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Um novo podocnemídeo fóssil de grande porte da formação Solimões (mioceno-plioceno), Acre, Brasil e as relações filogenéticas entre os podocnemidae

Dumont Júnior, Marcos Vitor 24 April 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2013. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2014-03-24T12:20:04Z No. of bitstreams: 1 2013_MarcosVitorDumontJunior.pdf: 1395128 bytes, checksum: a52ab6efb916c235370d1cfda91bac30 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-03-24T12:24:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_MarcosVitorDumontJunior.pdf: 1395128 bytes, checksum: a52ab6efb916c235370d1cfda91bac30 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-03-24T12:24:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_MarcosVitorDumontJunior.pdf: 1395128 bytes, checksum: a52ab6efb916c235370d1cfda91bac30 (MD5) / A família Podocnemidae é representada hoje por oito espécies viventes distribuídas na América do Sul e em Madagascar. A família também possui um rico registro fóssil, encontrado em quase todo o hemisfério sul, com uma grande variedade de formas e tamanhos, assim como uma história paleobiogeográfica complexa. Aqui nós descrevemos uma nova espécie de Podocnemidae fóssil do Mioceno-Plioceno da Formação Solimões do Brasil, Podocnemis manchineri sp. nov., baseada em um casco quase completo, uma carapaça e plastrão fragmentários e uma carapaça fragmentária, compreendendo três diferentes indivíduos. Nós analisamos esse novo táxon e outros cinco táxons conhecidos apenas por material pós-craniano em uma análise de parcimônia usando uma matriz de caracteres extraída da literatura, além de novos caracteres criados nesse estudo baseados na observação da carapaça e plastrão de vários podocnemídeos viventes e extintos. Os resultados indicam que P. manchineri está aninhada dentro do gênero Podocnemis. Nossa análise também valida a posição de outros táxons baseados em carapaças como membros do gênero Podocnemis (e. g. P. negrii¸ P. medemi e P. pritchardi), que têm sido referidos como incertae sedis dentro de Podocnemidae em outros estudos. Além disso, essa análise resolveu o táxon Stupendemys geographicus como mais relacionado ao clado que inclui Bairdemys que o clado que inclui Peltocephalus, dentro de Erymnochelyinae. Adicionalmente, pela primeira vez táxons fósseis foram recuperados (Kenyemys, apenas conhecido por cascos, e Turkanemys) entre a associação comum de Erymnochelys e Peltocephalus, constante em análises filogenéticas com base em dados morfológicos. Comparações morfológicas de material fragmentário da Formação Solimões sugerem que pelo menos um terceiro táxon de Podoncmidae fóssil poderia estar presente na Amazônia Sul-ocidental. Os resultados do presente trabalho foram submetidos ao Journal of Systematic Paleontology, apresentamos aqui o trabalho na forma em que foi submetido ao periódico.
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Análises cromossômicas e filogenéticas em algumas espécies de roedores da região sul do Brasil

Sbalqueiro, Ives José January 1989 (has links)
Resumo não disponível
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Filogenia e classificação dos percevejos-verdes do grupo Nezara Amyot & Serville (Hemiptera, Pentatomidae, Pentanominae)

Schwertner, Cristiano Feldens January 2005 (has links)
Os percevejos-do-mato da família Pentatomidae formam um dos maiores grupos dentre os hemípteros-heterópteros, sendo encontrados principalmente nas regiões tropicais. São exclusivamente terrestres e a maioria das espécies têm hábitos fitófagos, algumas delas registradas como pragas de plantas. A atual classificação do grupo encontra-se em intenso debate, mas a definição de grupos monofiléticos e o estudo das relações entre esses grupos dentro de Pentatomidae ainda são relativamente escassos. Este trabalho aborda o estudo de um grupo de percevejos-verdes (Pentatomidae) historicamente relacionados ao gênero Nezara Amyot & Serville. A análise cladística incluíndo, incialmente, 28 espécies de 11 gêneros de Pentatominae e 53 caracteres morfológicos permitiu a definição de um grupo monofilético que inclui 8 gêneros (6 conhecidos e dois novos), aqui denominado grupo Nezara. As características diagnósticas para o grupo incluem duas sinapomorfias: lobo ventral do tubérculo antenífero desenvolvido e espessamento secundário das gonapófises 9 amplos. Os resultados indicam que o gênero Chinavia, como atualmente configurado, é polifilético. A seguinte classificação para o grupo Nezara, em notação parentética, é proposta: (Pseudoacrosternum((Aethemenes, Nezara) (Genêro1 (Porphyroptera (Neoacrosternum (Gênero2(Chinavia))))))) Os gêneros