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Em novela de 1897, uma imagem da cidade em direção modernidade Estrychnina: na Porto Alegre do final do XIX, o moderno se envenena de desejo

Moraes, Adriana dos Santos January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:57:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000383026-Texto+Completo-0.pdf: 3001487 bytes, checksum: b8a61ca04945b685859f5a4941affe9d (MD5) Previous issue date: 2006 / Modernity still puts us as subjects of its submission and, maybe, for this reason, it becomes so in vogue, present in identity discussions and space occupations. Spaces where the being's fragmentation occur, where individual is evidenced as subject and culture becomes something like fragmentations of a knowledge. A modernity vision containing a fast imbue of an image of the past, which allows itself to be fixed when it is recognized. It´s the anguish and the resonance in the plots that surround modernity. On the eve of XIX century turning three vriters from Porto Alegre got together in order to tell aspects of the daily life, focusing, among others, those regarding the city development. Mário Totta, Paulino Azurenha and Souza Lobo created Estrychnina, a soap opera written in 1897, an image of the city towards the modernity, in whose drama becomes possible to notice a transitoriness, one of a preterite echoing at the same time with the present. Porto Alegre City at the end of the XIX century was also experimenting through the establishment of new myths the fluidity that came from herself, something modern getting poisoned of desire. News transmitted in Correio do Povo newspaper, at this time, equally revealed aspects where the importance of being in syntony with new ideals were the highlights. Ideals which were mythicized and already lived by other capitals at the center of the country and which were introduced to a society identified with the same ones already. History and Literature being presented as linguistic forms that presuppose a process and strategies of reality organization, passing the X fiction document; X imaginary fact/truth, constituting na approach search, significance and polissemy through the imaginary, they are taken here as reference and source for an analysis regarding the period and vision in question.Feeling impotent in front of the established convention and well demarcated by the society, it noticed itself predestined to the bankruptcy of what projected in him was. This individual, fruit of a social emptiness, enigma of modernity, doesn't feel himself authorized to a full possession of the world and of himself, once to himself and to social life and to nature a character was transferred from another, alterity. Trying to find the stir up far away from the limits of finiteness, which waives to him with a reconciliation and a possible integration with the world he evokes suicide, a breaking with the social ties. Desire for death, necessarily not meaning an opposition to life, can be seen as condition promoting meetings with absolute reality through a more complete life, where death experience is included. Being conceived this way it desires for a fast transformation, it´s affirmed as stopped, wishing any process; more arousing for demanding an answer vitally complete; collision representation with tragedy where the merely personal fades away through the transposition of life inside myth. / A questão da modernidade ainda nos coloca como sujeitos de sua submissão e, talvez, por esta razão, se torne tão em voga, presente nas discussões de identidade e ocupação de espaços. Espaços estes de fragmentação do ser, onde o indivíduo se evidencia como sujeito, e a cultura passa a ser constituída enquanto clivagem de um conhecimento. Uma visão de modernidade contendo perpassado veloz de uma imagem do passado, que se permite fixar quando de seu reconhecimento. È a ânsia e a ressonância nas tramas que circundam a modernidade. Às vésperas da virada do século XIX, três escritores porto-alegrenses se reuniram, a fim de relatar aspectos da vida cotidiana, enfocando, dentre outros, os referentes ao desenvolvimento da cidade. Mário Totta, Paulino Azurenha e Souza Lobo, criaram Estrychnina, novela escrita em 1897, uma imagem da cidade em direção à modernidade, em cujo drama se torna possível perceber essa transitoriedade, a de um pretérito repercutindo concomitantemente com o agora. A cidade de Porto Alegre, ao final do século XIX, experimentava, também, através do estabelecimento de novos mitos, a fluidez que dela advinha, de um moderno como que se envenenando de desejo. As notícias veiculadas no Correio do Povo, a esta época, igualmente revelavam aspectos em que se destacava a importância de estar em sintonia com os novos ideais que, mitificados e já vivenciados por outras capitais do centro do país, apresentavam-se a uma sociedade então já identificada com os mesmos. História e Literatura, ao apresentarem-se como formas lingüísticas que pressupõem um processo e estratégias de organização da realidade, ultrapassagem do documento X ficção; fato/verdade X imaginário, constituindo busca de aproximação, significação e polissemia através do imaginário, são aqui tomadas como referência e fonte para uma análise a respeito do período e visão em questão.Sentindo-se impotente frente à convenção estabelecida e bem demarcada pela sociedade, o indivíduo percebe-se fadado à falência do que projetado nele foi. Este homem, fruto de um vazio social, enigma da modernidade, não se sente autorizado à possessão plena do mundo e de si mesmo, uma vez que a seu interior e da vida social e da natureza foi transferido o caráter de outro, alteridade. Tentando encontrar a subelevação longe dos limites da finitude, que lhe acena com uma reconciliação e integração possível com o mundo, evoca o suicídio, um rompimento com os laços sociais. O desejo pela morte, não significando necessariamente uma oposição à vida, pode ser visto como condição promotora de encontro com a realidade absoluta, através de uma vida mais completa, em que se inclui a experiência da morte. Assim concebida, anseio por uma transformação rápida, ela se afirma como parada e fim de qualquer processo; mais instigante, por demandar resposta vitalmente completa; representação de embate com a tragédia, em que se extingue o meramente pessoal, na transposição da vida para dentro do mito.
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Em novela de 1897, uma imagem da cidade em dire??o ? modernidade Estrychnina : na Porto Alegre do final do XIX, o moderno se envenena de desejo

