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Contribuição Palinológica ao estudo da evolução do Manguezal do Rio Itanhaém, Litoral Sul de São Paulo / Late Holocene development of a mangrove ecosystem in southeastern Brazil (Itanhaém, state of São Paulo): palynological contributionAmaral, Paula Garcia Carvalho do 18 June 2003 (has links)
O registro palinológico de manguezais atuais é, de uma maneira geral, pouco estudado. A maioria dos trabalhos foram realizados na região Indo-Pacífica (India, Polinésia e Norte da Austrália), de modo que pouco se sabe sobre registros palinológicos deste ecossistema na região do Atlântico Sul. Os trabalhos realizados na costa brasileira são restritos a poucas áreas, tendo em vista a ampla distribuição de bosques de mangue ao longo do litoral do Brasil. Neste contexto, esta pesquisa buscou contribuir para o conhecimento da evolução de um ecossistema de manguezal, através da análise palinológica de testemunho coletado em sedimentos do manguezal de Itanhaém, litoral sul de São Paulo. A planície costeira de Itanhaém possui cerca de 50 km de comprimento e largura máxima de 15 km. A margem do rio Itanhaém e de seus afluentes são ocupadas, a jusante, por densa mata de restinga, em sua maior parte em condições primárias de conservação e, a montante, próximo das encostas da serra do mar, por floresta tropical (mata atlântica). Próximo à foz do rio Itanhaém existe uma área de aproximadamente 3,5 km2 ocupada por manguezal pouco degradado. Além da análise palinológica de um testemunho raso (135 cm) coletado na área de manguezal, foi realizada a calibração dos ecossistemas presentes (manguezal, restinga e mata atlântica) em termos de chuva polínica moderna. Ao longo do testemunho, foram coletadas amostras para a análise palinológica em intervalos de 4 cm e foram selecionados quatro níveis, de acordo com mudanças no tipo de sedimento, para datações 14C. Pelos resultados obtidos, através da análise palinológicas das amostras do testemunho, foi possível observar uma forte influência dos gêneros de mata tropical no registro polínico do manguezal. Estes dados, aliados a dados da bibliografia, mostraram diferenças significativas no registro palinológico de manguezais das regiões sudeste-sul e norte-nordeste. Trabalhos realizados na região norte-nordeste apresentaram registros com super-representação de pólens de Rhizophora, enquanto que os trabalhos feitos na região sudeste-sul indicaram pouca quantidade de pólens de associação típica de mangue (Rhizophora/Avicennia) e grande quantidade de taxa polínicos de mata. Esta diferença pode ser explicada pela distância que separa os manguezais da mata atlântica. A análise dos dados obtidos permitiu a elaboração de um modelo para explicar a evolução do manguezal de Itanhaém. O manguezal de Itanhaém deve ter surgido nesta região há pelo menos 1300 anos AP. Há cerca de 1000 anos AP este ecossistema deve ter se expandido até áreas próximas ao local onde o testemunho foi coletado e colonizado a área do testemunho por volta de 330 anos AP. A evolução do manguezal de Itanhaém estaria relacionada à dinâmica sedimentar do estuário. Desta forma, o desenvolvimento e expansão da vegetação de mangue teria ocorrido com o aumento da faixa de intermaré do estuário, provocado por progradação de deltas de cabeceira de baía. / There are few studies about palynology of modern mangroves. Most of them were carried out in the Indo-Pacific region (India, Polynesia and north of Australia). Palynological studies of mangroves of the south Atlantic coast are scarces and poorly studied. In this context, the main objective of this research was to describe the modern mangrove evolution through the pollen record observed from core samples collected in the Itanhaém mangrove area, State of São Paulo (SE, Brazil). The Itanhaém coastal plain is 50 km leight and 15 km of maximum width. The area drained by the Itanhaém river is occupied, by rain forest upstream and by coastal forest (restinga) downstream. The mangrove has an area of 3,5 km2 and is located dowstream the Itanhaém river estuary. A 135 cm deph core was collected inside the mangrove and the core samples analyses were based on modern pollen rain results. The adopted sample interval was 4 cm. The chronology of the palynological record was established by four 14C ages. The results show that there is a strong influence of rain forest taxa on the mangrove pollen spectra. This was observed in other analysis from mangroves of the southern and southeastern coast of Brazil. On the other hand, the northern mangroves are characterized by high percentages of mangrove taxa (Rhizophora and Avicennia). This difference can be explaned by the distance between the mangrove and the rain forest. In the south and southeast regions the rain forest is very close to the mangroves areas. We were able to build a conceptual model of evolution for the Itanhaém mangrove. The Itanhaém mangrove development started at least 1300 yr BP. The mangrove expansion should have occurred within the regional increase of the intertidal zone, provoked by the estuary sedimentary filling. At about 1000 yr BP, the mangrove expanded until areas where the core was collected and colonized this area around 300 yr AP. These results show that the evolution of the Itanhaém mangrove is related to the sedimentary dynamic of the estuary. This work differs from previous analysis that usually interpret the palynologycal record in terms of climatic changes.