Glaucias, Acrosternum e Parachinavia não compartilham as sinapomorfias dos gêneros do grupo Nezara e os resultados indicam uma relação mais próxima com outros gêneros de Pentatominae. As espécies Parachinavia prunasis (Dallas) comb. nov. e Neoacrosternum varicornis (Dallas) comb. nov. são transferidas dos gêneros Acrosternum e Chinavia, respectivamente. Com base no padrão de distribuição dos táxons do grupo Nezara, é discutida uma hipótese sobre a origem e diversificação do grupo. Dois novos gêneros são propostos: Schoutedenia gen. nov., para incluir S. distans (Schouteden) comb. nov., e Afrochinavia gen. nov., para incluir A. rinapsa comb. nov. Uma chave dicotômica para identificação, a diagnose dos clados resultantes da análise cladística e a descrição atualizada dos gêneros do grupo Nezara são apresentadas Com base no exame dos holótipos das espécies de Chinavia, as seguintes sinonimias são propostas: Chinavia aequale (Linnavuori, 1975) é sinônimo júnior de Chinavia aliena (Schouteden, 1960); Chinavia amosi (Linnavuori, 1982) é sinônimo júnior de Chinavia kaisaka (Schouteden, 1960); Chinavia bella (Rolston, 1983) é sinônimo júnior de Chinavia nigrodorsata (Breddin, 1901); Chinavia gerstockeri (Bergroth, 1893) é sinônimo júnior de Chinavia pallidoconspersa (Stal, 1858); e Chinavia panizzi (Frey-da- Silva & Grazia, 2001) é sinônimo júnior de Chinavia obstinata (Stal, 1860). Uma lista remissiva das espécies incluídas é fornecida, incluíndo as seis novas espécies de Chinavia Orian descritas neste trabalho: Chinavia vanduzeei sp. nov. do Peru e Brasil (AM, PA); Chinavia schuhi sp. nov. do Peru, Colômbia e Brasil (AM); Chinavia sebastiaoi sp. nov. do Brasil (MS), Bolívia e Paraguai; Chinavia cearensis sp. nov., Chinavia tuiucauna sp. nov. e Chinavia rufitibia sp. nov. do Brasil (CE, BA e PR, respectivamente). No Brasil, são registradas 32 espécies de Chinavia, dentre as quais 18 endêmicas; uma chave pictórica para a identificação das espécies e a diagnose, dados de distribuição e, quando disponível, o registro das plantas hospedeiras de cada uma delas, são apresentados.
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Filogenia molecular, taxas evolutivas, tempo de divergência e herança organelar em Passiflora L. (Passifloraceae)

Muschner, Valeria Cunha January 2005 (has links)
Passiflora é um gênero neotropical que apresenta uma grande variabilidade floral e foliar, o que dificulta enormemente sua classificação taxonômica. A característica mais marcante do gênero é a corona de filamentos em suas flores. Para melhor entender a taxonomia de Passiflora, foram analisadas sete regiões de seu DNA, englobando os genomas plastidial, mitocondrial e nuclear de 104 espécies. Essas espécies incluem 19 dos 23 subgêneros da classificação morfológica antiga e todos os quatro subgêneros da classificação mais recente, também baseada em caracteres externos. Os resultados corroboraram a proposta mais recente, que divide o gênero em quatro subgêneros (Astrophea, Decaloba, Deidamioides e Passiflora), com a adição de mais um, Tryphostemmatoides. Os três subgêneros com o número de espécies mais representativo (Astrophea, Decaloba e Passiflora) formam grupos monofiléticos estatisticamente bem fundamentados. No entanto, Deidamioides não é monofilético em todas as análises e marcadores, enquanto que Tryphostemmatoides é representado por apenas uma espécie. Foram também estudadas as prováveis datas de surgimento de Passiflora e sua diversificação nos três principais subgêneros, através do estudo de quatro regiões do DNA, englobando também os três genomas, em 70 espécies. Verificou-se que o gênero Passiflora deve ter aparecido há cerca de 42 milhões de anos atrás (Ma); Decaloba parece ter sido o primeiro subgênero a se estabelecer (35 Ma), enquanto que os subgêneros Astrophea e Passiflora devem ter se diversificado há 24 Ma Estes dois subgêneros parecem ter tido uma radiação rápida em comparação a Decaloba, que possui árvores filogenéticas com comprimentos dos ramos significativamente maiores que os outros dois. As adaptações morfológicas a diferentes polinizadores devem ter sido as principais responsáveis pela radiação rápida. A herança organelar de dois subgêneros, Decaloba e Passiflora, foi investigada através de um e quatro híbridos interespecíficos, respectivamente. A herança foi estritamente materna para a mitocôndria e o cloroplasto em Decaloba, enquanto que no subgênero Passiflora ocorreu herança materna para o DNA mitocondrial e paterna para o DNA plastidial. Esses resultados reforçam os dados obtidos pela filogenia, no que se refere à diferenciação e diversificação dos subgêneros, pois há evidências de que a herança materna dos cloroplastos seja ancestral em plantas.
