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Distribuição anual das diatomáceas em região estuarina tropical: Itamaracá-Pernambuco-Brasil

Shirley Xavier da Silva Tiburcio, Andréa 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7054_1.pdf: 7172873 bytes, checksum: 261a1de5b2ef03bb91e711638a0e1b12 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / O sistema estuarino de Itamaracá (Canal de Santa Cruz e estuários dos rios Carrapicho e Botafogo) foi estudado com o objetivo de se determinar a estrutura espaço-temporal da comunidade de diatomáceas e avaliar os padrões ecológicos das espécies, bem como sua correlação com as principais variáveis ambientais. As amostras foram coletadas mensalmente no período de março/2007 a março/2008 em sete pontos fixos, nos regimes de baixa-mar e preamar e em diferentes períodos sazonais através de arrastos horizontais à superfície com duração de 3 minutos, utilizando uma rede de plâncton (64μm de abertura de malha). Foram obtidos dados ambientais como profundidade local, temperatura, transparência da água, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e sais nutrientes. Foram inventariados 171 táxons, destacando-se como espécies dominantes: Chaetoceros curvisetus Cleve, Coscinodiscus centralis Ehrenberg, Odontella regia (Schultze) Simonsen, Meuniera membranacea (Cleve) Silva comb. nov. e Pseudosolenia calcar- avis (Schultze) Sundström com um padrão sazonal demonstrando uma definida sucessão de espécies. A maioria das espécies foram ticoplânctônicas (51,5%), resultantes da pouca profundidade dos estuários e hidrodinamismo local. Os índices de diversidade específica variaram de 0,01 bits.cél-1, mês de janeiro/08, a 4,19 bits.cél-1 Palavras-chave: biodiversidade, diatomáceas, distribuição anual, estuário, Itamaracá em agosto/07. A equitabilidade variou de 0,01, em fevereiro/08 a 0,676 no mês de outubro/07. A análise dos componentes principais mostrou que a salinidade foi o parâmetro que mais influenciou o local de estudo, correlacionando-se diretamente com a profundidade, transparência da água, pH, oxigênio dissolvido e a espécie dominante Meuniera membranacea; e indiretamente com os nutrientes nitrito, nitrato e silicato. O enriquecimento de nutrientes, salinidade e ciclos marés foram os principais fatores limitantes responsáveis pela diversidade de diatomáceas na área de estudo. O ecossistema estudado apresentou leves sinais de impacto ambiental, representado pela presença de espécies dominantes no ambiente, entretanto minimizado pela dinâmica da circulação estuarina que permite uma rápida reciclagem e recuperação do ambiente
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O octocoral carijoa riisei (duchassaing & michelotti, 1860) como substrato biogênico no litoral pernambucano através da análise da carcinofauna associada

Costa, Débora Cavalcanti da 23 December 2013 (has links)
Submitted by Nathália Neves (nathalia.neves@ufpe.br) on 2015-03-04T18:57:29Z No. of bitstreams: 2 Disseração Débora Costa.pdf: 767358 bytes, checksum: 273401fa9801fa34ee45e65f4e1c3182 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T18:57:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Disseração Débora Costa.pdf: 767358 bytes, checksum: 273401fa9801fa34ee45e65f4e1c3182 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-12-23 / FACEPE/CNPq / Carijoa riisei é um octocoral colonial de estrutura densamente arborescente que habita uma grande variedade de substratos e possui extensa distribuição geográfica, sendo muito característico nos recifes e estuários do litoral pernambucano. Pela arquitetura de suas colônias, geram um ambiente bastante favorável à associação com inúmeros organismos como algas, protozoários, esponjas, cnidários, platelmintos, braquiópodos, equinodermos, anelídeos, picnogonídeos, crustáceos, moluscos e cordados. Partindo do pressuposto de que a espécie C. riisei proporciona um microambiente propício à formação de epibiontes, este estudo avaliou o papel ecológico do octocoral como substrato biogênico através da análise da comunidade de anfípodes associada em diferentes ambientes do litoral pernambucano. Para as campanhas realizadas em Porto de Galinhas e Rio Formoso nos períodos seco e chuvoso foi encontrado um total de 26.463 indivíduos pertencentes à ordem Amphipoda, distribuídos em 13 famílias, 15 gêneros e 15 espécies identificadas. As espécies Ericthonius brasiliensis, Podocerus brasiliensis e Dulichiella sp. e a família Corophiidae gen. spp. constituíram os grupos numericamente mais representativos, correspondendo a 89,49% do total de indivíduos encontrados. E. brasiliensis e P. brasiliensis foram responsáveis pelas maiores densidades em ambos locais. Apenas seis táxons apresentaram menos de 10 indivíduos, como a Família Caprellidae e as espécies Grandidierella sp., Colomastix sp., Apohyale media, Ischyrocerus sp. e Latigamaropsis sp., correspondendo a apenas 0,05% do total de indivíduos. As comunidades de crustáceos associados ao octocoral foram significativamente diferentes nos dois ambientes analisados, porem só foram verificadas diferenças significativas sazonais no estuário. As espécies que contribuíram para a dissimilaridade das áreas foram Corophiidae gen. spp. (24,9%), E. brasiliensis (16,74%), P. brasiliensis (13,66%), Stenothoe sp. (10,35), Dulichiella sp. (8,17%), Leucothoe sp. (7,59%), Photis sp. (4,99%) e Amphitoidae gen. spp. (4,45%). Os resultados apontam uma grande diversidade e abundância de crustáceos dessa subordem associados a C. riisei, indicando que esse octocoral oferece recursos para a existência e permanência de epibiontes associados, revelando subsídios para uma possível conclusão que suas colônias estão aumentando a diversidade dos ecossistemas litorâneos pernambucanos, o que a indicaria como uma espécie alvo de conservação que deve ser inserida em políticas públicas de preservação ambiental.
