Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-22T17:48:34Z No. of bitstreams: 1 lucasesperancadacosta.pdf: 1122065 bytes, checksum: 79d12c7e82484d09c6521efc267c7b2e (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-01-25T18:56:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1 lucasesperancadacosta.pdf: 1122065 bytes, checksum: 79d12c7e82484d09c6521efc267c7b2e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-25T18:56:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 lucasesperancadacosta.pdf: 1122065 bytes, checksum: 79d12c7e82484d09c6521efc267c7b2e (MD5) Previous issue date: 2014-04-11 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo tem por objetivo investigar o texto literário de dois escritores africanos contemporâneos: o romance O vendedor de passados (2004), de José Eduardo Agualusa e Antes de nascer o mundo (2009), do escritor moçambicano Mia Couto. Ambos os romances desenvolvem narrativas durante o período pós-independência e pretende-se observar o processo de formação da identidade neste contexto. Para isso focaremos como as personagens Félix Ventura d‟O vendedor de passados e Silvestre Vitalício, d‟Antes de nascer o mundo, intentam criar novas identidades através do apagamento/ esquecimento da memória. A estratégia adota pelas personagens refletem o momento atual que estes países enfrentam de total descaso com a memória histórica, optando pelo esquecimento ao invés de enfrentar os traumas do passado, revelando, dessa maneira, a crítica presente nas obras. No entanto, esta tentativa de recomeçar uma vida livre do passado torna-se impossível, visto que as memórias sempre retornam. Além disso, percebe-se que o passado histórico faz parte da construção da identidade, desta forma os autores utilizam a metaficcionalização da história como recurso para recontar a história de seus países, possibilitando que estas não sejam esquecidas. Observa-se, também, como o lugar, o home contribui na formação da identidade e do sentimento de pertencimento ao espaço que as personagens ocupam, não apenas no aspecto físico, mas, sobretudo, emocionalmente. Este trabalho tenta mostrar como a literatura produzida por Angola e Moçambique, nesse contexto pós-colonial, exerce o papel de ferramenta na construção da nação e como os autores se propõem neste processo de construção de uma nação soberana. / The aim of this study is to investigate the literary text of two African contemporary authors: the novel O Vendedor de passados (2004), of the Angolan writer José Eduardo Agualusa and Antes de nascer o mundo (2009), of the Mozambican writer Mia Couto. Both novels develop narratives during the post-independence period and intent to observe the process of identity formation in this context. Therefore, we will concentrate how the characters Félix Ventura, of O Vendedor de passados and Silvestre Vitalício, of Antes de nascer o mundo, attempt to create a new identity through the memory extinguishment/oblivion. The strategy adopts for the characters they reflect the current moment what these countries face of total disregard with the historical memory, opting for the oblivion instead of confronting the traumas of the past, revealing, in this way, the present criticism in the works. However, this attempt of recommencing a life without past makes impossible, seeing that the memories always bring back.Besides, it is realized that the historical past makes part of the construction of the identity, in this way the authors use the history metafictionalization like resource to recount the history of his countries, making possible that these are not forgotten. Also, observe how the place, the home contributes in the formation of the identity and of the feeling of belonging to the space that the characters occupy, not only, in the physical aspect, but, especially, emotionally. This work tries to show how the literature produced by Angola and Mozambique, in this post-colonial context, plays the part of tool in the construction of the nation and since the authors intend in this process of construction of a sovereign nation.