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Dinâmica epidemiológica das transmissões do HIV-1 subtipo B

Junqueira, Dennis Maletich January 2015 (has links)
O deslocamento humano e o comportamento sexual são os principais fatores que impulsionaram a pandemia do Vírus da Imunodeficiência Humana Tipo 1 (HIV-1) para o perfil atual. Dentro da extensa variabilidade genética do HIV-1, o subtipo B (HIV-1 B) é a variante mais disseminada geograficamente, relacionando-se a aproximadamente 11% de todas as infecções no mundo. A estrutura intrínseca da transmissão do HIV-1B entre diferentes indivíduos tem valiosa importância para a compreensão da epidemia e para as intervenções em saúde pública. Assim, o presente estudo tem como objetivo caracterizar epidemiologicamente a dinâmica de transmissão e disseminação do HIV-1 subtipo B. Duas abordagens metodológicas foram empregadas: (1) Caracterização genética e temporal da diversidade molecular do HIV-1B em diferentes pontos no Brasil, através de coleta, amplificação e sequenciamento do material genético viral e, (2) Identificação das cadeias de transmissão existentes na epidemia do HIV-1B no Brasil através da seleção de sequências disponíveis em bancos de dados e posterior reconstrução filogenética. Nossos resultados mostram que a epidemia de HIV-1B é largamente influenciada por tendências regionais e sugerem uma maior probabilidade de transmissão do HIV entre indivíduos de mesma origem geográfica. A aparente diferença na prevalência da variante B”-GWGR em distintas regiões do Brasil e a relação de assinaturas genéticas virais com grupos específicos de exposição em determinados pontos do país corrobora a dinâmica epidemiológica localizada. Este isolamento na epidemia, aparentemente particular para o Brasil e demais países da América do Sul, pode ser um reflexo da discreta conexão nodal entre as diferentes cidades no continente, garantindo importante limitação local da epidemia de HIV-1B. Além disso, identificamos um curto prazo na dinâmica de transmissão do vírus entre indivíduos, envolvendo em média 29 meses. No grupo de indivíduos homossexuais/bissexuais (HSH), especificamente, o intervalo foi estimado em um ano. Estes resultados revelam uma dinâmica particular para o grupo HSH na epidemia do HIV-1B, em que o intervalo de tempo entre as novas infecções é muito estreito e possui ampla participação de indivíduos recém-infectados. A ampla coleta de dados e a utilização de métodos estatísticos robustos permitirão melhor entendimento da dinâmica epidemiológica do HIV e, através de programas ativos de saúde pública, podem influenciar no direcionamento de campanhas de intervenção para populações específicas. / The human displacement and sexual behavior are the main factors driving the human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) pandemic to the current profile. Within the extensive genetic variability of HIV-1, subtype B (HIV-1 B) is the most widespread variant being related to approximately 11% of all infections worldwide. The intrinsic structure of the HIV transmission among different individuals has valuable importance for the understanding of the epidemic and for the public health response. Thus, this study aims to characterize the epidemiological dynamics of HIV-1B transmission and dissemination. Two methodological approaches are required: (1) genetic and temporal characterization of molecular diversity of HIV-1B at different points in Brazil, through collection, amplification, and sequencing of viral genetic material, and (2) identification of transmission clusters within the HIV-1B epidemic in Brazil by reconstruction of phylogenetic trees using sequences selected from public databases. Our results show that the HIV-1B epidemic is largely influenced by regional trends and suggest a higher probability of HIV transmission between individuals from the same geographic origin. The apparent difference in the prevalence of the B”-GWGR variant in different regions of Brazil and the relationship of viral genetic signatures with specific exposure groups in certain parts of the country also supports the main influence of local factors in the HIV-1B epidemic. This epidemiological isolation apparently particular for Brazil and other South American countries may be a reflection of the discrete nodal connection between different cities within the continent. In addition, we identified a short-term dynamic spread within the transmission clusters in which the mean transmission time is approximately two years. In the group of homosexual/bisexual (MSM) specifically the intertransmissions interval has been estimated at about 1 year. These results show a specific dynamic in the HIV epidemic for the MSM group, and show a narrow interval between new infections with extensive involvement of newly infected individuals. These data highlight the need for better characterization of the HIV epidemic in Brazil and, in addition, show the need for specific prevention measures for concentrated epidemics. Public health services can be broadly benefited from this kind of information in order to guide intervention programs in public health.
