasture matrix without streams is inhospitable for forest species which, even for generalists, suffer their effect, decreasing in abundance. A slight increase in the complexity of the vegetation, as observed in riparian matrices, mitigates its negative effect, making the abundance, richness and diversity of matrices with streams comparable to forest habitats. The richness and the abundance of macro-habitat-related guilds were, in general, influenced by the complexity of vegetation into the micro-habitat's scale and revealed a high degree of specificities of the macro- and micro-habitats. This specificity shows that, even in highly fragmented and altered landscapes, the invasion of forest habitats by open-area dwellers does not occur and that the forest dwellers are incapable to use the severely altered micro-habitats. Our results also indicate that in highly fragmented landscapes, the similarity in the use of the landscape varies between species and sexes, among different space scales, and can be strongly dependent on the pattern of fragmentation. The management of fragmented landscapes requires the existence of permeable matrices, as the pasture matrix with stream, which may function as potential habitat, decreasing the division of the landscape and facilitating the maintenance of the original community in the fragmented landscape. / Doutorado / Ecologia / Doutor em Ecologia
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PODEM PEQUENAS VARIAÇÕES NA ALTITUDE E NA ORDEM DE RIACHOS INFLUENCIAR A ESTRUTURA DAS COMUNIDADES DE MOLUSCOS? / CAN SMALL CHANGES IN ALTITUDE AND ORDER OF STREAMS, INFLUENCE THE COMMUNITY STRUCTURE OF MOLLUSKS?Sá, Roger Lopes de 31 May 2012 (has links)
The influence of small gradients of altitude (0-500 meters) and order (1st to 4th) in the
spatial distribution of mollusk communities was studied, based on 40 samples collected in a
watershed of a temperate climate region, in Brazil. Richness was higher in lower ranges of
altitude (0-100), and increased with the increase of orders, independently of altitude.
However, composition and proportional abundance of species of the communities were not
structured by the environmental gradients. The small influence of landscape factors on the
spatiality of many abiotic factors, and the tolerance of many species to variations in the
environmental factors analyzed determined these results. The proximity of the lower of
altitudes with a transitional relief area, and the large width of the 4th order streams, which
favored a higher number of ecological niches, provided higher complexity to the sites
localized in these areas, allowing the occurrence of higher richness. The existence of patchy
spatial structured pattern in good environmental conditions determined the absence of the
proportional abundance of species. However, few landscape heterogeneity and possibly,
interference of vertebrate vectors in the dispersion of the freshwater mollusks hinder to find
clear patterns of spatial distribution. / A influência de pequenos gradientes de altitude (0-500 m) e ordem (1ª a 4ª) na
distribuição espacial das comunidades de moluscos foi estudada, com base em 40 amostras
coletadas em uma bacia hidrográfica, localizada em região de clima temperado, no Brasil. A
riqueza foi maior nas faixas mais baixas de altitude (0-100), e aumentou com o aumento das
ordens, independentemente da altitude. No entanto, a composição e abundância proporcional
de espécies das comunidades não foram estruturadas pelos gradientes ambientais. A pequena
influência dos fatores de paisagem analisados sobre a espacialidade de muitos fatores
abióticos, e a tolerância de muitas espécies às variações dos fatores ambientais analisados,
determinaram esses resultados. A localização das áreas de altitude mais baixas em uma região
de transição de relevo e a maior largura dos rios de 4ª ordem, a qual favorece a existência de
um maior número de nichos ecológicos, determinaram maior heterogenidade ambiental,
permitindo a ocorrência de maior riqueza. A existência de locais com condições ambientais
favoráveis a cada espécie em particular sem estruturação espacial refletiu-se na falta de
estruturação das comunidades, quanto a abundância proporcional de espécies. No entanto, a
poucas heterogeneidade espacial e, possivelmente, a interferência de vetores vertebrados na
dispersão dos moluscos de água doce, impediram encontrar padrões mais claros de
distribuição espacial.