Moraes, Adriana dos Santos 31 July 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:47:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 383026.pdf: 3001487 bytes, checksum: b8a61ca04945b685859f5a4941affe9d (MD5) Previous issue date: 2006-07-31 / A quest?o da modernidade ainda nos coloca como sujeitos de sua submiss?o e, talvez, por esta raz?o, se torne t?o em voga, presente nas discuss?es de identidade e ocupa??o de espa?os. Espa?os estes de fragmenta??o do ser, onde o indiv?duo se evidencia como sujeito, e a cultura passa a ser constitu?da enquanto clivagem de um conhecimento. Uma vis?o de modernidade contendo perpassado veloz de uma imagem do passado, que se permite fixar quando de seu reconhecimento. ? a ?nsia e a resson?ncia nas tramas que circundam a modernidade. ?s v?speras da virada do s?culo XIX, tr?s escritores porto-alegrenses se reuniram, a fim de relatar aspectos da vida cotidiana, enfocando, dentre outros, os referentes ao desenvolvimento da cidade. M?rio Totta, Paulino Azurenha e Souza Lobo, criaram Estrychnina, novela escrita em 1897, uma imagem da cidade em dire??o ? modernidade, em cujo drama se torna poss?vel perceber essa transitoriedade, a de um pret?rito repercutindo concomitantemente com o agora. A cidade de Porto Alegre, ao final do s?culo XIX, experimentava, tamb?m, atrav?s do estabelecimento de novos mitos, a fluidez que dela advinha, de um moderno como que se envenenando de desejo. As not?cias veiculadas no Correio do Povo, a esta ?poca, igualmente revelavam aspectos em que se destacava a import?ncia de estar em sintonia com os novos ideais que, mitificados e j? vivenciados por outras capitais do centro do pa?s, apresentavam-se a uma sociedade ent?o j? identificada com os mesmos. Hist?ria e Literatura, ao apresentarem-se como formas ling??sticas que pressup?em um processo e estrat?gias de organiza??o da realidade, ultrapassagem do documento X fic??o; fato/verdade X imagin?rio, constituindo busca de aproxima??o, significa??o e polissemia atrav?s do imagin?rio, s?o aqui tomadas como refer?ncia e fonte para uma an?lise a respeito do per?odo e vis?o em quest?o. Sentindo-se impotente frente ? conven??o estabelecida e bem demarcada pela sociedade, o indiv?duo percebe-se fadado ? fal?ncia do que projetado nele foi. Este homem, fruto de um vazio social, enigma da modernidade, n?o se sente autorizado ? possess?o plena do mundo e de si mesmo, uma vez que a seu interior e da vida social e da natureza foi transferido o car?ter de outro, alteridade. Tentando encontrar a subeleva??o longe dos limites da finitude, que lhe acena com uma reconcilia??o e integra??o poss?vel com o mundo, evoca o suic?dio, um rompimento com os la?os sociais. O desejo pela morte, n?o significando necessariamente uma oposi??o ? vida, pode ser visto como condi??o promotora de encontro com a realidade absoluta, atrav?s de uma vida mais completa, em que se inclui a experi?ncia da morte. Assim concebida, anseio por uma transforma??o r?pida, ela se afirma como parada e fim de qualquer processo; mais instigante, por demandar resposta vitalmente completa; representa??o de embate com a trag?dia, em que se extingue o meramente pessoal, na transposi??o da vida para dentro do mito.

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