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Filogenia e filogeografia do gênero Hollandichthys Eigenmann 1909 (Teleostei: Characidae)

Thomaz, Andréa Tonolli January 2010 (has links)
Hollandichthys é um gênero de caracídeos inseminadores cujas relações de parentesco e diversidade ainda estão por serem descobertas. Suas relações ainda são incertas, tendo sido considerado como incertae sedis dentro de Characidae. Algumas hipóteses recentes propuseram Hollandichthys como relacionado alternativamente a dois gêneros distintos, Pseudochalceus e Rachoviscus. É considerado como um gênero monotípico habitando pequenos riachos associado à Mata Atlântica (uma das regiões mais endêmicas do mundo), mas esconde uma grande diversidade por trás desta única espécie válida – H. multifasciatus. Para propor as relações filogenéticas de Hollandichthys dentro da família, nós analisamos genes mitocondriais e nucleares representando 41 espécies de Characidae. Para inferir a história evolutiva do gênero, nós sequenciamos 201 espécimes pertencentes a 20 populações de toda sua área de distribuição. Nós propomos aqui o gênero Rachoviscus como o grupo-irmão de Hollandichthys. Além disso, os resultados suportam a evidência de que a inseminação evoluiu independentemente pelo menos três vezes em Characidae. Nas análises filogeográficas, nós inferimos uma separação clara, datada de 1.9 milhões de anos, em dois grupos distintos (Norte e Sul) isolados pelo estuário de Paranaguá. As diversas populações agrupam-se consistentemente em cinco grupos que melhor representam a diversidade molecular e geográfica dos nossos dados. De modo geral, a história evolutiva inferida para esse gênero é estritamente correlacionada com as mudanças climáticas que causaram impacto na área da Floresta Atlântica. Um evento de bottleneck teria ocorrido durante o ultimo máximo glacial, seguido de um crescimento populacional que coincide com a expansão da floresta – de pequenas e isoladas áreas para uma distribuição contínua. / Hollandichthys is a genus of inseminating characid fishes whose relationships and diversity are still to be discovered. Its relationships are uncertain, having been considered as incertae sedis in Characidae. Some recent hypothesis set Hollandichthys alternatively related to two different genera, Pseudochalceus and Rachoviscus. It has been long considered a monotypic genus living in small creeks associated with the Atlantic Forest (one of the most endemic regions in the world), but it hides a great diversity behind a single valid species name - H. multifasciatus. To access the phylogenetic relationships of Hollandichthys we have analyzed mtDNA and nuclear genes representing 41 species of Characidae. To access the evolutionary history of the genus, we have sequenced 201 specimens from at least 20 populations from all distributional range. We found Rachoviscus as sister-group of Hollandichthys. Furthermore, the results support the evidence that insemination evolved at least three times inside this family. In the phylogeographic approach, we found a clear separation in two different groups (North and South) in the area of Paranaguá estuary in the Brazilian Coast, dating from 1.9 Mya, and the several populations consistently arranged into five groups that better fits to the diversity of our molecular and geographic dataset. In a general manner, the evolutionary history inferred for this genus is strictly correlated with the climatic changes that caused impact in the Atlantic Forest area. A bottleneck would have happened during the last maximum glacial, followed by a population growth that coincides with the expansion of the forest - from small isolated areas to a large continuum.