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Reconstituição paleoclimática do holoceno recente com base em estalagmites da região central do Estado da Bahia / Paleoclimate reconstruction of recent Holocene based in stalagmites of central state of BahiaNovello, Valdir Felipe 12 April 2012 (has links)
A partir de registros de \'delta ANTPOT.18 O\' e \'ANTPOT.13 C\' e das taxas de crescimento de espeleotemas precisamente datados pelo método U-Th foi possível reconstituir a paleopluviosidade dos últimos 3 mil anos da região central do estado da Bahia. Os registros de alta resolução (\'DA ORDEM DE\' 4 anos) propiciaram caracterizar a influência dos padrões atmosféricos e da temperatura da superfície do mar (TSM) observados atualmente nos oceanos Atlântico e Pacífico na paleoprecipitação da região. Através da comparação direta entre os dados de \'delta ANTPOT. 18 O\' da estalagmite TR5 (com resolução amostral de 6 meses) com estações de monitoramento pluviométrico da região, foi possível relacionar as variações do \'delta ANTPOT. 18 O\' do espeleotema com a variação da pluviosidade mostrando que, valores mais negativos no registro isotópico são representativos de maior precipitação e vice-versa. Essa relação está de acordo com o fator \"amount effect\", que atua na variação das razões isotópicas do oxigênio da chuva na região tal como foi identificado em estudos da série histórica de monitoramento das estações IAEA-GNIP e por simulações computacionais que mostram a variação dos valores de \'delta ANTPOT. 18 O\' na atmosfera. O registro paleoclimático mostrou que uma progressiva aridificação vem ocorrendo na região central da Bahia nos últimos 3 mil anos, acompanhando o aumento da insolação de verão. Nesse intervalo de tempo, foram encontradas sequências de eventos úmidos abruptos que ocorrem periodicamente em escala centenial. Entre esses eventos, destaca-se o que ocorreu entre \'DA ORDEM DE\' 822-642 A.C. que é coincidente com intervalo de extremo frio na Europa e com o período de mínimo solar detectado na variação da irradiância. Já, durante a Anomalia Climática Medieval (ACM) e a Pequena Era do Gelo (PEG) o registro mostrou condições secas próximas a detectadas atualmente. Através de análises estatísticas realizadas nas séries temporais obtidas a partir do registro paleoclimático das estalagmites, foi detectado uma periodicidade de \'DA ORDEM DE\' 65 anos correlata com a Oscilação Multidecenal do Atlântico (OMA) em todo o registro da parte central da Bahia. Influências decorrentes da TSM do oceano Pacífico mostraram-se presentes durante eventos abruptos e períodos anômalos úmidos e secos. / We present the first high resolution (\'DA ORDEM DE\' 4 years) precipitation record from central portion of Bahia state, covering the last \'DA ORDEM DE\' 3000 yrs from \'ANTPOT. 230 Th-dated\' stalagmites oxygen isotope records. Our record shows abrupt fluctuations in rainfall tied to variations in the intensity of the South American summer monsoon (SASM), including the periods corresponding to the Little Ice Age (LIA), the Medieval Climate Anomaly (MCA) and a period around 2800 yr B.P. Unlike other monsoon records in southern South America, dry conditions prevailed during the LIA in the Nordeste. Spectral, wavelet and cross-wavelet analyses of our record detected several periodicities from multidecadal to centennial time scales, particularly centered on 65 and 210 years, which have been linked to Atlantic sea surface temperature (SST) variations and solar variability, respectively. Here we show that changes in SASM activity in the region are mainly associated with variations of the Atlantic Multidecadal Oscillation (AMO) and to a lesser degree caused by fluctuations in tropical Pacific SST. Comparisons between TR5 \'delta ANTPOT. 18 O\' stalagmite record (\'DA ORDEM DE\' 6 mouths resolution) with local meteorological station showed that variations in \'delta ANTPOT. 18 O\' speleothem composition are in agreement with variations in the amount of rainfall over central Bahia. The same correlation was also identified in computing simulations based on IAEA-GNIP monitoring stations data. The \'delta ANTPOT. 18 O\' speleothem record shows a clearly trend toward dry conditions in central Bahia since the last 3 thousand years in agreement with solar insolation curve. In addition, the \'delta ANTPOT. 18 O\' record od DV2 sample shows several sequence of wet event at centennial time-scale. Among these events we call attention to the event occurred at \' DA ORDEM DE\' 822-642 D.C., coincident with an abrupt cold event recorded in Europe and with a minimum of solar irradiance. In other hand during the MCA and the LIA the record shows dry conditions, close to current values.
