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INIQUIDADES SOCIOSSANITÁRIAS E PRÁTICAS CORPORAIS:UM ESTUDO CARTOGRÁFICO EM VITÓRIA/ES.CICERI, L. F. S. B. 04 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-04 / Apesar de Vitória (ES) apresentar um dos maiores acúmulos de produção de riquezas no cenário nacional contemporâneo, ao mesmo tempo, é possível verificar, no interior de sua geografia citadina, a presença de um conjunto de contrastes socioeconômicos perversos, que vem persistindo ao longo dos anos. O quadro vigente de iniquidades encontrado nos lugares dessa capital sugere relação com certas políticas estatais do município, instituintes, desde a década de 1990, da oferta de equipamentos permanentes destinados às práticas corporais (PC), em espaços públicos, e considerados (pela gestão pública) elementos capazes de propiciar práticas saudáveis à população da cidade capixaba. A partir de tais premissas, minha pesquisa objetivou descrever e analisar a distribuição geográfica desses equipamentos (PC), junto com os equipamentos de segurança pública, em dois lugares de Vitória, selecionados por suas notórias disparidades sociossanitárias. Tentei verificar se o contexto comparativo dos equipamentos permitia revelar conexões com os contextos socioeconômicos díspares desses dois lugares. A pesquisa, de cunho qualitativo, utilizou subsídios metodológicos da cartografia, a partir dos quais foram situados os achados do estudo e discutidas as respectivas inferências analíticas. A processo de concretização o trabalho se expressa, fundamentalmente, em três etapas a seguir descritas: (1) elaboração de recorte teórico sistemático, não exaustivo, a partir do vasto e denso aporte conceitual disponível sobre iniquidades e sobre o processo saúde-doença-cuidado, na perspectiva de articular os temas, e contextualizá-los como fenômenos representativos da paradoxal realidade socioeconômica e política de nosso país, em permanente tensão no Estado Brasileiro ao longo de sua história; (2) levantamento, seleção, organização e análise comparativa de informações secundárias referentes à presença e à distribuição de equipamentos públicos de PC, e de equipamentos de segurança pública georreferenciados na capital capixaba, posteriormente transformadas em representações cartográficas para o estudo; (3) ida à campo, nos dois lugares selecionados (Jardim da Penha, e Gurigica/São Benedito), para realização de registros fotográficos e anotações em diários de campo, com o objetivo de mapear, cotejar e desvelar similitudes e diferenças sociossanitárias entre os dois lugares da pesquisa, bem como discutir esses achados, à luz das representações cartográficas dos equipamentos analisados. Os resultados do estudo permitem argumentar que, embora haja certo tipo de institucionalização pública dos equipamentos de PC, em Vitória, advogados como elementos importantes no contexto da saúde populacional pela gestão pública, por outro lado, a distribuição geográfica iníqua dos referidos
equipamentos e o significado disso em termos de possibilidades de acesso/uso popular, podem ser correlacionados à segregação socioespacial, às desigualdades injustas e à subvalorização de certos lugares no município, elemento revelador das iniquidades existentes. Também foram percebidas disparidades importantes quanto à presença e distribuição espacial dos equipamentos de segurança pública nos dois lugares da pesquisa, algo que pode interferir na possibilidade das pessoas realizarem práticas corporais.
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Determinantes sociais da distribuição espacial das hospitalizações por doenças do aparelho respiratório em Salvador,Ba.Antunes, Fernanda Pedro January 2011 (has links)
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Diss_Fernanda Antunes_.pdf: 1373501 bytes, checksum: e137670ba6e6cc9c457242065964b134 (MD5) / As doenças do aparelho respiratório (DAR) representam um importante problema de saúde para a população brasileira, assim como para a capital baiana, o que aponta para a necessidade de estratégias efetivas para o controle da situação. Reconhecendo o papel dos determinantes sociais sobre a situação de saúde e a existência de iniquidades em saúde, buscou-se identificar a distribuição espacial das internações por DAR e seus principais diagnósticos (asma, DPOC e pneumonia) e seus determinantes sociais com o intuito de contribuir para a formulação de políticas mais efetivas e equânimes. Inicialmente, a fim de explorar a situação das hospitalizações por DAR e seus tipos em Salvador, realizou-se um estudo de série-temporal, a partir de fontes do IBGE e do Sistema de Informações Hospitalares/DATASUS. Mediante análises de Regressão Linear Simples verificou-se a redução das taxas de internação por DAR em Salvador, entre os anos 1998 e 2009, sendo mais acentuado em crianças até cinco anos. Possivelmente, esses achados possam ser explicados pela melhoria nas condições de vida da população, elevadas coberturas alcançadas com a vacina Hib e pelo controle do sarampo, visto que pneumonia é a complicação mais frequente deste vírus. Dentre as patologias, as hospitalizações por asma foram as que apresentaram maior queda no período, enquanto aquelas por pneumonia exibiram redução mais acentuada até 2002, tendendo posteriormente à estabilidade. Internações por DPOC permaneceram inalteradas. O alcance dos demais objetivos foi possível a partir do uso do espaço como categoria de análise. Os dados socioeconômicos foram obtidos do Censo de 2000, e consistiram em