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Disseminação do HIV-1 subtipo B nas Américas

Junqueira, Dennis Maletich January 2011 (has links)
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi largamente disseminada pela população humana a partir da década de 80. Diversos estudos retrocedem o surgimento da epidemia do HIV a vírus infectantes de símios africanos de vida livre e ao conseqüente contato entre estas espécies e humanos. As rápidas taxas evolutivas e a associação às inter-relações humanas foram suficientes para a disseminação e a diversificação das formas virais. Desta forma, a expansão do HIV-1 pelo mundo estabeleceu uma pandemia formada por diferentes variantes virais. O subtipo B foi a primeira forma detectada do vírus e atualmente está presente em um grande número de países, sendo responsável por aproximadamente 10% das infecções por HIV no mundo todo. Fora da África, o subtipo B emergiu na região do Caribe, se disseminou pelos países vizinhos e atingiu os Estados Unidos, onde estabeleceu a pandemia. O traçado geográfico das rotas de disseminação nas Américas a partir do Haiti é, até o momento, difuso ou ausente. O presente trabalho visa investigar a história evolutiva do subtipo B nas Américas e, através de filogenias e análises estatísticas, examinar o papel da América do Sul no estabelecimento da epidemia. Os resultados obtidos sugerem uma participação primária das populações da América do Sul na disseminação do subtipo B. A estruturação populacional e as filogenias corroboram uma ligação epidemiológica importante entre os países do Caribe e os da América do Sul, visto que um clado agrupando isolados sul-americanos emerge diretamente do clado caribenho. Além deste, um grande grupo, formado por sequências das três Américas, denominado cluster pandêmico, compartilha um ancestral comum com o clado da América do Sul. Possíveis explicações para estes resultados envolvem a co-dispersão para as Américas a partir do Caribe e também a intermediação da América do Sul entre o Caribe e os Estados Unidos no estabelecimento da pandemia. Dados históricos de migrações populacionais a partir do Caribe reforçam estes cenários. Os dados apresentados revelam uma nova perspectiva a respeito da epidemia do HIV-1 subtipo B. Além disso, destacam a utilidade de uma abordagem populacional para o entendimento da dispersão da epidemia, contribuindo para a avaliação entre a diversidade viral e a movimentação de populações humanas. / Infections with human immunodeficiency virus (HIV) have been widely disseminated by the human population from the 1980's. Several studies point the onset of the epidemic to virus infecting free-living African apes through blood contact between these species and humans. The fast evolutionary rates and the human relationships were sufficient for the spreading and diversification of the epidemic. Thus, the spread oh HIV-1 established a worldwide pandemic formed by different viral forms. Among them, subtype B was the first form detected and is currently present in a large number of countries, accounting for approximately 10% of HIV infections worldwide. Out of Africa, subtype B likely emerged in Haiti in the Caribbean region, reached neighboring countries and the United States, where the pandemic was established. The geographical layout of the routes of spread within the Americas, so far, is diffuse or absent. This study aimed to investigate the evolutionary history of subtype B in the Americas and, through phylogenetic and statistical analyses sought to examine the role of South America in the pandemic. Our main findings suggest a primary involvement of the populations of South America in the spread of subtype B. The genetic structure of the viral population and the phylogenetic analyses supported an epidemiological link among the countries of the Caribbean and South American ones since a clade grouping isolates from South America emerges directly from the Caribbean. Besides this, a large group, formed by sequences of the three Americas, called pandemic cluster, share a common ancestor with the clade of South America. The co-dispersion to the Americas from the Caribbean and the intermediation of South America between the Caribbean and North America epidemics are explanations to support our results. The data presented here outline a new perspective on the HIV-1 subtype B epidemic. Furthermore, we highlight the usefulness of a population-based approach to understanding the spread of the epidemic, contributing to the assessment between the viral diversity and the movement of human populations.