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Geoquímica dos solos e as espécies arbóreas do ecossistema manguezal: estuário do rio Maracaípe, Ipojuca/PE, Brasil

Nova, Fátima Verônica Pereira Vila 31 January 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-05T11:58:45Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Fátima Verônica Vila Nova.pdf: 2860725 bytes, checksum: db1cb6bc6e2d9b296b031b61c4e06127 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T11:58:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Fátima Verônica Vila Nova.pdf: 2860725 bytes, checksum: db1cb6bc6e2d9b296b031b61c4e06127 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A análise dos teores de nutrientes que se encontram nos ecossistemas é fundamental para o conhecimento de sua estrutura e funcionamento. Neste contexto, o comportamento físico-químico dos solos nas espécies de mangue do estuário do rio Maracaípe, Ipojuca/PE, Brasil, foi avaliado como subsídio na compreensão do ecossistema. Para tanto, foram realizadas duas campanhas (setembro/2011 e fevereiro/2012) para coleta de amostras de solos nas espécies Rhizhophora mangle L., Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn, Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke e Conocarpus erectus L. As análises físico-químicas foram efetuadas no Instituto Agronômico de Pernambuco. Foram também medidos, in loco, a salinidade, pH e temperatura da água intersticial, bem como a temperatura do solo na superfície, a 20 cm de profundidade e do ar. Posteriormente, foi realizada uma Análise dos Componentes Principais com o software NTSYS, utilizando os dados abióticos e as espécies, baseado na análise da correlação momento-produto de Pearson. Os dados apontaram um gradiente de temperatura por espécie que seguiu a ordem ascendente R. mangle, L. racemosa, A. schauerianae C. erectus. R. mangle foi a espécie que apresentou maior adaptação às variações de salinidade. O solo ácido foi preferido pelas espécies R. mangle e L. racemosa, e o solo alcalino, por A. schaueriana e C. erectus.A concentração dos macronutrientes analisados, como o Magnésio, Sódio, Cálcio e Pótássio, que chegam ao ecossistema pelas marés, indicam a forte influência marinha no estuário do rio Maracaípe. A fonte dos sedimentos com a característica predominantemente arenosa para o estuário pode estar relacionada com o desmatamento dos mangues, restinga e vegetação adjacentes.A granulometria do solo parece ter influenciado mais nos processos físico-químicos nas espécies R. mangle e C. erectus, nas quais a Areia grossa apresentou maior influência na ACP em associação com os macronutrientes. Os resultados indicaram um padrão definido em relação a alguns parâmetros analisados para cada espécie como temperatura, potencial hidrogeniônico, concentrações de nutrientes, no entanto são necessárias análises complementares, como a concentração de matéria orgânica e composição mineralógica, para uma melhor compreensão dos processos físico-químicos no solo em cada espécie.
