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A saga da beleza: um estudo das transformações corporais na experiência travesti .Nogueira, Francisco Jander de Sousa 01 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study focus on the analysis of prostituted transvestites in the city of Fortaleza Ceará. It
presents personal reports about their body transformations, experience that includes a set of
processes, existences and different types of relations. Contrasting identities conceptions that
privilege coherence and linearity, I present trajectories and autobiographical reports
contextualized by discontinuities. Having a feminine subjectivity, transvestites effectuate
transformations on their physical forms, endorsed by forensic medicine or by clandestine
methods. Though they opt to preserve their genitals, having a woman's body is one of their
biggest goals. I understand that the use of these bodies as object of wish exposed in the
"streets goes besides the discussions that permeate the travestilidade as a branded group.
My approach privileges the legitimation of this practice in the perspective of the realization of
wishes and the recognition of the transvestites in the condition of subjects in (trans)
formation. The travestilidade is analysed based on the rituals as performance, as they
consider the possibilities to survive such experience in a pleasurable way or not. In the
fieldwork, I mobilized methodological tools that allowed the apprehension of peculiarities and
expressivenesses concerning to the complex experience of being a woman twenty and four
hours a day. / Este trabalho toma como foco de análise travestis que se prostituem na cidade de Fortaleza-
Ce. São apresentadas narrativas sobre suas transformações corporais, experiência que engloba
um conjunto de processos, vivências e relações. Contrastando com concepções de identidades
que privilegiam a coerência e a linearidade, apresento trajetórias e relatos autobiográficos
contextualizados por descontinuidades. Possuindo uma subjetividade feminina, travestis
efetuam transformações em suas formas físicas, seja com o aval da medicina legal ou na
clandestinidade. Embora façam a opção de conservar suas genitálias, possuir o corpo de
mulher é um dos maiores objetivos das minhas personagens. Entendo que a utilização destes
corpos como objeto de desejo expostos nas ruas vai além das discussões que permeiam a
travestilidade apresentada como um grupo estigmatizado. Minha abordagem privilegia a
legitimação desta prática na perspectiva da realização de desejos e do reconhecimento das
travestis na condição de sujeitos em (trans)formação. A travestilidade é analisada tendo por
base os rituais como performance. São consideradas as possibilidades de vivenciar tal
experiência de forma prazerosa ou não. No trabalho de campo, mobilizei ferramentas
metodológicas que permitiram a apreensão de singularidades e de expressividades
concernentes à complexa experiência de passar por mulher vinte e quarto horas por dia.
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