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Filogenia de Passiflora L. (Passifloraceae) : questões infra-subgenéricas

Zamberlan, Priscilla Mena January 2007 (has links)
O gênero Passiflora L. (Passifloraceae) é composto por mais de 520 espécies, classificadas em quatro subgêneros: Astrophea, Decaloba, Deidamioides e Passiflora. Embora algumas análises filogenéticas tenham sido realizadas nos últimos anos, sua classificação infra-subgenérica permanece em aberto. Com o objetivo de auxiliar na elucidação destas questões e caracterizar novos marcadores filogenéticos para o gênero Passiflora, análises com seqüências do gene plastidial que codifica a maior subunidade da enzima RNA-polimerase de cloroplasto (rpoC1), dos espaçadores internos transcritos do DNA ribossomal nuclear (ITS1 e ITS2) e do íntron b-c do gene nad1 do genoma mitocondrial, foram desenvolvidas para 121 espécies de Passiflora. As análises foram realizadas usando métodos de distância, máxima parcimônia, máxima verossimilhança e inferência bayesiana para cada subgênero em separado e para o conjunto total de dados. A monofilia dos subgêneros Astrophea, Decaloba e Passiflora foi confirmada, embora a monofilia do subgênero Deidamioides permaneça em aberto. Os resultados suportam, ainda, a existência de um quinto subgênero, Tryphostemmatoides. Análises realizadas para cada subgênero em separado demonstraram que esta estratégia é um método eficiente para a análise de marcadores com alta variabilidade entre os grupos, como é o caso dos subgêneros de Passiflora. ITS1 e ITS2 foram os marcadores moleculares mais informativos. Em geral, as superseções, seções e séries dos quatro subgêneros foram não-monofiléticas, sugerindo a necessidade de uma revisão cuidadosa dos caracteres morfológicos tipicamente usados em sua delimitação. / The Passiflora L. (Passifloraceae) genus is composed of more than 520 species, classified in four subgenera: Astrophea, Decaloba, Deidamioides and Passiflora. Although some molecular phylogenetic analyses have been carried out in the last years, its infrasubgeneric classification remains open. With the intent to help to elucidate these issues and to characterize new phylogenetic markers for the Passiflora genus, analyses with sequences of the plastidial gene that codifies the biggest subunit of the RNA-polymerase enzyme of chloroplast (rpoC1), the internal transcribed spacer of nuclear ribosomal DNA (ITS1 and ITS2), and nad1 b-c intron of the mitochondrial genome have been carried out in 121 Passiflora’s species. The analyses have been conduced using distance, parsimony, maximum likelihood, and Bayesian methods for each subgenus separately and for the whole data. The Astrophea, Decaloba and Passiflora subgenera monophyly were confirmed, although the Deidamioides monophyly remains open. The results also support the existence of a fifth subgenus, Tryphostemmatoides. Separated analyses for each subgenus demonstrated to be an efficient method for analysis of markers with high variability between groups, as it is the case of the Passiflora’s subgenera. The ITS1 and ITS2 have been the more informative molecular markers. In general, the supersections, sections and series of the four subgenera were found non-monophyletic, suggesting the need of a careful revision of the morphologic characters typically used for their delimitation.
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Plasticidade foliar em resposta à luz de cinco espécies de Passiflora em ecótonos campo-floresta no sul do Brasil

Cappelatti, Laura January 2013 (has links)
A heterogeneidade ambiental, seja ela espacial ou temporal, traz desafios aos organismos e a forma como eles respondem a ela é através de mudanças no fenótipo para a sobrevivência e fitness (i.e. plasticidade fenotípica). Investigamos se atributos foliares de cinco espécies de Passiflora respondiam de forma plástica à variações na disponibilidade de luz (Radiação Fotossinteticamente Ativa) em ecótonos de floresta-­‐ campo. O estudo abrangeu três regiões geomorfológicas do estado do Rio Grande do Sul e os atributos foliares escolhidos foram: área total e específica, espessura, dureza e forma. Utilizamos informações genéticas e filogenéticas dos indivíduos bem como medidas de luz como preditores da expressão fenotípica. Observamos plasticidade (maior influência do ambiente de luz) em três atributos: SLA, espessura e dureza, apenas observada em três espécies, de clados distintos, indicando que a plasticidade neste grupo não é conservada. Ainda, nestes ecótonos, a dinâmica de expansão e retração florestal pode estar levando à plasticidade de atributos foliares e, possivelmente, de uma radiação adaptativa no recurso de luz, através da criação de oportunidades para as plantas de colonizar novos ambientes.