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Late Holocene Environmental Change Across the Canadian ArcticTamo, Camille 21 February 2019 (has links)
Lake sediment cores spanning the last 2000 years from four sites across the Canadian Arctic Archipelago (CAA) document the responses of terrestrial and freshwater ecosystems to regional climate variability. Biogenic silica (BSi) records in cores from Banks Island, NWT (Lake B503; 72.3245, -123.4036, 84 masl), Bathurst Island, Nunavut (PR01; 75.6497, -99.1144, 30 masl), Prince of Wales Island, Nunavut (SW08; 72.3177, -97.2678, 104 masl), and Ellesmere Island, Nunavut (CV03; 79.9211, -82.9348, 363 masl) were used to examine the relationship between diatom production and climate. A pollen record from Prince of Wales Island provided the first high-resolution July temperature reconstruction for the last 1000 years for the central CAA.
Dissolution was evident in three out of the four lakes; core SW08 contained no BSi above detection and cores CV03 and PR01 only contained values above detection in the uppermost sediments, suggesting that the preservation of biogenic silica (BSi) in the sediment is likely influenced by sedimentary carbonates. A BSi sequence from core B503 showed that diatom production was affected by climate changes such as the Medieval Climate Anomaly and the Little Ice Age.
The vegetation on southern Prince of Wales Island underwent marked transitions during the Little Ice Age and Medieval Climate Anomaly, which was mainly observed in the proportion of Cyperaceae and Poaceae. The mean July temperature reconstruction showed a long-term cooling from 1080-1915 CE with a sustained cold period from 1800-1915 CE prior to 20th-century warming. A synthesis of paleoclimate records from across the Arctic demonstrated that pollen-based reconstructions record both high and low frequency climate variability, when sampling resolution is sufficient, and can improve regional climate reconstructions.
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Reconstitution de la fréquence des écroulements rocheux post-LGM dans le Massif du Mont-Blanc / Reconstruction of the frequency of rockfalls and rock avalanchesin the Mont Blanc massif since the Last Glacial MaximumGallach, Xavi 12 October 2018 (has links)
La haute montagne est un terrain particulièrement sensible aux variations climatiques. La hausse de température depuis plusieurs décennies a un fort impact sur les parois du massif du Mont Blanc : la dégradation du permafrost s’y traduit par une activité gravitaire majeure. Une augmentation du nombre d'écroulements (>100 m3) liés à des périodes chaudes a en effet été mis en évidence à plusieurs échelles de temps, lors des étés particulièrement chauds de 2003 et 2015 comme au cours des trois dernières décennies. La fréquence des écroulements dans le massif devrait continuer à s’accroitre avec l’augmentation de la température au 21e siècle.En revanche, la fréquence des écroulements dans le massif antérieurement à la fin du Petit Âge Glaciaire (PAG) est très largement inconnue. Pendant l'Holocène voire le Tardiglaciaire, les écroulements dans le massif du Mont Blanc ont-ils également été favorisés par les hausses de température ? Pour répondre à cette question, cette thèse poursuit quatre objectifs :i. Dater un grand nombre d'écroulements dans la partie centrale du massif pour comprendre leur distribution pendant l'Holocène et le Tardiglaciaire. L'âge des niches d’arrachement est obtenu par datation cosmogénique.ii. Vérifier les possibles corrélations entre périodes à forte occurrence d’écroulements et périodes climatiques post-glaciaires.iii. Quantifier le volume des écroulements par reconstruction 3D de la forme des blocs écroulés, et étudier la relation entre volumes écroulés et périodes climatiques.iv. Etudier la relation entre âge d'exposition et couleur des niches d’arrachement quantifiée avec la spectroscopie de réflectance.Un total de 70 surfaces a été échantillonné dans les parois du massif au cours de trois campagnes de terrain en 2006, 2011, et 2015-2016. Les âges d'exposition de 63 surfaces ont été obtenus, compris entre 30 ± 20 ans et 100.50 ± 8.50 ka. Trois groupes d’âges peuvent être corrélés aux périodes climatiques chaudes que sont : les Périodes Chaudes de l'Holocène moyen (7.50 – 5.70 ka), l'Optimum de l'âge de Bronze (3.35 – 2.80 ka) et le Période Chaude Romaine (2.35 – 1.75 ka) ; un quatrième groupe d'âges est daté entre 4.91 et 4.32 ka. Le groupe d'âges le plus nombreux, entre 1.09 ka et l'Actuel, aux volumes généralement réduits, est interprété comme représentatif de l'activité gravitaire annuelle du massif avec le climat actuel.Les données spectrales des échantillons datés ont permis de développer un index de la couleur du granite (GRIGRI) par combinaison des valeurs de réflectivité de deux longueurs d'onde différentes. Cet index est corrélé avec l'âge d'exposition (R=0.861) ; il a permis de proposer la datation de 10 échantillons d'âge inconnu à partir de leurs caractéristiques spectrales. / High mountain is particularly sensitive to climate variations. The raising temperature that is currently taking place due to climate change has a strong impact on the Mont Blanc massif rock walls: a higher rockfall (>100 m3) occurrence has been noticed, caused by permafrost thawing. The raising in number of rockfalls has been successfully correlated to warm periods at different timescales, e.g., during extreme warm episodes like the 2003 and 2015 heat waves, and during the last 30 years. According to the expected raising temperatures, during the 21st century rockfall occurrence should continue to rise.Rockfall frequency in the Mont Blanc massif before the Little Ice Age is still largely unknown. During Lateglacial and Holocene, high occurrence has been related to warm periods as well? In order to answer this question, this PhD thesis has four aims:i. To date several rockfalls having taken place in the central part of the Mont Blanc massif, in order to understand their frequency during Lateglacial and Holocene. Exposure age of rockfall scars is obtained using Terrestrial Cosmogenic Nuclide dating.ii. To verify possible relationships between high rockfall occurrence periods and post-glacial climate periods.iii. To quantify rockfall volumes by means of 3D reconstruction of the rockfall shapes, to explore the possible relationship between cumulate volumes and climate periods.iv. To study the relationship between exposure ages and colours of rock surfaces. Colours are quantified by reflectance spectroscopy.A total of 70 rock surfaces have been sampled during three field campaigns that took place in 2006, 2011 and 2015-2016. 