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Origem e distribuição de hidrocarbonetos no estuário de Suape - PE

Lemos, Rafael Thompson de Oliveira 31 January 2013 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-05T13:29:04Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO Rafael Thompson de Oliveira Lemos.pdf: 1078520 bytes, checksum: 8a4e2b9b01b627e15dc3df1bd4ca084c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T13:29:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO Rafael Thompson de Oliveira Lemos.pdf: 1078520 bytes, checksum: 8a4e2b9b01b627e15dc3df1bd4ca084c (MD5) Previous issue date: 2013 / CNPq / O Estuário de Suape está localizado no litoral sul de Pernambuco, Brasil, cerca de 40 km da capital Recife. Este estuário está presenciando um rápido desenvolvimento industrial e portuário nas últimas décadas, com a implantação do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). Várias empresas instaladas na região operam cargas com derivados de petróleo, representando uma potencial fonte de hidrocarbonetos para o estuário. Amostras de água e sedimento foram coletadas com o objetivo principal de avaliar a presença de hidrocarbonetos no Estuário de Suape, identificando suas fontes e concentrações, em duas estações do ano (chuvosa e seca). As concentrações de hidrocarbonetos de petróleo dissolvidos e/ou dispersos na água foram determinadas usando a técnica de UV-Fluorescência. Os resultados variaram entre 0,05 e 4,59 μg L-1 equivalentes em óleo Carmópolis e entre 0,01 e 1,39 μg L-1 equivalentes em criseno, sugerindo que a região ainda pode ser classificada como não poluída. Algumas concentrações relativamente altas (>1 μg L-1) estão possivelmente associadas a resíduos originados nas atividades portuárias e do estaleiro, bem como a eventuais descargas industriais e lançamentos de resíduos de óleo por embarcações de pesca ou lazer. As concentrações de hidrocarbonetos de petróleo na água foram significativamente menores durante o período chuvoso, provavelmente devido a maior diluição dos contaminantes causada pelo aumento da precipitação e do fluxo de água doce no Rio Massangana. As concentrações de hidrocarbonetos alifáticos (HAs) foram determinadas no sedimento através da técnica de cromatografia em fase gasosa acoplada a um detector de ionização em chama (GC-FID) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) foram determinados através de cromatografia em fase gasosa acoplada a um detector de espectrometria de massas (GC-MS). Os HAs variaram entre <LD e 27,15 μg g-1, e as concentrações de n-alcanos (C12-C35) variaram entre <LD e 6,84 μg g-1. Os resultados indicaram que o material orgânico proveniente de plantas superiores foi a principal fonte de hidrocarbonetos alifáticos, porém sinais de óleo degradado também foram observados em alguns sedimentos. As concentrações de HPAs variaram entre 4,25 e 888,42 ng g-1, e são relativamente baixas quando comparadas a estuários cronicamente impactados. As maiores concentrações foram encontradas próximas do quebra-mar na saída sul do estuário e estão provavelmente relacionadas ao transporte dos contaminantes levados pelas correntes para esta área de menor hidrodinâmica, que favorece a maior deposição dos mesmos. Além disto, os processos de dragagem não ocorrem neste local possibilitando um maior acúmulo de contaminantes. Os resultados indicaram que os HPAs encontrados nos sedimentos são provenientes de duas fontes distintas: introdução direta do petróleo e de compostos gerados em processos pirolíticos, através da queima de combustíveis ou matéria orgânica. Concentrações relativamente elevadas foram observadas para alguns HPAs individuais, representando moderada probabilidade em causarem danos à biota local. Este estudo mostra que as atividades desenvolvidas no estuário de Suape associadas à presença de manguezais na região contribuem para a introdução de hidrocarbonetos, mesmo que em baixas concentrações. Entretanto, devido ao crescente desenvolvimento do CIPS, incluindo a refinaria Abreu e Lima que iniciará suas operações em breve, é essencial que um programa de monitoramento contínuo seja implantado.
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Variação temporal da meiofauna e da nematofauna em uma área medioterrânea da bacia do Pina (Pernambuco, Brasil)

José Victor de Castro, Francisco January 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:01:44Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8321_1.pdf: 1845049 bytes, checksum: 364779744fd96fed61fd7a6334b98f06 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A bacia do Pina vem sendo estudada ao longo dos anos na aferição dos poluentes orgânicos. Cinco rios desembocam neste local com grande carga poluidora comprometendo a qualidade do pescado, que é tão explorado pela população de baixa renda, que habita as adjacências, e o comercializa nos mercados públicos da cidade do Recife. Porém, até o momento, apenas um trabalho foi realizado com a meiofauna e mais especificamente com a nematofauna, embora esta desempenhe um importante papel na teia trófica bentônica. As amostras biosedimentológicas foram coletadas semanalmente, durante 3 meses, na estação