Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-06-11T19:11:32Z No. of bitstreams: 1 Fernanda Seidl Ferretti.pdf: 1748375 bytes, checksum: 3a14da8caf8aaa4278c345ca3c0a62ed (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-11T19:11:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernanda Seidl Ferretti.pdf: 1748375 bytes, checksum: 3a14da8caf8aaa4278c345ca3c0a62ed (MD5) Previous issue date: 2015-03-25 / Nenhuma / As intervenções de designers que, como consultores, interagem com comunidades de artesãos, para qualificar a produção artesanal e reposicioná-la no mercado consumidor, são populares no Brasil - devido ao seu potencial de gerar desenvolvimento econômico e social para tais comunidades. Investiga-se tais interações a partir da perspectiva do design estratégico, visando a geração de valor através de processos que envolvem múltiplos atores na elaboração de soluções. Objetiva-se a proposição de caminhos estratégicos para a qualificação das consultorias de designers nas comunidades artesanais, visando à promoção de processos de co-design que contribuam para a maior autonomia das comunidades em relação às instituições que fomentam tais intervenções. A partir de uma investigação exploratória, são realizados estudos de caso com três grupos produtores de artesanato que contaram com a presença de designers para o desenvolvimento de seus produtos. Analisa-se a trajetória e processos de criação de artefatos destes grupos, e descreve-se um ambiente projetual em que a estrutura organizacional e as relações interpessoais influenciam a atuação dos designers e a continuidade do projeto, e a introjeção das competências dos consultores, e o fortalecimento da rede de valor dos grupos favorecem a autonomia dos artesãos. Sintetizam-se quatro proposições centrais: 1) a atuação do designer como um agente de capacitação do grupo na cultura do design; 2) a criação de um espaço de co-design condutivo a uma experiência imersiva, favorecendo simultaneamente as relações interpessoais e a projetação colaborativa; 3) a facilitação do processo de co-design e da capacitação dos artesãos, a partir de instrumentos que combinam pesquisas metaprojetuais e o desenvolvimento das relações entre os participantes; 4) o fortalecimento da rede de valor dos grupos através de colaborações horizontais intergrupais. / The interventions of designers who, as consultants, interact with communities of artisans to qualify handicraft production and reposition it in the consumer market, are popular in Brazil - because of their potential to generate economic and social development for such communities. These interactions are investigated here through a strategic design's perspective, aiming at value creation through processes that involve multiple actors in the development of solutions. The objective of this research is to propose strategic paths for the qualification of design consultancies for handicraft communities, aiming to promote co-design processes that contribute to the community's greater autonomy in relation to the institutions that promote these interventions. As part of an exploratory investigation, three case studies are conducted, involving communities of artisans where designers helped to develop artifacts. The development paths and the artifact creation process of these groups are analyzed, leading to the description of a designing environment where the organizational structure and the relationships between participants have an influence on the designers work and the continuity of the project; and the introjection of the consultant's skills, and the strengthening of the community's value network contribute towards the artisan's autonomy. Four central propositions are therefore defined: 1) the role of the designer as a qualification agent in design culture; 2) the creation of a co-design space which conducts to an immersive experience while promoting interpersonal relationships and collaborative design; 3) the facilitation of the co-creation process and qualification of artisans through instruments that combine research on a metadesign level and the development of interpersonal relations; 4) the strengthening of the groups value network through horizontal intergroup collaborations.