63 exposure ages were obtained, ranging 30 ± 20 a to 100.50 ± 8.50 ka. Three age clusters can be correlated to warm periods, corresponding to: two Holocene Warm Periods (7.50 – 5.70 ka), the Bronze Age Optimum (3.35 – 2.80 ka) and the Roman Warm Period (2.35 – 1.75 ka). A fourth age cluster has been detected with ages ranging 4.91 – 4.32 ka. The biggest cluster, ranging 1.09 ka – recent, shows rather small volumes. This is interpreted as the normal erosion activity corresponding to the current climate.The samples reflectance spectra allowed to develop a granite colour index (GRIGRI) by combining the values of two different wavelengths. This index is correlated to the samples exposure age (R = 0.861), and has been used to date the exposure age of 10 samples where Terrestrial Cosmogenic Nuclide dating failed
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Análise cronoestratigrafica dos cordões litorâneos presentes na planície costeira da foz do rio Itabapoana (Espírito Santo, Brasil)Nascimento, Francisco José Santos January 2017 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo a reconstrução da história evolutiva ao longo do Holoceno da planície costeira de cordões litorâneos estabelecidos sobre o vale fluvial do Rio Itabapoana/ES. A partir desse objetivo, foram realizadas as seguintes etapas metodológicas: Sensoriamento Remoto, Topografia, Geofísica e Geocronologia. Através da análise da imagem de satélite RapidEye, na composição colorida R5-G3-B1, foram discriminadas classes de cobertura vegetal. A relação entre a vegetação e o solo exposto proporcionou a identificação de três padrões distintos na planície costeira de cordões litorâneos. A obtenção de dados contínuos de altimetria através de um sistema global de navegação por satélite (GNSS), concentrado no caminhamento perpendicular à linha de costa, permitiu a elaboração e análise do perfil altimétrico dos cordões litorâneos, identificando-se três principais características: 1) nos primeiros 600 m tem-se um acréscimo na elevação; 2) em seguida, uma longa faixa “estável”, de pouca mudança na elevação; 3) por fim, o decréscimo da elevação nos últimos 500 m. Para caracterizar a arquitetura deposicional em subsuperfície dos cordões litorâneos, utilizou-se um Radar de Penetração no Solo (GPR) O registro obtido com GPR possibilitou a identificação de três padrões, representados pelas unidades retrogradacional e progradacional, onde o padrão de empilhamento compõe uma sequência de barreira regressiva ou progradante. Para a obtenção de uma relação cronoestratigráfica, seis amostras de sedimentos da fração arenosa de deposição eólica foram coletadas para a obtenção de idades absolutas a partir de Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). Os cordões datados apresentaram idades holocênicas, com idades inferiores a 5.261 ± 396 anos. A integração dos resultados obtidos através dos métodos aplicados permitiu o reconhecimento de três padrões que levaram à interpretação de três fases decorrentes das variações do nível relativo do mar e do aporte sedimentar na evolução da planície. Essas fases representam os períodos de transgressão, regressão normal e regressão forçada. / The aim of this study is the reconstruction of the evolutionary history along the Holocene of the of beach ridges coastal plain established on the fluvial valley of Itabapoana River/ES. From this objective, the following methodological steps were performed: Remote Sensing, Topography, Geophysics and Geochronology. Through the analysis of the RapidEye satellite image, in the color composition R5-G3-B1, classes of vegetal cover were discriminated. The relationship between vegetation and exposed soil provided the identification of three distinct patterns of the beach ridges coastal plain. Obtaining continuous data of altimetry with a GNSS system, concentrated in the path perpendicular to the coastline, allowed the elaboration and analysis of the altimetric profile of the beach ridges. It was identified three main characteristics: 1) in the first 600 m there is an increase in elevation; 2) then along “stable” stretch, with little change in elevation; 3) lastly, the decrease of the elevation in the last 500 m. A Ground Penetrating Radar (GPR) was used to characterize the depositional architecture in the subsurface of the beach ridges The GPR record allowed the identification of three patterns, represented by the retrogradational and progradational units, in which the stacking pattern consists of a regressive or progradational barrier sequence. Six sediment samples of the sandy fraction of wind deposition were collected to obtain absolute ages from Optically Stimulated Luminescence (OSL). The dated ridges presented Holocene ages, with ages lower than 5,261 ± 396 years. The integration of the results obtained allowed the recognition of three patterns that led to the interpretation of three phases due to the variations of the relative sea level and the sedimentary budget in the evolution of the plain. These phases represent periods of transgression, normal regression and forced regression.