de menor pluviosidade (janeiro, fevereiro e março) e 3 meses na estação de maior pluviosidade (junho, julho e agosto) do ano de 1999, em um transecto fixo no médio litoral com 5 réplicas aleatórias, sempre na baixa-mar, perfazendo um total de 120 amostras. Utilizou-se um corer de 5 cm de comprimento por 2,5 de diâmetro interno. Leituras de temperatura foram efetuadas conjuntamente com a parte biótica, assim como foram amostrados sedimentos para análise granulométrica e matéria orgânica. Mensalmente, no dia de menor amplitude de maré, coletou-se água com garrafa de Nanssen para verificação do teor de oxigênio dissolvido, DBO e salinidade, a fim de monitorar a variação da carga poluidora temporal do estuário. Os Nematoda foram separados para montagem de lâminas permanentes, integralizados em lista taxonômica e analisados quanto à estrutura populacional e composição trófica. Utilizou-se programas estatísticos para correlacionar os parâmetros abióticos com a meiofauna e a nematofauna. Qualitativamente, a composição meiofaunística foi a mesma nos dois períodos estudados, sendo composta por 10 táxons: Turbellaria, Gastrotricha, Nematoda, Rotifera, Tardigrada, Polychaeta, Oligochaeta, Acari, Ostracoda e Copepoda. A maior densidade média mensal meiofaunística ocorreu em março (3126,5 ind. 10 cm-2) deste, 90% é composto por Nematoda e a menor em agosto (1291,15 ind. 10 cm-2) com 97% de Nematoda. Semanalmente, a maior densidade observada ocorreu na última semana de junho (4785,2 ind. 10 cm-2) com 84 % de Nematoda. A menor ocorreu na primeira semana de janeiro (453, 25 ind. 10 cm-2) com 63 % de Nematoda. A nematofauna esteve composta por três ordens: Enoplida, com três famílias e quatro gêneros, Chromadorida, com cinco famílias e treze gêneros e Monhysterida, também com cinco famílias e dez gêneros. Os gêneros encontrados foram: Anoplostoma, Astonema, Axonolaimus. Chromadorita, Chromaspirinia, Daptonema, Desmodora, Halalaimus Halichoanolaimus, Linhomoeus, Marylynnia, Metachromadora, Oncholaimus, Paracanthonchus, Paracyatholaimus, Paramonohystera, Parodontophora, Pomponema, Prochromadorella, Pseudochromadora, Sabatieria, Spirinia, Terschellingia, Thalassomonystera, Theristus, Tricotheristus e Viscosia. O padrão temporal apontou o período chuvoso com as maiores densidades correlacionadas positivamente com a matéria orgânica e o selecionamento dos grãos. A nova espécie do gênero Spirinia sp.n , mostrou-se resistente às condições fisico-químicas impostas pelo ambiente, pois foi dominante em quase todo o período estudado, salvo quando o contingente pluviométrico começou a diminuir (final de julho, início de agosto). Nessa situação Therschelingia e Daptonema interferem na dominância. O aporte de matéria orgânica registrada neste estudo, reflete-se na estrutura da comunidade, existindo porém uma combinação de efeitos com a granulometria independentes da estação do ciclo climático. A dinâmica dos parâmetros abióticos em um estuário, aliado a rapidez das mudanças morfofisiológicas dos Nematoda para sobreviver a ambientes extremos, corrobora na importância de monitorar semanalmente essa comunidade para se ter respostas mais precisas sobre esses organismos tão importantes em ambientes salobros
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Influência da eutrofização do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba, Alagoas-Brasil sobre a comunidade fitoplanctônica

marinho de Melo magalhães, Enaide January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:01:59Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8185_1.pdf: 2190408 bytes, checksum: 1e523a298060771e90b484c6c6407a3b (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / As lagunas Manguaba e Mundaú, juntamente com os canais que as interligam constituem o Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba (9° 34 38 9° 45 30 S e 35° 44 00 35° 58 13 W), o mais produtivo ecossistema aquático do estado de Alagoas. Essas lagunas foram investigadas, visando relacionar a estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica com o seu estado trófico e parâmetros ambientais. Coletas de material fitoplanctônico e para análise físico-químicas foram realizadas em 8 estações fixas, durante maré vazante e enchente nos períodos chuvoso (maio a julho/2002) e seco (setembro e novembro/2002). Amostras foram coletadas com garrafas de Van Dorn para o estudo da densidade fitoplanctônica (preservadas com lugol), clorofila a e variáveis físico-químicas e rede de plâncton com 45µm de abertura de malha, para o estudo do microfitoplâncton (preservadas com formol neutralizado a 4%). Foram também realizados experimentos de enriquecimento com as espécies bioindicadoras Microcytis aeruginosa (Kützing) Kützing e Anabaena spiroides Klebahn. O regime de salinidade variou de mesoalino a limnético na Laguna Mundaú e de Oligoalino a limnético na Laguna Manguaba. A transparência da água foi maior no período seco. Os teores de oxigênio dissolvido estiveram entre 1,7 ml.L-1 e 7,8 ml.L-1, com taxas de saturação entre saturado e supersaturado. As concentrações de nutrientes dissolvidos apresentaram amplas variações, sendo significativamente mais elevadas no período