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A crítica da faculdade judiciativa no horizonte da metafisica tradicional : alguns pressupostos para o estudo da Terceira Crítica de KantTorino, Luciene Maria, 1971- 14 June 2004 (has links)
Orientador: Fausto Castilho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-04T00:49:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: A presente Dissertação tem como objetivo iniciar um estudo a respeito de alguns pressupostos, cuja investigação se revelou imprescindível para uma compreensão rigorosa e aprofundada da Crítica da Faculdade Judicativa (Kritik der Urteilskraft) de Kant. É possível sustentar que, sem uma tal investigação, a Terceira Crítica se afiguraria quase que impenetrável, já que é amplamente reconhecida por apresentar enormes dificuldades para seus intérpretes, entre as quais, o caráter bastante polêmico que cerca a reunião de seus temas - a Estética e a Teleologia -numa mesma obra critica. Diante dessas dificuldades, definiu-se que este estudo deveria consistir em iniciar uma perspectiva de interpretação da CFJ, através do esforço de delinear um problema no interior de um horizonte mais amplo, antes do que a estrita consideração do texto da obra ou mesmo dos limites da Filosofia Critica de Kant. Sendo, pois, esse horizonte justamente a relação entre Critica e Metafísica, a perspectiva exegética aqui orientou-se para uma interpretação segundo a qual a Terceira Critica procuraria trazer para o âmbito da Filosofia Transcendental alguns pressupostos metafísicos que pareciam ameaçar o edifício critico. E isto implicaria, na verdade, na retomada da discussão com uma das figuras mais
tradicionalmente dogmáticas - diríamos - da Metafísica Clássica, a saber, o finalismo tecnico, a causalidade final, como pressuposto inevitável para pensar e conferir uma inteligibilidade mínima a certos objetos que se apresentam como problema para Kant entre os anos de 1787 - 1790: o vivo, o organismo, a natureza como sistema segundo fins, o belo, o sublime. Assim, partindo de uma explicitaçãodo significado do projeto critico kantiano em sua relação com a MetafísicaTradicional, este trabalho procurou mostrar como e o quanto as significações onto-teológicas da Metafísica Clássica estão arraigadas ao modelo de finalidade tecnica, pressuposto inevitável para pensar um objeto tão avesso aos limites da crítica, como o organismo vivo / Abstract: The objective of this dissertation is to iniciate a study regarding some presuppositions which need to be investigated in order to allow a precise and deepened understanding of Kant's Critique of Judgment(Kritik der Urteilskraft). One can maintain that
without such an investigation, the Third Critiqtle would appear almost impenetrable, inasmuch as it is widely recognized as presenting enormous difficulties for those who wish to interpret it; as, for example, it's highly controversial characteristic of joining the themes
of Esthetics and Teleology in one and the same critical work. Faced with these difficulties, the determinatiol1 was made that this study should cOl1sist of iniciating a perspective of interpretation of the CJ through the effort of delineating a problem in a broader horizon, instead of a strict consideration of the text of the work or even the limits of Kant's Critical Philosophy. Since this horizon is precisely
the relationship between Critique and Metaphysics, the exegetical perspective here directs one to an interpretation according to which the Third Critique attempts to bring metaphysical presuppositions to the ambit of Transcendental Philosophy -presuppositions which appear to threaten the critical edifice. And this, indeed, would result in again taking up the discussion around what one would say is one of the most traditional dogmatic figures of Classical Metaphysics; namely, the technical finality, final causality, as an inevitable presupposition to think about and confer minimum intelligibility to certam objects which present themselves as problems to Kant between the years 1787 and 1790: the living being, the organism, narure as a system with an end, beauty, the sublime. So, taking an explication of the meaning of Kant's project of critique in relation to Traditional Metaphysics as a point of departure, this work seeks to show how and to wbat extent the ontological and teological significations of Classical Metaphysics are deeply rooted in the technical finality, an inevitable presupposition in thinking of an object so contrary to the limits of critique as a living organism / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Kant e a musica na Critica da Faculdade do Juizo / Kant and the music in the Critique of JudgementJusti, Vicente de Paulo, 1950- 14 August 2018 (has links)
Orientador: Jose Oscar de Almeida Marques / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-14T05:15:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: A proposta deste trabalho é verificar o tratamento dado por Immanuel Kant na Crítica da Faculdade do Juízo à música. Sob a aparente desconsideração do autor neste tema, encontra-se uma filosofia densa que provoca reflexões e contribui decisivamente para a discussão sempre atual sobre a apreensão, compreensão e classificação da música. A possibilidade de reconhecermos a música como agradável, bela e sublime constitui-se o núcleo central dos problemas analisados. No primeiro capítulo discutimos os conceitos kantianos apresentados na Terceira Crítica como sensação, sentimento, comoção, afeto, prazer, forma, conformidade a fins, intuição, juízos e reflexão. O problema é verificar se estes conceitos, tal como apresentados por Kant, podem ainda contribuir para a nossa compreensão do fenômeno musical. No segundo capítulo verificamos o mecanismo de funcionamento das faculdades de conhecimento kantianas na apreensão e compreensão do fenômeno musical. O terceiro capítulo é reservado à discussão da possibilidade de classificarmos a música como agradável e as condições desta proposição. A música bela é o tema do quarto capítulo, onde além da discussão do problema que dá nome ao capítulo, analisamos o objeto belo, a teleologia da natureza, a arte mecânica e arte estética, a música bela e a poesia e a teoria kantiana do gênio na produção musical. O quinto capítulo discute a possibilidade e as condições de falar-se em música sublime e as incontornáveis ligações desta classificação com o domínio prático (moral). As conclusões estão centralizadas na questão de que a música bela é a única categoria realmente estética, enquanto a agradável é parcialmente estética e parcialmente prática e a sublime é totalmente prática. A beleza fundada na forma exige a cognição, no sentido de utilização do entendimento sem conceitos. A comoção é aceita na experiência estética se ligada, no sublime, à representação prática (moral) que a arte apresenta ao homem. / Abstract: The aim of this dissertation is to examine Immanuel Kant's treatment of music in his Critique of Judgment. Beneath his apparent neglect for the subject one can find a dense philosophical reflection that decisively contributes to the always current discussion about music perception, understanding and categorization. The possibility of recognizing music as being agreeable, beautiful and sublime is the central interest of the problems I analyze. In the first chapter I discuss Kantian concepts presented in the third Critique such as sensation, sentiment, commotion, affect, pleasure, conformity to ends, intuition, judgment and reflection. My aim here is to decide whether these concepts can still be of use in understanding music as a phenomenon in the way Kant presents them. In chapter two I examine how Kant understands the function of our cognitive capacities in the perception and understanding of music. Chapter three deals with the possibility and conditions for classifying music as being agreeable. Beautiful music is the topic of the fourth chapter, in which I not only discuss the concept of beauty in music, but also analyze the problem of what is a beautiful object, how does teleology work in nature, what is mechanical art as opposed to aesthetic art, beautiful music in its relation to poetry, and the role of Kant's theory of genius in musical creativity. The fifth chapter discusses the possibility and conditions of the sublime in music and the unavoidable links of this category to the domain of morality. My conclusions are that beautiful music is the only really aesthetic category, while the agreeable is only partially aesthetic and partially moral, and the sublime is totally moral. Beauty based on form requires cognition, in the sense of a non-conceptual use of the understanding. Commotion is acceptable in aesthetic experience if it is connected, in the sublime, to a moral representation that art presents to human beings. / Doutorado / Doutor em Filosofia
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