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A barreira costeira holocênica e suas relações com a morfodinâmica praial no Estado do Rio Grande do Sul, BrasilReichow, Camila January 2018 (has links)
A análise dos parâmetros morfométricos publicados buscou relacionar o comportamento morfodinâmico praial com o da barreira costeira holocênica no estado do Rio Grande do Sul (RS), para estabelecer de que maneira estes ambientes estão relacionados. Foram analisados os dados de 31 praias, de Torres ao Chuí, possibilitando uma revisão e reavaliação dos estágios morfodinâmicos, com a compartimentação destes locais em cinco grupos, baseados em sua morfodinâmica e mobilidade praial. O grupo 1 é composto pelas praias intermediárias de mobilidade moderada à alta, que estão em sua maioria localizadas no litoral médio do RS correspondente a barreira agradacional, com alto desenvolvimento de campos de dunas transgressivas e dunas frontais, e estão também associadas às praias com característica retrogradante da barreira, porção sul da barreira agradacional. O grupo 2 compõe as praias dissipativas, com estágio intermediário ocorrendo de maneira secundária, de moderada à alta mobilidade, associadas a barreira progradante do litoral norte. Este setor apesar de apresentar alto potencial de transporte sedimentar por ventos e por ondas não apresenta campos de dunas bem desenvolvidos, onde o aporte sedimentar favorece a progradação costeira. O grupo 3 é formado por praias intermediárias de baixa mobilidade, associadas à porção norte da barreira agradacional e às praias do litoral sul que representam a transição entre a barreira progradante e retrogradante. No litoral médio a associação da baixa mobilidade praial com a alta capacidade de transporte e disponibilidade sedimentar, resultante do transporte sedimentar pelo vento no sentido continental, permitiu o desenvolvimento de grandes campos de dunas transgressivos e de dunas frontais. O grupo 4 é constituído por praias dissipativas e secundariamente intermediárias, de baixa mobilidade, da barreira progradante do litoral sul, que não desenvolveu vastos campos de dunas, semelhante ao que ocorre na barreira progradante ao norte. O grupo 5 é formado por duas praias diferenciadas, onde o estágio intermediário predomina e o refletivo ocorre eventualmente no verão, e estão localizadas em barreiras retrogradantes. As praias dissipativas são responsáveis por remobilizar o maior volume sedimentar da antepraia ao ambiente praial, onde integra o processo de progradação costeira. A porção da barreira agradacional, responsável pelas maiores dunas frontais, apresenta a menor mobilidade, sendo que conforme sua mobilidade é aumentada em direção ao sul, os maiores campos de dunas transgressivas ocorrem. Os estágios intermediários possuem energia suficiente para transportar sedimentos da antepraia para a praia, enquanto que a formação ou não das dunas é influenciada pelo potencial de transporte do vento NE e pela orientação da linha de costa com relação a este vento. As barreiras retrogradantes estão associadas a estágios intermediários de mobilidade variável, sendo que os dois focos erosivos do estado estão associados à alta mobilidade, o qual deixa estes ambientes susceptíveis aos episódios de erosão durante a passagem de eventos de tempestades. Assim, o caráter erosivo da barreira pode estar associado tanto com a energia de ondas, quanto com uma antepraia irregular e um déficit sedimentar, que acarreta em variações na morfodinâmica praial. / The analysis of the morphometric parameters of the published works about beach morphodynamics in the State of Rio Grande do Sul had the objective to relate the morphodynamic behavior of the beach with the holocene coastal barrier, in order to establish how these environments are related. The data of 31 beaches were analyzed, allowing a review and reevaluation of the morphodynamic stages, with the compartmentalization of these sites in five groups, based on their morphodynamics and beach mobility. Group 1 is composed of intermediate beaches with moderate to high mobility, which are located in the middle coast corresponding to the aggradational barrier, with high development of transgressive dunes and foredunes, and, associated too with the beaches with retrogradational characteristics of the barrier. Group 2 consists of dissipative beaches, with intermediate stage occurring in a secondary way, being these from moderate to high mobility, associated with the progradational barrier of the north coast. This sector, despite to present a high potential for sediment transport by winds and waves, does not have well development dunefields, where the sediment budget supports coastal progradation. Group 3 is formed by intermediate beaches of low mobility, associated with the northern portion of the aggradational barrier and the beaches of the south coast that represent the transition between the prograded and retrograded barrier. In the middle coast, the association of low beach mobility with high transport capacity and sedimentary availability, and the resulting of the sedimentary transport by wind onshore, allowed the development of large transgressive dunefields and foredunes. Group 4 consists of dissipative and secondarily intermediate beaches, with low mobility, of the progradational barrier of the south coast, which, similar to what occurs in the progradational barrier of the north, did not develop largest dune fields. Group 5 is formed by two beaches with peculiar characteristics, where the intermediate stage predominates and the reflective