chuvoso. Apenas o nitrato não apresentou diferença significativa com relação aos períodos estudados. A razão N:P foi mais elevada no período chuvoso, porém, sempre inferior a 16:1 e o índice de estado trófico (IET) classificou as lagunas como eutróficas e hipereutróficas nos dois períodos. A densidade fitoplanctônica total variou entre 110.000 Cél.L-1 a 9.915.000 Cél.L-1 e a clorofila a entre 4,2 mg.m3 a 221,8 mg.m3. Foram identificados 155 táxons, predominando a divisão Bacillariophyta. A espécie mais abundante e freqüente na Laguna Mundaú foi a diatomácea Skeletonema costatum (Greville) Cleve e na Laguna Manguaba foi a diatomácea Cyclotella meneghiniana Kützing e as cianofíceas Microcystis aeruginosa e Anabaena spiroides. Os indicadores biológicos de eutrofização foram as cianofíceas Anabaena spiroides, Microcytis aeruginosa e Skeletonema costatum que constituíram blooms durante todo ano, indicando elevado processo de eutriofização nas duas lagunas. A diversidade específica e a equitabilidade foram mais altas no período chuvoso. Os valores de diversidade oscilaram entre 0,17 bits Cel.L-1 e 4,81 bits Cel.L-1. A predominância das espécies dulciaquícolas, (51%), evidenciou a maior influência do fluxo limnético no ambiente estudado. Os resultados dos bioensaios demonstraram que o fosfato foi o nutriente que governou o crescimento das microalgas Anabaena spiroides e Microcytis aeruginosa, sugerindo, que as florações das referidas microalgas nas lagunas Mundaú e Manguaba estão sendo ocasionadas, provavelmente, pelo elevado teor deste nutriente no ambiente
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Série temporal do fitoplâncton no estuário de Barra das Jangadas (Jaboatão dos Guararapes-Pernambuco-Brasil)

Rodrigues Lacerda, Sírleis January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:02:22Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8419_1.pdf: 3265859 bytes, checksum: bf395083c7ba98715d8c97e1fc8db04c (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / O estuário de Barra das Jangadas (PE-Brasil), ao sul da cidade do Recife, vem sofrendo grandes impactos antrópicos nos últimos anos, e foi investigado, com o objetivo de avaliar a dinâmica temporal do fitoplâncton e detectar as principais forçantes ambientais. Coletas foram realizadas em uma estação fixa, numa série temporal seqüenciada (sete dias consecutivos) desde uma maré de sizígia a uma de quadratura, correspondendo a dois ciclos diurnos, em intervalos de 3 em 3 horas, num período de 24 horas. Estas amostras foram coletadas no período seco (09 a 15 de janeiro de 2001) e chuvoso (04 a 10 de julho de 2001), através de garrafas de Van Dorn e rede de plâncton (45&#956;m de abertura de malha) sendo as amostras fixadas com lugol e formol neutro a 4%, respectivamente. Paralelamente foram coletadas amostras para o estudo da clorofila a e parâmetros hidrológicos. A salinidade foi mais elevada no período seco e preamares; o oxigênio dissolvido nas preamares e marés enchentes do mesmo período e os elementos nutrientes, no período chuvoso e baixa-mares. Foram identificados 266 táxons, destacando-se como espécies dominantes e que caracterizam o ambiente, as diatomáceas: Cyclotella meneghiniana e Coscinodiscus centralis, as cianofíceas: Microcystis flos-aquae, Microcystis aeruginosa e Oscillatoria sp.1 e a clorofícea: Sphaerocystis sp., constatando o predomínio de espécies de água doce e marinhas (49 e 48%), respectivamente. Quarenta e oito espécies foram registradas como novas ocorrências para Pernambuco. A biomassa fitoplanctônica apresentou valores variando de 8,12 mg.m-3 a 158,6 mg.m3, sendo mais elevada no período seco, coincidindo com a densidade fitoplanctônica que variou de 95x103 Cel.L-1 a 7.830x103 Cel.L-1. O período seco esteve caracterizado por florescimentos constantes do grupo das diatomáceas e fitoflagelados, enquanto que, o período chuvoso foi caracterizado por florescimentos das clorofíceas, cianofíceas e diatomáceas, demonstrando haver uma variação na série temporal neste período. Os resultados obtidos indicam que o estuário de Barra das Jangadas é um ambiente eutrófico, sujeito a impactos antrópicos, com grande carga poluidora, conduzindo a mudanças na estrutura da comunidade fitoplanctônica e parâmetros ambientais. A precipitação pluviométrica, o ciclo das marés e a salinidade são os principais fatores condicionantes tanto dos parâmetros hidrológicos como da densidade e biomassa fitoplanctônica
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Fitoplâncton do estuário do Rio Formoso (Rio Formoso, Pernambuco, Brasil): biomassa, taxonomia e ecologia