informações sobre renda, educação, rede de abastecimento de água, saneamento, coleta de lixo, índice de GINI, proporção de favelas, aglomeração intradomiciliar e quantidade de postos e centros de saúde, para cada Zona de Informação (ZI), divisão geográfico-administrativa de Salvador. Inicialmente realizou-se o geoprocessamento dos endereços de residência dos pacientes por ZI, calculando-se as taxas de internação por DAR e seus tipos para cada ZI. Estas foram posteriormente estratificadas em quartis a partir da situação de condições de vida (elevada, intermediária, baixa e muito baixa), calculadas por um indicador composto construído a partir das variáveis: renda, educação, favelas, saneamento e aglomeração familiar. A partir da estratificação das ZIs foi possível verificar a existência de um forte gradiente social, mesmo após padronização por idade, reforçando a idéia de que os aspectos socioeconômicos são determinantes das hospitalizações das doenças respiratórias e seus tipos. A partir dos diferentes acessos às condições materiais de existência, os indivíduos experienciam diferenciais de exposição e vulnerabilidades, resultando nas iniquidades. Observou-se que enquanto as desigualdades entre as taxas de pneumonia dos estratos reduziram, as de asma e DPOC aumentaram. O Índice de Moran confirmou autocorrelação espacial das taxas de internações por DAR, demonstrando a influência da vizinhança sobre as mesmas. A identificação de associação entre os determinantes sociais e as taxas foi realizada através de regressão linear bivariada e multivariada. Os resultados confirmaram a importância dos DSS
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sobre as internações por DAR, asma e pneumonia, apresentando o índice de Gini, número de centros de saúde da atenção básica e renda como os mais importantes. Populações que moram em áreas da cidade com níveis de escolaridade e renda mais baixos apresentaram maior risco de internar-se por DAR e seus tipos. O maior número de Centros de Saúde foi acompanhado de maiores taxas de internação por DAR, asma e pneumonia. Este inesperado efeito inverso pode ser resultante da incapacidade dessas unidades na resolução dos problemas de saúde da população. A aglomeração intradomiciliar não exerceu nenhuma influência sobre as taxas de hospitalizações por doenças respiratórias, asma e pneumonia. Estes resultados auxiliam na tomada de decisão dos gestores no redirecionamento das intervenções para as áreas-problemas e na definição de medidas efetivas e intersetoriais para o combate das iniquidades em saúde.
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Governança para emancipação : uma proposta para o enfrentamento intersetorial de iniquidadesGarcia, Leandro Pereira 28 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-11-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Florianopolis is the capital with greater Municipal Human
Development Index (IDHM) of Brazil and its public health
system stands for coverage of primary care. Nevertheless,
the municipality maintains serious iniquities and the
expansion of the occurrence of chronic diseases and
external causes, such as the violence of transit.
This thesis has tried to develop a model which
would aid in the implementation of actions intersetorias
necessary to cope with these issues.
For both, the author, who is the Director of Health
Surveillance of capital, used the experience gained in the
implementation of Rede Vida no Trânsito in Florianópolis,
which is used as a template for the pacification of traffic in
the city and as a pilot-project for the development of
knowledge about intersectoral actions.
What we observed is that the models used by the
Rede Vida no Trânsito, which is the Strategy of Pro-
Activity and Partnership and the model of Networks of
Organizations, despite assist in the development of
intersectoral actions, still lacked an elucidation ethicalmoral
that is guided its use and the complementation of
theories to reconcile customer technical and policy,
assisting in attaining the objectives selected.
To overcome these shortcomings, we developed a
concept of emancipation as proposed ethical-moral, which
could guide the intersectoral actions, and a concept of
governance, which stimulate the emancipation. The
concept of governance to the emancipation was, then,
associated with Science for the Government, by Carlos
Matus, aimed at strengthening technopolitical; finally, all of
this was reconciled with the strengths observed in the use
of the Strategy of Pró-Activity and Partnership and the
model of Network Organizations.
The result has been a model of governance for the
emancipation. This should assist in coping with complex
problems such as iniquity, where intersectoral actions are
fundamental. / Florianópolis é a capital com maior Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil e
seu sistema público de saúde destaca-se pela cobertura
de atenção primária. Apesar disso, o município mantém
graves iniquidades e a expansão da ocorrência de
doenças crônicas e causas externas, como a violência do
trânsito.
Esta dissertação buscou desenvolver um modelo
que auxiliasse na implantação de ações intersetorias
necessárias ao enfrentamento destas questões.
Para tanto, o autor, que é Diretor de Vigilância em
Saúde da capital, utilizou a experiência de implantação da
Rede Vida no Trânsito em Florianópolis, que é utilizada
como modelo para pacificação do trânsito no município e
como piloto para o desenvolvimento de conhecimentos
acerca de ações intersetoriais.