occurs eventually in the summer, associated with the retrograded barrier. The dissipative beaches are responsible for remobilizing highs sediments volumes of the shoreface and provide to the beach environment, where, in this case, it is converted into coastal progradation. The portion of the aggradational barrier responsible for the largest frontal dunes presents the smaller mobility, and as its mobility is increased towards the south, the largest transgressive dunefields in the state occurs. The intermediate stages have enough energy to carry sediments from the shoreface to the beach, while the formation of the dunes is influenced by the transport potential of the NE wind and by the orientation of the coastline in relation to this wind. Retrograded barriers are associated to intermediary stages of variable mobility, and the two erosive hotspots of the state are associated with high mobility, which turns these environments susceptible to erosion episodes during the passing of storm events. Thus, the erosive character of the barrier may be associated with both wave energy and an irregular shoreface and a negative sediment budget, which leads to variations in beach morphodynamics.
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Palinologia de Depósitos Quaternários da planície costeira de Santa Catarina (Garopaba, Brasil)Kuhn, Lidia Aumond January 2017 (has links)
Análises palinológicas de depósitos quaternários utilizadas para elucidar questões paleoclimáticas, paleovegetacionais e paleoambientais, devido ao elevado potencial de preservação dos palinomorfos e à ampla variedade de hábitos e habitats nos quais eles são distribuídos. Neste contexto, este trabalho apresenta uma reconstrução paleoambiental a partir de análises palinológicas de um testemunho sedimentar com idade holocênica, perfurado na Planície Costeira de Santa Catarina, município de Garopaba, sul do Brasil. Um total de 46 amostras foi coletado ao longo dos 450 cm do testemunho (poço PCSC-3). Além disso, três datações radiocarbônicas e análises granulométricas foram realizadas. Das 46 amostras, três delas apresentaram-se escassas para as análises palinológicas e foram descartadas para as interpretações paleoambientais. Os diagramas palinológicos e a análise de agrupamento foram considerados a partir da soma total de palinomorfos (100%) O conteúdo palinológico inclui 84 táxons identificados: grãos de pólen de angiospermas (46) e gimnospermas (3), esporos de pteridófitas (16) e briófitas (2), esporos de fungos (8), cistos de algas (3), acritarcos (3), cistos de dinoflagelados (2) e palinoforaminíferos (1). Três espécimes de acritarcos são descritos e ilustrados devido à sua importância paleoambiental. A partir da análise de agrupamento, três fases palinológicas foram definidas baseadas nas mudanças nas assembleias palinológicas: Fase I, Fase II e Fase III. A Fase I é caracterizada por um paleoambiente lagunar com influência marinha desde o início de sua sedimentação (5390 anos AP), com base em ocorrências de acritarcos, cistos dinoflagelados e palinoforaminíferos. A Fase II, de 3032 anos AP até 858 anos AP, também é caracterizada por um paleoambiente lagunar; no entanto a diminuição da porcentagem de elementos marinhos e o aumento do registro de algas de água doce (Botryococcus) sugerem menor influência marinha dentro do corpo lagunar, indicando uma fase transicional entre a Fase I e Fase III. Na Fase III (últimos 856 anos) prevalece a sedimentação subaquosa, sob condições pantanosas. / Palynological analyses of Quaternary deposits are used in order to elucidate paleoclimatic, paleogeographic and paleoenvironmental issues, due to the high potential of palynomorph preservation and the wide variety of habits and habitats in which they are distributed. In this context, this study presents a paleoenvironmental reconstruction from palynological analyses of a sedimentary core of Holocene age (PCSC-3 well), drilled at the Santa Catarina Coastal Plain, municipality of Garopaba, southern Brazil. A total of 46 samples was collected for palynological analyses in the 450 cm-long core, as also three samples for radiocarbon dating and granulometric analyses. Of the 46 samples, three of them revealed scarce for palynological analysis, which were discarded for paleoenvironmental interpretations. Palynological diagrams and a clustering analysis were calculated considering the total sum of palynomorphs (100%) The palynological content includes 84 taxa related to pollen grains of angiosperm (46) and gimnosperm (3), spores of pteridophyta (16) and bryophyta (2), spores of fungi (8), algae (3), acritarchs (3), dinoflagellate cysts (2) and microforaminiferal linings (1). Three specimens of acritarchs are described and illustrated due to their paleoenvironmental importance. From the cluster analysis, three palynological phases were defined based on changes in the palynological assemblages: Phase I, Phase II and Phase III. The Phase I is characterized as a lagoonal paleoenvironment with marine influence from the beginning of the sedimentation (5390 cal yr BP), based on occurrences of acritarchs, dinoflagellate cysts and microforaminiferal linings. The Phase II (3032 yr BP until 858 cal yr BP) also is characterized by a lagoonal paleoenvironment; however the decrease in percentage of marine elements and the increase in freshwater algae record suggest less marine influence in the lagoonal body, indicating a transitional phase between the Phase I and Phase III. In Phase III (last 856 years), underwater sedimentation prevailed, under swamp-like conditions.