Silva, Marcos Honorato da January 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8356_1.pdf: 1957713 bytes, checksum: 537876d2c4009277765060bd66c9fa95 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 / O estuário do rio Formoso está inserido na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe, no município de Rio Formoso, Pernambuco, localizado a cerca de 92km da cidade do Recife (8º 37 - 8º 41 S e 35º 04 - 35º 08 W). É um importante ecossistema costeiro do litoral sul do Estado de Pernambuco, principalmente, por possuir uma grande biodiversidade com enorme potencial biológico, exercendo um papel de grande importância socioeconômica para a população local. Com o intuito de conhecer a biomassa, a ecologia e a composição da flora planctônica, as variações sazonal e espacial, a influência da pluviometria e dos parâmetros hidrológicos, desenvolveu-se esta pesquisa pioneira na área. As coletas foram realizadas em 2002 em três estações fixas durante o período chuvoso (maio, jun. e jul./02) e de estiagem (out., nov. e dez./02). Os dados de pluviometria se originaram da Estação Meteorológica de Porto de Galinhas (Ipojuca, Pernambuco). Foram registrados in situ dados sobre a profundidade local, a temperatura, a transparência da água e, concomitantemente, coletadas amostras d água com auxílio da garrafa tipo Nansen para a análise dos parâmetros hidrológicos e biológicos. As amostras do microfitoplâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais, com rede de comprimento de 1m e 65&#956;m de abertura de malha, durante 3 minutos. Mediu-se a biomassa fitoplanctônica através das concentrações de clorofila a. Foram identificados 204 táxons infragenéricos sobressaindo às diatomáceas com 75% do total da comunidade. Destacaram-se tanto em abundância relativa como em freqüência de ocorrência: Odontella mobiliensis, Chaetoceros costatus, Chaetoceros curvisetus, Chaetoceros sp, Coscinodiscus centralis, Bacillaria paxillifera, Lithodesmium undulatum, Paralia sulcata, Nitzschia sigma, Chaetoceros lorenzianus, Gyrosigma balticum, Surirella febigerii e Entomoneis alata. Destacaram-se ainda Trachelomonas sp e Phacus acuminatus com percentuais elevados de abundância relativa no período de estiagem nas baixas-mares. Os dinoflagelados constituíram o segundo grupo da flora, seguido das cianofíceas, clorofíceas, euglenofíceas e dos silicoflagelados. Os índices de diversidade caracterizaram o ambiente como de média a baixa diversidade específica. A profundidade nas estações de coleta variou de 1,8 a 9,7m; a temperatura (24,5 a 29,5°C), variou sazonalmente com maiores valores no período de estiagem, não foi observada estratificação térmica na coluna d água; transparência da água de 0,25 a 3,67m, com menores valores no período chuvoso; salinidade (1,33 a 36,30), variou desde ambiente oligoalino a eualino, mostrando um gradiente decrescente da estação 3 para 1, a distribuição vertical da salinidade permitiu classificá-lo como sendo do tipo bem misturado; o oxigênio dissolvido (2,92 a 6,25ml.l-1), em geral diminuiu da estação 3 para 1; as taxas de saturação do oxigênio permitiram identificá-lo como de baixa saturação na baixa-mar e, na preamar, como zona saturada; pH manteve-se sempre alcalino, variando de 7,05 a 8,88, com maiores valores nas preamares; nitrito, nitrato e fosfato de valores indetectáveis a 0,48; 6,30 e 0,77&#956;mol.l-1, respectivamente e silicato de 7,14 a 75,63&#956;mol.l-1, maiores concentrações de nutrientes ocorreram durante o período chuvoso e nas baixa-mares, à exceção de silicato; biomassa algal de 2,45 a 70,22mg.m-3, apresentando uma sazonalidade com maiores concentrações no período chuvoso e, em sua maioria, índices elevados, caracterizando o ambiente como eutrófico
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Influência Hidrológica e Grau de Poluição dos Rios Pirapama e Jaboatão no Estuário da Barra das Jangadas (PE-Brasil): Ciclo Temporal

Esteban Delgado Noriega, Carlos January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8365_1.pdf: 3803214 bytes, checksum: 5f69902b321e222770bf64804c7213cd (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O sistema tropical estuarino de Barra das Jangadas (8º14 S e 34º55 W) representa um importante corpo d água da Região Metropolitana do Recife que vem sofrendo uma forte pressão do desenvolvimento urbano e industrial. O objetivo do presente trabalho foi determinar a influência dos rios Jaboatão e Pirapama no estuário de Barra das Jangadas em relação aos parâmetros físicos e químicos, importação e exportação de nutrientes e grau de poluição, detectados em ciclos nictemerais nas duas estações do ano, desde uma maré de sizígia a uma de quadratura. Foram analisados parâmetros climatológicos (pluviometria, evaporação, intensidade e direção dos ventos), hidrológicos (transparência da água, coef. extinção da luz, temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação, demanda bioquímica de oxigênio, sais nutrientes (NHB3B+NHB4B,NOB2PB - P, NOB3PB - P, POB4PB -3 P, SiOB2B)) e físicos (batimetria, intensidade e direção das correntes). Para a análise hidrológica, amostras foram coletadas em uma estação fixa (confluência dos dois rios) durante sete dias (de 3 em 3 horas) no período de janeiro/2001 e julho/2001. Para a determinação do fluxo dos nutrientes foram coletadas amostras (de 3 em 3 horas) em uma seção transversal (3 estações) na confluência dos rios durante 24 horas (julho/2003). Foi realizada uma Análise dos Componentes Principais (ACP), que explicou aproximadamente 70% da variância total quando foram utilizados todos os parâmetros abióticos (nas duas estações do ano e com os estágios de baixa e preamar), mostrando um contraste entre o oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação, salinidade, pH