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Padrão muscular da coxa de arcossauromorfos fósseis : aplicação do cladismo reverso e teste de hipóteses

Kischlat, Edio-Ernst January 2003 (has links)
A metodologia aqui denominada de “Cladismo Reverso” foi aplicada no estudo da musculatura da coxa dos tetrápodes coronais, objetivando o entendimento das origens e inserções musculares femorais e pélvicas de tecodôncios fósseis, mais especificamente em crocodilotársios e avemetatarsálios basais. A idéia central é de que um modelo plesiomórfico hipotético arcossauriano resulta da intersecção entre os modelos plesiomórficos hipotéticos aviário e crocodiliano, e a diferença encontrada entre ambos seria representativa de aquisições no intervalo Archosauria-Aves e Archosauria-Crocodylia. Da mesma forma, o modelo plesiomórfico hipotético sauriano é resultado da intersecção entre os modelos plesiomórficos hipotéticos lepidossauriano e arcossauriano, e as diferenças encontradas em ambos, representativa de aquisições nos intervalos Sauria-Lepidosauria e Sauria-Archosauria. As hipóteses propostas são então testadas em espécimens fósseis, procurando-se seguir seu padrão de diferenciação temporal através de hipóteses cladistas prévias. Estruturas topográficas femorais e pélvicas foram relacionadas às origens e inserções musculares, procurando-se um entendimento homológico para aplicação em futuras análises filogenéticas. Especial atenção foi dado às estruturas comumente denominadas como “trocânteres”. Propostas prévias de reconstruções musculares utilizando formas fósseis foram discutidas e comparadas com o modelo proposto. No que se refere à nomenclatura miológica, foi relacionada sua aplicação em cada grupo coronal, visando hipóteses de homologia e propostas de universalização nomenclatural. Grande parte da nomenclatura sistemática filogenética, principalmente dos intervalos Sauria-Aves e Sauria-Crocodylia, foi revista, com definições nodais e estemáticas, além de proposição de novos nomes. Regras nomenclaturais foram discutidas, também com novas propostas operacionais. É descrito novo material triássico sul-rio-grandense, incluindo táxons dinossaurianos e crocodilotarsianos (Karamuru vorax, tax.n.), com comentários sobre os táxons relacionados, em especial a Staurikosaurus, Guaibasaurus e Prestosuchus. O modelo plesiomórfico hipotético miológico proposto é aplicado e considerações biomecânicas são feitas. Análises filogenéticas prévias são discutidas e alguns resultados são falseados. / The method named “Extant Phylogenetic Brackets Approach” is used in study of tetrapod thigh musculature, trying to understand the femoral and pelvic muscle origins and insertions in fossil thecodontians, mainly in basal crocodylotarsians and avemetatarsalians. The central idea is that an archosaurian hypothetic plesiomorphic model is the result of the intersection between the avian and crocodylian hypothetic plesiomorphic models, and the differences in both are acquisitions in the interval Archosauria-Aves and Archosauria-Crocodylia. In the same way, the saurian hypothetic plesiomorphic model is the result of the intersection between the lepidosaurian and archosaurian hypothetic plesiomorphic models, and the differences in both are acquisitions in the interval Sauria-Lepidosauria and Sauria-Archosauria. The hypothesis proposed are tested in fossil specimens, following their temporal diferentiation pattern using previous cladistic hypothesis. Femoral and pelvic topographic structures were related to muscle origins and insertions, trying a homologic knowledge for application in future phylogenetic analyses. Special attention was dealed to structures commonly denominated as “trochanters”. Previous proposals in myological reconstructions are discussed and compared with the proposed model. In reference to myological nomenclature, its application on each crown group was related, proposing homological hypothesis and universalization of names. Great part of the systematic phylogenetic nomenclature, mainly from the interval Sauria-Aves and Sauria-Crocodylia, were reviewed, applying node and stem based definitions, beyond proposition of new names. Nomenclatural rules were also discussed, with new operational proposals. New material from the Triassic of the State of Rio Grande do Sul (Brazil) is described, including dinosaurian and crocodylotarsan (Karamuru vorax, tax.n.) taxa, with comments on other taxa related, specially Staurikosaurus, Guaibasaurus and Prestosuchus. The proposed myological hypothetic plesiomorphic model is applied with biomechanic considerations. Previous phylogenetic analyses were discussed and some results falsified.

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