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Variações na acumulação de matéria orgânica, ao longo do holoceno, em sedimentos da região costeira de Ubatuba-São Paulo / Changes in the organic matter accumulation, during holocene, in coastal sediments from Ubatuba region-São PauloSonvesso, Simone Sandra 02 April 2007 (has links)
Mudanças na taxa de acumulação e na natureza da matéria orgânica sedimentar, e suas relações com as variações climáticas e flutuações do nível relativo do mar durante os últimos 8.500 anos cal. A.P. foram investigadas em dois testemunhos provenientes do Saco de Ribeira, Enseada do Flamengo, e junto à praia do Lázaro, Enseada da Fortaleza, na região de Ubatuba, litoral norte do Estado de São Paulo. Para o estudo as amostras coletadas foram submetidas a diversas análises - granulometria, teor de CaCO3, teores de Carbono orgânico, Nitrogênio e Enxofre totais, e razões isotópicas de carbono. Datações 14C, calibradas para a idade calendário, permitiram estabelecer um modelo de idades para as variações sedimentares detectadas. Intervalos de clima mais quente, 8.000-6.000 anos cal. A.P., foram acompanhados de um aumento na taxa de acumulação de carbono T.A.C. (10-13 g m-2 ano-1), seguida de diminuição após 5.000 anos cal. A.P., para valores inferiores a 2 g m-2 ano-1. Variações climáticas regionais, possivelmente relacionadas a chuvas torrenciais, próximos ao máximo transgressivo, de 5.100 anos 14C A.P., foram detectadas pelo aumento nos valores de T.A.C. (10-12 g. m- 2 ano-1), aumento nas taxas de acumulação de massa (T.A.M.) e deposição de sedimentos mais grossos, acompanhados de aumento na tendência continental da natureza da matéria orgânica. As maiores tendências continentais da matéria orgânica sedimentar, registradas aproximadamente entre 1.500-1.200 anos cal. A.P., podem ser decorrentes de uma oscilação negativa do nível do mar. No geral, todos os resultados estão de acordo com as curvas de variação do nível relativo do mar, já descritas na literatura. As análises sedimentares da região estudada revelaram um evento regressivo-trangressivo, que ainda não havia sido referido para o Estado de São Paulo. A partir de ~2.000 anos cal. A.P., o mar teria atingido um nível mais baixo que o atual, com o mínimo provavelmente entre 1.500-1.200 anos cal. A.P., e encontra-se em ascensão até os dias atuais. As características anóxicas e a matéria orgânica sedimentar de origem planctônica registradas junto à praia do Lázaro, em meio a condições de energia relativamente mais alta, em ~900 anos cal. A.P., foram consideradas como resultado de condições óxicas das águas, acompanhadas de altas taxas de produtividade, e subseqüente degradação da matéria orgânica, existentes no período anterior. / Changes in the organic carbon accumulation rates (Corg A.R.) and organic matter source characteristics and their relation to climate and relative sea level changes during the last 8.500 cal. yr. B.P. were investigated in two sediment cores from 2 embayments - Flamengo and Fortaleza inlets - northern coast of São Paulo State. Sediment samples were analysed for grain size, organic Carbon, total Nitrogen and Sulphur contents, and ?13C ratio. Radiocarbon datings provided a model age to the sedimentary deposits. The warm climate interval 8.000-6.000 cal. yr. B.P. was accompanied by an increase in the Corg A.R. (10-13 g.m.-2 yr -1) and a decrease (~2 g.m.-2 yr -1) in the last ~5.000 cal. yr. B.P. Regional climate changes, as stormy weather, that may have ocurred near the maximum transgressive period called Santos Transgression at 5.100 yr. B.P., were recorded in the sedimentary profiles by relatively hight T.A.C. and T.A.M. values, coaser grain size sediment delivery, and enhanced terrestrial organic matter source characteristics. Improvement of terrestrial origin of the sedimentary organic matter recorded between 1.500-1.200 cal. yr. B.P in the studied area was mainly related to a negative sea-level oscillation. All the results are in general agreement with the existing sea level change curves. The sedimentary profiles suggest a negative sea-level fall event, that had\'nt been described yet for São Paulo State. It\'s proposed that the negative oscillation would have begun at ~2.000 cal. yr. B.P.and reached a minimum probably between 1.500-1200 cal. yr. B.P. The relative sea level has been rising since then. Anoxic conditions accompanied by algal origins of sedimentary organic matter, observed in the sedimentary profile from Fortaleza inlet at 900 cal. yr. B.P, during a more oxidizing environment are considered as a result of a previous well oxygencontaining water column and high productivity rates.