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Resposta de insetos herbívoros associados ao dossel em paisagem de matriz agrícola - floresta / Response of herbivorous insects associated to the canopy in forest - agricultural matrix landscapeSoares, Luiz Gustavo Souto 23 February 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The original vegetation cover of the Zona da Mata Mineira were forests, but today these are restricted to secondary forest remnants, immersed in an agricultural matrix of pasturelands, coffee and Eucalyptus plantations. Even being regenerations, the canopies of these forests may harbor an important part of the original fauna, functioning as a source of biodiversity in these landscapes. Therefore, we supposed that the diversity of herbivorous insects associated to canopy should diminish from the forest interior to the matrix. The objective of this study was to test this assumption, as well as the following explanatory hypotheses for this pattern: insect diversity is determined by resource quantity and quality, environmental heterogeneity, conditions, and predation pressure. We sampled forest fragments immersed in a matrix of Eucalyptus (n = 3) and coffee (n = 3) plantations,along transect from 75m inside the forest up to 75m inside the matrix, in each site. We have chosen these two matrix types as they represent the most abundant agroecossystems with canopy in the region. Insects were classified into chewing and sap-sucking herbivores. In the landscapes with Eucalyptus, both chewing and sap-sucking insects presented an increase in species and individual numbers along the gradient matrix forest. In the landscapes with coffee plantations, there was no response of chewers to the gradient, while sap-sucking species and individual numbers diminished from the matrix to the forest. The habitat components that explained the distribution of chewers were: number of arboreal species, of arboreal strata and of spiders. For sap-suckers, these were leaf density and spider numbers. Therefore, we showed that matrix matrix composed of Eucalyptus and coffee plantations present different permeability for canopy herbivorous insects. Some of the environmental variables explained at least part of the observed patterns in these landscapes: for sap-suckers, leaf density may determine the patterns in both matrix types, because it represents feeding resource availability. For chewers, tree diversity (habitat heterogeneity) and crown volume (resource availability) explained part of the variation in theseorganisms, but were not sufficient to explain the differences between matrix types. We conclude that, at least for chewing herbivores, there are processes at the landscape scale, probably related to locomotion, that are not explained by local habitat variables. Furthermore, our results showed that the two feeding guilds respond at different spatial scales. / A cobertura vegetal original de toda a Zona da Mata Mineira era de florestas, mas hoje está restrita a fragmentos de floresta secundária, imersos numa matriz agrícola de pastagens, cafezais e eucaliptais. Mesmo sendo regenerações, o dossel destas florestas ainda pode abrigar parte importante da fauna original, funcionando como fonte de biodiversidade nestas paisagens. Assim, supomos que a diversidade de insetos herbívoros associados a dossel deve diminuir do interior da floresta ao interior da matriz. O objetivo desse trabalho foi testar esta suposição, e as seguintes hipóteses para explicar este padrão: a diversidade destes insetos é determinada por quantidade e qualidade de recursos; por heterogeneidade ambiental; por condições; e por pressão de predação. Amostramos fragmentos florestais imersos em matriz de eucaliptal (n = 3), e cafezal (n = 3), traçando, em cada local, um transecto desde 75m no interior da matriz até 75m no interior da floresta. Escolhemos estes dois tipos de matriz por representarem os agroecossistemas com dosséis mais abundantes da região. Os insetos foram classificados em herbívoros mastigadores e sugadores. Nas paisagens com eucaliptal, tanto mastigadores quanto sugadores apresentaram aumento do número de espécies e indivíduos ao longo do gradiente matriz - floresta. Nas paisagens com cafezal, não houve resposta de mastigadores ao gradiente, enquanto que número de espécies e de indivíduos de sugadores diminuiu da matriz à floresta. Os componentes do habitat que explicaram a distribuição de mastigadores foram: número de espécies arbóreas, de estratos arbóreos e de aranhas. Para sugadores foram densidade de folhas e número de aranhas. Assim, mostramos que matrizes compostas por eucaliptal ou cafezal têm diferentes permeabilidades para insetos herbívoros associados ao dossel. Algumas das variáveis ambientais explicaram ao menos parte da variação destes insetos nestas paisagens: para sugadores, a densidade de folhas pode determinar os padrões encontrados nos dois tipos de matriz, por representar recurso alimentar. Para mastigadores, a diversidade de árvores (heterogeneidade ambiental) e volume de copa (quantidade de recursos) explicaram parte da variação destes organismos, mas não foram suficientes para explicar as diferenças entre tipos de matriz. Concluímos que, ao menos para herbívoros mastigadores, há processos em escala de paisagem, provavelmente relacionados à locomoção, que não são explicados por variáveis ambientais locais. Além disto, nossos resultados mostraram como as duas guildas respondem a escalas espaciais diferentes.
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