e temperatura, com os sais nutrientes. Esta análise indicou principalmente a correlação entre o estágio de baixa-mar e nutrientes, indicativo de poluição de origem doméstica e industrial. De acordo com os resultados hidrológicos a temperatura da água variou pouco sazonalmente (28,18 verão a 26,36 - inverno), com maiores concentrações de sal no verão e sem apresentar estratificação vertical (menores a 5 unidades). Valores de oxigênio dissolvido indicam teores acima mais elevados durante o verão, e menores durante o inverno, sendo classificado tanto como zona supersaturada quanto poluída, respectivamente. A demanda bioquímica de oxigênio apresentou teores baixos durante os dois períodos; o pH manteve-se sempre alcalino, excetuando uma leve diminuição durante o estágio de baixa-mar durante o inverno; os nutrientes inorgânicos dissolvidos apresentaram uma marcada sazonalidade principalmente, NHB4B, NOB2B, POB4B e SiOB2B, com maiores teores durante o inverno no estágio de baixa-mar relacionado à maior influência limnética do período. A relação N:P média variou de 25:1 durante o verão a 8,5:1 durante o inverno. O ACQUABMB, calculado evidenciou uma qualidade da água não aceitável para os estágios de baixa-mar no inverno. As concentrações dos nutrientes para o ano de 2003 mostraram um incremento principalmente da amônia, evidenciando um aumento de concentração de 100% em comparação a estudos realizados a dois anos atrás. Esta diferença pode ser atribuída ao aumento da densidade populacional e industrial na zona ribeirinhas dos rios, bem como ao crescimento da vazão continental entre os dois períodos. O estuário caracterizou-se como um exportador de nutrientes e importador de sal durante o período estudado (24 horas), com velocidades absolutas médias de 0,38 m.sP -1 P e fluxos altos principalmente de silicato (1653,11kg.dP -1 P), amônia (174,81 kg.dP -1 P), e sal (3198,13 kg.sP -1 P). O sistema se comportou como um estuário bem misturado do tipo 1, de acordo com a classificação de Hansen & Rattray (1966)
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Avaliação da correlação entre parâmetros de qualidade da água e socioeconômicos no Complexo Estuarino de Santos - São Vicente, através de modelagem numérica ambiental

Alexandra Franciscatto Penteado Sampaio 04 May 2011 (has links)
O Sistema Estuarino de Santos-São Vicente (SESS) está localizado na porção central do litoral do Estado de São Paulo e possui especial destaque pela sua importância econômica, política e ambiental. Na sua bacia de drenagem destacam-se cinco cidades que integram 68% da população da terceira maior região metropolitana do Estado de São Paulo, a Região Metropolitana da Baixada Santista, com cerca de 1.500.000 habitantes. Além de abrigar a região turística mais importante do Estado de São Paulo, a região possui um grande pólo de indústrias de base e o maior porto da América do Sul. Como conseqüência, a área tem sido fortemente ocupada por atividades urbanas, industriais e portuárias, principalmente durante os últimos 60 anos. O elevado aumento da densidade demográfica, caracterizada pela expansão urbana, levou à ocupação irregular da bacia de drenagem do estuário, com forte impacto ambiental e na qualidade de vida e bem-estar humano, já que a oferta de serviços sanitários tem sido incapaz de acompanhar a ocupação demográfica territorial. O presente estudo buscou avaliar o grau e a extensão da contaminação das águas do SESS por esgotos domésticos, através da aplicação da modelagem numérica, para a análise da capacidade de dispersão e diluição de um importante indicador biológico de qualidade da água, a Escherichia coli, presente nas águas residuais urbanas de origem doméstica sem tratamento, principalmente as oriundas de núcleos de habitações desconformes, bem como de habitações em bairros urbanizados mas que ainda não contam com rede coletora de esgoto. Desta forma, este organismo foi utilizado como indicador para estimar a contaminação da água por esgotos e, conseqüentemente, o risco para a saúde humana, dado que o esgoto também contém outras bactérias entéricas de patógenos, vírus e ovos de parasitas intestinais. Resultados dos dados sanitários da ocupação da bacia do SESS apontaram um baixo nível de atendimento sanitário, ocasionado pela ausência de saneamento adequado na região, incluindo bairros urbanizados sem rede coletora de esgoto e uma grande quantidade de moradias precárias irregulares próximas aos corpos dágua. De acordo com os dados obtidos, 90% das cargas residuais de origem fecal humana são despejadas diretamente nos rios e no estuário sem qualquer tratamento convencional. Analisando os resultados de dois cenários de simulação da dispersão e decaimento bacteriológico, verifica-se que o modelo MOHID adotado reproduziu bem os resultados das campanhas de medidas, especialmente o período do inverno. Os resultados de modelagem demonstraram que a alta concentração de Escherichia coli pode estar associada a habitações que não contam com ligação na rede de esgoto. Além disso, a baixa qualidade microbiológica das águas estuarinas, além de ser responsável pela queda da balneabilidade das águas em todo o SESS, também