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Evolution morpho-sédimentaire de la vallée de la Choisille (Sud-Ouest du Bassin Parisien, France) depuis le Weichsélien : spécificité de l'impact climatique et anthropique en Europe du Nord-Ouest / Morpho-sedimentary evolution of the Choisille valley (south-west Parisian basin, France) since the Weichselian : specificity of climate and human impact in North-Western EuropeMorin, Eymeric 17 June 2011 (has links)
La variabilité spatio-temporelle de l’évolution morpho-sédimentaire du fond de la vallée de la Choisille (bassin versant : 288 km²), affluent de la Loire moyenne dans le sud-ouest du Bassin parisien (37), a été étudiée par 78 forages (8 transects), prospection géophysique, analyses sédimentologiques et datations 14C et OSL. Huit phases d’évolution du système fluviatile depuis le début Weichsélien ont été définies et corrélées avec les données palynologiques et archéologiques locales, afin de comprendre l’impact des facteurs forçants : climat ou/et anthropisation. Du Weichsélien jusqu’au début du Subatlantique, l'activité d'incision ou de sédimentation de la Choisille a évolué sous contrôle climatique strict. Depuis l’Allerød, cette évolution a été différente de celles observées sur d’autres rivières en Europe du Nord-Ouest, indiquant des spécificités climatiques et géologiques régionales. Dès l’Âge du Bronze, la rivière a évolué sous contrôle climatique et anthropique ; l'impact anthropique sur la sédimentation fut prépondérant, mais très variable dans le temps et l'espace au sein du bassin selon les potentialités agricoles des secteurs considérés. / The spatio-temporal variability of the Choisille valley morpho-sedimentary evolution (catchment: 288 km²), a tributary of the middle Loire River in the south-western Parisian Basin (37), was studied through 78 core-drillings (8 transects), geophysical prospecting, sedimentological analyses and 14C and OSL dating. Eight phases of fluvial system evolution were defined and correlated with palynological and archaeological dataset, in order to highlight the impact of forcing factors: climate and/or human activity. From the Weichselian up to the Subatlantic, the fluvial incision or sedimentation activity has strictly evolved under climate control. Since the Allerød, this evolution was different from what has been observed on other rivers of north-western Europe, indicating regional climatic or geological specificities. Since the Bronze Ages, the river has evolved under climatic and human control; the anthropogenic impact on sedimentation was dominant, but spatio-temporaly variable in the catchment, in relationship with the agricultural potentialities of the different areas.
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Pollen productivity estimates and pollen-based reconstructions of Holocene vegetation cover in Norhtern adn temperate China for climate modellingLi, Furong January 2016 (has links)
Model projections of future climate change require that coupled climate-vegetation models are developed and validated, i.e. these models should be able to reproduce past climate and vegetation change. Records of pollen deposited in lake bottoms and peat bogs can provide the information needed to validate these models. The aim of this thesis was i) to explore the modern relationships between pollen and vegetation in northern and temperate China and estimate pollen productivity of major plant taxa, and ii) to use the results of i) to produce the first reconstruction of plant cover in China over the last 10 000 years for the purpose of climate modelling. A study of the modern pollen-vegetation-climate relationships was performed in northwestern China (Paper I). Pollen productivity for 18 major plants of cultural landscapes in central-eastern China was estimated (Paper II). Based on a synthesis and evaluation of all existing estimates of pollen productivity in the study region, a standard dataset of pollen productivity for 31 plant taxa is proposed (Paper III). This dataset was used to achieve pollen-based REVEALS reconstructions of plant cover over the last 10 000 years in 35 regions of northern and temperate China (Paper IV). The major findings can be summarized as follows. Paper I: Annual precipitation (Pann) is the major climatic factor influencing pollen assemblages, followed by July precipitation (PJul). The shared effect of combinations of two climatic factors explains a larger portion of the variation in pollen data than individual variables. Paper II: Of the 16 reliable pollen productivities estimated, the estimates for 8 taxa are new, Castanea, Cupressaceae, Robinia/Sophora, Anthemis type/Aster type, Cannabis/Humulus, Caryophyllaceae, Cruciferae, and Galium type. Trees have in general larger pollen productivity than herbs. Paper III: Of the total 31 taxa for which estimates of pollen productivity are available in China, 13 taxa have more than 1 value. All or most of these values are similar for Artemisia, Cyperaceae, Larix, Quercus and Pinus. Eight taxa have very variable estimates. Paper IV: The REVEALS plant percentage-cover strongly differs from the pollen percentages, and they provide new important insights on past changes in plant composition and vegetation dynamics.
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