O que se observou é que os modelos utilizados
pela Rede Vida no Trânsito, que são a Estratégia de Pró-
Atividade e Parceria e o modelo de Redes de
Organizações, apesar de auxiliarem no desenvolvimento
das ações intersetoriais, ainda careciam de uma
elucidação ético-moral que norteasse sua utilização e da
complementação de teorias que conciliassem técnica e
política, auxiliando na consecução dos objetivos
selecionados.
Para suprir estas deficiências, desenvolveu-se um
conceito de emancipação como proposta ético-moral, que
pudesse nortear as ações intersetoriais, e um conceito de
governança, que estimulasse a emancipação. O conceito
de governança para a emancipação foi, então, associado
à Ciência para o Governo, de Carlos Matus, visando ao
fortalecimento tecnopolítico; por fim, tudo isto foi
conciliado com os pontos fortes observados na utilização
da Estratégia de Pró-Atividade e Parceria e do modelo de
Organizações em Rede.
O resultado apresentado foi um modelo de
governança para a emancipação. Este deverá auxiliar no
enfrentamento de problemas complexos como a
iniquidade, onde ações intersetoriais são fundamentais.
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Iniq?idade em sa?de: uma extens?o das desigualdades sociais no sistema p?blico de sa?de do Brasil (2003-2006)Escoda, Maria do Socorro Quirino 04 July 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-07-04 / This issue analises the unevenness in the brazilian system of public health care as an extension of socials inequities. It is a theoretical study based in a historical method, using empirical camp from academic, corporation and institution researchs, along the period 2002-2006. Equality and effectiveness in health systems are analitical basic cathegories grap in the root of the doctrine, principles and organization of the Unique Health System, in which sectorial actions are inserted. Discuss the estructural prodution and determined those inequalities through some social determiners of health system: income, land, food securitiy, nutritional situation, basic sanitation, epidemiological inequities and public management policy. Carry out a thematic review over health social production, it formlation and the goals of social policies, as well as the insertion of the equality principle in the assistance system, in the frame of the running public health regulations. It uses reflections that enlighted
the correlation between the process of political-institutional actions and equity on health assistance. Analized the pertinency of sectorial reorganizational strategies on basic attendance, confronting the hipothesis that those strategies reinforce social inequities in health system, because it organize diferential assistance levels over not equal baselines. The results show up that social inequalities, even remaining, have had a small decrease; that the selectiviness of actual public policies and the duplication of the health system, increases the differences within and between the social classes and configures the assistance as inequal. The basic care system has great shortages that also appeares in middle and complex assistance levels. As conclusion, it remarks that the health assintance system, even with it integrality has
limits; structural problems on material conditions of living and health system could not be reversed only with institutional legal arragements; by the contrary, in border conditions, these strategies produce policies that reinforce inequities, neglecting the equity principle of the system in which frame, they work. One patina of this tim / Este trabalho teve como objeto de estudo as inquidades no sistema p?blico de sa?de brasileiro como extens?o das desigualdades sociais. Estudo te?rico com base no m?todo hist?rico que se utilizou do campo emp?rico de estudos acad?micos, institucionais e de entidades entre 2003-2006. A equidade e efetividade em sa?de s?o categorias anal?ticas imbricadas ? indissociabilidade dos princ?pios doutrin?rios e organizativos do sistema ?nico de sa?de. Analisa a produ??o estrutural das desisgualdades sociais e as caracteriza pelos determinantes sociais de p?so na quest?o da s?ude: renda, acesso ? terra, seguran?a alimentar, saneamento b?sico, desigualdades epidemiol?gicas e na assist?ncia. Efetua revis?o sobre a produ??o social da sa?de, formula??o, finalidades das pol?ticas sociais e inser??o do princ?pio de equidade no projeto de sa?de publica ancorada em autores que projetaram luzes
sobre a corela??o de processos de indu??o pol?tico institucionais com a equidade. Exercita uma an?lise de pertin?ncia sobre a estrat?gia setorial de reorganiza??o da aten??o b?sica com a hip?tese de que esta estrat?gia refor?a as desigualdades sociais ao prestar n?veis assist?nciais diferenciados aos horizontalmente iguais. Os resultados apontam: t?nue redu??o nos diferenciais de distribui??o de renda com manuten??o de elevados n?veis de desigualdades sociais da situa??o alimentar e nutricional, saneamento b?sico e assist?ncia ? sa?de em todos os n?veis; a seletividade dos ajustes neoliberais se esteiam na cultura pol?tica brasileira e na
reorganiza??o da assist?ncia de um sistema dual aumentam as dist?ncias intra e entre classes; configuram uma assist?ncia in?qua intra rede; a aten??o b?sica minimalista para pobres tem d?ficits elevados que se extrapolam nos niveis de m?dia e alta complexidade. Conclui pela fr?gil regula??o social na governabilidade setorial cuja retra??o faz avan?ar o bra?o do Estado pelo Judici?rio; em extremas desigualdades a assist?ncia ? sa?de, mesmo integral tem limites; n?o se revertem
condi??es materias de vida e de sa?de com arranjos institucionais normativos; ao reverso, arranjos focalistas produzem a??es que refor?am as desigualdades e ferem
o princ?pio de equidade do sistema onde elas se inserem. Uma p?tina deste tempo
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