pode, em marés de sizígia, afetar a qualidade das praias da baía de Santos e de São Vicente. A análise dos resultados das campanhas de medidas e das simulações com o modelo apontou elevadas concentrações de coliformes termotolerantes devido a descargas de efluentes urbanos sem tratamento, no canal de São Vicente, no Largo da Pompeba e no canal de Santos, com maiores concentrações no verão. Os resultados demonstram que um esforço metropolitano de melhoria das condições sanitárias das habitações poderia trazer conseqüências muito positivas, uma vez que estes problemas oriundos das submoradias existentes ocorrem de forma acentuada nas cinco cidades. A metodologia utilizada provou ser um instrumento eficaz para integrar os aspectos sócio-econômicos com as questões ambientais, sendo de muita utilidade como instrumento base para tomadas de decisões pelos agentes locais e para a formulação de políticas públicas para futuras ações visando o planejamento das ocupações territoriais e sua infraestrutura necessária. Na área de estudo, este método pode ser de especial relevância para a análise das conseqüências da atual explosão no setor imobiliário ocorre na região, causado pelas perspectivas em relação ao desenvolvimento da exploração do petróleo na região oceânica. / The Santos-São Vicente estuarine system (SESS) is located in the central portion of São Paulo state\'s coast and holds a special status for its economic, political and environmental importance. In its draining basin five cities integrate 68% of the population of the third largest metropolitan region in the state of São Paulo, the Metropolitan Region of Baixada Santista, with about 1,500,000 inhabitants. Besides being the most important touristic region of the state of São Paulo, the region holds a large basic industrial pole and the largest port in South America. As a consequence, the area has been occupied by urban, industrial and portuary activities, mainly in the last 60 years. The high increase of demographic density, characterized by urban expansion, led to an irregular occupation of the draining basin, with a strong impact on environment, quality of life and human welfare, since the sanitary services supply has been unable to catch up with the territorial demographic occupation. The present study was sought to assess the degree and the extension of contamination in the water of the SESS by domestic sewage, through the application of numeric modeling, for the analysis of dispersion and dilution capacity of an important biological indicator of water quality, Escherichia coli, present in residual urban waters of domestic origin without a treatment from irregular housing nuclei, as well as housing in urbanized neighborhoods that still don\'t have sewerage networks. Thus, this organism was used as an indicator to estimate the contamination of water by sewage and consequently the hazards for human health, since sewage also contains other enteric bacteria of pathogens, viruses and intestinal parasites\' eggs. Outcomes of sanitary data on occupation of the estuarine system basin pointed at a low level of sanitary servicing caused by the lack of adequate sanitation in the region, including urbanized neighborhoods without sewerage network and a great quantity of precarious housing units near to the bodies of water. According to obtained data, 90% of human fecal-originated residual loads are directly dumped in the rivers and in the estuary without any conventional treatment. Analyzing the results of the two scenarios in simulation of dispersion and bacteriological decay, it was found that the adopted MOHID model reproduced well the results of the measurements campaigns, especially the winter period. The modeling results showed that the high concentration of Escherichia coli might be associated with houses that have no connection to sewerage networks. Moreover, the low microbiological quality of the estuarine waters might affect the the beaches in Santos and São Vicente bay in spring tides, as well as the low balneability indexes all over the SESS. The analysis of results from measurements campaigns and simulations with the model pointed at high fecal coliform concentrations due to dumping of urban effluents without treatment in the channel of São Vicente, in Largo da Pompeba and in the channel of Santos, with largest concentrations in summer. The results show that a metropolitan effort for the improvement of housing sanitary conditions could bring much positive outcomes, since these problems from existing sub-housing units occur significantly in the five towns. The adopted methodology proved to be an effective instrument to integrate the socialeconomic aspects with environmental issues, being useful as an instrument for decisionmaking by local agents and for the formulation of public policies for future actions aiming to the planning of territorial occupations and its necessary infrastructure. In the area of study this method may be of special relevance for the analysis of consequences from the current boom in the real estate sector related to the development of oil exploration in the oceanic region.

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